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˖࣪ ❛ DÉCIMA PRIMEIRA TEMPORADA
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— BEM? — NICOLE PERGUNTOU a Arizona e Helena, na sala dos atendentes. — O que vocês decidiram?
— Eu não fiz isso. Fiquei acordada a noite toda. — Arizona soltou.
— Então você teve bastante tempo. — a mulher mais velha brincou.
— Você não pode lançar uma bomba como 'Tenho um tumor cerebral' e esperar que eu decida qualquer coisa. — a loira argumentou.
— Eu preciso de mais. — Helena falou. — E-eu não tenho informações suficientes para tomar uma decisão acertada.
— Você não precisa saber nada que já não saiba. — ela encolheu os ombros, abrindo um frasco de remédios.
— Bem, sim, eu preciso. Tipo, por que as pílulas?
— Estou com enxaqueca. E você não está ajudando. — Nicole ergueu uma sobrancelha.
— Vê, olha! Como podemos saber se é realmente apenas uma enxaqueca ou se é um tumor? Quero dizer, que tipo de tumor é esse? Eu preciso saber o que esperar. Preciso saber se você vai sentir tremores durante a cirurgia ou falar mal enquanto me explica um procedimento... Preciso saber se isso não coloca os pacientes em perigo. Preciso saber mais. — Helena divagou.
— Você não consegue! — Nicole a interrompeu. — Claro que não farei nada que coloque meus pacientes em perigo. Estou lidando com minha situação com responsabilidade, mas é a minha situação, e você não tem direito a isso. Você tem direito ao meu conhecimento, aos meus anos de descobertas e erros, e becos sem saída, e sangue, e suor, e inovações pelas quais vocês não terão que passar. Essa é a chance de levar meu trabalho para o seu futuro. Então, por favor, decidam? — ela perguntou, então se levantando. — As cirurgias estão canceladas, volta no meu serviço, tenho consulta marcada. E não pergunte o que é, porque, claro, não vou te contar.
Ao fechar a porta atrás dela, Helena soltou um suspiro exasperado. — Deus, isso é frustrante.
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Helena estava fazendo um ultrassom em um dos pacientes de Herman, perguntando o bebê do pai. — Onde está a Dra. Herman?
— Você ligou para minha mãe? — a mãe perguntou a ele.
— Você disse para esperar até que houvesse algo com que se preocupar.
— Bem, agora estou preocupada. — ela murmurou. — Por que ela não está se movendo?
— Emily, Corey, estou preocupada que seu bebê possa estar sangrando no próprio tumor, o que está deixando-o anêmico. — ela soltou, forçando seu rosto a permanecer calmo e sua voz impassível, enquanto limpava o gel da barriga da mulher.
— Oh meu Deus. Ela vai ficar bem? — ele perguntou.
— Onde está a Dra. Herman? — a mãe queria saber.
— A Dra. Herman teve uma consulta com outro paciente. — ela sorriu, tranquilizadora. Era melhor mentir, neste caso.
— Bem, ela pode fazer alguma coisa, certo? — Corey perguntou. — Ela disse que faria de tudo para que o bebê nascesse. Esse era o objetivo do planejamento da cirurgia fetal.
— Esse ainda é o ponto, Corey. Esse ainda é o objetivo. — a garota baixinha assentiu. — A Dra. Herman provavelmente realizará uma transfusão intra-uterina. Vou colocá-la em dia e nós duas voltaremos e conversaremos com você sobre como seguir em frente.
Ao sair da sala, Helena tirou o celular do bolso, com o rosto caído. Ao se aproximar do Arizona, ela perguntou. — É melhor a Dra. Herman atender o telefone. É melhor ela atender o telefone, ou o bebê de Emily Jensen vai morrer.
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— Você pode, por favor, tentar de novo? — Helena insistiu, no posto central de enfermagem, esperando que talvez isso fizesse Nicole entrar. — Eu sei que você já ligou para ela várias vezes, mas é uma emergência.
— Claro, Dra. C. — Dave, o enfermeiro, assentiu.
Do outro lado do posto de enfermagem, ela captou um fragmento de uma conversa entre Amelia e um familiar de um paciente.
— Amelia! Você é... Médica? — a mulher perguntou, fazendo Helena sorrir para si mesma. Geralmente era bom encontrar velhos amigos com quem você perdeu contato.
— Eu sou sim. — a mulher assentiu.
Ela tentou novamente o telefone de Nicole, que simplesmente tocou, voltando a atender a caixa postal. Batendo o pé com impaciência, ela suspirou, virando-se para a enfermeira. — Obrigada, Dave. Vou continuar tentando o celular dela.
Só então, ela ouviu a ruiva de Amelia começar a aumentar o tom. — Com licença, preciso de um médico diferente. Ela... Ema não pode tocar na minha mãe. Preciso de um médico diferente, agora mesmo!
— Ok, acalme-se... — Amelia insistiu.
— Não, eu quero outro médico! — ela gritou.
— Oi, senhora. Qual é o problema aqui? — Helena entrou, com um sorriso no rosto.
— Ela não pode tocar na minha mãe! — a mulher gritou. — Ela é viciada em drogas! Não posso permitir que ela opere meus pais.
Com isso, as pálpebras da garota baixinha tremeram em confusão, enquanto ela soltava a voz. — Garanto a você, Dra. Shepherd é uma das nossas melhores...
— Ela é uma viciada! — ela gritou.
— Com licença, não posso permitir que você fale com um de nossos médicos dessa maneira, senhora. Por favor, acalme-se, e podemos... — Helena insistiu, colocando uma mão reconfortante no antebraço da mulher.
— Eu a conheci na narcóticos anônimos! Ela é viciada em oxi. Ela teve uma overdose com o namorado e acordou com ele morto na cama com ela! Quero outro médico! — ela gritou, fazendo todo o pronto-socorro olhar, enquanto Owen se aproximava da mulher, ainda com seu vestido amarelo de trauma.
— Por favor, venha comigo. — ele insistiu, colocando a mão em seu ombro.
— Você a mantém longe deles! — ela gritou.
— Não se preocupe, eu cuido disso. — Derek anunciou, imediatamente levando seu paciente.
À medida que a sala se acalmava, Helena ficou com os olhos arregalados, olhando para Amelia com os olhos marejados.
— Helena, eu não estou... — ela murmurou.
— Ei, ei, está tudo bem. — Helene assentiu. — Você não me deve uma explicação, está tudo bem. Ela não tinha o direito de expor seu passado daquele jeito, você não precisa se explicar para mim. Você não fez nada de errado.
— Obrigada. — Amelia assentiu, pois Helena pôde vê-la contendo as lágrimas.
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— Você bipou, querida? Três vezes? — Mark perguntou, entrando na creche e vendo Helena olhando para a filha mais nova.
Com um zumbido, ela confirmou. — E-eu fiz. Sinto muito, mas estou meio que pirando. Daí o tempo de Cara. O tempo de Cara ajuda. Tentei pegar Ali também, mas ela estava muito entretida brincando de cirurgiã com Zola e Sofia. Elas estão usando plasticina como órgãos.
— Ok. — ele franziu as sobrancelhas em preocupação, colocando a mão nas costas dela. — O que está errado?
— Tenho uma mãe cujo feto está sangrando no TCT, ela precisa de uma transfusão intrauterina. É inserir uma agulha de 15 centímetros na veia umbilical, sem romper membranas ou induzir bradicardia. Agulha de 15 centímetros, Mark! Nunca fiz uma, e Herman está em algum tipo de compromisso supersecreto, por causa de sua situação supersecreta.
— Ok. — ele assentiu, no entanto. Sua esposa lhe contou sobre o câncer da mulher e pediu-lhe que guardasse segredo. Um de seus maiores pontos fortes sempre foi a comunicação, e eles odiavam ter que guardar segredos entre si. — Então você mesmo entrega e conserta o SCT, você é ótima em SCT.
— Ela está com 28 semanas... — Helena suspirou. — O objetivo de ver Herman era fazê-la nascer.
— E isso é ideal, seria ótimo se ela estivesse aqui. Mas ela não está. E você sabe como salvar essa criança. — Mark encolheu os ombros.
— Ok. — ela assentiu. — Bem, você está certo. — então, pegando o telefone, ela deixou uma mensagem de voz para a mulher. — Dra. Herman, é Helena. De novo. E-eu não sei se você leu minhas mensagens ou ouviu minhas outras mensagens de voz, mas o bebê Jensen está anêmico, o fluxo MCA é 70. E-se eu não receber notícias suas em... 30 minutos, farei uma cesariana e ressecarei a tomografia computadorizada.
Ao desligar o telefone, Helena anunciou. — Estou marcando uma sala de operação. Ok. Vai ficar tudo bem. Obrigada.
Ela deu um beijo na testa do bebê, depois nos lábios de Mark e depois no bebê novamente.
Enquanto ela se afastava um pouco mais para dar o beijo em Alice também, Mark murmurou para sua filha mais nova. — Mamãe está enlouquecendo, não é? Mamãe está ficando louca.
— Mãe... Mamãe! — o bebê soltou.
Com isso, a boca de Mark se abriu de surpresa, um sorriso se formando em seus lábios.
— Lee, Cara acabou de dizer... — o homem se interrompeu quando ela percebeu que a mulher já havia partido. Então, estreitando os olhos para o bebê, ele considerou. — Talvez eu não conte a ela, e conto que você disse 'papai' até então, para que possamos fingir que aconteceu primeiro pelo menos uma vez, uh? Você pode dizer 'papai' para mim, ervilha?
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— Por favor, ligue, por favor ligue, por favor ligue... — Helena murmurou baixinho, olhando para o relógio, na sala de lavagem.
Assim que os trinta minutos terminaram, ela discou o número de Herman. — Oi. É Helena, mais uma vez. Sinto muito, mas você não me deixou escolha. Eu tomei minha decisão. Eu vou fazer isso. Eu posso fazer isso, porque nem sei se você está viva, muito menos saudável e ok, eu tenho que entrar, estamos sem tempo. E, assim que eu sair da cirurgia, eu acabo com isso. Não sei se Arizona quer fazer a bolsa, mas já terminei.
E, com isso, ela desligou o telefone, colocou a máscara e começou a se limpar.
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— Aqui vamos nós. Aqui está ela. — Helena sorriu, tirando o bebê, enquanto Graham lavava-se com ela, Arizona monitorando o serviço de Herman.
Ela entregou o bebê a um residente do sexto ano de pediatria, que assentiu. — Eu estou com ela.
— Tudo bem, agora vamos exteriorizar o útero. — Helena assentiu.
— Iniciando uma linha umbilical. — a residente anunciou, fazendo Helena olhar para trás, por um momento.
— Como ela está, Miller? — a atendente perguntou.
— Vamos pré-oxigená-la antes de intubarmos. — o residente instruiu.
Helena olhou entre o bebê e a mãe, perguntando então a Graham. — Você pode lidar com isso?
— Eu só fiz cerca de um milhão de cesarianas. — ele assentiu.
— Miller? — Helena perguntou.
— Ela não parece bem. OR 7 está esperando por nós. — o homem disse a ela, fazendo Helena olhar para Graham.
— Graham? Eu vou com o bebê. Venha me encontrar quando terminar, por favor. — Helena solicitou, aproximando-se do bebê, levantando as mãos para se manter estéril.
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— Ok, você tem que fazer a ressecção com muito cuidado, especialmente com um bebê tão prematuro. — Helena instruiu o residente.
Só então, uma enfermeira abriu a porta da sala de cirurgia. — Dra.. Campos? Dr. Maddox perguntou por você na sala de cirurgia 6.
— É simplesmente uma cesariana. — Helena murmurou uma reclamação baixinho.
— Ele diz que é urgente. — a enfermeira avisou.
— Ok. Ok, por favor ligue para Robbins para saber disso ou de outro pediatra. Você entendeu, Miller? — ela perguntou.
Enquanto o homem assentia, Helena correu para a outra sala cirúrgica.
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Depois de se lavar rapidamente, Helena entrou na sala de operações 6, imediatamente se deparando com o caos, desde o bipe até os rostos preocupados da equipe.
— Coloque o sangue em um infusor rápido! — gritou Graham.
— Graham? O que está acontecendo? — ela perguntou, tentando manter a voz firme, ao notar a quantidade alarmante de sangue saindo do abdômen da mulher.
— A placenta estava aderida e quando comecei a puxar tudo começou a sangrar! — ele gritou, em pânico.
— Quantas unidades ela passou? — a morena perguntou.
— E-eu não sei.
— Graham! — ela insistiu, um pouco chocada com a incompetência dele.
— Oito. — o anestesista contou a ela.
— Oh Deus. — Helena murmurou.
— Eu fiz o que deveria! Puxei a placenta! — ele surtou.
— Vista-me agora mesmo. Rápido, por favor. — Helena instruiu, enquanto murmurava. — Droga, Graham... Parece placenta percreta. provavelmente está invadindo estruturas mais profundas. Nossa, eu não sou a obstetra, você é! Você não viu isso?!
Como o menino ficou quieto, Helena perguntou, enquanto as enfermeiras lhe entregavam a luva. — P-por que ninguém o impediu?
Com isso, o anestesista lançou-lhe um olhar. Um que indicava que eles haviam tentado. Helena quase podia sentir seu sangue começar a ferver quando ela entrou em ação.
— Tudo bem, uh, ligue para Hunt ou qualquer cirurgião de trauma de plantão, por favor. — ela olhou para uma das enfermeiras, aproximando-se da mesa assim que ela estava vestida e com luvas.
— Ok. — ela anunciou.
— Graham, mova-se. — Helena disse a ele, cutucando-o com o cotovelo. — Mova-se!
Enquanto a enfermeira colocava o degrau onde ela precisava ficar, Helena subiu, pegando alguns pontos para começar a trabalhar.
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— Estou aqui! — April anunciou, entrando na sala de cirurgia. — Placenta percreta, invadindo o intestino e a bexiga, certo?
— Sim. Hunt não pôde vir? Eu não queria que você visse isso... — Helena murmurou.
— Oh, por favor. Onde você precisa de mim? — ela perguntou.
— Entre aqui e comece a apertar, por favor. — Helena instruiu.
— O ultrassom não detectou isso? — a ruiva perguntou.
— Não, nem mesmo Herman viu... — ela justificou, depois sussurrou com raiva para si mesma. — Embora se Graham tivesse prestado mais atenção, ele poderia ter notado antes de ter puxado demais a placenta...
— Mulheres grávidas têm maior volume sanguíneo, vasos distendidos, sangram mais rápido... — Graham tentou se defender, quase sentindo a frustração da pequena mulher, embora não tivesse ouvido suas palavras.
— Economize, Graham. O que está feito, está feito. — Helena soltou, sentindo a cavidade corporal. — Oh, não. Não, não, não, não. Estende-se até o rim dela.
— E o ureter... Almofada de colo! — Kepner tentou, enquanto Graham olhava entre as duas, claramente em pânico.
— Continue a transfusão, por favor. Ela está perdendo um litro a cada dois minutos. — Helena contou às enfermeiras, enquanto trabalhava.
— Meu Deus. Como é que alguma de nós tem filhos...? — April sussurrou.
— Veja, é por isso que eu não queria que você estivesse aqui. — a mulher mais jovem apontou.
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Alguns tempos depois, enquanto ainda trabalhavam, instruiu Kepner. — 3.0 seda. Pendure outro até.
— Ela examinou 100 unidades de hemoderivados. — Graham respirou fundo.
— Dra. Campos, a Dra. Robbins está pedindo para ver a senhora. — uma enfermeira gritou.
— O bebê. — Helena franziu o rosto, fechando os olhos de preocupação por um momento. — Ela disse qual é o problema?
— Acabou dizendo que eles precisavam de você. — ela respondeu, encolhendo os ombros.
— Vá. — April acenou com a cabeça para sua amiga.
— Não posso deixá-la assim... — Helena murmurou.
— Eu a peguei. Certifique-se de que seu bebê esteja bem. — ela instruiu.
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Helena correu para a outra sala cirúrgica como não fazia há muito tempo. Encontrando-o vazio, a equipe de limpeza ali, ela perguntou. — O que aconteceu? Onde está a Dra. Robbins?
— Ela já subiu, Dra. C. — eles responderam, fazendo Helena ativar sua cura.
Ela correu pelos corredores e escadas, finalmente chegando ao posto de enfermagem, sem fôlego. — O que é isso? O que há de errado?
— Ah, não, já terminei. — a loira sorriu. — Eu sei que você estava preocupada, então pensei que você gostaria de atualizar o pai.
— Arizona, não, a esposa dele está...
— O bebê está bem? — o homem perguntou a elas, aproximando-se.
— Sim. A cirurgia correu bem, seus sinais vitais estão bons. Ela provavelmente precisará ficar na UTIN por um tempo, mas ela está com boa aparência. — Arizona disse a ele, Helena mordendo o interior da bochecha.
— Emily, você a viu? — ele perguntou à garota mais baixa.
— Ela ainda está em cirurgia. Houve algumas complicações durante a cesariana. — ela explicou, seu tom calmo, enquanto se forçava a não mostrar sua respiração irregular por causa da corrida.
— Espere, ela ainda está em cirurgia?
— Garanto a você que estamos fazendo tudo o que podemos. — Helena assentiu. — Eu-eu tenho que voltar para a sala de cirurgia.
— Tudo o que você puder?! Quão sério é isso?
— Ela... Ela perdeu muito sangue, Corey. — a cirurgiã admitiu.
— Onde está Dra. Herman? — ele perguntou. — Dra. Herman tinha um plano. Agora, você está com meu bebê em tratamento intensivo e minha esposa está sangrando até a morte. Eu nem sei quem vocês duas são!
— Eu tenho que voltar, Corey. — ela quase se desculpou enquanto caminhava pelo corredor. Assim que desapareceu de vista, Helena começou a correr novamente.
Ao entrar na sala de cirurgia, ela ouviu April declarar. — Hora da morte, 18h22.
Num canto, Graham soluçava, com a luva ensanguentada na testa.
Quando a porta se fechou atrás dela, Helena murmurou um palavrão em português baixinho, arrancando a máscara cirúrgica.
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— E o bebê está bem? — Helena perguntou a Arizona, as duas andando pelo corredor.
— O bebê está bem. Ela está bem, estável. — a loira assentiu. — Você deveria me deixar fazer isso.
— N-não. Sou eu quem deve contar a ele. — Helena balançou a cabeça, lágrimas brotando de seus olhos. — Como faço isso, Arizona? Como posso contar a um homem que sua esposa morreu? Por minha causa?
— Herman deveria estar aqui. — Arizona tranquilizou.
— Mas ela não estava. Eu estava. Emily era minha responsabilidade, fui eu quem a perdeu. — Helena murmurou.
— Então deixe-me fazer isso. Você não precisa, Lena. — a mulher mais velha sugeriu.
Ao verem Herman já conversando com o pai, a Dupla Covinhas trocou um olhar, antes de Helena entrar na sala.
— A placenta percreta é muito difícil de diagnosticar e, em casos tão graves como o de Emily, geralmente é... Intransponível. — a mulher explicou. — Se o seu bebê tivesse nascido, é provável que Emily tivesse morrido.
— Não. — Corey balançou a cabeça.
— Corey, é isso que você precisa entender. — a mulher contou a ele, enquanto Helena mordia o interior da bochecha. — Se eu tivesse feito a cirurgia que planejamos, é provável que no futuro teríamos perdido Emily e sua filha. A Dra. Campos fez tudo ao seu alcance por sua esposa, mas ela salvou a vida de seu bebê. Seu bebê está vivo por causa de dela.
★
— O que é que foi isso? — Helena perguntou, com raiva, enquanto as duas mulheres entravam na sala dos atendentes. — Se foi uma tentativa de... Mão muda nada, principalmente depois de hoje. Não consigo. Você me deixou em paz, me abandonou sem ao menos me contar o que estava acontecendo! — quando Herman entrou no banheiro, ela continuou. — Você sabia que eu estava perdendo a cabeça, você não me deixou escolha a não ser tirar aquele bebê! Você sabia que... — ela foi interrompida pelo som de vômito, vindo de dentro do banheiro.
Helena soltou um suspiro, deixando a cabeça cair para trás em derrota.
Ao sair do banheiro, Nicole passou um desinfetante para as mãos. — Vá em frente. Termine o seu trabalho.
— N-não, eu... — Helena murmurou.
— Ah, não. Vá em frente. Tire isso. — ela incentivou, sentando-se, enquanto Helena lhe passava um lenço de papel. — Obrigada.
Helena sentou-se ao lado dela, enquanto ela murmurava. — Nicole, eu estava falando sério esta manhã. Preciso pelo menos saber o que está acontecendo com você. E-eu não posso me preocupar com onde você está e com os pacientes, não posso fazer isso. Então, o que está acontecendo?
— Ontem, meus médicos decidiram que eu precisava de uma radioterapia agressiva imediatamente. — ela explicou. — Então era onde eu estava hoje. Isso me atingiu um pouco mais forte do que eu esperava. Mas tudo o que eu disse para aquele homem era verdade. Você salvou um bebê que eu teria perdido. Eu observei você. Entrei na interface do hospital monitorei seu progresso o dia todo. Você tomou a decisão certa.
Helena mordeu o lábio, sentindo as lágrimas já brotando em seus olhos. — Isso não é verdade. Se você estivesse aqui, você teria...
Nicole balançou a cabeça em desacordo. — Não. A única coisa que eu poderia ter feito é realizar uma transfusão intra-uterina. Tentar manter o bebê um pouco mais, aproximá-lo do nascimento. E talvez, talvez pudéssemos ter detectado a percreta mais cedo. Mas isso não significa poderíamos ter feito qualquer coisa por ela que você não fez.
As duas ficaram em silêncio por um segundo, antes de Helena falar novamente, com uma nova determinação em sua voz. — Quero saber como fazer, a transfusão intrauterina. Preciso aprender, porque se tem uma chance que eu possa fazer... Preciso saber como. Para se acontecer de novo.
— Eu posso te mostrar amanhã. — ela sugeriu. — A menos que você esteja planejando conversar com o chefe Hunt.
Helena simplesmente balançou a cabeça enquanto murmurava. — Não.
— Vejo você amanhã. — Nicole ofereceu. — Vá para casa.
★
Naquela noite, Helena estava na casa de Alex, já que Mark havia trabalhado no turno da noite.
Com elas estavam Callie, Maggie e Meredith, destacou a nova contratada. — Esta era a casa de Ellis. Foi aqui que você cresceu.
— Era melhor antes de Alex destruí-lo. — Meredith sorriu.
— Ah, cale a boca. — ele riu. — Cheirava a livros.
— Bem, cheirava muito melhor quando eu morava aqui. — Callie apontou, tomando um gole de seu urso. — Agora cheira a Karev.
Alex riu alto, como Helena disse a ela, enrolada em um cobertor. — Isso é porque eu costumava colocar velas pela casa. Uma vez até coloquei uma no quarto de Alex.
— Você morou aqui também? — Maggie perguntou.
— Todo mundo morava aqui. — Helena, Meredith e Alex responderam ao mesmo tempo.
— Eu praticamente morei aqui com George, certo? — Callie perguntou. — George era meu ex-marido, ele estava na turma de residentes.
— Puxa, estou com saudades dele. — Helena murmurou.
— O'Malley. — Alex soltou, levantando sua cerveja. Todos seguiram o exemplo, exceto Helena, que não tinha. Ela simplesmente levantou as pontas dos dedos até o colar.
— Sinto muito, você é tinha um marido? — Maggie perguntou.
— Sim, ela também gosta de caras. — Alex apontou. — E Lena de garotas.
— Eu gosto. — Helena riu.
— Verdade. — Callie acenou com a cabeça em direção a Alex. — Eu fiz isso uma vez.
— Verdade. — Alex concordou.
Com um zumbido, Helena revelou. — Ela costumava transar com meu marido também. Embora eu tenha namorado George, então acho que estamos empatados. — com isso, as duas riram. — Eu nunca estive com Alex, no entanto.
— Eu também não fiz isso. — Meredith sorriu. — Mas eu beijei George. Uma vez.
— Foi um acontecimento e tanto. — Helena deu uma risadinha. — Eu ainda estava com ele, George tentou dormir com Mer. Então ele caiu da escada e conheceu Callie.
— Oh Deus. — Callie soltou.
— Sim. — Meredith assentiu.
— Estamos todos relacionados através do sexo. — a ortopedista apontou.
Com isso, o rosto de Helena se contraiu quando ela soltou a voz. — Oh. Parece quase impossível, já que só estive com duas pessoas desde que cheguei aqui, no meu ano de estagiário. Acho que é isso que você ganha se casar com um prostituto aposentado.
— Todos nós temos relações sexuais. Isso é terrivelmente estranho. — Callie torceu o nariz enquanto todos riam.
Quando o telefone de Helena tocou, ela o procurou debaixo do cobertor, atendendo. — Arizona?
— Oi. Eu provavelmente deveria ter ligado primeiro, porque agora estou na sua casa e não há ninguém aqui, mas alguém me disse para ir para casa e eu não tinha certeza de onde deveria ir. — ela explicou.
— Estou na casa do Alex, vou chegar lá o mais rápido possível e preparar um quarto para você, ok? — Helena ofereceu.
— Uh, coloque o telefone no viva-voz. — o homem sugeriu. — Ei, Robbins? Você pode ficar aqui, se quiser. Eu tenho dois quartos extras, e Lena está com as crianças e tudo mais.
— Obrigada. — Arizona soltou. — Eu irei, obrigada.
Ao desligar, ela viu Callie tomar um grande gole de cerveja, perguntando. — Você está bem? Eu sei que Mark é sua pessoa, mas...
— Ei, não se preocupe. Eu também morava lá quando descobri que ela me traiu. Está tudo bem. — ela tranquilizou. — De qualquer forma, ela vai ficar aqui, não na sua casa, então...
— Veja, todos nós vivemos uns com os outros. — Meredith apontou.
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