082
˖࣪ ❛ SÉTIMA TEMPORADA
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— SOA GRANDE. — Jackson comentou, vários pagers dos residentes disparando enquanto Helena puxava seu cabelo em um coque baixo, em seu salão. — Eu aposto um MVC.
— Múltiplos MVCs ou um incêndio em um apartamento. — Alex sugeriu, saindo enquanto Helena terminava o penteado.
— Quando é que o olhar vai parar? — April se aproximou do grupo para perguntar.
Com isso, Helena franziu as sobrancelhas, olhando para os outros residentes na sala. Ao notá-los olhando para o grupo, ela mordeu o lábio inferior com ansiedade.
— Assim que a novidade passar. — Jackson deu de ombros, puxando sua blusa sobre a cabeça. Ao notar os olhos cheios de medo de Helena olhando para a pequena multidão, ele a cutucou gentilmente. — Ei, apenas ignore-os.
— Certo... — a garotinha suspirou, sentando-se ao lado de Meredith e Cristina.
— Owen lavou meu cabelo. — Cristina disse a elas, acenando com a cabeça para o lanche em suas mãos. — E ele me disse para comer esta barra de nozes granuladas. E ele me reservou para a cirurgia esta manhã. Ele está no comando de mim. Eu sou uma noiva e vou com isso.
— Tenho certeza que ele só está preocupado com você... — a morena deu de ombros.
— Além disso, o cara do trauma não liberou você. — Meredith brincou.
— Sim, mas ele disse que resolveria isso. — a mulher de cabelos cacheados explicou.
Percebendo Lexie olhar para as pessoas que olhavam, de seu armário, Helena pegou sua mão, pedindo. — Você está bem?
— Eles estão olhando. Estou farto de olhares. — a jovem Gray explicou.
— Eu sei... — Helena deu a ela um sorriso triste, antes que sua amiga disparasse para a multidão.
— Sim! Eu sou a louca! Eu sou aquela que enlouquece e grita com as pessoas, assim. — ela encolheu os ombros antes de seu pager disparar, olhando para ele.
— Vão ficar boquiabertos um com o outro por um tempo. — Meredith acrescentou, a multidão se dispersando quando ela se virou para a irmã. — Você está bem?
— Por favor, todos parem de perguntar se eu estou bem, ok? — a morena perguntou, saindo da sala enquanto Helena olhava para ela, preocupada. Mesmo que ela não quisesse se preocupar tanto, foi ela quem internou a amiga no andar psiquiátrico e, desde então, não conseguia parar de se preocupar com ela.
— Ele já liberou você? — Cristina perguntou a loira. No rosto da mulher, sua boca se abriu. — Ainda não?!
— Recorri às lágrimas, passei rímel ruim para ele não sentir falta...
— Eu gritei com ele antes que ele me liberasse. Talvez gritar ajude? — a garota baixinha sugeriu, tomando um gole do café de Meredith. — O que Derek disse?
— Ugh, eu vou evitá-lo hoje... — Meredith gemeu.
— Então você não tem que falar com ele sobre a coisa do bebê? — Cristina perguntou, franzindo as sobrancelhas.
— Não. — Meredith revirou os olhos.
— Porque ela o deixou no buraco. — Helena riu quando se levantou para sair, Meredith assentiu. — Eu deveria ir, eu tenho um caso de peds...
★
Meredith e Helena sentaram-se na galeria, observando a cirurgia em que Cristina estava realizando. Distraída, a menina mexeu no colar de pombo, lendo o artigo no colo.
— Você já contou a ele? — Helena perguntou a sua amiga mais velha, olhando para ela.
— Não, ainda não. — a loira suspirou, recostando-se na cadeira. — Como você está indo?
— Eu ouvi uma das enfermeiras pediátricas hoje perguntar a outra se eu era a cirurgiã que levou um tiro na frente delas... — Helena se mexeu na cadeira, sua mão se movendo instintivamente para a cicatriz em seu abdômen. — Elas estavam falando sobre como foi traumatizante para elas verem a poça de sangue depois que Callie me tirou de lá e elas mudaram Alice.
— Isso é péssimo. — Meredith deu a ela um sorriso triste.
— É... — ela concordou suspirando.
De repente, na sala de cirurgia abaixo deles, Avery foi contra uma das bandejas cirúrgicas, o impacto fazendo um estrondo. Com isso, Helena estremeceu ligeiramente. No entanto, quando ela percebeu que Cristina havia caído no chão e não se levantou, ela se levantou de seu assento, Meredith logo atrás.
— Merda, merda, merda... — a garota baixinha sussurrou para si mesma quando chegaram à sala de lavagem, April dentro.
— Você não pode estar aqui, Mer... — ela começou, a loira lançando um olhar para ela enquanto Helena pegava uma máscara. — Mas nós somos amigos agora, então vou calar a boca.
— Boa menina. — Meredith disse a ela, as duas médicas correndo para a sala de cirurgia.
— Dra. Grey, você não pode estar na sala de cirurgia! — Teddy repreendeu, Helena suspirando enquanto se virava para a amiga.
— Eu a peguei, espere lá fora. — a garota baixinha assentiu, Meredith compartilhando um acordo silencioso com ela quando ela saiu, Helena deitada no chão ao lado de sua amiga.
— Cristina? — ela sussurrou, olhando para a amiga, que parecia congelada. — Cristina?
— Não posso ficar aqui. Não posso. — a mulher mais velha disse a ela, pânico em seus olhos.
— Ok. Você quer ir? — Helena sugeriu sua voz suave.
— E-eu não consigo sentir nada. — ela murmurou, quase ignorando as palavras dirigidas a ela.
— Eu sei... — ela suspirou, suavemente.
— E-eu não consigo me mexer. Não consigo mexer minhas pernas, não consigo sentir nada. — Cristina gritou, sua voz quebrada e um pouco assustada.
— Tudo bem. — Helena lhe disse, tirando a luva cirúrgica da mão da amiga. Então, ela colocou em sua bochecha. — Você pode sentir isso? Você pode sentir meu rosto?
— S-sim. — ela soluçou, suas lágrimas caindo no chão, onde seu rosto estava.
— Ok. — Helena respondeu, colocando a própria mão na bochecha da amiga. — Você pode sentir minha mão? — Cristina assentiu com a cabeça, com lágrimas rolando de seus olhos. — Ok. Viu? Você está bem. E quando estiver pronta, sairemos daqui. Fale comigo quando estiver pronta.
— Eu n-não e-estou bem. — Cristina sussurrou, a própria Helena mal conseguindo ouvir.
— Eu sei... Eu sei exatamente como você se sente. — a garota sussurrou de volta. — Mas eu tenho você, ok? Estou bem aqui.
★
Mais tarde naquela noite, Mark e Helena estavam nus na cama, a garota enrolada contra o homem enquanto descansava a mão em seu peito. Mark tinha uma mão em volta dos ombros dela, a outra mão de Helena traçando distraidamente sua nova cicatriz, em seu abdômen.
— Lee? — o homem chamou, olhando para ela com preocupação.
— Sim? — ela olhou para ele, dando-lhe um sorriso doce.
— Uma moeda por seus pensamentos? — Mark perguntou, sua voz um pouco rouca de quão sonolento ele estava começando a se sentir.
Com isso, Helena suspirou, olhando de volta para sua cicatriz, seus dedos levemente arrastando sobre ela. — Só... Eu estava pensando sobre isso. Sobre aquele dia.
— Você quer falar sobre isso? Acha que está pronta? — ele encorajou, passando suavemente os dedos pelos cabelos escuros da garota. Helena ainda não havia contado a ele nenhum detalhe sobre o que havia acontecido, apenas disse vagamente que Gary havia atirado em Alice e depois nela.
— Eu... Quando Ga... Quando ele apareceu, eu estava na sala de jogos das crianças. — ela começou, esfregando o polegar no peito do homem em movimentos circulares. — E-ele chamou meu n-nome da porta, e eu levei um segundo para perceber o que estava acontecendo. Ele começou a falar sobre como eu matei sua esposa e ele tinha uma arma na mão sangrenta. Ele estava com tanta raiva e eu estava com tanto medo...
Ela começou, Mark pressionando pequenos beijinhos no topo de sua cabeça enquanto os olhos da garota se enchiam de lágrimas. — Eu não queria que as crianças se machucassem e-e eu sabia que ele estava... Eu sabia que ele estava lá por mim. E-então eu pedi a ele para ir lá fora, eu estava com tanto medo que ele machucaria as crianças também... — ela respirou trêmula, suas palavras saindo lentamente, enquanto uma lágrima caiu no peito de Mark. — E então eu estava contra a parede, e ele estava falando, ele estava dizendo tantas coisas... E-ele estava dizendo que o hospital não era seguro por causa de médicos como eu e ele estava protegendo as pessoas.
— Sinto muito, querida... — ele sussurrou em seu ouvido, lágrimas se formando em seus próprios olhos ao pensar na mulher que amava com tanta dor.
— E-ele levantou a arma para mim e eu pensei que ele ia... — Helena se interrompeu, segurando seus soluços enquanto seu queixo tremia. — Eu fechei meus olhos. E-e então tudo aconteceu t-tão rápido, eu... Eu ouvi a voz de Alice. E-ela estava chamando m-meu nome, Mark, ela saiu da sala p-por minha causa... E então eu ouvi o tiro, e eu abri meus olhos... E havia t-tanto sangue, seu ursinho de pelúcia foi rasgado e aberto e o recheio e-estava por todo o chão e-e flutuando... Havia tanto sangue.
Ela soluçou em seu peito, o braço de Mark apertando seus ombros enquanto uma lágrima rolava de seus próprios olhos. — E e-ele disse que foi minha culpa. E-então fui eu, foi a minha vez. E-e eu o-ouvi Callie e Arizona chorando, eu estava no chão e-e doeu tanto. Eu estava tão assustada, Mark, eu estava tão assustada. E eu apenas deitei lá, eu deitei lá e esperei que ele fosse embora, eu esperava que ela vivesse, que ela estivesse viva. E-ele estava lá para mim, Mark. Ele estava lá para mim, e eu consegui, mas a pequena Alice morreu. E-ela e-está morta p-por minha causa.
Enquanto os soluços balançavam o corpo de Helena, Mark simplesmente a pressionou contra ele, desejando poder fazer sua dor ir embora, desejando ser ele quem estava sofrendo em vez dela. — Eu sinto muito, baby. Eu sinto muito. — ele sussurrou.
Depois que a garota se acalmou, ela se sentou, enxugando as lágrimas do rosto. — Estou bem, querido. Estou bem.
— Mas você não está, não é? — ele perguntou segurando seu rosto enquanto olhava profundamente em seus olhos. — Vou te dizer uma coisa e preciso que você me ouça, ok? Isso não é sua culpa, Lee. Isso não é sua culpa. Isso é culpa de Gary Clark, e apenas Gary Clark. Você fez o possível para proteger aqueles crianças naquele dia, você fez o seu melhor para mantê-los seguros. Você estava com medo, você estava em perigo, e ainda fez o seu melhor para protegê-los. Alice veio te procurar porque ela te amava, porque ela te idolatrava, mas ele puxou aquele gatilho. Ele a matou, não você. Você pensou nas crianças antes de tudo e, no meu livro, isso faz de você um maldito herói. Isso não é da sua culpa, Helena Campos.
Lágrimas caíram dos olhos de Helena mais uma vez, caindo nas palmas das mãos de Mark, ainda em seu rosto. Enquanto ela fungava, ela tentou ao máximo se convencer das palavras do homem, resmungando. — Obrigada, querido. Eu te amo, obrigada...
— Eu te amo tanto, Lee. Eu só queria que você pudesse ver o quão incrível você é. — ele respondeu de volta, pressionando um beijo na testa dela. — Eu te amo muito.
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A cabeça de Helena se ergueu do travesseiro, apertando os olhos na escuridão ao ouvir a porta do quarto se abrir.
Enquanto Mark ainda dormia, ela viu Cristina entrar no quarto, a baixinha sussurrando. — Cristina? O que há de errado?
— O-Owen está no hospital, e ele pegou o carro para que eu não pudesse ir para Meredith, então eu... — ela explicou, olhando para um Mark ainda dormindo.
— Está tudo bem, entre aqui. — Helena concordou, movendo-se para criar espaço para sua amiga do outro lado dela, Mark à sua direita.
Enquanto Cristina se deitava, a cama rangeu ligeiramente, Mark acordou com uma forte inspiração. — O-o que está acontecendo? — ele perguntou, grogue.
— É a Cristina, querido. — Helena explicou, imprensada entre os dois. — Você pode simplesmente voltar a dormir.
— Bem, eu nunca fui de dizer não a duas mulheres na minha cama. — o homem brincou, virando de lado enquanto Helena batia em seu braço, logo se aconchegando de volta na cama.
— É isso, ele é oficialmente melhor que o Derek. — Cristina zombou, as três pessoas logo voltando a dormir.
★
— Ok, então o buquê será azul marinho e branco, para combinar com o tema do casamento, mas fazemos hortênsias ou ranúnculos? — Helena perguntou, caminhando ao lado de Mark enquanto conversavam. — Eu estava pensando em ranúnculos, mas também gosto de hortênsias...
— Ranúnculos parece ótimo. — Mark sorriu, dando um beijo em sua testa.
Ao se aproximarem do posto de enfermagem, no entanto, o casal parou ao ouvir uma mulher pedindo informações sobre como chegar ao escritório de Derek. Diante disso, Helena mordeu o interior da bochecha preocupada, os lábios do namorado formando um sorriso ao se aproximar da mulher.
— Ela tinha aquele olhar no rosto porque a última vez que alguém entrou neste hospital procurando pelo Dr. Shepherd sem uma hora marcada, eles atiraram nele. — ele explicou, o rosto da mulher se iluminando quando ela o reconheceu, lançando-se em um abraço.
— Mark! Oh meu Deus! — ela soltou, Helena encostada no posto de enfermagem enquanto observava, um sorriso em seus próprios lábios enquanto Mark ria. — Você ainda parece quente! — a mulher disse a ele enquanto eles se afastavam.
Com a reação de Mark, que lutou com suas palavras e piscou rapidamente, uma sugestão de um sorriso divertido surgiu nos lábios de Helena. — E-e você, hein, parece muito mais adulta... Do que quando a vi pela última vez.
— Você pode dizer gostosa, sabe? Porque eu sou, eu sou gostosa. — ela brincou, Helena rindo.
— Não, eu não posso. Porque em minha mente você ainda é a irmã de doze anos de Derek. E se isso não bastasse, estamos ao lado da minha noiva. — ele argumentou, apontando para Helena, a mulher olhando para ela com os olhos arregalados.
— Oi, Dra. Helena Campos. Prazer em conhecê-la. — ela sorriu, estendendo a mão, que a mulher pegou. — E se você é a irmã mais nova de Derek, isso deve fazer de você...
— Amelia. É tão bom conhecer você também. — Amelia cumprimentou. Olhando entre os dois, ela brincou. — Mark Sloan... Noivo. Certamente melhorou desde a última vez que o vi.
Helena sorriu para o homem, virando-se para a mulher e perguntando. — Então, o que você está fazendo em Seattle?
— Derek é um idiota que não retorna minhas ligações. Derek é um idiota que levou um tiro e não retorna minhas ligações. — ela explicou. — Então eu trouxe um presente para ele... Ou um suborno... Ou uma oferta de paz. Tanto faz, eu trouxe isso para ele. — Amelia sorriu, acenando para um homem na sala de espera.
— Você trouxe Brett Favre para ele? — Mark brincou.
— Não! — a mulher mais alta zombou. — Eu trouxe para ele um tumor cerebral.
— Ah, é a Arizona. — Helena alertou, olhando para seu pager enquanto brincava. — Estou em peds, onde não tratamos os pacientes como presentes.
— Bem, você trabalha com crianças, isso seria totalmente errado. Homens adultos devem ser mais aceitáveis. — Amelia brincou de volta, sorrindo para ela. Depois que a mulher saiu, ela estreitou os olhos para o homem. — Como você conseguiu uma cirurgiã pediátrica? Uma boa e... Gostosa?
★
Helena parou em um posto de enfermagem, seus amigos ao seu redor acabaram de discutir o caso de uma virgem vinte e sete anos mais velha.
— Karev, quantos anos você tinha na sua primeira vez? — Jackson perguntou.
— Quinze, enfermeira da escola, atrás do carro dela. — ele disse a eles, descendo até o bebedouro.
— Quinze... Impressionante. — Jackson aprovou, Helena dando-lhes um revirar de olhos divertido na conversa.
— Quando eu tinha dezesseis anos, ela me ensinou a dirigir o mesmo carro. — Alex acrescentou, sorrindo.
— O aluno do segundo ano do ensino médio, Paul Waxman, não tinha a menor ideia do que estava fazendo. — Meredith compartilhou.
— Baile de formatura. Sarah Richardson e Penny Caraway. — Jackson teve sua vez.
— Juntos? — Helena questionou, erguendo as sobrancelhas em surpresa. — Bem, essa é certamente uma maneira de começar.
— Eu também sabia exatamente o que estava fazendo. — o menino deu de ombros presunçosamente.
— Dezenove. — Cristina disse a eles. — Eu estava muito focada em meus estudos, ele era meu professor de química, ele era uma cabeça mais baixo que eu, mas... Cara, ele era inteligente.
— Ei, April? — Jackson perguntou, olhando para a garota.
— Eu não estou falando sobre isso. — ela disse a eles. — Era uma memória privada, privada.
— O que aconteceu? O cara morreu? — Alex zombou.
— Alex! Se ela não quer falar sobre ela, deixe-a em paz. — Helena argumentou, erguendo os olhos de seu prontuário para bater na nuca dele.
— Ah, durou uns três segundos, então você não sabe se contou? — Cristina brincou.
— Não! — April soltou. — Foi... Na praia, ao pôr do sol. Foi lindo.
— Pôr do sol? Sério? Havia pessoas lá? — Jackson brincou.
— E na praia? Lixe em lugares que você não quer ter areia... — Cristina concordou, claramente deixando April desconfortável.
— Ha! — Alex soltou, batendo palmas enquanto chegava a uma conclusão. — Você é virgem.
— Não, eu não sou! — ela argumentou, um pouco em pânico.
— Oh meu Deus, você é! Oh meu Deus, ela é! — Cristina pulou para cima e para baixo animadamente.
— Não sou! Foi na praia! — April entrou em pânico, todos rindo, exceto Helena.
— Gente, deixem ela em paz. — Helena perguntou.
— Sim, April, a praia ao pôr do sol é muito boa. — Meredith concordou, April saindo, claramente incomodada.
— E você, Lena? — Jackson perguntou, Cristina e Meredith olhando para ela, preocupadas.
— Eu também não falo sobre isso. — ela deu a ele um pequeno sorriso, voltando ao seu gráfico.
— O que? Você é virgem? — Alex zombou.
— Não, eu não sou virgem. Eu não falo sobre sexo, só isso... — Helena deu de ombros, pegando seu prontuário para sair.
— Oh, você é virgem? — Jackson riu, a garota balançando a cabeça enquanto ficava vermelha.
— Não. — Meredith avisou, Cristina olhando para a garota com preocupação.
— Não sou, ok? Nem preciso falar sobre isso para te provar. — ela olhou para eles duramente, afastando-se enquanto os meninos ficavam mais sérios.
★
Enquanto Helena caminhava pelo corredor, ela viu Derek e Amelia olhando para as tomografias do homem.
— Oh, isso é um tumor bonito. — ela soltou, seus olhos se estreitando com a imagem enquanto os irmãos conversavam.
— Doeu? Levou um tiro? — a mulher perguntou, Derek zombando. — Você sentiu a bala ou apenas sentiu dor?
— Sinto dor agora porque você não para de falar. — o homem provocou, Helena falando depois de terminar de examinar a imagem, sentando-se em uma cadeira.
— Alguma chance de eu poder participar?
— Isso vai convencê-la a se especializar em neuro? — Derek perguntou, Helena lhe dando um sorriso divertido enquanto ela levantava uma sobrancelha. — Achei que sim. Eu já tenho a Cristina, porém, o fato de você ter me abandonado de lado.
— Qual é a cara dela com as dificuldades de aprendizagem? — Amelia zombou, Helena franzindo as sobrancelhas para ela. — Por que você simplesmente não atira no cara?
Com isso, Helena sentiu seu coração bater um pouco mais rápido, sua mão disparando para o colar enquanto ela mordia o interior de sua bochecha.
Percebendo a reação de Helena e tendo se tornado protetor com a garota com o tempo, Derek repreendeu, antes de sair furioso. — Não fale sobre atirar em pessoas neste prédio. Não critique meus cirurgiões. Deixe seu paciente, vá para casa.
— Ele é mal-humorado. — Amelia brincou, Helena se levantando enquanto ela limpava a garganta.
— Isso dói. — Amelia franziu as sobrancelhas em confusão, fazendo a garota explicar. — Levar um tiro. E eu não senti a bala, só muita... Dor tipo queimadura. E... Sobre Cristina, ela não tem dificuldades de aprendizagem. Ela é uma ótima residente, uma das melhores em nossa classe. Estamos todos passando por uma fase difícil agora.
Helena sorriu suavemente, saindo da sala enquanto a mulher atrás dela suspirava, arrependida de seus comentários.
★
— Vamos, diga-nos. — Alex insistiu que Helena contasse a história de como ela havia perdido a virgindade, Meredith, Jackson e April no Bar do Joe com eles.
— Sim, todo mundo fez, não é grande coisa. — Jackson deu de ombros, Meredith lançando um olhar para sua amiga como se perguntasse se ela estava bem.
Tomando um gole de sua bebida, a garota baixinha finalmente falou. — Tudo bem, tudo bem, cale a boca. Eu estava no terceiro ano da faculdade de medicina, tinha vinte anos. Foi com uma das minhas colegas de classe, que foi minha amiga até os... Bem, mais.
— Ela? — April perguntou, um pouco chocada.
— Sim, eu sou bissexual... — Helena explicou, um pouco nervosa. Ela sabia que April era bastante religiosa e tinha medo de não aceitá-la. — I-isso é um problema?
— Não, de jeito nenhum. — a garota sorriu, Helena sorriu de volta antes de olhar para sua bebida.
— Bem, nós namoramos por um mês talvez antes de acontecer, nós fizemos isso no meu apartamento na época. Feliz? — ela perguntou, virando-se para os meninos que a estavam importunando.
— Muito. — Jackson sorriu de volta.
— Vou pegar uma recarga. — Helena apontou para o copo, Meredith se levantou para segui-la.
— Sim, eu também.
Quando chegaram ao bar, Meredith perguntou. — Você está bem?
— Sim, estou bem... — ela suspirou, um pequeno sorriso abrindo caminho em seus lábios. — Acho que percebi que ele não precisa contar, se eu não deixar. Tenho que pensar que ele não tirou minha virgindade, porque eu teria que dar consentimento para ele.
— Você tem razão. — a loira sorriu.
— A virgindade é apenas uma construção social de qualquer maneira, certo? — Helena deu de ombros, virando-se para Joe. — Posso pegar outro gin tônica, por favor?
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