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˖࣪ ❛ DÉCIMA TEMPORADA
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10ª temporada, episódio 14
— OBRIGADA, QUERIDO. — Helena sorriu, enquanto Mark lhe passava uma salada de frutas, para ajudar com seus desejos.
A família sentou-se no sofá, a pequena Alice assistia ao seu filme favorito sentada no colo da mãe.
— Ei, estou muito feliz em lhe dar todo abacaxi que puder encontrar. — ele riu. — Agora, o que importa. Desta vez vou ganhar a aposta. Teremos outro menino.
— Honestamente, eu já te disse, não tenho ideia. — Helena deu uma risadinha, colocando um pedaço de fruta na boca. — O que você acha, Ali? Você vai ter um irmãozinho ou uma irmãzinha?
— Irmã. — a menina olhou para a mãe. — Eu quero uma irmã, mamãe.
— Nós não podemos escolher, pequenininha. — Mark sorriu para ela. — E, seja qual for o sexo deles, acredite, você vai querer intimidá-los, pelo menos no início.
Com isso, a garota simplesmente olhou entre os dois, confusa, antes de focar novamente na tela.
— Bem, e se eles têm um pênis, sempre há esperança para Alice. Nunca sabemos como eles escolherão se identificar no futuro. — ela encolheu os ombros.
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— Realmente? — a voz de Arizona suavizou-se com a pergunta que lhe foi feita.
— Sim, realmente. — Helena riu. — Já falei com Mark e concordamos que você deveria ser a madrinha. Como Callie já se tornou a madrinha de Alice depois... Depois de Lexie, pensamos que você deveria ser a madrinha dessa pequena. E você é ótima com crianças, com sua filha, então, sim... Você será a madrinha do bebê?
— Sim! — a loira riu, imediatamente dando um abraço na baixinha. — Claro que vou, Lena. Vamos, já somos praticamente esposas de trabalho!
— Os residentes estão olhando para mim. — April suspirou, juntando-se a elas no posto de enfermagem. — Eles estão todos apenas olhando para mim, me julgando, com seus olhinhos de residentes. Como costumavam olhar para você. — ela olhou para Arizona. — Olhos trapaceiros.
— Ah, sim, olhos de trapaceiro são os piores. Mas não é como se você merecesse, certo? Quero dizer, você e Jackson não são a mesma coisa. — a loira encolheu os ombros.
— Certo, quero dizer, foi uma decisão impulsiva, você acabou de perceber que o amava. Você não sabia antes, mas você sabe. Certo? — Helena perguntou.
— B-bem, eu-eu...
— Ei, Renée ligou. — Callie interrompeu, fazendo Arizona e Helena se olharem. Elas ainda precisavam obter qualquer informação sobre a situação de April e Jackson. — Os tapetes vão estar prontos às três, e depois temos um encontro com o notário às cinco.
— Ah, vocês vão assinar os papéis da casa hoje? — April soltou, feliz por mudar de assunto. — Isso é ótimo.
— Bem, talvez não. Não tem como eu sair daqui antes das cinco. — a ortopedista argumentou.
— Não, está tudo bem. Ele é um notário viajante, pode vir até nós.
— Ah, e eu tenho uma sorveteira que não consegui descobrir como devolver. Esse será o seu presente de inauguração. — April sorriu, saindo. — Parabéns.
— O que aconteceu? — Bailey juntou-se aos três presentes. — Você descobriu a sujeira dela e de Avery? Tenho tentado fazer com que Ben faça um reconhecimento com os residentes, mas ele diz 'eu não gosto de fofocar'.
— Bem, nada aqui também. — Helena encolheu os ombros.
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A cirurgiã pediátrica passou pelo posto de enfermagem do andar pediátrico quando ouviu um de seus filhos gritar.
Com isso, ela imediatamente correu para a sala, vendo um homem se voltando para a criança. — Ei, o que você está fazendo aqui?!
Quando o homem se virou para encará-la, porém, a própria médica deu um pulo de susto. Ele tinha bigodes e tatuagens por toda parte, seu rosto agora lembrando o de um gato. Com um grito, ela caiu, a parte inferior da barriga atingindo o chão.
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Helena se mexeu nervosamente enquanto Mark segurava sua mão, o obstetra fazendo um ultrassom.
— O bebê está bem? Por favor, me diga que ele está bem... — Helena implorou, com lágrimas nos olhos. — Q-quase não doeu nada, mas eu só... Me diga que ele está bem.
— Sim. — o médico de plantão sorriu. Eles tinham ido ao obstetra de plantão em vez do habitual, visto que era urgente. — Vou pedir que você fique atento a sangramentos e outros sintomas nas próximas 48 horas, mas ela parece bem.
— Ok, bom... — Helena suspirou.
— Ela está bem. — Mark repetiu.
Então, o casal pareceu perceber ao mesmo tempo, arregalando os olhos. — Ela?!
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Owen ficou na frente do conselho, que estava sentado na sala de reuniões. Helena estava confortavelmente descansando os pés no colo de Mark, o peso adicional da filha combinado com as horas em pé na cirurgia fazendo-os doer.
— Isso é sobre o que aconteceu com Alex e Ross? — ela perguntou, referindo-se a quando o atendente deu um soco no estagiário por colocar a vida de seu pai em risco.
— O que aconteceu com Karev e Ross? — a ruiva perguntou.
— Nada. — o trio soltaram em uníssono.
— Um de nossos residentes cirúrgicos apresentou uma queixa oficial ao Departamento de Recursos Humanos. Na verdade, três queixas separadas. Assédio sexual direcionado, assédio quid-pro-quo e ambiente de trabalho hostil. — ele informou, a sala explodindo em sussurros enquanto Helena se endireitava na cadeira.
— O que?
— Quem?
— Dirigido a quem?
— O RH não divulgará isso ou o nome do residente. — o chefe contou a eles.
Com isso, a maioria dos olhares se voltou para Jackson, sabendo que ele havia deixado Stephanie no casamento.
— Ambiente de trabalho hostil? — Callie zombou.
— Ela tem um caso, legalmente? — Arizona franziu as sobrancelhas.
— Uh, pessoal, eu amo todos vocês e lamento perguntar, mas por favor me digam que ninguém aqui assediou sexualmente um residente. — Helena falou.
— O-ok, não, claro que não. — Jackson balançou a cabeça. — Existe uma maneira de podermos, ou talvez eu pudesse falar com essa pessoa? Poderíamos simplesmente limpar o ar antes que fique fora de proporção...
— Você não deveria falar com ela sem um presente legal. — Mark discordou.
— E-e mesmo que seja infundado, se ela se sentir assustada ou assediada, provavelmente se sentirá ameaçada. — Helena concordou.
— Vocês estão perdendo o foco! — Owen interrompeu. — Não se trata de uma pessoa. Esta é uma reclamação sobre este hospital e este programa de ensino. Muitas vezes deixamos que nossas vidas pessoais atrapalhem nosso trabalho. Nenhum de nós está livre de culpa. Eu inclusive. Agora, o RH recomendou uma decisão clara, política de tolerância zero. — ele distribuiu os documentos.
— Excluindo-se os casais pré-existentes, não serão permitidas relações de natureza sexual ou romântica entre superiores e subordinados. — Meredith leu.
— É restritivo, não é negociável, mas é justo e, melhor ainda, é inequívoco. Peço a todos que votem para implementar isto.
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— O que eu perdi? — Helena perguntou, correndo para o saguão da frente, a multidão já se dispersando.
— Anúncio da polícia de calcinha. — Mark explicou.
— E Owen e Emma vão morar juntos. — Cristina contou a ela.
— Ele anunciou isso também? — a garota inclinou a cabeça, fazendo Mark rir.
— Não, graças a Deus.
— Sinto muito, Dr. Sloan, Dra. Campos? — Jo gritou, fazendo a garota se virar. — Temos algumas perguntas sobre a política.
Com isso, Mark pigarreou, antes de soltar, de forma pouco convincente. — Sim, uh, sobre isso, eu tenho que ir. Vou fazer uma cirurgia.
— Ah, você tem mesmo, Mark? — Helena estreitou os olhos para ele, o homem já se afastando, fazendo-a murmurar. — Covarde!
— Helena, isso não pode ser legal! — Jo disse ao participante.
— É. O hospital pode criar qualquer política em relação ao namoro de colegas de trabalho. — ela assentiu.
— Shepherd conheceu Gray quando ela era estagiária. Você conheceu Sloan quando era residente! E-e, quero dizer, e Warren e Bailey?!
— Ei, ei, ei, ei. Somos casados, então... — o homem encolheu os ombros.
— Se namorar colegas de trabalho é desaprovado, como eles vão conhecer alguém? — Jo fez referência aos outros residentes.
— Estou bem. — Shane balançou a cabeça. — Não precisa se preocupar comigo.
— Você passa metade da sua vida aqui, Shane! Este é o seu grupo de encontros. Por que sou a única que acha isso ridículo?! Você não deveria ser capaz de fazer isso conosco! — a garota soltou.
— Olha, Jo, ninguém está fazendo nada com você aqui. Na verdade, estamos fazendo isso por você. — Helena tentou explicar. — Um dos residentes se sentia inseguro aqui no trabalho. Houve uma denúncia anônima de ambiente de trabalho hostil e assédio sexual.
— Um dos nossos? — Shane franziu as sobrancelhas.
— Estamos tentando tornar este espaço de trabalho mais seguro para vocês. Porque se houvesse alguma forma de contribuirmos para um ambiente que de alguma forma facilitasse o assédio sexual, teríamos que tentar mudar isso pode surgir com relacionamentos entre subordinados e superiores. É suposto proteger você. — ela então olhou apenas para a residente à sua frente, compreendendo. — Eu sei que é uma droga, Jo, mas fizemos o que achamos que seria melhor para o maior número de pessoas.
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— Bom dia, Rory. — Helena sorriu, entrando no quarto de sua paciente adolescente com Callie. — Como estamos hoje?
— Além do fato de ter câncer nos ossos, estou ótima. — ela brincou, Helena se movendo para ouvir os sons de sua respiração. — Sério, olhe esse esmalte. É chamado de ruim até os ossos.
Sua irmã mais velha, pintando os dedos dos pés, soltou. — Vimos na farmácia e foi como se Deus nos mandasse comprá-lo.
— Não recebo ordens de nenhum Deus que me cause câncer duas vezes. — a garota encolheu os ombros.
— Cara, seu estúpido câncer no cérebro nos deu um cachorrinho e seu estúpido câncer ósseo está nos tirando das finais. — a irmã sorriu.
— Você tem razão. — ela concluiu. — Sim, Deus.
— Respire fundo por mim, por favor. — Helena solicitou.
— Tudo bem, hoje vai ser moleza. Vamos estadiar o tumor, fazer uma biópsia e depois traçar um plano de tratamento. — Callie explicou.
— Isso não é o tumor cerebral voltando? Quer dizer, foi há seis anos, mas... — o pai exalou.
— Não, eu olhei as anotações do Dr. Shepherd e seus exames de acompanhamento e realmente acho que você superou isso. Acho que este é um câncer totalmente separado.
— Você teve alguma dificuldade para respirar, Rory? — Helena perguntou, terminando seu exame.
– Não. — ela balançou a cabeça.
— Uh, ela diminuiu os sons respiratórios. — a morena contou a Callie. — Vamos fazer um estudo contrastado com aquela tomografia computadorizada de estadiamento.
Quando Callie se aproximou para ouvir, a mãe perguntou. — Por quê? O que você acha que é?
— O contraste apenas nos dá uma visão mais detalhada. — a cirurgiã pediátrica explicou, com um sorriso. — Além disso, dará aos dedos dos pés a chance de secar antes da biópsia.
Quando as médicas saíram da sala, elas trocaram olhares. Ambas sabiam que não era bom.
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— Vejo você antes de partir. — Derek contou a Meredith, enquanto as outras duas mulheres se juntavam a eles.
— Onde você está indo? — Cristina perguntou.
— Na verdade, tenho outra entrevista com a Casa Branca. — ele informou, virando-se em direções diferentes das mulheres.
— Legal. — Helena gritou, com uma risadinha.
— Ei, vocês duas querem dormir aqui? Vocês podem me ajudar a tentar descobrir enquanto minha pesquisa não está funcionando. E vocês podem me ajudar com as crianças. — a loira sugeriu.
— Tudo bem, mas eu tenho que trazer Ali, Mark vai ficar no turno da noite. Podemos dormir aqui? — Helena tentou.
— Claro. — ela concordou.
— Parece uma confraternização. — Cristina zombou.
— Bem, acho que não estamos planejando dormir juntos, então não acho que a regra se aplique. — Helena deu uma risadinha. — Você deveria vir, Cristina. Podemos conversar sobre Owen e Emma.
— Oh, o que há para conversar, Baby Einstein? Eles estão se mudando... Tanto faz. — ela encolheu os ombros.
— Eu tenho vinho. — Meredith disse a ela.
— Eu estarei lá. — ela assentiu.
— Figurado. — Helena encolheu os ombros.
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— O relatório preliminar parece osteossarcoma de alto grau, mas precisaremos de mais um dia para obter o relatório final. — Callie disse a Helena, as duas caminhando para o saguão da frente.
— E ainda precisamos descobrir o que está acontecendo com o peito dela. — a garota mais nova acrescentou.
— Ei! — Callie soltou a voz quando Arizona se juntou a elas. — Você mostrou a Kepner?
— Não, não, não, ela está trabalhando com Avery o dia todo, então eu não queria me gabar. — Arizona disse a eles.
— Mas então tomamos café, o anel brilhou e eu percebi, então Arizona o mostrou para nós duas de qualquer maneira. — Helena acrescentou, fazendo o casal rir.
— Houve gritos. — a loira acrescentou, ao chegarem ao topo da escada.
— Alex! — Jo gritou, passando pelas três mulheres e alcançando Alex. — Você não pode continuar ignorando meus pagers, nós realmente precisamos conversar.
— Agora não. — ele encolheu os ombros.
— Se não for agora, quando? Não podemos fugir para ter uma conversa privada, é proibido! — ela gritou.
— Oh, você pode parar? É apenas uma regra estúpida. Ninguém está levando isso a sério. — ele revirou os olhos, fazendo com que as três presentes trocassem olhares.
— Estou levando isso a sério! Você não precisa se preocupar com isso porque tem antiguidade, mas sou residente. É da minha reputação que estamos falando, da minha carreira! Eu sei que você acha que a regra é merda, mas não podemos simplesmente ignorar isso às minhas custas.
— Você está exagerando!
— Não, eu não estou!
— Então você vai rolar e deixar o hospital dizer com quem você pode ficar?
— Não há escolha! — lágrimas apareceram nos olhos da garota.
— Sempre há uma escolha! Você pode escolher tirar o melhor proveito de uma situação ruim. Você pode escolher agir como uma adulta. Você pode escolher não brigar na frente de todo o hospital. Você quer andar por aqui e fingir que não significamos nada um para o outro? Tudo bem, vou facilitar para você. Não significamos nada um para o outro, porque terminamos! — Alex foi embora.
— Não é isso que eu quero! Alex! — ela soluçou e depois foi embora também.
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10ª temporada, episódio 15
— Só estou dizendo que estou grávida de sete meses, ela precisa de um nome. — Helena exalou, enquanto levava uma mordida na melancia à boca, depois de passar para Alice seu próprio café da manhã.
Na cozinha, Mark lavou a louça da manhã, encolhendo os ombros. — Vai chegar até nós. O que você tem hoje?
— Procedimento de desvio para paciente de Byler, se a mãe concordar. — ela expirou. — Você?
— Enxerto de pele e rinoplastia. — ele informou.
Só então, eles ouviram um baque vindo deles, virando-se e vendo que Alice havia derramado seu suco de laranja em seu cobertor favorito, o amarelo claro que Lexie havia lhe dado.
— Ah, pequenina. — Helena levantou-se da cadeira, pegando as toalhas de papel para secar a bagunça.
— Por favor, mamãe. — a garota soltou a voz, seus olhos se enchendo de lágrimas.
— Ei, está tudo bem. — ela murmurou, enquanto Mark a pegava no colo.
— Vamos apenas te trocar, princesa. — ele disse à criança, que assentiu.
— Acidentes acontecem. Vou jogar o cobertor na máquina de lavar e vai ficar tudo bem. — a mãe sorriu tranquilizadora.
— Não! — a garota soltou um acesso de raiva. — Eu quero meu cobertorzinho!
— Mamãe vai lavar e você receberá quando chegar em casa, certo? — Mark tentou, enquanto tirava a blusa suja.
— Não! Não, mamãe, eu quero o cobertor. Meu cobertor. Eu quero o cobertor! — ela gritou, Helena exalando enquanto trocava um olhar com Mark.
Com isso, ele simplesmente assentiu, indo levar a criança chorando para o quarto dela, para se trocar.
Helena foi até a lavanderia, jogando o cobertor na máquina de lavar, em cima do resto da roupa. Então, seus olhos se estreitaram para o cobertor que havia sido presente da madrinha da criança, com um sorriso.
— Carolina. — ela murmurou para si mesma, levando a mão à barriga.
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— Jared Cole, que sofre da doença de Byler desde o nascimento, queixa-se de icterícia crescente, edema, febres frequentes... — Jo apresentou.
— Então a condição dele piorou muito. — concluiu Arizona. — Se a bile continuar a se acumular, então estamos diante de cirrose ou possível insuficiência hepática.
— Ele tem que entrar na lista agora, para um transplante? — a mãe perguntou.
— Temos mais uma chance de evitá-lo. Um procedimento de desvio. Pegaremos um pedaço de seu intestino e criaremos um desvio para que a bile drene pelo abdômen. — Helena explicou.
— Vou ficar com um estômago inteiro? — o garotinho perguntou.
– Eu sei, isso parece tão estranho, não é? — a morena sorriu. — Mas isso vai ajudar você a se sentir melhor.
— É a nossa melhor chance para que você não sinta que está ficando doente o tempo todo e não pareça um Oompa Loompa. — Arizona disse a ele. — Isso soa bem?
Os olhos do menino apalpam a parte inferior da prótese de Arizona, descoberta por suas calças, quando ela se aproxima dele.
— Querido, a médica te fez uma pergunta. — mãe insistiu.
— Você é um robô? — o garoto perguntou animado.
Com isso, a boca de Jo se abriu um pouco, trocando um olhar com Helena.
— Jared Cole, boas maneiras. Sinto muito. — a mãe pediu desculpas.
— Não, não. É uma pergunta válida. — a loira tranquilizou. — Não, eu não sou um robô. Sou quase tão legal assim. Sofri um acidente e perdi minha perna, e então eles me deram uma nova.
— Você consegue pular super alto?
Com isso, a mulher mais velha riu. — Não.
Então, ele assentiu, murmurando. — Sim.
Os olhos do garoto brilharam, enquanto Helena sorria, cumprimentando-o. — Vejo você lá.
Enquanto os médicos saíam da sala, a morena suspirou. — Depois de tudo que ele passou, odeio que tenhamos que cortar seu intestino perfeitamente saudável e colocar um pedaço inteiro em sua barriga...
— Você viu a bilirrubina dele, Lena. Ele está sem opções. — Arizona balançou a cabeça.
— Eu sei. Não significa que eu tenha que gostar. — ela encolheu os ombros. — Wilson, vá verificar seus coags antes da cirurgia, por favor.
— Uh, você vai precisar designar outra pessoa. — Owen disse a ela, aproximando-se do grupo. — Wilson não está mais na pediatria.
— O que? — as três mulheres soltaram.
— Você quebrou a regra de não confraternização, Karev também foi suspenso da cirurgia. — a ruiva contou a eles. — Seria apenas um tapa na cara, até que ele decidiu mostrar o dedo ao conselho. Wilson, ER.
A garota revirou os olhos, indo embora.
— Robbins, o RH quer falar com você hoje.
— RH?
— A denúncia anônima de assédio veio de Leah Murphy.
— Oh Deus. — a loira soltou.
— Espere o que? — Helena balançou a cabeça.
— Legalmente, o RH tem que investigar e eles querem que você responda algumas perguntas, e isso pode ser o fim. — ele disse-lhes.
— E se não for? Não tenho tempo para isso hoje. — Arizona suspirou.
— Nenhum contato com Murphy, ok? — ele perguntou, antes de sair.
— Espere, estou tão confusa. — Helena levou a mão à cabeça. — Não foi ela quem se mexeu com você e disse que ela, tipo, te amava e tudo mais? Quero dizer, como é esse assédio se foi ela quem... Estou tão confusa. Isso foi o que aconteceu, certo?
— Sim, Lena. Eu também não sei de onde isso vem...
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— O que nós sabemos? — Helena perguntou a Cristina, tendo-lhe pedido para consultar um bebê que os estagiários encontraram no lixo.
— Ele tem uma esternotomia mediana, alguns drenos torácicos, STATs baixos, pressão arterial elevada, falta de crescimento. — ela disse a ela.
— Você o abraçou? — a morena perguntou.
— Oh não?
— Ele foi deixado em uma caixa de papelão, Cristina! — ela repreendeu. — Nós abraçamos bebês de caixa de papelão!
— Você abraça bebês de caixa de papelão. — a mulher cacheada sorriu divertida quando Helena o pegou no colo. — Ele é como um quebra-cabeça que não consigo resolver. Vou fazer um cateterismo cardíaco para confirmar a coarctação da aorta.
— Você tem coarctação da aorta, garotinho? — ela sorriu para o bebê, olhando para baixo enquanto pegava uma página.
— Não há registro de que o bebê seja um ex-paciente. A polícia está recebendo depoimentos de Edwards e Wilson. — Shane informou.
— Eu tenho um paciente. Cristina, me ligue quando terminar? — a mulher assentiu, fazendo Helena se virar para a estagiária. — Você pode levá-lo?
— Eu prefiro que não.
— Ele é uma caixa de papelão, Dr. Ross! — Helena avisou. — E eu sou seu assistente. Estou dizendo para você segurá-lo, você o segura.
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— Achei que você poderia querer uma atualização sobre o bebê. — Helena sorriu, entrando na sala em que Jo estava. — Cristina está na sala de cirurgia com ele, ela está tentando descobrir o que ele fez antes.
— Obrigado, Helena. Além disso, eu sei que Hunt estava tentando me punir, mas olhe. — ela sorriu para o homem na cama do hospital. — Transplante de órgão.
— Portanto, a punição não é realmente uma punição. — ela riu. — Bom. Embora eu goste de ensinar você, seria uma cirurgia legal para você fazer hoje.
— Eu sei, mas vou manter seus órgãos tão saudáveis que alguém poderia usar seu apêndice. — ela sorriu.
Com isso, Helena franziu as sobrancelhas, antes de engasgar. — O apêndice. Poderíamos usar o apêndice dele.
— Foi uma piada, nós não... — a residente começou.
— N-não, não, não o apêndice dele. Mas com Jared, se nós... Em vez de... Ah, poderia funcionar! — ela se encolheu de alegria, correndo para fora da sala.
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Helena caminhou rapidamente até a sala dos atendentes, encontrando Arizona no sofá. — Arizona!
Ao notar a mulher tentando enfaixar sua própria perna, ela ofereceu. — Espere, vou te ajudar com isso.
— Obrigada. — ela sorriu.
— Eu tive uma ideia. Boa ideia. Quero dizer, eu fiz a pesquisa e-e isso nunca foi feito antes m-mas poderia realmente funcionar. Tipo, poderia mudar tudo, a maneira como fazemos isso! — Helena falou rapidamente animada, enquanto se sentava na mesinha de centro para ajudar a loira. — Não precisamos cortar seu intestino.
— O que? — Arizona riu. — Calma, Lena.
— Jared Cole. Em vez do intestino, usamos o apêndice dele para fazer o estoma. É mais fácil para ele, não compromete o intestino, ele não precisa do apêndice de qualquer maneira! É como se fosse uma reciclagem de órgãos. — ela sorriu brilhantemente.
— E é o mesmo procedimento? Resultando em um estoma final cutâneo?
— Melhor ainda. O apêndice é mais estreito, então é um todo menor, uma melhor qualidade de vida. Reduz complicações, tempo de recuperação... — Helena disse.
— Espere, isso é... E nunca foi feito antes? Você já fez a pesquisa?
— Nunca desci antes. Eu fiz a pesquisa.
— Lena... — um sorriso cresceu no rosto da loira. — I-isso é... Quero dizer, isso pode mudar toda a maneira como fazemos desvios biliares.
— É isso que estou dizendo! Então? Posso fazer isso? — ela tentou, seus olhos de cachorrinho entrando em ação.
— Mas você tem certeza que quer? Quero dizer, você está grávida e isso é muita pesquisa e trabalho.
— Uh, dã! — ela riu. — Quero dizer, estou tão animada, é claro que quero.
— Vamos lá! Mas você precisa falar com o chefe.
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— Owen. — Helena sorriu, aproximando-se dele em um posto de enfermagem. — Quero fazer uma derivação biliar usando o apêndice.
— Desculpa, o que? — ele balançou sua cabeça.
— Eu fiz a pesquisa, passei por Robbins. Vai funcionar. Eu sei que vai. E-e é um grande negócio, nunca foi feito antes e pode mudar a maneira como não fazemos desvios biliares como um todo, conversei com outros hospitais infantis, todos estão entusiasmados com isso e pedi para Meredith fazer isso.
— Ok. — ele assentiu. — M-mas se isso funcionar, quero dizer, é um grande negócio. Deveríamos ter todos os estagiários observando. E talvez pudéssemos transmitir ao vivo, como o que fizemos com Cristina, se os pais concordarem? Você está preparado para isso?
— Ok, sim, obrigada! — ela sorriu brilhantemente, suas covinhas aparecendo. — Oh, o pequeno Jared vai adorar a ideia!
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— Você está bem? — Mark perguntou, enquanto Helena entrava.
— Ótimo. — ela sorriu.
— Tem certeza? Você comeu e pegou água? — ele perguntou. — Porque Caroline precisa de comida.
— Eu tenho. — ela riu.
— Ok. — ele assentiu, então se moveu para dar um beijo em seus lábios. — Estou orgulhoso de você, Lee. Estou muito orgulhoso de você. Você conseguiu.
— Eu cuido disso. — ela sorriu, gritando. — Estou fazendo uma derivação biliar com um apêndice.
— Boa sorte. — Mark sorriu quando sua esposa entrou na sala de cirurgia. Ao fazer isso, ela ficou um pouco surpresa com a equipe de filmagem, seus olhos se arregalando quando seus olhos pousaram em Meredith.
— Você está bem? — ela sussurrou, enquanto a garota se aproximava dela, perto da mesa.
— Sim, é só que... Você sabe como fica minha ansiedade quando sinto que estou sendo observado, observado. As câmeras realmente não ajudam com isso. — ela sussurrou de volta.
— Ok. — a loira assentiu. — Uh, pessoal, vamos manter as câmeras apenas do campo cirúrgico, e não em nossos rostos, durante a cirurgia.
Helena lançou um olhar agradecido para ela, certificando-se de cobrir o rosto do garoto antes de começarem.
Quando a câmera foi ligada, ela sorriu sob a máscara. — Boa tarde, sou a Dra. Helena Campos. Me auxiliando está a Dra. Meredith Grey, e hoje vamos fazer uma derivação biliar usando um apêndice. Esta é uma nova abordagem que está sendo tentada pela primeira vez em um paciente pediátrico.
Então, ela respirou fundo antes de olhar ao redor.
Ela olhou para a galeria, completamente cheia de estagiários e participantes, vários deles de pé enquanto observavam. Seus olhos pousaram em Mark, que levantou o polegar, fazendo-a sorrir ainda mais.
Então, ela olhou para a equipe da sala de cirurgia, deixando escapar o que diria antes de cada cirurgia. — Tudo bem, pessoal. Vamos mudar uma vida.
★
— Oi, Kim. Como estamos nos sentindo, homenzinho? — Helena sorriu, entrando no quarto de Jared.
— Eu me sinto muito bem. — ele disse a ela.
— E adivinhe? Você não parece uma bola de basquete e pessoas de todo o mundo estão dizendo que você tem uma barriga linda. — ela brincou, fazendo o menino rir.
— Você fez um bom trabalho. — ele disse a ela.
— Muito obrigada. Agora, você tem que me prometer que vai descansar um pouco. E eu também, porque este bebê aqui não facilitou para mim suportar sua cirurgia. — ela levou a mão à barriga.
— Promessa. — ele sorriu.
— Obrigada, Dra. Campos. — a mãe sorriu.
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Helena deixou-se cair perto de Arizona, no sofá. — Eu fiz isso.
— Você fez isso. — ela sorriu. — Mas não posso dizer que estou surpresa. Estou orgulhosa de você, Lena, mas sempre soube o quão incrível você seria.
Sorrindo de volta, Helena ofereceu. — Quer que eu troque as bandagens da perna?
— Obrigada. — ela concordou, Helena começando a trabalhar.
— Ei, o bebê está bem, ele precisa de mais observação, mas- ohh. — Cristina torceu o nariz para as bolhas que Helena estava desinfetando.
— Sim, dia de perna ruim. — Arizona encolheu os ombros, Cristina sentada ao lado delas.
— O que teria acontecido se os estagiários não o tivessem encontrado lá fora? — Helena perguntou.
— Ele estaria morto. — Cristina contou a ela.
— Sim, mas ele não está. — Arizona sorriu. — Ele vai crescer, ele será... Você sabe, quem sabe quem. Ele terá uma vida inteira.
— Yay. — Cristina soltou.
— Sim. — Helena sorriu, seguida de um momento de silêncio. — Eu penso muito sobre isso, sobre como Henry teria sido se... Se isso nunca tivesse acontecido.
— Vocês duas ainda sonham com isso? — Cristina perguntou.
— Oh sim. — Arizona assentiu. — Normalmente, quando estou ansiosa. Um dia antes de Sofia começar seu primeiro dia na pré-escola, sonhei com isso a noite toda. Com Lexie e o piloto...
— Jerry. — Helena assentiu.
— Jerry. — Cristina concordou.
— Eu sonho com isso o tempo todo. Às vezes sozinha, às vezes... Misturado com as filmagens e outras coisas. Mas eu sonho com isso o tempo todo. Muito sobre quando eu estava segurando Mark, quando você estava fazendo o procedimento sobre ele. Ou sobre ver Lexie sob a asa também. Às vezes, sobre quando eu tive que estabilizar sua perna de Arizona, m-mas, acima de tudo, sobre Henry. E-ele era tão... Pequeno e grisalho, mas ele era meu Henry. E eu sonho com seu minúsculo caixão, perto de Alice Turner, também. Eu sonho com eles me dizendo que a culpa foi minha. — ela exalou, com lágrimas nos olhos.
— Para mim, sonho com você gritando, Robbins. Você não parava de gritar. Então, obrigado por isso. — Cristina disse a elas, fazendo a loira rir.
Então, sentando-se no meio das duas mulheres, Arizona agarrou-lhes as mãos.
Eles se protegiam, todos eles. Até Arizona e Cristina, provavelmente as menos próximas do grupo. Eles estavam nisso juntos.
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