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˖࣪ ❛ DÉCIMA TEMPORADA
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10ª temporada, episódio 12
HELENA CANTOU BAIXINHO com Alice, Mark tendo que ir cedo para o hospital, enquanto ela prendia o cabelo da menina em dois rabos de cavalo. Os dois estavam no banheiro principal, Alice parada em seu banquinho enquanto fazia caretas para si mesma, no espelho.
Quando Helena sentiu um enjôo tomar conta dela, ela rapidamente se afastou da pia, jogando a cabeça no vaso sanitário bem a tempo.
Levantando um pouco a cabeça, a médica pegou um papel higiênico para limpar sua boca.
Quando estava prestes a fazer isso, porém, ela sentiu uma mãozinha em suas costas, virando-se e vendo Alice parada ao seu lado com um olhar preocupado.
— Mamãe, você está bem? — ela perguntou, inclinando a cabeça.
— Estou bem. Obrigada, pequenina. — ela sorriu, explicando, enquanto dava a descarga. — É o bebê que está fazendo a mamãe se sentir mal de novo.
— Por que? — ela perguntou, fazendo beicinho, enquanto colocava a mão na barriga da mãe. — Querido, não machuque mamãe!
— Ah, está tudo bem, querida. — Helena riu. — Ele não tem intenção, ele não sabe.
— Está tudo bem. Ele não sabe. — Alice repetiu, com um aceno de cabeça.
— Agora, o que você acha de eu apenas escovar os dentes e depois voltarmos para suas tranças? — ela propôs, fazendo a criança sorrir.
— Sim!
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— Então ela colocou a mãozinha na minha barriga e pediu para o bebê parar de me machucar. — Helena disse a Arizona, que tinha um sorriso encantado no rosto.
De repente, elas ouviram alguém gritar do lado de fora do pronto-socorro. — Socorro! Você tem que ajudar meu garoto. Ele foi atropelado!
Com isso, as duas mulheres correram para a área das ambulâncias, onde encontraram um homem segurando seu filho.
— Senhor, não se mova. Não o mova. — Helena instruiu, enquanto Arizona gritava.
— Gurney! Encosto e coluna C!
Helena começou a tentar manter o pescoço do menino no lugar, conforme explicou o pai. — Ele estava dirigindo o trator. Ele bateu em um solavanco e caiu. Ele passou por baixo do volante e da caçamba também.
— Ele se mudou desde então? — Arizona perguntou.
— Sim, sim. Ele estava tentando se levantar.
— Uh, vamos levá-lo direto para o Lodox. — Helena instruiu, pulando na maca para manter a coluna no lugar, enquanto o levavam embora. — Qual o nome dele?
— Cody. O nome dele é Cody. — o pai gritou.
— Cody, sou a Dra. Robbins. Você pode me ouvir? — a loira tentou, enquanto testava seus reflexos.
— Você não chamou uma ambulância? — a morena perguntou.
— Liguei para o 911, mas ele desmaiou e fiquei com
tanto medo que mal pude esperar. Então, eu mesmo o trouxe aqui.
— Você disse que ele estava se mudando antes? — Arizona franziu as sobrancelhas.
— Sim, isso é bom, certo?
★
— Ele tem uma fratura explosão em C6. — Helena anunciou. — Página orto, por favor. Karev deve estar disponível.
— A barriga dele está cheia de sangue. Ele precisa ir para a sala de cirurgia agora. — Arizona informou.
— Ele estava se mudando antes, Arizona. E-e se ele paralisasse seu próprio filho ao trazê-lo para cá? — a garota baixinha exalou.
— Ainda não sabemos isso. — ela balançou a cabeça. — Vou precisar de ajuda extra na sala de cirurgia, quer ir?
— Claro. — ela assentiu enquanto eles saíam da sala.
— Ele vai ficar bem? — o pai perguntou.
— Ele tem muita hemorragia interna, então precisamos operar imediatamente. — a loira contou a ele. — Além disso, o pescoço dele está quebrado.
— Oh meu Deus. Ele pode se mover, certo? Ele estava se movendo...
— Quando soubermos mais, enviaremos uma atualização. Estamos fazendo tudo o que podemos, senhor. — a cirurgiã mais jovem assentiu.
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— Você conseguiu descomprimir o cordão, Alex? — a baixinha perguntou, em cirurgia com Alex e Arizona. — Ele vai ficar paralisado?
— É muito cedo para dizer. — o homem sacudiu a cabeça.
— Não contamos ao pai, certo? — Helena perguntou a Arizona. — Não deveríamos contar a ele.
— Dizer a ele o quê? — Alex perguntou, levantando os olhos de seu trabalho.
— A lesão na coluna provavelmente foi causada pelo pai que o transportou. — a loira explicou.
— Ele deveria ter esperado por uma ambulância. — a ortopedista deixou escapar, em tom de aborrecimento.
— Ele não sabia. — Arizona corrigiu.
— Bem, veja onde isso o levou. Pode ter paralisado o filho dele... — Alex encolheu os ombros. — Ele teria ficado melhor se simplesmente tivesse mantido as mãos longe.
— Ah, não faça isso. — Helena balançou a cabeça. — Ele viu que o filho havia sido atropelado, a ambulância demorou, ele entrou em pânico. Nem todo mundo tem o mesmo acesso à informação. Ele estava tentando melhorar. Então eu digo que não podemos contar a ele.
— Claro que não contamos a ele. — a mulher mais velha concordou.
★
Helena caminhou pelo corredor, entrando na sala onde estavam as costureiras do casamento de April. Helena havia comparecido aos compromissos, assim como Arizona.
Meredith e Cristina, caracteristicamente não, então April as trouxe ao hospital, para ajustar os vestidos às duas mulheres.
A baixinha entrou na sala, para ver se estava tudo bem com os vestidos, sendo a dama de honra. Porém, ao abrir a porta, ela congelou, encontrando Cristina e Meredith gritando uma com a outra.
— Posso competir como mãe e como cirurgiã! Você simplesmente não acha que posso competir contra você. — a loira argumentou.
— Você não pode. Porque, Mer, isso é tudo que eu faço. Isso é tudo que eu quero fazer. Então não reclame comigo porque você tomou uma decisão da qual se arrepende agora!
— Você acha que eu me arrependo da minha família?!
Enquanto as duas continuavam discutindo, mal perceberam que a mulher havia entrado, agora olhando entre as duas como uma criança cujos pais estavam brigando.
Compartilhe um olhar com a costureira, ela suspirou. — Ok... Voltarei mais tarde.
Com os olhos arregalados, ela lentamente recuou pela sala. Eles disseram que era uma boa opção para quando você fosse confrontado com animais selvagens, então poderia funcionar para cirurgiões desequilibrados.
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— Ah, perfeito para ser. — Helena apontou para a caixinha, na entrada do casamento, dando um tapinha no braço de Mark. — Ela sempre quis fazer isso, sabe?
— É um casamento muito grande. — ele assentiu. — Kepner deve ter dado tudo de si.
— Sim, você sabe, isso foi algo com que ela sempre sonhou. — Helena sorriu. — Você sabe que eu nunca tive o grande sonho do casamento, apenas o sonho do casamento, eu acho. E você o realizou.
Mark deu um beijo suave em seus lábios e pegou uma caixa. — O que há nisso?
— Diz aberto quando eles se beijarem. Não abra ainda. — a mulher avisou, pegando um dos seus.
Ao entrarem no prédio, Mark lançou-lhe um olhar travesso, fazendo Helena rir. — Ah, não. Você é uma criança, Mark Sloan.
— Tá bom. — ele encolheu os ombros, começando a balançar a caixa na orelha. — Vou descobrir de outra maneira.
Como não ouviu nada, apertou com mais força, franzindo as sobrancelhas. — Acho que o meu está vazio. Talvez eu deva comprar outro. Vou apenas verificar para ter certeza.
Olhando para sua caixa, seus olhos se arregalaram, fazendo Helena perguntar. — O que é?
Ela ficou na ponta dos pés para verificar a caixa que ele segurava. Ao fazer isso, ela engasgou. Havia uma borboleta imóvel no fundo dela.
— Mark! Acho que você acabou de matar a borboleta. Você a sacudiu até a morte! — Helena gritou.
— N-não era minha intenção! — sua voz estava mais aguda, batendo no inseto, sem sucesso.
— Você é um assassino de animais de estimação. Primeiro você tentou colocar o sapo de Derek no microondas, quando vocês dois eram crianças, e agora? — ela brincou.
— Ei, eu nunca apertei Iniciar...
★
— Yang esqueceu. — April revirou os olhos. — Eu sabia que uma de vocês iria esquecer.
— Ei! — Helena soltou, enquanto arrumava o vestido de noiva da menina, já com o rosa.
— Ok, tudo bem. Eu sabia que Meredith ou Cristina esqueceriam. — a ruiva corrigiu.
Quando Cristina entrou na sala, ela soltou. — Obrigada! Eu sabia que vocês conseguiriam! Ok, então quando chegarmos lá, Lena vai levar meu buquê. Então, se vocês três pudessem estar em cada lado do meu trem e no meio, eu...
— Como você ousa dizer que eu não mudei? — Cristina soltou.
— Eu não tenho que justificar minhas escolhas para você. Nenhuma. — Meredith soltou.
— O que está acontecendo? — April sussurrou para Helena.
— Eles ainda estão brigando. Eles estavam gritando uma com a outra enquanto experimentavam os vestidos. — ela informou.
— Como você ousa dizer que sou a mesma pessoa que era quando cheguei aqui. Antes de conhecer Burke, e Owen, e Baby Einstein, e você... — a cardiocirurgiã balançou a cabeça. — Sua vida parece diferente porque está cheia de casas, maridos e filhos. A de Lena também. E a minha parece a mesma, mas eu não sou. Eu mudei. Estou fazendo isso sozinha. Isso é... Isso é tão tão difícil quanto o que você está fazendo. Mas pensei que pelo menos teria você e Lena.
— Estou com tanto ciúme de você, quero colocar fogo nas coisas. Você fez o que eu tentei fazer e não consegui. — Meredith admitiu. — E você nem sabe como fez isso! Você não tem nada além de tempo e foco. Você não é quem era quando cheguei aqui. Você é quem pretendíamos ser.
— E você se tornou algo que nunca previmos. — Cristina percebeu.
— E Lena... Quero dizer, é como se você pudesse fazer tudo. — ela se virou para a garotinha. — Você fez duas residências e agora ainda é um dos melhores pediatras e cirurgiões neonatais. E você é tão jovem, e é como se mal lutasse para manter as duas coisas ao mesmo tempo. E eu sei que você é literalmente um gênio e tudo, mas também estou com ciúmes de você porque você tem a família perfeita e então você é monitor no trabalho e eu... Sinto que não posso fazer nada disso.
— Mer, não faça isso. — Helena balançou a cabeça. — Você é uma mãe incrível. E você é uma cirurgiã incrível. Você faz as duas coisas de maneira incrível.
— Você é tão boa mãe quanto cirurgiã. E estou feliz por você. Mas estamos nos distanciando.
— Eu sei. E não quero competir com vocês duas. Mas eu quero. Porque devemos pressionar uma a outra e melhorar uma a outra. Para sempre, nós três. Desde o dia em que nos conhecemos. Certo?
— Certo. — Cristina e Helena concordaram.
— Ah, cale a boca! — April estalou. — Hoje não é o dia. Vocês duas, muito legal que estejam resolvendo suas coisas. Principalmente porque assim não terei que ouvir Lena reclamar de como vocês estão sendo maus uma com a outra. Mas hoje não. E você! Você sabe o que? — ela se virou para Arizona. — Pare de falar sobre adultério no dia do meu casamento, porque é o dia do meu casamento! Eu deveria estar me sentindo muito especial agora, então pare de pensar em você e me faça sentir especial.
— Você gostaria de um lenço de papel? — Cristina perguntou, enquanto Helena acrescentava.
— Ajudaria se eu dissesse que adorei seu vestido?
★
Helena foi a primeira a entrar na igreja, como noiva de honra. Ela sorriu enquanto caminhava pela ilha, seus olhos imediatamente caindo em Mark.
Quando ela fez isso, ele ergueu os olhos da pequena caixa, contendo a borboleta que ainda tentava reviver.
E, pelo olhar que trocaram, era quase como se estivessem de volta ao próprio casamento. Na época em que as coisas eram mais simples, antes de todos os acidentes de avião, mortes e perdas. Ainda assim, de alguma forma, o amor que compartilhavam um pelo outro só parecia crescer. Porque, mesmo que pensassem que não era possível, naquele momento, os dois perceberam que passaram a se amar ainda mais com o tempo.
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— E vocês, amigos e familiares mais próximos de April e Matthew, estão aqui hoje para testemunhar sua união. — o pastor falou. — Você promete amar e apoiar o casamento deles em todos os dias que virão? Se sim, por favor responda, nós o faremos.
— Vamos. — todos soltaram. Porém, Helena, que estava olhando para Mark, percebeu que Jackson, por ele, não o fez. Com isso, ela franziu as sobrancelhas.
Quando ela o viu sussurrar para Stephanie, ela percebeu. Algo grande estava para acontecer.
Jackson levantou-se. Helena e seu povo trocaram um olhar. Ele sentou-se novamente. Então ele sentou-se novamente, fazendo a baixinha respirar fundo.
A cerimônia continuou por alguns segundos, antes que ele se levantasse. — Eu te amo, April. Sempre amei. Eu amo tudo em você. Até as coisas que não gosto, eu amo. E quero você comigo. Eu te amo e acho que você me ama também.
A boca de April abriu e fechou. Então, ela lançou um olhar de pânico para suas damas de honra.
Com isso, Helena reagiu da única maneira que pôde. Ela encolheu os ombros e deu-lhe um aceno encorajador.
Para ser sincero, a garotinha não sabia exatamente o que isso significava. Mas ela sabia que isso tranquilizaria sua amiga se fizesse a escolha que sentia que precisava.
A próxima coisa que ela percebeu foi que April e Jackson deram as mãos, correndo para fora da igreja.
★
— Ok, os convidados se foram. — Helena exalou, entrando no quarto em que Meredith e Derek estavam, com Cristina. — Arizona e Callie ganharam os presentes e Mark está comendo toda a comida, como se ele estivesse grávido.
— E as irmãs chorosas examinaram todos os tecidos deste edifício. — Cristina acrescentou.
– Você conseguiu que a mãe se acalmasse? — a loira perguntou.
— Eu tentei. Mas como vou fingir que o que aconteceu não foi a coisa mais legal que eu já vi? — Cristina riu.
— De qualquer forma, eu a acalmei. Canalizei toda a conversa sobre Deus que ouvia quando criança, acho que funcionou. — ela assentiu.
— Olha, sempre estive em dúvida sobre Kepner, mas agora não sou apenas uma amiga. Sou uma fã. — a cirurgiã de cabelos cacheados disse a eles.
Com isso, Meredith simplesmente revirou os olhos e saiu, fazendo Cristina perguntar a neurocirurgiã. — Isso foi sobre mim?
— Não, é sobre mim. — ele balançou sua cabeça.
— Ah, o que você fez? — Helena provocou.
— A presidente ligou e tenho que voltar atrás em uma promessa que fiz a ela.
— Ah, que bom. Melhor você do que eu. — concluiu Cristina.
— Presidente? — a garota baixa inclinou a cabeça.
— Dos Estados Unidos...
— Oh. — ela soltou. — Certo, só mais um dia no escritório, entendo.
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