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˖࣪ ❛ OITAVA TEMPORADA
— 98 —

8ª temporada, episódio 8

OH, DESCULPE, LENA. Vou precisar da sua atresia de esôfago. — Arizona disse a Helena que o residente lhe entregou o prontuário com relutância. — E você tem estenose pilórica, talvez eu precise disso também.

— Por que você está roubando todas as minhas cirurgias? — a morena fez beicinho levemente.

— Temos uma futura pedóloga chegando hoje, e ela está sendo cortejada por todos os grandes nomes. USC, Johns Hopkins, Chop... E Hunt me pediram para garantir que ela fizesse o tour no tapete vermelho. — a loira explicou. — Isso inclui fazer algumas cirurgias.

— Você já está conhecendo pessoas para a bolsa? — Helena perguntou, franzindo as sobrancelhas.

— Bem, é um pouco cedo, mas quando alguém com o currículo de Polly Preston quer fazer observação em seu hospital, você arranja tempo. — a loira disse a ela, saindo.

— Bem, também estou sendo cortejada pelas grandes armas. — Helena murmurou para si mesma, fazendo beicinho. — Fazendo duas residências ao mesmo tempo e tudo, mas não, vá em frente e roube minhas cirurgias.

— Helena Campos? — uma mulher gritou, virando-se do posto de enfermagem para uma mulher em uma cadeira de rodas. Para a pessoa diante dela, um sorriso suave e surpreso cresceu em seu rosto.

— Sra. O'Malley? — Helena riu incrédula, largando seu prontuário.

Louise. Quantas vezes eu já te falei? — a mulher sorriu para ela, Helena se abaixando para abraçar a mulher. — Oh, olhe para você. Você está
crescida...

— O que você está fazendo aqui? — a garotinha perguntou preocupada. — Você está bem?

— Ah, não é nada, querida. Meredith me levou para fazer alguns exames... — a mulher encolheu os ombros. — Agora, Lena, eu quero ouvir tudo! Como você está?

— Hum, eu me casei há um tempo, como você sabe. — Helena disse a ela com um sorriso largo. — Estou no último ano de residência, estou me especializando em cirurgia pediátrica e neonatal.

— Oh, isso é ótimo! Você é uma verdadeira cirurgiã agora. — Louise riu. — E alguma criança? Parece que ninguém por aqui tem nada disso, eu estava pensando em fazer algumas roupas de bebê em breve...

— Sim, tenho uma filha, Alice. Alice George Sloan, na verdade.

Com isso, os olhos da mulher se encheram de lágrimas, enquanto ela segurava com força a mão da menina. — Oh, querida, estou tão orgulhosa de você. Georgie também estaria. — as duas mulheres se entreolharam emocionadas por um momento, antes de Louise balançar a cabeça, perguntando. — Você tem alguma foto?

— Sim, me dê um segundo. — a médica disse a ela, tirando o telefone do bolso e curvando-se ligeiramente para mostrar à mulher. — Bem aí, isso é de dois dias atrás.

— Oh, ela é linda... — a mulher balançou a cabeça. Então, ela notou o colar pendurado no pescoço da mulher, seus olhos se encheram de lágrimas. — Você ainda usa isso?

— Diariamente. — ela sussurrou, lágrimas aparecendo em seus próprios olhos. — Me desculpe por não ter ligado. Eu pretendia, mas estive muito ocupada e...

— Está tudo bem, querida. Não se preocupe com isso.

— É meio reconfortante, como sentar na frente de um aquário. — April soltou, ela e o trio almoçando na frente do Heart-In-a-Box.

Exceto que não é um aquário. — Helena deu uma risadinha.

— Não, é uma chave. — Cristina concordou, Meredith franzindo o rosto.

— O que isso deveria significar?

— Pergunte ao Webber. Ele veio aqui, destruiu minha lista de desejos e me disse que Heart-In-a-Box era a chave para consertar isso. — a residente de cardio encolheu os ombros. — Bem, vou te contar uma coisa. Ela não está falando. Heart-In-a-Box, o que devo colocar na minha lista de desejos? Heart-In-a-Box, o que devo colocar no meu sanduíche? — seguiu-se um segundo de silêncio. — Não vejo nada.

— Heart-In-a-Box, o que há de tão bom em Polly Preston? — Helena tentou, colocando uma batata frita na boca.

— Heart-In-a-Box, o que há de tão errado com a mãe de George? — a loira tentou.

— Quem é George? — April perguntou, confusa.

— Ele costumava trabalhar aqui. — Meredith disse a ela.

— Ele era nosso amigo. — Helena concordou.

— Ele morreu. — Cristina completou.

— Quem morreu? — Jackson perguntou, entrando na sala com Alex.

— George. — April disse a ele, Alex zombando.

— Estamos falando daquele canalha porque...?

Com isso, Helena se virou para olhar para ele, claramente ofendida, enquanto Meredith repreendia. — Alex, você é um idiota. A mãe dele está no hospital.

— Uau, O'Malley... Eu não penso nele há... — Cristina exalou.

— Por que você pensaria? — o homem encolheu os ombros.

— Alex! — Meredith repreendeu, Helena balançando a cabeça em descrença.

— Seriamente?

— Ah, vamos lá, não aja como se você passasse a noite escrevendo poesia sobre o cara, Mer. E, Lena, ele te traiu. — o homem disse a ela, fazendo Helena estreitar os olhos para ele.

Percebendo a reação da baixinha, a residente de cabelos cacheados decidiu que tirar sarro de Alex deveria resolver o problema. — Lembra o que você deu a ele, sífilis? — Cristina acusou, as meninas rindo.

— Como? — Jackson perguntou, perdido.

— Lembra do coração em um elevador? — Helena sorriu com a lembrança, segurando seu pingente de pombo.

— Coração em um elevador! Eu deveria colocar isso na minha lista. — Cristina decidiu. — George e Lena fizeram você parecer um idiota.

— George estava era o cara com a mão no coração no elevador?! — Jackson questionou. — Eu ouvi sobre isso, parecia foda.

— Com licença, eu era a que estava com a mão no coração. Georgie ajudou, no entanto. — Helena contou a ele. — E essa é mais uma razão pela qual eu deveria conseguir a bolsa, não Polly.

— Você estava lá? — Jackson perguntou a Alex.

— Eu só quero comer meu maldito almoço, podemos parar de falar sobre a aberração? — o homem revirou os olhos, fazendo Helena se levantar de raiva.

Ela estava farta de Alex criticar George, mesmo sabendo que era apenas sua maneira confusa de lidar com sua dor.

— Oh, quer saber? Dane-se! — a baixinha soltou, saindo da sala.

— O que é que foi isso? — April perguntou, não acostumada a ver sua amiga tão brava.

— Eles eram muito próximos. — Meredith explicou. — Ela deu o nome dele à pequena Alice, foi ele quem deu a ela o pingente de pombo...

— Oh. — a ruiva soltou. — Alex, você era apenas um idiota insensível.

— Oi. — Helena cumprimentou, sentando-se em um posto de enfermagem próximo ao Arizona. — O que você está fazendo?

— Oh, apenas mapeando atresia esofágica. Poppy se saiu muito bem nisso, sua técnica de sutura é incrível. — Arizona disse a ela, animada. — Ah, e já te contei, ela já tinha três artigos publicados?!

— Isso é ótimo. — Helena disse a ela, sem muito entusiasmo, olhando para sua papelada.

— E a nota dela no exame de estagiário foi de 92%, as pessoas não tiram notas altas assim. — a loira continuou, sem noção.

Com isso, Helena suspirou antes de começar. — Sabe, consegui 100%. O quarto no país a fazer isso. E, bem, os grandes nomes também estão me cortejando, recebo e-mails e convites para visitar hospitais com bastante frequência. Além disso, publiquei da mesma forma que muitos artigos e eu trouxe crianças da África...

— Eu sei. — Arizona deu uma risadinha, como se Helena estivesse sendo boba. — Eu sou sua mentora, afinal.

— Bem, sim. O que quero dizer é que sei que você acha que Poppy é ótima, mas, bem... Eu também sou ótima. Afinal, estou fazendo duas residências ao mesmo tempo... E-então você não está me contando para a bolsa, certo? — ela perguntou, mordendo o interior da bochecha.

— O quê? — a loira balançou a cabeça, claramente confusa.

— E-eu quero dizer, eu fui a quarta pessoa a obter uma pontuação perfeita em todo o país e sou uma garota de elevador. — a garota continuou com suas divagações. — Então eu realmente não acho que você...

— Sinto muito, você quer a bolsa? — Arizona confirmou, arregalando os olhos.

— Hum... Sim? — Helena riu incrédula. — Por que eu não faria isso?

— B-bem, quero dizer, v-você disse isso. — a loira balançou a cabeça. — Você acertou 100% no exame de estágio, você tem uma quantidade impressionante de trabalhos publicados, Lena, você só deveria estar começando sua residência, você é tão jovem! O-ou suas duas residências, que você é fazendo simultaneamente. — Arizona riu ao ver como a afirmação soava estranha. — Com hospitais tão famosos quase brigando para que você trabalhasse lá, eu nem sabia que você consideraria essa bolsa.

— Você está brincando? — Helena riu, seu rosto suavizando. — É claro que estou pensando nisso, Arizona. Quer dizer, ainda não tenho certeza se vou ficar, mas você é minha mentora e... E este hospital se tornou um lar com o tempo. Então, sim, eu estou pensando em ficar! — Helena disse.

— Ah, ok, ótimo! — a atendente praticamente sorriu, com um sorriso largo. — Então, bem, sim, esqueça Poppy, eu acho. Isso é... Isso é ótimo.

8ª temporada, episódio 9

Helena estava no bar do Joe com Alex, Meredith e Cristina, bebendo seu gim-tônica enquanto o trio observava Alex falhar ao dar em cima de uma garota.

— Isso foi patético. — Cristina disse a ele enquanto ele voltava para a mesa.

— Ela disse para você se ferrar, eu pude ouvir até aqui. — Meredith concordou enquanto Helena ria junto.

— Cale a boca, não é porque ela não estava a fim de mim. — o homem revirou os olhos enquanto se sentava novamente.

— Oh, 'vai se ferrar' tem algum significado diferente? — Helena perguntou, sarcasticamente. — Porque mesmo com a barreira do idioma, acho que não teria perdido essa.

— Eu meio que já a conhecia, só não lembrava. — ele justificou.

Com isso, os olhos das três garotas se arregalaram enquanto compartilhavam um olhar incrédulo.

— Você dormiu com ela antes e esqueceu? — Meredith questionou.

— E então tentou pegá-la novamente? — a boca de Helena se abriu.

— Você nem está bebendo! — Cristina apontou.

— Tenho histórico de Alzheimer na minha família, qual é a sua desculpa? — a loira provocou.

— É culpa de O'Malley, falar sobre pessoas mortas me tira do jogo, só isso. — Alex contou a elas, enquanto o telefone de Meredith tocava.

— É Janet. Você pode, uh, pagar pela minha coisa? — ela perguntou, correndo para fora do bar enquanto o pager de Helena tocava.

— Oh, eu preciso ir. Você pode me cobrir, eu te pago de volta? — a baixinha saiu com o aceno de Cristina, correndo para o hospital.

— O bebê nasceu há algumas horas e parece uma fístula traqueoesofágica. Você sabe o que é isso? — Arizona perguntou enquanto Helena caminhava com ela, vestindo sua jaqueta Seattle Grace Mercy West, que elas usavam quando trabalhavam fora do hospital.

— Sim, é a conexão entre a traquéia e o esôfago. Ela enche os pulmões de secreções, dificultando a respiração e a alimentação do bebê. Vi uma no meu ano de estágio com o Dr. Montgomery. — Helena assentiu enquanto falava.

— Exatamente. — a atendente aprovou. — O hospital Bentley é pequeno, eles não conseguem lidar com isso. Então você precisa ir buscar o bebê, trazê-lo de volta e, então, espero que eu termine com a criança que está vindo quando eu voltar para reconfigurar a ambulância para transporte neonatal intensivo e acho que você deveria chamar outra pessoa para ir. — ao se aproximarem do pronto-socorro, Arizona notou Meredith sentada em uma cama de hospital. — Grey, vá com Campos, ela está fazendo uma corrida de bebê.

— Bem, eu tenho que falar com Derek. — a residente loira explicou.

— A vida do recém-nascido está em jogo, seja rápido. — a atendente instruiu enquanto Helena estreitava os olhos para Meredith.

— Você está bem? O que Janet disse?

— Não posso... Preciso falar com Derek, conversamos mais tarde. — Meredith balançou a cabeça, levantando-se para sair.

Já na ambulância, Helena questionou. — Então, o que Janet queria?

— Não vamos trazer Zola de volta. — a loira disse a ela, com os olhos marejados. — Ela disse que o tribunal cancelou a data da nossa audiência.

— M-mas isso significa que você não vai pegá-la? — a baixinha balançou a cabeça, chocada com a notícia.

— Quando eles fazem isso, significa que eles nos amam e estão nos dando ela, e nesse caso eles dizem isso a Janet, ou que eles nos odeiam, e estão dando-a para outra família. — Meredith disse a ela. — Eles não ligaram para ela.

— B-bem, talvez eles ainda liguem, os tribunais demoram e estão atrasados... — Helena tentou argumentar.

— Ela disse que deveríamos seguir em frente. Não vamos recuperá-la, Lena. — ela suspirou.

— Ah, Mer... — a morena exalou, movendo-se para abraçar a amiga.

Meredith a abraçou por um segundo, antes de se afastar. — Você precisa parar ou eu vou chorar. Eu realmente não quero chorar.

— Ok, ok... — Helena concordou. Porém, ela ainda segurava a mão da amiga com força, caindo em um silêncio confortável.

— Boa noite, estamos aqui para pegar um recém-nascido e levá-lo para o Seattle Grace. — Helena anunciou enquanto ela e Meredith entravam no hospital, carregando o equipamento necessário.

— Você está procurando por mim. — um médico se aproximou deles. — Eu sou Jordan Wagner, estou muito feliz em ver vocês.

— Sou Helena Campos, Dra. Meredith Grey. — a baixinha explicou enquanto Jordan as guiava até o quarto do paciente.

— Ela nasceu há seis horas. Imediatamente teve dificuldade para respirar. O estômago parecia distendido, então colocamos um tubo NG. — ele explicou para Helena. — O raio-X mostrou que estava enrolando no peito. Fizemos tudo que podíamos, mas tem sido uma luta...

— Você não tem máscara neonatal? — a médica estrangeira questionou enquanto entrava na sala, olhando para o bebê.

— Não estamos preparados para neonatologia ou obstetrícia. — o homem suspirou. — Ela foi um parto de emergência, ou a teríamos mandado para o hospital Leavenworth.

— Pulso OX é 79, frequência respiratória é 80. — Meredith informou Helena. — Ela tem retratações.

— Por que você não a entubou? — Helena perguntou, o homem dizendo a ela, desculpando-se.

— O menor tubo que tínhamos não cabia. Por favor, me diga que você trouxe um tubo neonatal.

Com isso, Helena olhou a sacola que trouxera. — Sim. Vamos precisar de um raio X aqui e de um filme pós-intubação, por favor.

— Este IV não é bom. — a médico loira informou.

— Você não tem um kit tipo central neonatal? Agulha IO? — a morena balançou a cabeça.

— Não. — Wagner contou a elas, as duas residentes compartilhando um olhar preocupado.

Depois de cuidar do bebê por alguns momentos, Helena estava ao telefone com Arizona. — Ele está séptico, está com pneumonia...

Ele estava incubado quando você chegou lá? — a voz do outro lado da linha questionou.

— Eles não têm nenhum material neonatal aqui. Absolutamente nada. — Helena suspirou, mordendo o interior da bochecha. — Nós a intubamos e iniciamos uma linha umbilical para colocar solução salina normal D10 e antibióticos, mas suas estatísticas não estão aparecendo e todo o oxigênio está indo para seu estômago.

Você vai precisar colocar um guarda-chuva amplatz. — a atendente instruiu.

— Arizona, eles não têm um tubo ET 3.0, não terão uma amplatz...

Tudo bem, levante a cabeça dela. — Arizona disse a ela.

— Eleve a cabeça dela, Mer. — a morena instruiu.

Eles têm um cateter Fogarty? Eles usam isso em adultos.

— Cateter Fogarty? — Helena perguntou a Wagner, que assentiu. — Eles têm. O que mais?

Você vai ter que enfiar o Fogarty na traqueia dela, bem fundo, depois encher o balão e puxar para cima até conseguir tração. — enquanto Arizona falava, Helena fechou os olhos, imaginando o procedimento. — Isso obstruirá a fístula e fará com que o ar entre nos pulmões. Você terá que manter a bolsa cega limpa no caminho de volta. Não tenho certeza se você tem alguma coisa em sua caixa que faça isso...

— Uh... Eu tenho um cateter de sucção 8 French? — Helena sugeriu.

Sim, isso vai funcionar.

— Ok, tudo bem. Ligaremos para você quando chegarmos à plataforma. — a morena contou a sua mentora.

Ei, Lena? Você não tem muito tempo. Você sabe disso, certo?

— S-sim, sim, eu sei disso. — ela confirmou, desligando e começando a trabalhar.

Helena e Meredith já estavam na ambulância, voltando para o hospital, quando, de repente, esta parou.

— O que aconteceu? — Helena questionou, enquanto o motorista abria as portas da ambulância sob uma chuva torrencial.

— Não sei que porcaria é essa. Liguei para outra unidade, mas estamos no meio do nada, vai demorar uma eternidade. — ele disse a ela, pegando alguns cones fluorescentes. — Estou lançando isso e vou voltar correndo, parecia que havia uma loja ou algo assim a cerca de oitocentos metros atrás, talvez eles tenham um caminhão. Você precisa sair da plataforma.

— Está chovendo torrencialmente e congelando! Não podemos sair com o bebê. — Meredith argumentou.

— E não tem ombro, não podemos simplesmente tirar a incubadora. Não tem nem onde ficar... — Helena concordou, mordendo o interior da bochecha.

— Esta coisa está cheia de tanques de oxigênio. Se formos atingidos, vai queimar como uma vela romana. Você tem que sair. — ele argumentou.

— N-não podemos deixar o bebê, ele vai morrer! — a morena explicou.

— Vocês querem que todos morram? Estou divulgando isso, é melhor vocês torcerem para que as pessoas possam vê-las. Vocês estão em uma colina e em uma curva. Estou lhe dizendo, saiam da maldita plataforma. — o motorista disse a elas, fechando as portas e saindo.

— Vou ligar para Robbins. — Helena disse à amiga, pegando o telefone. — Arizona, ei. Estamos presas no meio da estrada, não podemos nos mover. Não podemos tirar o bebê...

Espere, não consigo ouvir você, diga isso de novo? — Arizona perguntou.

— Temos que tirar o bebê daqui, mas não podemos tirar a incubadora e todo o equipamento. — Helena explicou.

Em seguida a ligação caiu, Helena desligou o telefone, frustrada.

Alguns momentos depois, novamente ao telefone, Helena ouviu Arizona. — Prenda a linha umbilical com fita extra. Você precisa de D10. Coloque o tanque de oxigênio no coldre e leve o kit de paramédico...

Arizona, ela precisa sair da plataforma. — Mark contou a ela, na sala de cirurgia com a loira e Derek.

Enrole-a para que ela fique aquecida. — a atendente pediatra terminou.

— Mark, não podemos. Não podemos regular a temperatura dela sem a incubadora. — a morena contou ao marido.

Elas podem ter que deixar a criança... — Derek suspirou.

— Não vamos deixar o bebê! — Meredith argumentou, sentando-se ao lado de Helena.

Lena, você precisa sair da plataforma. É perigoso, você está sentada em um barril de pólvora, não pode...

— Eu não vou deixá-la, Mark! — Helena argumentou, antes de se virar para Meredith. — Você precisa sair.

— Lena... — a loira argumentou.

— Não, não há razão para nós duas ficarmos. Eu sou a residente de pediatria, você precisa ir embora. — a voz da morena era firme e autoritária.

— Não estou mais segura no meio da maldita estrada!

— Meredith, você está se colocando em perigo, você precisa...

Helena foi interrompida pela sensação de seu corpo voando pela ambulância. Seu corpo bateu contra as paredes, quando ouviram o som de vidro quebrando e viram a ambulância girar.

Lee? — Mark perguntou, preocupado com o som que veio do outro lado da linha, antes de a ligação cair. — Helena, você está aí? Droga!

Quando o telefone começou a apitar, o silêncio na sala de cirurgia era quase funerário.

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