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˖࣪ ❛ DÉCIMA PRIMEIRA TEMPORADA
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O PRIMEIRO ENCONTRO de Helena Campos com a perda foi violento. A maioria das crianças a vivencia pela primeira vez com a perda de um animal de estimação, encontrado morto pelos pais. Ou talvez pela perda de um parente distante, cujo nome você conhecia, mas que só encontrava em ocasiões especiais, não mais do que algumas vezes por ano.

Não Helena. De alguma forma, era como se a vida quisesse prepará-la para o que viria desde tenra idade.

A família Campos sempre foi feliz, quase felizmente feliz. Eles se amavam e não tinham medo de demonstrar. Seja por abraços e beijos, por momentos passados ​​juntos ou palavras, eles eram descaradamente afeiçoados um ao outro. Não se limitava ao amor familiar que parece ser instilado em você conforme necessário. Eles realmente se amavam pelo que eram, não apenas pelo sangue que compartilhavam.

Até que uma tarde de sábado mudou tudo.

A família conversava alegremente enquanto voltava do parque. Os quatro tinham saído para um piquenique juntos, onde não só comeram, mas também jogaram cartas sob o sol. Não era sempre que Henrique Campos estava livre do trabalho, mas quando estava, ele sabia como aproveitar ao máximo com sua família.

Em um segundo, Helena estava contando ao irmãozinho sobre como ela estava quase começando a faculdade. No outro, a menina de quatorze anos estava de cabeça para baixo no carro, o assento ao lado dela vazio, pois o pequeno Daniel tinha voado para fora do veículo.

Mas o que ela mais lembrava era do rosto do pai. Enquanto olhava para frente, a cabeça de Henrique estava no espaço entre os dois bancos da frente, olhando fixamente para ela.

A morte de Henrique foi instantânea, causada pelo impacto do acidente. Quando os paramédicos chegaram, ele já tinha ido embora. Não havia nada que alguém pudesse fazer.

O primeiro encontro de Helena Campos com a perda foi violento. Porque ela não tinha ouvido falar apenas da morte, não apenas da perda de uma figura distante, mas amada. Ela foi confrontada com isso, diante do homem mais importante de sua vida.

Dezessete anos depois, luzes azuis e vermelhas brilhando em sua sala de estar, Helena sentiu em seus ossos, o mesmo sentimento que ela havia sentido tantas vezes antes. Ela sentiu a morte fechando suas garras em torno de sua vida, pronta para arrancar alguém dela mais uma vez.

——

o dia anterior

Mark estava no banco do passageiro do carro de Derek, os dois falando ao telefone com Amelia.

Você nunca vai conseguir pegar seu voo. — ela disse ao irmão, provocando-o.

— Eu vou conseguir. — ele disse a ela.

Você não vai, vai perder seu voo. — Bailey deixou escapar, na sala de cirurgia com a neurocirurgiã.

— Quem é esse, Bailey? Não vou perder meu voo. — ele insistiu.

— Sim, você vai. — Mark provocou, com um sorriso irônico. — É por isso que vou cedo para o aeroporto.

Houve um acidente enorme na rodovia 5. Todas as faixas estão fechadas, o trânsito está uma loucura. — April contou a eles, com a voz um pouco tonta.

— E por que Kepner faz esse som como se fosse uma coisa boa? — Derek perguntou.

Temos um cara do acidente na nossa mesa. — aua irmã explicou. — Bailey e Kepner estão costurando todos os furos em seu intestino. O ponto é que você pode muito bem se virar agora, porque vai perder seu voo.

— Ei, ei, não vamos voltar! — Mark reclamou. — Derek pode perder o voo, mas eu não.

— Nenhum de nós vai perder o voo. — Derek insistiu. — Eu tenho um atalho secreto.

Não há atalhos para o aeroporto. — Bailey e Amelia corrigiram.

— Isso vocês sabem. Vamos perder vocês aqui em um segundo. A recepção do celular está ruim. — Derek disse a elas.

Derek, você ainda está aí? Não consigo ouvir vocês. — sua irmã disse a eles.

— Vamos perder a recepção, Amy. — Mark falou mais alto, como se isso ajudasse.

— Amy?

Derek?

Quando o chamado caiu, os dois médicos viram um carro caro vindo em alta velocidade atrás deles, passando por eles e ultrapassando-os.

— Estou 10 milhas acima do limite de velocidade. Isso não é rápido o suficiente para você? Nossa... — Derek deixou escapar.

— Certo. — Mark resmungou. — Ele tem o que Lee chamaria de pênis de estrada.

Eles viram o carro tentando ultrapassar o da frente, colidindo de repente um no outro, forçando Derek a frear o máximo que podia.

Assim que o carro parou, os dois homens olharam para o carro que havia capotado, seus instintos médicos entrando em ação enquanto corriam para fora do veículo, após trocarem olhares.

Não faria sentido tentar o telefone. Não havia sinal, afinal.

——

Enquanto Derek ia até um dos carros, Mark foi até o que havia passado por eles. Ao vê-lo vazio, ela gritou. — Alô? Alô?

Ao ouvir um gemido vindo dos arbustos perto da estrada, ele correu até eles e viu uma garota caída no chão, pedindo ajuda.

— Ei. — Mark cumprimentou. — Você pode me dizer seu nome?

— Alana. — ela gritou. — Está difícil respirar.

— Tudo bem. Vamos esperar um segundo, Alana. Você provavelmente ficou sem fôlego quando caiu no chão. — ele falou suavemente, movendo-se para sentir o pescoço dela. — Foi sorte você não ter caído no chão.

— Sim.

— Você sente alguma dor, Alana? — ele perguntou.

— Eu acho que não. — então, quase voltando aos seus sentidos, ela tentou se levantar. — Eu não deveria estar aqui. Eu tenho que ir, eu tenho que ir...

— Ok, ok, cuidado aí. — Mark segurou os ombros dela para mantê-la abaixada, enquanto a garota pegava o telefone.

— Preciso ligar para minha mãe. Meu telefone não está funcionando. Por que meu telefone não está funcionando?

— Ok, me escute, Alana. Você provavelmente está em choque. Você tem muita adrenalina passando por você agora, e isso pode estar te impedindo de sentir dor. Pode haver algo errado com você que você não sente agora, então eu preciso que você se acalme, ok? — ele pediu.

— Ok.

— Você pode me dizer que dia é hoje? — Mark perguntou a ela.

— Quinta-feira. Eu deveria estar na escola, na aula de química. Temos uma prova. — ela chorou.

— É por isso que você estava dirigindo tão rápido? — ele perguntou, verificando o resto do corpo dela em busca de ferimentos aparentes.

— Eu não estava dirigindo. Charlie. Charlie estava dirigindo. É o carro do pai dele. — a garota loira disse a ele, fazendo Mark se levantar.

Ele olhou ao redor em busca de qualquer sinal de outra pessoa, encontrando um sapato no meio da rua. Enquanto fazia isso, ele correu até ele, encontrando um adolescente se afastando deles, no meio da rua.

— Ei! Ei, Charlie! — ele gritou, o garoto não o escutando. Aproximando-se dele, ele colocou uma mão em seu ombro. — Você está bem, cara?

— Sim, estou bem. — ele assentiu, embora o lado direito de sua cabeça estivesse coberto de sangue.

— Vamos tirar você da estrada. — Mark sugeriu, enquanto soltava o carro.

— Não me sinto muito bem. O que aconteceu?

— Você sofreu um acidente, Charlie. Vamos tirar você dessa estrada, vamos. — ele encorajou.

— Senhor, você sabe o que aconteceu? Porque eu realmente não me sinto muito bem... — Charlie deixou escapar, então desabando em seus braços, enquanto Mark o impedia de cair no chão.

——

Como o garoto tinha um ferimento grave na cabeça, Mark e Derek trocaram de lugar. Como o neurocirurgião estava com os adolescentes, Mark andou até o outro carro, espiando a frente.

— Ei, aí. — ele sorriu tranquilizadoramente. — Olha, meu amigo Derek foi ajudar as pessoas no outro carro, vou tentar tirar você daqui, ok?

— V-você deveria tirar Winnie primeiro. — a mãe tentou, Mark assentiu enquanto dava a volta pelos fundos.

— Ok, Winnie? Eu sou Mark. Você acha que consegue sair para mim? — ele perguntou.

— Sim, eu posso.

— Tenha cuidado! — Sarah, a mãe, soltou. — Você pode garantir que Winnie tome cuidado?

— Eu a peguei, eu a peguei. — o homem a guiou para fora do carro. — Ela saiu.

— Estou fora, mãe! Estou bem! — ela disse a ela.

— Sarah, já volto. — disse o médico.

— Não vou a lugar nenhum! — ela deixou escapar.

Ao se juntar a Winnie para sair do carro, Mark colocou um braço em seu ombro. — Winnie, vou tirar sua mãe agora. Você acha que pode ir lá e fazer companhia para essas duas?

— As pessoas que bateram no nosso carro? Não, obrigada. — ela negou. — Estou pronta para esperar aqui.

— Sabe, aposto que Derek poderia usar alguma ajuda para remendá-los. — ele sugeriu.

— Minha mãe vai sentir muita dor, e você não quer que eu veja isso. — ela percebeu.

— Você é uma garota inteligente. — Mark disse a ela.

— Eu consigo lidar com ver coisas. — Winnie tranquilizou. — Meu pai morreu bem na minha frente. Estávamos pescando no lago e ele teve um ataque cardíaco no barco e morreu.

— Sabe, Winnie, você me lembra um pouco da minha esposa, Helena. Ela passou por muita coisa, assim como você. Ela viu o pai morrer, assim como você. E ela perdeu muitas pessoas ao longo do caminho. Eu sei o quão difícil é. — ele assentiu. — E é por isso que eu prometo que não vou deixar você perder mais ninguém hoje, ok? Ninguém está morrendo.

— Você não é deus, não sabe. — ela balançou a cabeça. — Eu vou esperar com eles.

——

Depois de levar os quatro pacientes para o acostamento, Mark e Derek notaram um grande corte no estômago de Alana. Enquanto Derek trabalhava para recolocar o quadril de Sarah, Mark trabalhava em Alana, usando o plástico que envolvia a roupa de limpeza a seco no carro de Sarah para manter seus órgãos no lugar.

— Então, você disse que Charlie te beijou esta manhã. — Mark tentou distrair a adolescente, enquanto ele envolvia sua barriga. — Esse foi seu primeiro beijo?

— Sim. Exceto pelo cara que toca violoncelo de segunda cadeira. — ela disse a ele. — Ele não conta.

— Por quê? — Mark riu.

— Foi só uma prática de beijo. — ela explicou. — M-mas eu não acho que beijar Charlie valeu tudo isso.

— Bem, eu acho que todo beijo antes do beijo certo não conta, de qualquer forma. — Mark compartilhou. — Eu beijei muitas mulheres. E eu quero dizer muitas mulheres. Mas a primeira vez que beijei minha esposa, Helena... Quando nos beijamos, foi como se eu nunca tivesse estado com outra mulher antes. Como se ninguém mais no mundo importasse. Foi como o primeiro beijo. O beijo certo.

— V-você tem um irmão? — Sarah tentou, fazendo o cirurgião plástico rir.

Terminando seu trabalho, Mark e Derek trocaram um olhar, o neurocirurgião soltou. — É um lindo dia para salvar vidas...

— O que isso significa? — Winnie perguntou.

— É só algo que ele diz, para parecer legal. — Mark piscou para ela.

— Você ouviu isso? — Sarah perguntou, ao som distante das sirenes.

— Ouviu o quê? — perguntou Winnie.

— As sirenes. — Alana soltou. — Elas devem ter visto a fumaça saindo do nosso carro.

— Eles pegaram nosso sinal de fumaça! — Winnie pulou para cima e para baixo. — Eles estão aqui.

——

Com todos os pacientes já nas ambulâncias, Derek e Mark trocaram um olhar e um sorriso.

Voltando para o carro, Mark disse ao amigo. — Eu deveria ligar para Lee. Ela vai ficar preocupada. Ela sempre fica.

Quando o telefone de Derek tocou também, ele tentou alcançá-lo, dentro de seu assento. Ele esperava que fosse Meredith.

Então, um carro surgiu do nada.

Se eles não amassem tanto suas esposas, talvez estivessem seguros.

——

Derek não conseguia falar desde o acidente. Perda de habilidades verbais. Ele sabia que não era um bom sinal.

No entanto, ele estava muito alerta, ciente dos erros que estavam sendo cometidos em seu tratamento.

Ele só podia esperar que os mesmos erros não estivessem sendo cometidos com seu melhor amigo.

——

o dia seguinte

Helena tinha colocado suas filhas no piloto automático, dizendo a elas apenas o estritamente necessário. Não que ela mesma soubesse muito.

Tudo o que lhe disseram foi que seu marido e Derek estavam envolvidos em um acidente e que ela seria levada para o hospital, junto com Meredith.

Eles foram em carros separadas, Helena e suas filhas em um carro da polícia, Meredith e seus filhos em outro.

Durante todo o caminho, Helena não disse uma única palavra que não fosse para tranquilizar suas filhas.

Ao entrar no hospital para onde foi levada, ela deixou suas filhas com uma assistente social, depois de algumas palavras de conforto.

——

— Dra. Campos. — um médico falou com Helena que estava parada, congelada, em frente a uma cama de hospital. — Dra. Campos, eu não posso... Não podemos lhe dizer o quanto lamento... Sinto muito por sua perda. O Dr. Sloan foi um cirurgião tremendo, tremendamente talentoso. Nosso departamento de plásticos o admira há muito tempo e suas técnicas. Foi uma honra.

Com isso, a boca de Helena abriu e fechou, seus olhos se encheram de lágrimas. Então, ela se virou da cama do marido.

— Quero o prontuário dele. — ela deixou escapar, com a voz baixa, enquanto um residente o entregava a ela.

Ela leu rapidamente, embora não tivesse nenhuma informação que os médicos já não tivessem.

A morte de Mark foi instantânea, causada pelo impacto do acidente. Quando os paramédicos chegaram, ele já tinha ido embora. Não havia nada que alguém pudesse fazer.

Poderia ter sido pior, Helena sabia. Ela via pacientes em estados terríveis o tempo todo. Pelo menos ela sabia que ele não estava com dor. Pelo menos ela sabia que ele não estava com medo.

E assim, os dois homens mais importantes da vida de Helena Campos foram tirados dela exatamente da mesma maneira.

Com essa percepção, ela de alguma forma só teve um pensamento. Pelo menos, dessa vez, ela não teve que ver.

——

Helena estava ao lado do corpo do marido, sua mão pairando sobre a dele. Ela queria se despedir. Ainda assim, ela estava com medo.

Ela tinha medo de dizer adeus, porque sabia que isso tornaria tudo real. Ela tinha medo de descobrir o rosto dele, porque não sabia que suportaria ver a falta de cor em suas bochechas. Ela tinha medo até de segurar a mão do marido, porque sabia o quão fria seria.

E ela não conseguia deixar de pensar em tudo o que eles tinham compartilhado juntos.

——

Bom dia, querida. o homem a cumprimentou, fazendo-a levantar os olhos do artigo sobre displasia craniofacial, a doença de Jake.

Bom dia. ela respondeu com um sorriso, antes de voltar a ler.

Quando sentiu o homem se aproximando e espiando por cima do seu ombro, ela olhou para trás com um olhar questionador, mas divertido.

Displasia craniodiagnóstica? Acho que você também é cirurgião? Mark Sloan. o homem se apresentou com um olhar um tanto predatório, seus olhos dançando por todo o corpo dela.

Sim, bem, estagiária cirúrgica. Helena Campos. a garota estendeu a mão, na esperança de que o tratamento profissional o desencorajasse do flerte.

•••

Sabe de uma coisa, por que você não se entra na cirurgia que eu tenho agora? Meu interno não está em lugar nenhum e se eu precisar de um interno, é melhor que eu tenha a melhor. ele disse a ela, agora mais sério.

Enquanto os olhos da garota se arregalavam com seu sorriso, ela agradeceu e correu para pegar uma touca cirúrgica e protetores de sapato. Oh, obrigada, Dr. Sloan. ela se lembrou de agradecer antes de desaparecer pelo corredor, pulando levemente.

Mark Sloan não gostava de estagiários. Eles geralmente eram irritantes, incompetentes e puxa-sacos. No entanto, ele não conseguia deixar de ter uma quedinha por uma estagiária em particular.

•••

Obrigado, Lee. ele disse a ela, sorrindo, enquanto a mão dela agarrava a dele em conforto. Sabe, eu... ele começou, abaixando a voz para um sussurro. Eu deveria ter sido pai esta semana. É que... Eu queria ser pai, sabe? Embora agora eu esteja começando a pensar que não seria ótimo nisso.

Addison me contou. Helena admitiu. Eu... Eu sinto muito. Pelo que vale, acho que você teria sido um ótimo pai. Posso ver isso em seus olhos. Eles me dizem que você teria sido um bom pai, que você é um bom homem.

•••

Mark a pegou no colo e a girou levemente, risadas saindo dos lábios de ambos. No entanto, sentindo o corpo do outro pressionado contra o deles, ambos pararam de rir logo, reconhecendo mais uma vez os sentimentos que tinham um pelo outro.

(...)

Quando seus lábios se juntaram, a mão de Mark no rosto de Helena, eles compartilharam um beijo profundo e suave, sem senso de urgência ou pressa. Quando eles se afastaram do beijo, eles juntaram suas testas por um segundo, olhando nos olhos um do outro.

•••

Eu quase te perdi... ele sussurrou enquanto pensava por um segundo, antes de olhar para a garota. Eu não quero te perder. O que... O que me faz pensar... Eu quero mais. Eu quero mais do que... Do que entrar furtivamente no seu quarto e beijos secretos quando ninguém está olhando. Eu quero mais do que encontros de serviço de quarto. Eu quero ser capaz de te beijar e dizer a quem quiser ouvir que você é minha, e que eu sou seu. Eu quero que você seja minha, Lee. Mark disse a ela, parecendo um pouco nervoso.

Helena observou Mark falar, seus olhos suavizando a cada palavra e seu sorriso crescendo. Quando o homem terminou, ela agarrou sua blusa cirúrgica e puxou para um beijo suave. Quando seus lábios se separaram, o homem perguntou. Isso é um sim?

Claro que sim, Mark! ela o beijou mais uma vez, o casal deixando suas testas encostarem uma na outra enquanto ele terminava. Olhando em seus olhos, ela sussurrou. Eu sou sua. Eu sou toda sua.

•••

Eu... Eu gosto de ouvir você divagar. E eu também gostaria de, você sabe, entender um pouco do que você divaga enquanto dorme. Então eu estava pensando, talvez você pudesse me ensinar um pouco de português? ele perguntou.

Com isso, o coração da moradora se aqueceu. O namorado dela tinha acabado de pedir para ela lhe ensinar português, algo que seus parceiros anteriores nunca tinham feito. E, mesmo que ela não tenha verbalizado isso na época, foi naquele momento que ela soube que o amava.

•••

Eu te amo.

Eu... Você me ama? a garota perguntou, sua expressão suavizando enquanto seu sorriso aumentava.

Sim. Eu te amo. Mark disse a ela, claramente seguro de suas palavras.

A garota segurou o rosto dele com as mãos, olhando nos olhos azuis enquanto falava. Eu também te amo. Helena sorriu para ele, suas covinhas aparecendo. Eu realmente amo, eu te amo.

•••

Mas, isso, Lee... Isso é lindo. ele deu um beijo na cicatriz atrás da orelha dela. E isso também. ele fez o mesmo na da nuca dela. E essa também. seus lábios encontraram a cicatriz na parte externa da coxa dela. Então, ele se moveu para dar um beijo nos lábios da garota de olhos marejados. Isso não faz de você uma vítima, ouviu? Isso faz de você uma sobrevivente. E eu te amo, com cicatrizes ou sem cicatrizes. Eu te amo.

•••

Lee, eu te amo tanto, tanto. Quero passar o resto da minha vida com você, quero ser a razão do seu sorriso todos os dias, quero formar uma família com você. Não consigo imaginar minha vida sem você, e nunca quero ter que fazer isso. Então, Helena Maria Silva Lima Campos, você quer se casar comigo?

Enquanto Mark falava, sua voz segura e amorosa, os olhos de Helena se encheram de lágrimas, a garota comovida com suas palavras.

Quando ele terminou, a garota soltou, uma lágrima escorrendo pela bochecha e seu sorriso largo. Sim, sim, sim!

Enquanto ela respondia, Mark soltou uma risada, movendo-se para colocar o anel delicado no dedo da garota. Depois que ele foi colocado e Mark estava de pé, Helena quase pulou nos braços do homem, Mark a pegou e a girou enquanto risadinhas caíam dos lábios de ambos.

•••

Mark começou, pegando a aliança de Helena e falou. Com este anel, eu, Mark Everett Sloan, recebo você, Helena Maria Silva Lima Campos, para ser minha esposa. Através do bem e do mal, da felicidade e da tristeza, eu prometo amar e cuidar de você incondicionalmente. Eu prometo tratá-la como minha e me permitir ser seu, encarar a vida com você como minha parceira. Para o bem ou para o mal, porque você me faz querer ser a melhor versão de mim mesmo todos os dias, para você. ele terminou, lágrimas em seus próprios olhos enquanto deslizava a aliança no dedo de Helena, que tinha algumas lágrimas rolando pelo rosto enquanto ela ria levemente.

Com este anel, eu, Helena Maria Silva Lima Campos, recebo você, Mark Everett Sloan, para ser meu marido. Eu juro sempre fazer meu lar em seu coração e permitir que você faça seu lar no meu. Eu juro, para o bem ou para o mal, ser sua família e amar você como tal. Eu prometo aceitar, apoiar e cuidar de você enquanto eu viver. ela prometeu, colocando o anel no dedo de Mark.

•••

Vamos ter um bebê. Mark deixou escapar, sua voz cheia de admiração e excitação.

Vamos ter um bebê. ela confirmou com uma risada, enquanto o homem se movia para beijar a morena.

Depois que Mark se afastou, eles encostaram suas testas uma na outra, lágrimas se formando em seus olhos, enquanto ele engasgava. Eu vou ser pai e você vai ser mãe.

Nós seremos uma família. ela sorriu de volta, com lágrimas nos olhos enquanto Mark deslizava a mão em sua barriga.

Abaixando-se, ele puxou a blusa de Helena para cima, expondo um pedaço de pele onde ele pressionou um beijo. Olá, bebezinho. É seu pai, aqui. Estamos tão animados em ter você.

Estamos. Helena concordou com uma fungada, Mark se levantou para pegar sua mão e guiá-la até o sofá.

•••

N-nós temos uma pequena bolha. Eu tenho uma pequena bolha crescendo dentro de mim.

Enquanto seu lábio começou a tremer, a garota deixou uma lágrima cair, Mark perguntou. O que foi, querida?

É uma mancha bonita! ela explicou, como se fosse óbvio, fungando e enxugando os olhos. E eu estou hormonal, cale a boca. depois de se recompor, ela pediu com um largo sorriso. Posso tirar uma foto dela?

•••

Ao entrarem no quarto, encontraram um pequeno bebê enrolado em um cobertor rosa, nos braços da mãe. Ao lado deles, Mark olhou por cima dos ombros da esposa, um dedo traçando a bochecha da filha, enquanto seu sorriso era tão largo quanto o de Helena.

Pessoal, conheçam Alice George Campos Sloan.

•••

Papai! gritou o bebê, com um sorriso no rosto.

É isso mesmo, Ali, eu sou seu pa... no entanto, ao notar a camisa que o bebê estava vestindo, o homem congelou por um momento.

IRMÃ MAIS VELHA.

Com olhos arregalados e animados, Mark se virou para sua esposa, que riu de sua expressão. Era uma mistura de choque e euforia.

Ir-irmã mais velha? Mark perguntou, sua voz embargada pela emoção. Você es...?

Estou grávida, Mark. Helena assentiu, seu sorriso largo e seus olhos marejados. Nós vamos ter outro bebê.

•••

Lee. ele gritou, acrescentando, brincando. Onde você estava?

Com isso, Helena praticamente se lançou sobre os braços dele, enterrando a cabeça em seu ombro enquanto os dois se abraçavam.

Você está bem. ela murmurou, com lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto ela soluçava no ombro dele, aliviada.

Estou bem, querida. ele sussurrou de volta, sentindo o cheiro reconfortante no cabelo da esposa. Estamos bem.

•••

Quando Mark foi até Helena, ele deu um beijo em sua testa por trás, fazendo a garota olhar para cima com um sorriso com covinhas. Virando-se, ela deu um beijo em seus lábios, um sorriso bobo tomando conta de seu rosto enquanto seus olhos se concentravam no antebraço do homem.

Rindo, ela apontou para o adesivo que ainda estava lá da manhã em casa, Alice tendo colado vários deles nos braços do homem.

Você esqueceu de comprar uma. ela ressaltou com um sorriso.

Olhando para o braço, Mark riu enquanto tirava o adesivo da Hello Kitty e o colava na testa da esposa.

•••

Você está usando uma coroa. ela ressaltou, com uma risadinha.

Eu estou. Mark admitiu, enquanto Alice vestia sua roupinha de princesinha. Ela trouxe o português, você sabe que eu não consigo resistir.

Eu sei. ela sorriu, então deu um beijo na testa de Alice. Você está aprendendo os truques da mamãe, pequenina?

A criança apenas riu enquanto colocava uma tiara no topo da cabeça de Helena, que a ajustou.

Bem, Princesa Alice, o que estamos fazendo hoje? Você quer brincar de coroação ou... Ungir mamãe ou papai como cavaleiro? a mulher sugeriu, sentando-se ao lado do marido.

Com isso, a menina cuspiu. Coro- rono- ração!

Com uma risada, Mark avaliou. Temos que trabalhar nisso, mocinha.

•••

Mark? Helena chamou, do seu banheiro. Mark, querido?

Já vou. ele gritou de volta, entrando no quarto deles. Acontece que Alice não quer usar o vestido vermelho, afinal, ela está se trocando para...

Mark congelou ao ver Helena na frente da pia, com lágrimas nos olhos. O que aconteceu?

Com isso, ela sorriu largamente, pegando o teste de gravidez atrás das costas. Vamos ter outro bebê.

Nós... Sério? ele sorriu, sua esposa assentiu. Depois de pressionar um beijo em seus lábios, ele murmurou, levando sua mão até sua barriga. Nós vamos ter outro filho, Lee.

•••

Pessoal, conheçam Caroline Maria Campos-Sloan.

•••

Onde você acha que estaremos quando estivermos velhos e enrugados?

Eu acho... Eu acho que ainda estaremos aqui, nesta casa. Espero que não precisemos ir para um asilo, porque cuidaremos uns dos outros. Eu acho... Que vamos operar até não podermos mais, e então fazer pequenas competições bobas com galinhas, para reviver quando fizemos isso com humanos. E você obviamente vencerá, na maioria das vezes, mas eu realmente não vou me importar, porque você é você.

•••

Sabe, às vezes eu olho para a nossa família, para o meu trabalho, para você, e quase não consigo acreditar. ele balançou a cabeça. Por muito tempo, nunca pensei que conseguiria ter algo assim. Um casamento, filhos, uma família... Nunca pensei que seria bom para isso. Nunca pensei que alguém fosse querer algo assim comigo. E então, agora... É como se eu tivesse tudo o que eu poderia querer.

•••

Com uma respiração profunda e trêmula, Helena levantou o lençol que cobria o rosto do marido, sufocando um soluço ao vê-lo.

Então, ela agarrou a mão dele, enquanto sussurrava em seu ouvido. — Obrigada, Mark. Obrigada por fazer a mim e às meninas as mais felizes do mundo, por ser o melhor pai e marido que eu poderia ter esperado. Obrigada por me confortar, por me fazer rir, por me proteger e me dar algo para proteger. Obrigada por me amar mais nestes últimos 8 anos do que eu jamais poderia desejar ser amada em uma vida inteira. Adeus, querido. Eu sempre te amarei.

——

O rosto de Helena estava vermelho e inchado, na próxima vez que ela saiu do quarto do marido. Ela sentou-se ao lado de Meredith, que simplesmente olhou para frente.

— Uh, v-você assinou os papéis? — Helena perguntou, sentando-se com os joelhos no peito.

— E-eu fiz. E-eles vão desligá-lo em breve. — a loira assentiu.

— Ok. Você quer que eu esteja lá? — a morena perguntou.

— Não. Não, eu vou... Não. — Meredith balançou a cabeça. — E-você... As meninas, você falou com elas?

— Não. — Helena balançou a cabeça. — Eu não sei como... Eu não sei como.

— Ok. — Meredith assentiu.

Elas ficaram em silêncio por um momento, Helena pegando a mão de sua pessoa na dela. E, naquele momento, ambas ficaram gratas por não terem que fazer isso sozinhas.

——

Helena Campos observava suas lindas filhinhas no final do corredor, Alice desenhando alegremente em uma mesa enquanto Caroline simplesmente brincava com os lápis.

Ela observou a inocência delas, a inocência alheia delas, e saboreou isso. Porque ela sabia que, assim que ela contasse a elas o que tinha acontecido com o pai delas, elas não conseguiriam ter isso de volta.

Com uma respiração profunda, ela caminhou até o mais velho. — Ali, pequenina...

— Oi, mamãe! — ela sorriu, suas covinhas saltando enquanto ela levantava seu desenho. — Olha.

— Que lindo, querida. — ela assentiu.

— Onde está o papai? Podemos ir para casa agora? — a criança perguntou, enquanto Helena a pegava no colo, sentando-se com a menina no colo.

— Preciso te contar uma coisa, querida. — ela começou, já com lágrimas nos olhos.

— Não chore, mamãe! — Alice soltou, pressionando um beijo em sua bochecha. — Está tudo bem.

— Não, pequenina. Desta vez, não está tudo bem. O papai não vai voltar para casa conosco. — a médica disse à filha, com a voz trêmula.

— Mas por que?

— Seu papai sofreu um acidente com o tio Derek. Eles se machucaram. — Helena explicou. — Ele não pode vir para casa conosco.

— Ah, você precisa consertá-lo, mamãe? — a menina inclinou a cabeça.

— Não, baby. Eu não vou consertá-lo. Eu não posso consertá-lo. Papai... Alice, papai morreu. — ela revelou, uma lágrima rolando pelo seu rosto. — Ele está morto.

Com isso, Helena observou o lábio inferior da garotinha tremer. Mesmo que ela não entendesse bem o conceito de morte, ainda assim, ela entendeu uma coisa. Ela entendeu que seu pai não voltaria para casa. Nem agora, nem nunca.

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