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˖࣪ ❛ SEXTA TEMPORADA
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VÉSPERA DE AÇÃO DE GRAÇAS
— OLHA, EU SEI que é uma droga eu ter que trabalhar no Dia de Ação de Graças, mas pelo menos estarei em casa à noite! — Helena disse a Mark enquanto escovava o cabelo úmido, se preparando para dormir. — Seria pior se eu estivesse trabalhando em dobro.
— Eu sei, querida. É que... Seria nossa primeira ação de graças no apartamento, eu estava ansioso por isso. — Mark reclamou, movendo-se ao redor dela enquanto colocava um hidratante.
— Pelo menos teremos o Natal, certo? — Helena perguntou, tentando olhar para o forro de prata enquanto pegava a escova de dentes. No entanto, percebendo seu reflexo no espelho, com o colar de pombos que ela usava todos os dias, seu rosto caiu.
Trazendo a mão até ela, Helena passou o polegar pelo pingente, com os olhos cheios de lágrimas.
Assim que Mark notou, ele olhou para ela com preocupação, perguntando. — Ei, o que há de errado, boneca?
— Eu só... Serão as primeiras férias sem ele. E eu realmente sinto falta dele, todos os dias. Eu realmente, realmente faço... — Helena suspirou, uma lágrima escorrendo pelo rosto enquanto Mark a abraçava por trás.
— Eu te amo. — ele disse a ela, pressionando um beijo na bochecha dela.
— Eu também te amo. — ela respondeu, enxugando sua lágrima enquanto se movia para começar a escovar os dentes.
— Você sabe o quê? Acho que vou entrar amanhã também. Não adianta apenas relaxar esperando você chegar em casa. — Mark sorriu para a garota, deixando o banheiro para trocar de pijama.
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DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS
Uma garota loira entrou no pronto-socorro, reajustando a bolsa em seu ombro enquanto olhava em volta, uma mistura de ansiedade e esperança em seu rosto.
Avistando Alex no posto de enfermagem, ela se aproximou dele, perguntando. — Desculpe-me? Estou procurando o Dr. Mark Sloan.
— Você vê o cara que se queimou tentando fritar um peru? — Alex perguntou, acenando para um paciente com uma queimadura na perna. — Sloan é o cara que o faz gritar como uma garota.
Aproximando-se do homem, a garota loira reajustou a bolsa em seu ombro mais uma vez, chamando. — Dr. Sloan?
— Sim? — Mark perguntou, olhando para cima da queimadura. Quando ele notou a semelhança que a garota tinha com ele, ele franziu as sobrancelhas, quase estudando o rosto da mulher.
— Então, isso é um pouco estranho, mas, hum... Meu nome é Sloan Riley e, hum... Minha mãe é Samantha Riley e... Tenho certeza de que você é meu pai! — Sloan falou, Mark arregando os olhos em choque enquanto Callie e Alex olhavam para cima de seu trabalho na cama ao lado.
Terminando com seu paciente, Helena deixou cair o prontuário no posto de enfermagem, virando-se para caminhar até Mark.
— Ei, querido, acabei de terminar com a Sra. Hernandez. Você quer um pouco... Oh, oi! — ela saiu, percebendo a garota loira ao lado do namorado.
Ela deu à mulher um sorriso suave, no entanto, percebendo o olhar em pânico no rosto do homem, seu sorriso começou a desaparecer um pouco. Ela franziu as sobrancelhas e inclinou a cabeça, olhando para a garota na frente dela e percebeu a semelhança entre os dois, seus olhos alternando entre Mark e Sloan.
— Oh, Deus. — ela deixou sair, a mão atirando até a boca em realização. — Por favor, me diga que vocês são primos...
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Helena andou por uma sala de plantão, depois de ter empurrado Meredith e Cristina nela com ela. Ela divaguei nervosamente, com a mão para cima do colar.
— Ela tem dezoito anos! Dezoito! — ela deixou sair, suas respirações rasas. — Quero dizer, eu tinha seis anos quando ela nasceu. Seis!
— Você sabia que Sloan era velho quando começou a namorar com ele, certo? — Cristina saiu, Meredith acenando com a cabeça. — Quero dizer, você sabia que ele tem, tipo, cinquenta ou algo assim.
Com isso, Helena deu um suspiro, movendo-se para bater na cabeça da garota. — Ele não tem cinquenta! Ele é apenas catorze anos mais velho que eu e, sim, eu sabia. Eu só não esperava que ele tivesse uma filha, muito menos uma tão próxima da minha idade!
— Quero dizer, você é um bebê... — Meredith encolheu os ombros.
— Bem, eu com certeza era um bebê quando ela foi... Concebida. — a garota portuguesa falou, ainda andando pela sala enquanto suas duas amigas olhavam para ela do beliche em que estavam sentadas.
— Sloan é um prostituto aposentado, ele provavelmente tem, tipo, cinquenta filhos. — Cristina bufou, Meredith atirando nela com um olhar de repreensão.
Com isso, os olhos de Helena se arregalaram e seu rosto ficou um pouco pálido quando ela começou a delirar com a situação em português.
— Parabéns, você deu o ranting português. — Meredith brincou, Cristina falando sobre o monólogo.
— Ei, eu estava brincando, Baby Einstein. Só brincando. — ela tranquilizou, a garota parou de andar para olhar para as mulheres.
— Vou enfatizar o choro agora, podem ir. — Helena disse a elas, as lágrimas já enchendo seus olhos.
— Vamos, eu não sei como lidar com as lágrimas. — Cristina disse à loira, acariciando a cabeça de Helena antes que as duas saíssem, a garota sentada no beliche e enterrando a cabeça nas mãos.
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Helena estava ajudando Callie e Arizona na cozinha, cozinhando no apartamento do ortopedista, onde iriam fazer o jantar de ação de graças.
A garota estava cortando alguns legumes quando ouviram uma batida na porta, olhando para cima para ver Mark entrar na sala.
— Ei! — todas as três mulheres saíram, logo vendo Sloan entrar atrás dele.
— Ei! — a loira cumprimentou.
— Oi. — Helena atirou um sorriso de volta.
— Bem-vinda! Feliz dia de ação de graças, quem quer vinho? — Callie perguntou, a garota respondeu rapidamente.
— Ah, sim! — Sloan soltou.
— Não, você não pode. — Mark corrigiu, a garota ainda era muito jovem para beber. — Hum... Ei, pessoal. Bem, os resultados chegaram. Acontece que Sloan estava certa sobre sua... Paternidade. Eu sou o pai dela. Hum... Então aqui está outra coisa pela qual agradecer!
Com isso, o rosto de Helena ficou um pouco pálido, a garota lutando com suas palavras. — Hum... E-eu, Sloan, ela... — ela respirou fundo antes de continuar. — Você tem um lugar para ficar, Sloan? N-nós poderíamos encher um colchão de ar, você pode ficar conosco por alguns dias... Certo?
— Essa é uma ótima ideia, querida. — Mark disse a ela, virando-se para pressionar um beijo em seus lábios.
— Sim, claro! — Sloan deixou escapar, dando-lhe um pequeno sorriso.
— Hum... Callie, eu vou aceitar o vinho depois de tudo. — Helena deixou escapar, servindo-se de uma generosa quantidade da bebida.
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NOITE DE NATAL
Helena estava colocando os últimos enfeites em sua árvore de Natal, Mark vindo até ela e abraçando-a por trás, pressionando um beijo em sua bochecha.
— Então, você... Quero dizer, acha que você poderia perguntar a ela quanto tempo ela pretende ficar? — Mark perguntou, os olhos de Helena seguindo os dele até a ilha da cozinha, onde Sloan pintava as unhas.
— Querido, já faz um mês e você trocou, o quê, três frases com ela? A maioria delas sendo passar o cereal! Talvez você devesse falar com ela? Quer dizer, ela é sua filha. Além disso, ela é... Legal quando você a conhece. — Helena encorajou, com as mãos apoiadas no peito de Mark.
— Realmente? — o homem perguntou, desconfiado.
— Não... — a morena suspirou, deixando a cabeça cair no peito de Mark. — Ela é meio má, honestamente, e certamente um pouco superficial, mas ela é sua filha. Talvez ela nos surpreenda. Apenas tente? — ela implorou, fazendo uso de seus olhos de cachorrinho ao entrar no quarto, para dar-lhes algum espaço.
Alguns segundos depois, Helena se virou ao som da porta se abrindo atrás dela. — Como foi?
— Não. Eu não disse uma palavra porque ela me chamou de 'velho pervertido'. — Mark suspirou, Helena deixando-se cair em sua cama.
— Eu sinto falta de sexo. Eu realmente sinto falta de sexo. Já faz um mês, Mark. — ela choramingou, cobrindo o rosto com um travesseiro.
— Bem, você é a única com muito medo de fazer isso com ela na sala de estar. — ele acusou, deitando-se ao lado dela.
— Ei, desculpe se eu não quero traumatizar sua filha adolescente. Além disso, nós dois sabemos que você é o barulhento, a culpa é sua. — ela riu, pressionando um beijo em sua bochecha.
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DIA DE NATAL
Helena balançava levemente na sala de Meredith, curtindo a música que Arizona e Chief estavam assinando, acompanhada por Owen no violão.
Quando ela sente Sloan se aproximando dela, ela olha para a garota, dando-lhe um sorriso de lábios apertados. — Você está gostando da festa, Sloan?
— É chato, meu pai não me deixa beber. — ela soltou em um tom choroso. — Pelo menos a comida é boa. Ah, a propósito, eu comprei um presente para ele com o dinheiro que você me deu antes.
— Ótimo! — Helena sorriu. — Oh, você deu a ele uma das coisas que eu sugeri?
— Não, eu comprei para ele um daqueles lindos globos de neve de Seattle. — a loira respondeu, categoricamente.
Com isso, o sorriso de Helena caiu um pouco. — Você conseguiu para ele um globo de neve da cidade onde ele mora?
— O quê? Ele gosta de Seattle! — ela deu de ombros, os olhos de Helena se tornando duros enquanto ela mantinha o sorriso suave no rosto.
— Sloan, querida... — As morenas tentavam acalmá-la. — Eu te dei 50 dólares. P-para onde foi o resto?
— Oh, eu tenho esses novos sapatos! — Sloan sorriu ao mostrar sua compra, fazendo Helena morder a bochecha para não dizer nada. — Você gosta? Eu te emprestaria, mas seus pés são minúsculos, eu sempre tenho que me espremer em seus sapatos.
— V-você... Me desculpe, o quê? Você usa meus sapatos? — a garota baixinha perguntou, piscando rapidamente.
— Sim, acabei de colocá-los de volta no lugar para quando você chegar em casa. — a loira deu de ombros, como se não fosse grande coisa. — Você é uma cirurgiã e, sem ofensa, eu sou mais gostosa, então estou totalmente colocando-os em um uso melhor. — ela piscou, fazendo Helena engolir em seco antes de se afastar, indo se sentar na cozinha.
— Um globo de neve... Meus sapatos... — ela suspirou, logo começando a resmungar para si mesma em português enquanto se servia de uma pequena dose de vinho branco.
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Enquanto todos se sentavam para jantar, todos sentados em várias mesas diferentes montadas para aquela noite, Lexie elogiou a irmã.
— A casa está linda, Mer.
— Obrigada. — a loira sorriu, sentando-se na cabeceira da mesa.
— Callie? — Derek perguntou a Arizona.
— Trabalhando. — ela suspirou, Helena batendo suavemente os pés contra Mark em um gesto de carinho, enquanto sorria para ele.
O homem fez o mesmo e todos começaram a se servir da comida, Teddy perguntou a Cristina. — Como Kelsey fez?
— Bem.
— Quem é Kelsey? — Mark perguntou, Helena concordando com a cabeça.
— Menina sem coração. — Bailey disse a eles, a garota baixinha soltou, baixinho.
— Legal.
— Eu tive que fazer um reparo intestinal laparoscópico enquanto o pobrezinho estava acordado na mesa. — a assistência continuou.
— Miranda! — o pai de Bailey repreendeu. — Cuidado com suas maneiras. Mesmo que a cirurgia seja totalmente sua, isso não significa que você tenha que falar sobre intestinos na mesa de jantar!
A mesa caiu em um silêncio constrangedor, Helena movendo-se para tomar um gole de sua bebida enquanto trocava um olhar com Meredith.
— Meu filho é saudável. — Bailey soltou, quebrando o silêncio.
— Com licença? — o pai questionou.
— Ele pode não estar comigo esta noite, mas está saudável. Ele é um menino muito amado e feliz. E permanecendo em um casamento infeliz...
— Agora não é hora nem lugar... — o homem tentou interromper, sem sucesso.
— Um casamento que superei, um casamento cheio de ultimatos, entorpecimento e ressentimento... Sei o que é possível, eu sei o que está lá fora para mim porque você me ensinou bem! Você e mamãe me mostraram como é o verdadeiro amor. Então eu escolhi não me contentar e estou mais feliz por isso. Mesmo que eu esteja sozinha no Natal. Meu filho está saudável e eu estou feliz! — ela terminou, com lágrimas nos olhos enquanto a mesa estava tensa.
Helena olhou para o prato, tentando não atrapalhar a discussão.
— E, você sabe, parte da minha felicidade é que consegui consertar o intestino de uma mulher e salvar sua vida hoje. Essa é a obra de Deus, que torna essa conversa apropriada para o jantar de Natal. — ela olhou para seus colegas de trabalho em busca de concordância.
— Sim. — Mark murmurou em concordância, Helena assentiu e deu um sorriso encorajador.
— Estou feliz e meu filho está saudável. E isso é o suficiente para mim hoje, pai, isso é o suficiente. — Bailey terminou, as mesas ficando em silêncio.
— Hum, feijão verde, alguém? — Arizona propôs, quebrando o silêncio enquanto eles retomavam a refeição, Helena colocando amorosamente a mão no joelho do namorado.
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NOITE DE NATAL
Helena leu um artigo em sua cama quando ouviu Mark entrar no quarto, a garota sorrindo para ele.
— Ei, querido? Eu ouvi você conversando com Sloan, tudo bem? — ela perguntou, com um leve sorriso no rosto enquanto levantava os olhos do artigo que estava lendo.
— Ela está... Lee, Sloan está grávida. — Mark disse a ela, o rosto da garota caindo.
— O quê? Q-quanto tempo? — os olhos da morena se arregalaram quando ela se sentou na cama de sua posição anterior.
— Alguns meses... — ele deixou escapar, sentando-se ao lado dela enquanto segurava sua mão. — Eu... Nós não podemos expulsá-la, agora. Ela não tinha outro lugar para ir.
Helena ficou quieta por um momento, permitindo-se tempo para pensar na situação enquanto fechava os olhos, traçando padrões aleatórios com o polegar na mão de Mark.
Uma vez que ela falou, sua voz era gentil, mas segura. — Ok. Vamos levá-la a um ginecologista em breve e vamos conseguir um colchão melhor para ela. Vamos dar um jeito, querido. — ela disse a ele, brincando com o cabelo na nuca dele enquanto falava.
Com isso, Mark sorriu, adoração em seus olhos enquanto falava. — Eu já te disse o quanto eu te amo?
— Hum... Diga-me de novo? — ela perguntou, brincando, torcendo o nariz.
— Eu te amo muito. — ele disse a ela, indo para um beijo.
— Eu também te amo.
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Mais tarde naquele dia, Helena ficou ao lado de Meredith e Lexie na sala de cirurgia, observando Arizona, Mark e Derek operarem uma criança. Para poder realizar a operação, eles tiveram que inventar uma nova ferramenta do zero, para que pudessem entrar pelo nariz do menino. E, como tal, a galeria estava cheia enquanto Helena observava maravilhada.
— Como está o manuseio? — a atendente loira perguntou enquanto Derek operava e ela ajudava.
— Poderia dobrar um pouco mais suavemente ...
— Não fique tão crítico, essa coisa me custou uma fortuna! — Mark brincou, olhando para o microscópio enquanto eles se preparavam para iniciar o procedimento.
— Eu poderia usar mais um dia para praticar... — o neurocirurgião suspirou, antes de começar. — Ok, inserindo o aplicador de clipes.
— Por que você não tenta torcê-lo um pouco, para obter um ângulo diferente? — Mark sugeriu, Helena observando-o fazer exatamente isso na tela à sua frente. O instrumento começou a deslizar muito mais suavemente, o ângulo melhorando drasticamente.
As três residentes tiveram permissão para entrar na sala de cirurgia para assistir à cirurgia, mesmo que não estivessem limpos, pois estavam no serviço dos três atendentes.
— Ok, aí está. — Derek falou enquanto aplicava os clipes no AVM. Helena observou de seu lugar com admiração, vendo o homem trabalhar. — Entendi! Esse é o último clipe.
— Oh meu Deus! — Arizona soltou, Helena batendo nos braços das amigas com emoção, como se perguntasse se elas tinham visto aquilo.
— Senhoras e senhores, terminamos aqui. — Derek disse à equipe do pronto-socorro, Helena pulando na ponta dos pés e fazendo alguns rirem de sua empolgação.
— Bom trabalho! — Mark soltou, Helena compartilhando um abraço com Meredith e Lexie.
— Eles fizeram isso! — ela soltou, seu sorriso largo.
— Espere! — Derek gritou, olhando para o relógio da sala de cirurgia. — Olha o relógio. São sete, seis... — a sala de cirurgia toda começou a contagem regressiva.
— Cinco, quatro, três, dois, um... Feliz ano novo!
Ao longo da contagem regressiva, Helena contornou a mesa cirúrgica para se aproximar do namorado, ficando ao lado dele no final. Assim que o relógio marcou meia-noite, ela pressionou um beijo em seus lábios, através de suas máscaras.
— Feliz ano novo, querido. — ela sussurrou para ele.
— Feliz ano novo, boneca. — ele sorriu sob sua máscara, seus olhos enrugados.
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