091
˖࣪ ❛ SÉTIMA TEMPORADA
— 91 —
— EU TIVE UM PRESSENTIMENTO. — Helena soltou, enquanto ela e o marido caminhavam pelos corredores do hospital, no final da tarde.
— Q-que tipo de sentimento? — Mark perguntou, claramente preocupado. — Há algo de errado com Alice? E-eu tenho dito a você que você poderia ter ficado em casa hoje, a data de vencimento é em dois dias e-e...
— Mark, não, acalme-se. Alice está bem. — ela disse a ele, rindo baixinho. — E eu disse a você que não vou parar de trabalhar até que este bebê esteja literalmente saindo do meu corpo, o obstetra disse que está tudo bem. Eu só... Eu tenho um pressentimento, sabe? Um pressentimento ruim.
— Tenho certeza que não é nada, boneca. — Mark colocou o braço em volta dos ombros dela, pressionando um beijo no topo de sua cabeça. — Talvez sua ansiedade esteja apenas agindo hoje.
— É... — Helena tentava se convencer, enquanto os dois continuavam a caminhar pelo corredor.
No entanto, uma Meredith apareceu na frente deles, com o rosto pesado de preocupação e um pouco confuso, o casal congelou.
— Mer? O que foi? — a residente baixinha perguntou, conhecendo sua pessoa bem o suficiente para saber que algo estava seriamente errado.
— É Callie. Ela chega em cinco minutos. — Meredith respondeu, o coração de Helena e Mark praticamente parando em seu peito. Eles se entreolharam, atordoados por um momento, antes de correrem pelo corredor.
Callie Torres, a melhor amiga de Mark e a mulher que o casal abraçou como família, sofreu um acidente.
★
Correndo para o compartimento da ambulância, o casal viu seus amigos já na fila, esperando a ambulância.
— O que diabos aconteceu? — Mark questionou, sua voz alarmada enquanto segurava a mão de sua esposa.
— Carro contra caminhão. — Owen respondeu simplesmente. — Isso é tudo que sabemos.
— E-e seus ferimentos? E o b-bebê? — Helena questionou, com a voz trêmula.
— Ainda não sabemos. — o cirurgião de trauma explicou.
— Bem, por que diabos você não sabe? Alguém nos consiga aventais de trauma! — Mark solicitou, uma enfermeira correndo para dentro para fazê-lo.
— Mark, Helena, vocês precisam ficar de fora dessa. — o Chefe declarou calmamente, sua voz firme.
— Não vamos ficar de fora, essa é a Callie! — Mark argumentou, exaltado, enquanto gesticulava.
— Chefe, r-respeitosamente, esse é minha amiga próximo, com quem passei minha gravidez. Estamos passando por nossa gravidez juntas, não vou ficar de fora dessa! — Helena argumentou também, sua voz segura e firme enquanto sua mão ia para sua barriga, seu sotaque mais forte com o estresse da situação.
— É por isso que vocês dois não podem. Sinto muito, vocês não podem ser médicos nisso. — o homem explicou, sua voz calma contrastando com a do casal.
— Dane-se! — o atendente se soltou, levando junto com Helena sua bata de trauma para vesti-la. — Dane-se todos vocês.
— Olhe para mim, Sloan. — o chefe agarrou seu ombro, olhando-o nos olhos. — Olha, talvez eu não entenda a conexão que você tem com Callie, como você tem, entenda isso: ela é sua família. Callie Torres e aquele bebê são sua família e a melhor maneira de ajudar sua família é recuar e deixar o resto de nós fazer o que você não pode fazer racionalmente. Salvar suas vidas.
— Tudo bem! Mas eu estou na sala, você me ouviu? Estou na sala. — o homem soltou, afastando-se dos médicos ao ouvirem ao longe as sirenes da ambulância.
— Chefe, respeitosamente, sou sua residente mais promissora em cirurgia pediátrica, uma especialidade que inclui cirurgia neonatal. — a morena baixinha se pronunciou, defendendo o bebê das amigas, pela gravidez que acompanhava desde o início. — Eu registrei o dobro de horas em peds como qualquer outra pessoa, trabalhei com Arizona por tempo suficiente para saber seu próximo movimento na sala de cirurgia sem nem mesmo falar. Ela não pode estar na sala, então eu sou o único mais equipado pessoa para ajudar aquele bebê agora, para garantir que ele sobreviva. Colocar-me no banco só prejudicaria os cuidados deste bebê! — Helena argumentou, seus olhos duros e raivosos.
— Você está passando por essa gravidez da Callie, Campos. — o chefe soltou, calmamente. — Mesmo se você não fosse, sua data de nascimento é em dois dias, isso poderia colocar muito estresse em seu bebê. Não posso ter você em um caso como este e correr o risco de ter dois bebês em perigo. Não é segura, sinto muito.
— Arizona vai precisar de alguém, Lena. — Derek disse a ela, quando a ambulância entrou na baía, sabendo que seria a única coisa para convencer a residente a ficar de fora. — Ela vai precisar de você.
Diante disso, o maxilar de Helena travou de raiva, alguns palavrões em português caindo de seus lábios enquanto ela arrancava as luvas. Passando ao lado do marido, os dois se deram as mãos, pois a ambulância parou bem na frente do grupo.
— Hunt, você está no comando. — o chefe instruiu enquanto os médicos corriam para atender a ambulância.
— Tudo bem, pessoal. Protocolo de trauma contuso múltiplo, vamos lá. — o ruivo instruiu enquanto abriam as portas da ambulância, Arizona saindo dela.
— Taquicárdico e hipotenso durante o trajeto. Óbvios ferimentos na cabeça e no peito. — a loira disse a eles, um cobertor em volta dos ombros e alguns cortes no rosto. Helena agora segurava o braço do marido como se sua vida dependesse disso, outra mão em sua barriga. Ela podia sentir uma leve dor na parte inferior da barriga, mas ela ignorou, atribuindo ao estresse.
— Callie? Callie? Nós pegamos você, ouviu? — o cirurgião de trauma chamou a mulher, que estava deitada com uma máscara de oxigênio, espancada e ensanguentada.
Mark agora se aproximou da ambulância, Helena ficou para trás com a respiração presa na garganta. Enquanto a multidão de médicos ao redor de seu corpo se movia de tal forma que permitia que Helena visse a amiga, o coração da menina desabou. E, em sua mente, as memórias de incidentes passados brilharam, instâncias que a assombravam em seu sono.
Faremos tudo.
Primeiro, do corpo do pai, os cacos de vidro ensanguentados que brilharam ao sol após o acidente. O sangue em seu rosto e boca e os sons do choro de sua mãe, a visão da perna de seu irmãozinho destroçada.
Tudo.
Então, ela se viu, deitada em uma cama de hospital, depois de ter sido atacada. Ela sentiu a dor na parte de trás do crânio desde aquele dia, junto com a incisão da cirurgia que estancou sua hemorragia interna e, finalmente, salvou sua vida.
Por conta própria.
Ela também viu George. Seu corpo mutilado e irreconhecível, que ela não havia identificado na sala de trauma. O rosto inchado que nem permitia que ela visse seus olhos, o anel de prata em seu dedo mindinho, a sarda em forma de Texas.
Nós não precisamos.
Finalmente, ela viu Alice. Ela viu seu corpo pequeno e sem vida no chão, ela viu a poça de sangue abaixo dela, o enchimento flutuante do Sr. Cuddles. Ela a ouviu chamar seu nome antes do tiro.
Qualquer coisa.
E, ao voltar à realidade, sentiu uma dor forte e ondulante no abdômen, a mão se movendo para agarrar a barriga enquanto ela inspirava o ar pela boca. Olhando para o estômago, o terror encheu todo o seu corpo enquanto ela repetia em sua cabeça, quase como uma oração.
Hoje não, Alice. Por favor, não hoje.
Ou qualquer um.
Enquanto os médicos passavam por Callie, Helena praticamente se colou na parede, esperando que a dor passasse. Ao fazer isso, ela se aproximou do Arizona junto com o marido.
— O que diabos aconteceu? — o homem perguntou.
— Aconteceu do nada... Eu a pedi em casamento e um caminhão veio do nada. — a loira disse a eles.
Se eu deitar aqui, se eu apenas deitar aqui. Você mentiria comigo e simplesmente esqueceria o mundo.
Enquanto os três corriam atrás do grupo para a sala de trauma, Hunt conversou com Callie. — Callie, fique comigo. Você entendeu? Fique comigo.
Não sei bem como dizer, como me sinto.
Assim que chegaram ao quarto, o grupo transferiu Callie para a cama do hospital, Arizona, Mark e Helena encostados na parede em pânico.
— Levante esses IVs. — Bailey instruiu, a sala se tornando caótica.
— Certifique-se de que suas linhas são patentes.
— Fratura de crânio com depressão, provavelmente com sangramento.
— Vou fazer um ultrassom de trauma.
— Diga a CT para se preparar para ela.
Essas três palavras são ditas demais, não são suficientes.
— Sem deformidades espinhais óbvias.
— Pendurar também sacos de O neg.
— Não, ela é A positiva. — Mark gritou, entrando na sala.
— Ela é A positiva. — Arizona e Helena disseram ao mesmo tempo que ele.
— Esqueça isso, tipo específico, A positivo! — Bailey gritou.
— H-há um batimento cardíaco fetal? — Arizona perguntou, parando ao lado de Helena, que segurava sua mão confortavelmente.
— Não há sons respiratórios à direita. Coloque um tubo torácico. — Teddy avaliou.
— Lucy, há um batimento cardíaco fetal? — a mãe do bebê insistiu.
— Lucy! — Mark gritou, Helena concordando com a cabeça.
— Me dê um minuto. — a OB solicitou,
— Vocês três precisam recuar. — o chefe disse a eles, os três médicos recuando contra a parede.
— Precisamos de uma resposta, Lucy. — Helena gritou, quase em súplica.
— Contra a parede e em silêncio. Está me ouvindo? — o homem os obrigou a recuar contra a parede.
Se eu ficar aqui, se eu apenas ficar aqui, você vai se deitar comigo e simplesmente esquecer o mundo.
Novamente, Helena sente uma dor forte e de tirar o fôlego. Agarrando o braço do marido para se firmar, ela engasga baixinho, com a mão novamente em seu estômago.
Esqueça o que nos dizem, antes que fiquemos muito velhos. Mostre-me um jardim que está ganhando vida.
— Você está bem, querida? — Mark perguntou, sentindo o aperto de sua esposa em seu braço.
— S-sim, estou bem. — ela assentiu, tentando ignorar a dor na parte inferior da barriga. Suas mãos ainda tremiam, revivendo as mortes traumáticas de seu pai, amigo e paciente.
Hoje não, Alice. Por favor, não hoje.
Ao redor deles, a sala ainda estava caótica. Todo mundo estava correndo e tentando o seu melhor para salvar Callie, tentando o seu melhor para salvar o bebê.
Vamos perder tempo, perseguindo carros, em torno de nossas cabeças. Preciso da sua graça para me lembrar, para encontrar a minha.
Olhando para a loira, Helena apertou suas mãos com mais força, vendo lágrimas caindo de seu rosto, ignorando a dor que crescia em seu baixo ventre. Ela não poderia ter esse bebê agora.
Se eu deitasse aqui, se eu apenas deitasse aqui, você deitaria comigo e simplesmente esqueceria o mundo.
— Este monitor não está pegando! — Lucy avisou, Arizona passando por sua amiga.
— Derek, p-por favor. — a loira pediu, segurando um soluço.
— Se eu vou encontrar um batimento cardíaco, vou precisar que todos calem a boca por um segundo. — a OB explicou, fazendo o Chefe falar.
— Todo mundo quieto, agora! — a voz do homem explodiu.
Mostre-me um jardim que está ganhando vida.
— Aí está! — Lucy gritou, como o coração podia ser ouvido. — Batimento cardíaco fetal.
Helena suspirou aliviada junto com o marido, o homem tendo um braço protetor em volta dela. No entanto, apenas um segundo depois, o bipe do monitor cardíaco de Callie começou.
— Ela está quebrando! — Cristina gritou.
— Comece a ensacá-la! — instruiu Owen.
— Vamos lá, ela nas costas dela.
— Ok, me dê uma bandeja de intubação, por favor! — Derek pediu.
Tudo o que sou, tudo o que sempre fui, está aqui em seus olhos perfeitos, isso é tudo que posso ver.
— Iniciando RCP. — Teddy perguntou.
Ao lado dela, Helena ouvia os soluços suaves de Arizona. E, abraçando-a, guiou-lhe a cabeça para a parede, tapando-lhe os olhos com a palma da mão.
— Não olhe. Você não quer olhar agora. — ela sussurrou no ouvido da loira, que obedeceu, chorando em seu ombro.
Enquanto ela embalava a cabeça de Arizona, Helena olhava enquanto eles tentavam reiniciar o coração de sua amiga, a mão de Mark em seu ombro. E Helena não pôde deixar de voltar a quando viu os paramédicos realizando a RCP em seu pai, enquanto ela ainda jovem observava.
— Ainda em V fib! — Meredith gritou.
— Carregue as pás para 200! — Teddy instruiu.
Não sei onde, confuso sobre como também, apenas sei que essas coisas nunca mudarão para nós.
Chocando o corpo de Callie novamente, Jackson gritou. — Taqueta sinusal!
— Ok, ela está de volta. — Helena sussurrou para Arizona, permitindo que a mulher voltasse o olhar para a namorada.
— Vamos embora! — Derek gritou, os médicos saindo da sala enquanto deixavam Arizona, Mark e Helena para trás.
Se eu deitasse aqui, se eu apenas deitasse aqui, você deitaria comigo e simplesmente esqueceria o mundo?
— Eu a pedi em casamento e um caminhão apareceu do nada. — Arizona repetiu em um sussurro, mais para ela do que para qualquer outra pessoa.
E, agarrando com força o braço de Mark, Helena soltou um pequeno gemido de dor, fazendo-o olhar para ela preocupado.
— O-o que há de errado, boneca? — Ele perguntou.
— S-só Braxton Hicks. Braxton Hicks, até o fim. — ela disse a ele, quase tentando se convencer. Alice só tem que aguentar mais um dia, só mais um dia. Ela não poderia dar à luz naquele momento, sua amiga entre a vida e a morte e seu trauma voltando de uma só vez.
★
Arizona tinha ido para a galeria, querendo assistir a cirurgia de Callie, enquanto Mark e Helena estavam sentados em um banco no corredor. Helena segurava a cabeça de Mark, que chorava em seu peito, a própria garota fungando em cima dele.
2 da manhã e ela me liga porque ainda estou acordado. Você pode me ajudar a desvendar meu último erro? Eu não o amo, o inverno simplesmente não era minha estação.
Dentro da sala de cirurgia, Derek olha para a galeria para encontrar apenas a loira atendendo, contando aos médicos. — Alguém precisa ficar de olho em Lena e Mark.
— Pequena Grey. — o chefe gritou. — Olhos em Campos e Sloan.
Compartilhando um olhar com Lexie, com quem ele namora há um tempo, Jackson dá a ela um aceno tranquilizador, quase como se estivesse se certificando de que ela estava bem.
Saindo para a sala de lavagem, Lexie arranca sua máscara, começando a deixá-la.
Sim, nós passamos por nós portas, causando assim seus olhos. Como se eles tivessem algum direito de criticar. Hipócritas, vocês estão aqui pelo mesmo motivo.
Enquanto Helena segurava o marido, ela sente a forte dor recomeçar dentro dela, deixando escapar um suspiro. Soluçando, o marido não percebeu, pois Helena fechou os olhos de dor.
Porque você não pode pular a pista, nós somos como carros em um cabo, e a vida é como uma ampulheta, colada na mesa. Ninguém pode encontrar o botão de rebobinar, garota, então segure sua cabeça em suas mãos.
Soltando pequenas respirações trêmulas, Helena tentou o seu melhor para continuar ignorando a dor, para se convencer de que é apenas Braxton Hicks.
Hoje não, Alice. Está tudo bem, não vou ter esse bebê agora. Não é nada, só preciso respirar.
Apenas respire.
Lexie encontra o casal no corredor, Lexie para ao lado deles, seus olhos pousando em Helena, que ainda embalava a cabeça do homem.
Você não pode pular a pista, somos como carros em um cabo.
No entanto, notando o rosto da garotinha contraído de dor, ela questionou. — Lena? O que há de errado?
Com isso, a cabeça de Mark levantou de seu peito, olhando para os olhos cheios de dor de sua esposa.
— N-nada. É-é apenas Braxton Hicks, e-eu... — ela começou. No entanto, com a dor que invadiu seu corpo, ela soltou um gemido, os olhos inchados de Mark se encheram de preocupação.
— Não é nada, é, querida? — ele questionou.
E a vida é como uma ampulheta, colada na mesa.
— Estou bem, estou bem. — Helena soltou respirações trêmulas. — Não é-é apenas Braxton Hicks.
— Você está com dor, Lena. N-devemos levá-la ao obstetra. — Lexie explicou, a garotinha balançando a cabeça vigorosamente.
— Não, não agora. Não é nada, é Braxton Hicks, agora L-Lucy está em Callie e eu-eu não posso... — ela explicou. No entanto, apenas naquele momento, ela sentiu uma liberação de pressão dentro dela, a água escorrendo por sua meia-calça, enquanto a garotinha soltava outro suspiro trêmulo em sua nova contração.
Ninguém pode encontrar o botão de rebobinar, agora.
— Oh, Deus, isso está acontecendo. — Mark deixou escapar, um pequeno sorriso aparecendo em seu rosto através de seus olhos vermelhos e inchados. — Você está tendo o bebê.
— N-não, não, não, não... Ainda não, hoje não, não posso... — Helena estremeceu os olhos cheios de pânico, sendo interrompida por mais uma onda de dor, fazendo-a gemer.
— Alguém me dê uma cadeira de rodas! — Lexie gritou, enquanto Mark segurava sua esposa.
— Você vai ficar bem, baby. Vai ficar tudo bem. Respire. Apenas respire. Eu tenho você. — ele a segurou enquanto ela se sentava na cadeira de rodas.
★
— Tudo bem, você está com cerca de seis centímetros de dilatação. — a OB de plantão disse a Helena. — Você gostaria de algo para a dor?
— Por favor. Mas eu não... Eu não vou ter esse bebê ainda, n-ainda não. — Helena falou, medo em sua voz. — Eu não posso... Hoje não.
Espere. Espere pelo amanhecer, minha querida, espere até o sol chegar aqui.
— Lee, querida, olhe para mim. — o homem pediu, segurando a mão da esposa com força. — Vai ficar tudo bem, certo? Eu estou bem aqui e Lexie prometeu nos manter atualizados sobre Callie. Mas agora, precisamos nos concentrar em Alice, ok?
Espere até o sol chegar aqui e você vai esperar muito tempo. Ele irá embora.
Algumas lágrimas rolando pelo rosto, Helena soltou. — Não era assim que deveria acontecer. P-precisamos estar com Arizona e Callie, e-eu não posso...
— Eu sei, boneca, eu sei. — ele disse a ela, pressionando um beijo em sua testa. — Vou ligar para Lucy. E Addison está aqui para Callie, vou ver se ela pode aparecer quando for a hora de você empurrar.
— Não, não, Mark, não. — Helena deixou escapar, com a voz quebrada e o rosto contorcido de dor. — N-não ligue para Lucy, Callie precisa dela. N-precisa, Alice precisa esperar.
Espere até o sol brilhar, espere até o céu ficar azul. E você vai esperar muito, ele vai embora.
— Vamos ficar com o Dr. Perry por enquanto, e-está tudo bem. C-Callie precisa de Lucy e-e este bebê ainda não está saindo. Temos mais alguns centímetros. — a residente explicou, embora seus olhos estivessem cheios de lágrimas.
Ele irá embora.
— Ok. Ok, querida. — o homem acenou com a cabeça para ela. — Estamos fazendo isso, ok? Estou bem aqui, estamos fazendo isso. — tomando uma mão para enxugar uma lágrima perdida, Helena assentiu. — Ok, querida, eu preciso fazer o seu check-in. Estarei de volta em breve.
Um momento depois que Mark saiu, Helena ouviu uma batida suave na porta e a garota se virou para ver Meredith e Cristina.
— C-como está Callie? E o bebê? — Helena perguntou, os olhos ainda inchados. Já era tarde da noite e o hospital estava silencioso, quase vazio.
— Callie volta para a sala de cirurgia logo pela manhã. A questão agora é se o bebê deve ou não nascer primeiro. Eles estão esperando que Robbins decida. — Meredith disse a ela, as duas mulheres sentadas ao seu lado.
— Como está a dor? — Cristina perguntou.
— É... Ruim. Ruim, mas vai piorar quando eu estiver empurrando a pequena Alice através de um buraco muito pequeno no meu corpo, então não estou reclamando ainda... — Helena soltou, com uma pequena risada.
As meninas ficam em silêncio por um momento, antes que os lábios de Helena comecem a tremer novamente e ela leva as mãos para cobrir o rosto. — Eu não posso ter esse bebê agora. Eu.. Eu não posso . Tem muita coisa acontecendo, e-e Callie e seu bebê... Deus, eu deveria estar com Arizona, ela precisa de mim, e eu deveria estar trabalhando no bebê de Callie com Lucy, n-não... Isso não deveria estar acontecendo.
— Eu sei. — Meredith soltou, suavemente, movendo-se para segurar sua mão.
— É tudo uma merda. Quero dizer, ontem estávamos no seu chá de bebê e agora... — Cristina concordou.
— E agora, tudo está de cabeça para baixo. — Helena terminou, as mulheres ficando em silêncio.
★
Depois de uma noite de lenta dilatação do colo do útero, Helena gritava na cama, agarrada às barras de metal. Mark sentou-se ao lado dela, segurando a mão de sua esposa enquanto fazia o possível para confortá-la.
— Dra. Campos, precisamos que comece a empurrar. — a OB de plantão disse a ela.
— Não, não, não, e-eu não posso agora, A-Alice não pode vir agora. — ela soluçou, deixando escapar sons de dor enquanto balançava a cabeça vigorosamente.
Primeiro passo, você diz que precisamos conversar.
Ele anda, você diz senta, é só uma conversa.
— Lee, querida, eu preciso que você empurre. O bebê está chegando, v-você precisa empurrar. — Mark encorajou, segurando a mão dela.
— Não posso, Mark! Não posso! — Helena gritou de dor, suor cobrindo seu rosto.
Ele sorri educadamente de volta para você.
Você olha educadamente para a frente.
— Querida, por favor. Por favor, você precisa fazer isso. — o homem pediu, enxugando o rosto dela com um pano úmido. — Eu sei que tem muita coisa acontecendo hoje, ok? Eu sei, Callie está de volta à cirurgia e tudo está caótico, mas preciso que você me empurre. — Mark disse a ela, com lágrimas nos olhos.
— Mark... — ela soluçou, as lágrimas escorrendo pelo rosto. — Eu não posso tê-la hoje, eu n-não posso. Hoje não, ela precisa ficar dentro de mim e s-segura. Ela não pode sair!
Algum tipo de janela à sua direita.
Como ele vai para a esquerda, e você fica à direita.
— Dra. Campos, vamos cuidar do seu bebê, ela vai ser... — a OB disse a ela.
— Não! Não, você não vai, você não pode. M-Mark, ela vai morrer em mim. Ela vai morrer em mim também. — ela chorou abertamente, o medo em seus olhos enquanto chorava. — Meu p-pai morreu, G-Georgie morreu, Alice morreu, e agora Callie p-pode... Todo mundo continua morrendo em mim. Então Alice precisa ficar dentro de casa e segura, ela p-pode não morra também.
— Oh querida. — Mark deixou escapar, uma lágrima escorrendo por sua própria bochecha. — Ela não vai morrer. Alice vai ficar bem.
Entre as linhas do medo e da culpa.
Você começa a se perguntar por que veio.
— Você n-não pode prometer isso. E-e nós não temos nossa obstetra, e-e a de Callie... — Helena começou de novo.
Só então, Addison entrou rapidamente na sala, perguntando. — Você me chamou?
— Ela não vai forçar, Addison. — Mark sussurrou para sua amiga, enquanto Helena ainda soluçava em sua cama. — Ela está com muito medo, e com Callie... Ela não forçará.
Onde foi que eu errei? Eu perdi um amigo.
Olhando preocupado para a mulher que estava deitada na cama, Addison se aproximou dela.
— Lena, querida, olhe para mim. O que há de errado, por que você não empurra? — a mulher perguntou, a garota baixa movendo a cabeça para olhar para ela.
— Ela vai morrer, A-Addison. Ela precisa ficar dentro de mim para que eu possa protegê-la. — a morena chorou. — Todo mundo continua morrendo e agora Callie e-e seu bebê são...
Em algum ponto da amargura.
— Helena, olhe para mim, olhe para mim. — a atendente falou, a garota virando seu rosto coberto de lágrimas para a mulher. — Callie saiu da cirurgia, ela está bem. E seu bebê está vivo, seu bebê sobreviveu. Você me ouviu? — enquanto Helena balançava a cabeça suavemente, a atendente sorriu suavemente para ela. — Agora, eu não vou deixar seu bebê morrer, ok? Vou tirá-la com segurança, mas você precisa fazer força por mim, ok?
— Promete? — Helena perguntou, com a voz trêmula.
— Eu prometo. Eu tenho você e sua pequena Alice. — a ruiva acenou com a cabeça para ela.
Com isso, Helena engoliu em seco, fechando os olhos por um segundo. Em seguida, a residente soltou um grito de dor. — O-ok. Ok, eu posso fazer isso.
E eu teria ficado acordado com você a noite toda.
— Você pode, Lee. Você é tão forte, você pode fazer isso. Vamos fazer isso. — Mark sussurrou em seu ouvido enquanto Addison se movia para os pés da cama, posicionando-se para pegar o bebê, pelas pernas de Helena nos estribos. — Segure minha mão, você pode fazer isso.
— Ok, Lena, empurre para mim agora. — a ruiva instruiu.
Com um grito gutural, Helena agarrou a mão de Mark, enquanto empurrava o mais forte que podia.
Se eu soubesse como salvar uma vida.
★
Addison deixou o traje de parto para encontrar quatro médicos muito estressados esperando do lado de fora. Callie tinha acabado de acordar de sua cirurgia, então seus amigos estavam atualmente divididos entre as duas.
Ainda assim, Derek ficou com um sorriso orgulhoso ao lado de Meredith, que mexeu com a bainha do jaleco. Ao seu lado, Cristina trabalhava em alguns gráficos, tentando minimizar seu estresse e preocupação. Quanto a Lexie, a garota mais nova estava atualmente enterrando o rosto em um enorme saco de batatas fritas, entregando-se ao estresse de comer.
— O parto foi tranquilo, tanto o bebê quanto a mãe estão bem. — Addison disse a eles com um sorriso. — Me disseram que eles estão prontos para você.
Com isso, Lexie rapidamente colocou a comida na mesa, caminhando apressadamente para a porta. Logo atrás dela, entraram Meredith e Derek e, por último, Cristina, que tentou jogar com suas próprias emoções, mesmo com a preocupação estampada em seu rosto.
Ao entrarem no quarto, encontraram um pequeno bebê enrolado em um cobertor rosa, nos braços de sua mãe. Por eles, Mark olhou por cima dos ombros de sua esposa, um dedo traçando a bochecha de sua filha, pois seu sorriso era tão largo quanto o de Helena.
— Oi, pessoal. — Helena disse suavemente, levantando os olhos do sono em seus braços. — Como está Callie?
— Ela acordou cerca de dez minutos atrás, a função cerebral parece intacta. — Derek disse a ela, sorrindo para o pacote. — Olá, pequenina!
— Ótimo. Venham. — Helena convidou, os quatro médicos se movimentando para dar uma olhada no recém-nascido. — Todos, conheçam Alice George Campos Sloan.
Quando o bebê fez um pequeno som com a língua, os médicos ao seu redor soltaram um pequeno 'awwwn', Meredith soltou uma risada.
— Oh, oi, queridinha! — Lexie praticamente arrulhou, com lágrimas nos olhos. — Bem vinda ao mundo.
— Ela é tão fofa, Lena. — Meredith elogiou, levando a mão ao peito em emoção.
— Ela é, não é? — Mark concordou, com um pequeno sorriso no rosto. — Ela é a nossa garotinha perfeita.
— Você também tem o cabelo da sua mãe, não é, Fetus Einstein? — Cristina perguntou, com um sorriso no rosto diante dos abundantes cabelos escuros que o bebê tinha.
— Fetua Einstein? — Derek riu do apelido.
— Bem, o Baby Einstein de Lena, ela é Fetus Einstein. Presumindo que, para o bem dela, ela obterá sua inteligência, não a de Sloan. — Cristina zombou, o homem olhando para ela com um olhar ligeiramente ofendido. — O quê? Seria melhor se eu a chamasse de Little McSteamy?
— Ou McBaby. — Meredith concordou com uma risada.
Enquanto isso, Lexie praticamente babava em cima de Alice, por cima do ombro de Helena, maravilhada com a garotinha. Ela sussurrou para o bebê com um sorriso no rosto. — Oh, eu vou te mimar tanto, Ali. Seus pais vão ficar tão bravos comigo...
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro