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˖࣪ ❛ SEXTA TEMPORADA
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HELENA SUSPIROU ENQUANTO Mark pressionava beijos nas suas costas nuas, deitada em sua cama com o cabelo sobre o ombro.
Enquanto o homem a virava, ela soltou uma risada, que se transformou em um suspiro feliz enquanto ele se movia para pressionar beijos no pescoço dela.
— Mark, querido, devemos ir fazer o jantar em breve, já é tarde... — ela disse a ele. No entanto, em vez de fazer qualquer movimento para sair da cama, ela moveu a cabeça para o lado para dar a ele um pouco mais de espaço.
— Vou pegar comida para viagem. — ele disse a ela, pressionando os lábios nos dela em um beijo profundo.
O beijo só se aprofundou, antes de Helena se afastar ao som da campainha tocando, sua cabeça caindo para trás com um gemido.
— Ignore-os, eles vão embora. — Mark argumentou, Helena deslizando debaixo dele enquanto a campainha tocava novamente. Ele choramingou de frustração. — Onde você está indo?
— Eu vou atender, apenas dizer a eles que não é uma boa hora. — ela disse ao homem, puxando uma das camisas de Mark sobre a cabeça dela, bem como alguns shorts de corrida. Quando ela fez, o sino tocou mais algumas vezes, a garota correndo para ir atender.
Ela flutuou pela sala de estar, seus pés pequenos fazendo pequenos baque enquanto caminhava rapidamente até a porta.
Assim que ela chegou, Helena o desbloqueou, movendo-se para dizer. — Sinto muito, agora é... Sloan?! — seus olhos se abriram de surpresa ao ver a adolescente em pânico à sua porta. — O que há de errado?!
— O bebê está chegando! O bebê está vindo agora mesmo! — ela gritou, passando por Helena para se sentar no sofá deles, agarrando sua barriga.
A garota baixinha piscou rapidamente para a informação, movendo-se rapidamente para ajudar a loira enquanto ela gritava. — Mark, o bebê está chegando! Vista-se e venha aqui!
★
Cristina abriu a porta do apartamento enquanto ouvia batidas rápidas e persistentes do corredor, vendo um Mark em pânico enquanto ela.
— Yang, você tem um kit de sutura? — ele perguntou enquanto invadia o apartamento.
— O quê? Sim. — a mulher começou, confusa.
— Onde está Robbins? — ele perguntou, movendo-se para olhar através das gavetas da cozinha.
— Ali. — Callie disse a ele, balançando a cabeça para o quarto dela.
— Robbins! — Mark chamou, urgência em sua voz. — Espere, dois, eu preciso de dois kits de sutura. — ele avisou quando Cristina desapareceu em seu quarto.
— Por que ele está gritando? — a loira perguntou quando apareceu de dentro do quarto usando um roupão, Mark ainda olhando freneticamente pelas gavetas.
— Bebê! Agora! — ele avisou quando praticamente saiu correndo do apartamento.
Todos pareciam estar confusos por um segundo, congelando, antes de ouvirem um dos gritos dolorosos de Sloan do outro lado do corredor.
— Oh Deus, ele está falando sério! — Arizona saiu enquanto eles corriam para fora do apartamento.
Quando entraram no apartamento, viram Helena agachada no meio das pernas de Sloan, o bebê já em suas mãos e embrulhado em uma toalha. Sua camisa e mãos ensanguentadas, a garotinha olhando para cima para ver a pequena multidão em sua porta.
— Pegue minha bolsa, pegue minha bolsa. — Arizona bateu no braço de Callie, que correu de volta para o apartamento delas enquanto os outros se mudavam para ajudar Sloan.
— Dê-me um grampo. — Helena pediu a Cristina, que lhe entregou o material. A menina baixinha equilibrou o bebê em um braço enquanto aplicava a braçadeira no cordão umbilical com o outro. — Outra braçadeira, depois uma tesoura. — ela falou, sua voz com certeza enquanto trabalhava.
— E ele está bem? Ele é bom? — Sloan gritou, Helena dando a ela um pequeno sorriso reconfortante.
— Ele está ótimo, ele é um bebê lindo, Sloan. — ela disse a ela assim que cortou o cordão, entregando o bebê para Arizona enquanto as duas se mudavam para o balcão da cozinha. Enquanto isso, Mark e Cristina ficaram com Sloan, certificando-se de que a garota mantivesse a calma.
— Algum som? — a loira perguntou, Helena finalmente permitindo que um pouco de seu medo aparecesse em seus olhos, agora que a adolescente não podia vê-la.
— A-ainda não. — ela balançou a cabeça enquanto o Arizona massageia o peito do bebê, na esperança de estimular o coração e os pulmões.
— Vamos, garotinho, vamos lá. — a atendente perguntou enquanto ela e Helena olhavam para o bebê, esperando ouvir qualquer som em breve.
Uma vez que ele chorou, a garota baixinha suspirou de alívio, apoiando-se levemente no balcão da cozinha. — Oh, Deus, ele está bem...
Arizona riu feliz enquanto entregava o bebê para Mark, Callie assistindo com admiração enquanto o homem o pegava. — Aí está, vovô.
Depois de recuperar o fôlego, Helena se mudou para Mark, olhando para o pequeno pacote em seus braços, lágrimas brotando em seus olhos.
Ela moveu um dedo para acariciar suavemente a barriga do garoto, sussurrando. — Oi, garotinho. Você é tão, tão lindo.
— Sim, você é. — Mark concordou com admiração, olhando para sua namorada com lágrimas nos próprios olhos. Eles compartilharam um sorriso rápido e radiante, antes de se concentrarem no bebê, o bebê que eles já pensaram que seria deles.
★
Como Helena teve um momento livre do trabalho, ela estava no quarto do hospital de Sloan, segurando o bebezinho em seus braços. Enquanto ela fez, ela sentiu seu coração praticamente derreter, o bebê movendo a língua da maneira mais adorável, o que a fez rir.
Quando Mark entrou na sala, ele contou à namorada, estreitando os olhos para ela. — É a minha vez de ter tempo com o. bebê. Você o monopolizou por muito tempo.
— Tudo bem, tudo bem, Mark. — ela suspirou, entregando-o enquanto o homem começava a andar pela sala, segurando-o firmemente.
— Então, a enfermeira diz que estou recebendo alta. Eu tenho que sair amanhã? Acabei de ter o bebê, tipo, hoje... — Sloan perguntou a eles, lendo alguns artigos.
— É uma coisa boa, significa que você está indo muito bem. Sem complicações. Certo, homenzinho? — Mark respondeu, olhando para o pacote em seus braços.
— Além disso, é perfeitamente normal que as mães recebam alta tão cedo. Você teria que se preocupar se eles não te dispensassem. — Helena sorriu para a adolescente, que parecia fazer beicinho um pouco.
— Bem, para onde devo ir? Minha mãe me expulsou, e aqueles amigos com quem estou hospedado em Portland ficaram tipo 'você tem que pagar o aluguel ou você tem que sair'. Não posso pagar o aluguel, não tenho emprego! Eu não tenho nada.
— Você pode ficar com a gente. — Mark disse a ela, sem tirar os olhos do bebê que estava segurando.
— Realmente? — Sloan perguntou, olhando para Helena, que já havia discutido com o homem anteriormente.
— Claro. Só um pouco, até você descobrir as coisas. Vou ajudá-lo a procurar um emprego, mesmo. — a morena sorriu para a garota. Mesmo magoada por ter saído sem avisar, Helena sabia que se tratava de uma jovem adolescente irresponsável, que precisava de ajuda para se reerguer.
Com a oferta generosa, a cabeça de Sloan começou a tiquetaquear. E, vendo como o casal parecia apaixonado pelo bebê, ela pensou que talvez ela pudesse ser a passagem para uma estadia mais longa na casa dos Campos-Sloan e a segurança que isso proporcionava.
— Talvez devêssemos... Mantê-lo. — a adolescente sugeriu, o casal olhando para ela, confusos.
— V-você acha que poderia? — Mark perguntou, esperançoso.
— Talvez. — Sloan encolheu os ombros, Helena franzindo as sobrancelhas.
As palavras da garota não pareciam genuínas. Não depois de ter causado tanta dor ao entregar o bebê para adoção, não depois de estar tão decidida a não ser mãe. E, na cabeça de Helena, havia duas possibilidades: ou os hormônios do parto estavam levando a menina a uma decisão da qual ela se arrependeria, ou a adolescente simplesmente queria um lugar para ficar. De qualquer maneira, por mais que doesse não ficar com o bebê, não era a escolha certa para Sloan.
— Você quer segurá-lo? — Helena sugeriu, dando-lhe um sorriso suave. — Só um pouco, para ver se vocês dois podem se relacionar.
— Não... Eu não acho que eu sei como... — a adolescente riu baixinho e nervosa.
— Você quer segurá-lo. — Mark disse à filha, movendo-se para colocar o bebê em seus braços. — Ele é ótimo.
— Olá, bebê. — a mãe cumprimentou, sorrindo para o bebê em seus braços.
— Olhe para isso. — o homem sorriu com orgulho. — Você é natural.
— Depende de vocês dois. — Sloan disse ao casal, erguendo os olhos do filho. — Se você acha que podemos fazer isso, crie-o juntos... Se você acha que podemos...
— Ei, pessoal! — Arizona entrou na sala com um sorriso forçado, depois de ficar parada na porta por alguns segundos. — Ele realmente precisa ir ao berçário para ser monitorado e fazer o check-up do recém-nascido.
— Estou monitorando e fiz os exames. — Mark disse ao loiro, sorrindo. — Ele está bem.
— Helena, você poderia, por favor, verificar os bebês na UTIN? A enfermeira lá dirá quais são os meus. — Arizona pediu, Helena dando-lhe um aceno de cabeça, enquanto ela se virava para sair.
— Vejo você em um momento. — ela sorriu de volta, antes de sair da sala.
— E, Mark? Eu adoraria ter uma palavra rápida. — a cirurgiã pediátrica perguntou, sua voz séria.
★
— Eu não acho que deveríamos estar fazendo isso. — Helena falou enquanto ela e Arizona cuidavam dos bebês.
— O que? — a loira perguntou, olhando para cima do que ela estava segurando.
— Ficar com o bebê de Sloan. Não acho que ela tenha pensado nisso, não acho que ela esteja pronta para ser mãe. Quero dizer, ela tomou sua decisão. Ela decidiu dar esse bebê meses atrás, quando ela foi capaz de pensar com clareza e seu cérebro não estava encharcado de hormônios pós-parto. Depois de tudo, os futuros pais do bebê provavelmente estão sentados em casa, apenas esperando o telefonema que diria que ele é deles. — a morena suspirou, olhando para os sinais vitais do bebê e notando-os baixos. Arizona olhou para ela com compreensão, segurando um pequeno bebê em seus braços.
— E eu quero esse bebê. Deus, eu quero esse bebê, Arizona. — ela sussurrou, com os olhos cheios de lágrimas. — Mas ela já fez isso antes, ela nos deu esperança e depois foi embora. E eu não posso fazer isso de novo... E, de qualquer forma, não podemos ficar com ele agora, não quando ele já tem pais esperando por ele. Não quando há um casal esperando ao lado do telefone.
— Eu sei. — Arizona disse a ela. — Eu sei que é difícil, mas acho que você está certa. Acho que não é do interesse de Sloan, nem do bebê.
— Ah, eu odeio isso. — a baixinha suspirou, balançando a cabeça para afastar o peso em seu coração.
— Eu sei. — a loira disse a ela, passando uma mão reconfortante para cima e para baixo em seu braço. — Você está fazendo a coisa certa.
★
Helena segurou o bebê nos braços, o casal se despediu dele, pois sabiam que os pais adotivos chegariam em breve.
— Apenas lembre-se, os Sloan florescem cedo. Então, quando começar a crescer cabelo no rosto, não seja tímido. Viva isso. — Mark deu-lhe conselhos, olhando por cima do ombro da namorada. — Todos os outros caras vão ficar com ciúmes. Tudo bem esfregar isso um pouco.
— Mas não muito. — Helena acrescentou, com lágrimas nos olhos. — Você não quer ser considerado cheio de si mesmo como seu avô aqui é. — ela riu. — E não deixe ninguém, nunca, decidir o que você pode ou não fazer, ok? É a sua vida, você conquistou o caminho, não deixe ninguém ditar isso a não ser você mesmo.
— Mark, Helena. — Callie sussurrou enquanto abria a porta, o casal entrando atrás dela.
— Oh meu Deus. — a mãe deixou escapar, maravilhada, quando eles se aproximaram. — É ele?
Vendo as três pessoas na porta, Helena se levantou, colocando lentamente o bebê nos braços da outra mulher com um sorriso triste.
— Ei, garotinho. — o pai cumprimentou, ambos sorrindo para ele.
— Ele é tão bonito! — a mãe chorou, Helena deu-lhe um sorriso e um aceno de cabeça.
— Ele é, não é? — ela disse a eles, com lágrimas nos olhos novamente enquanto passava um dedo gentilmente pela bochecha do bebê. — Adeus, homenzinho.
Enquanto isso, Mark pegou uma bolsa de hospital do Seattle Grace Mercy West, com toda a papelada, e um ursinho de pelúcia que eles haviam comprado para ele.
— Isto é para ele... — ele disse ao casal, entregando-o a eles, com a voz embargada.
— Obrigada. — a mãe contou a eles, o casal caminhando em direção a Callie, a latina com uma expressão triste no rosto.
Assim que saíram da sala, eles observaram da janela por um momento, Callie ao lado de Mark enquanto Helena enterrava a cabeça em seu peito, lágrimas silenciosas escorrendo pelo rosto.
— Está tudo bem, querida. Estou com você. — ele sussurrou enquanto pressionou um beijo na cabeça dela, seus próprios olhos cheios de lágrimas.
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