057
˖࣪ ❛ QUINTA TEMPORADA
— 57 —
OS RESIDENTES ESPERAVAM ansiosamente para ouvir o resultado da cirurgia solo em sua sala, Helena lendo um artigo. De repente, um estagiário entrou pela porta.
— Ele disse Karev! — ele disse-lhes.
— Isso aí! — Alex soltou, vitoriosamente.
— Tem certeza? — George perguntou, sua voz estridente.
— Sim.
— Você tem certeza? — Helena confirmou, o menino ficando em silêncio. — Bom, pelo menos ainda tenho uma chance.
Alguns minutos depois, Graciella entrou pela porta. — Stevens! Ele disse Stevens!
Com isso, Izzie se animou, Alex perguntando. — Qual é, idiota? Stevens ou Karev?
— Isso é estúpido. Vocês vão confiar nesses imbecis para dizer quem vai fazer a cirurgia sozinho? — Cristina zombou.
— Isso é difícil para você? Ser banida da cirurgia solo? Deve ser muito difícil para você. — Izzie disse, com um sorriso malicioso no rosto.
— É difícil para você saber que Cristina não está disputando é a única maneira de você ter uma chance? — Helena disparou de volta, não suportando o lado mal-intencionado da loira.
Com isso, Alex bufou enquanto George ria, Cristina lançando-lhe um sorriso agradecido.
— Ele pode mudar de ideia. Ele está sabendo mudar de ideia. — Meredith deu de ombros.
— Grey! — outro estagiário entrou na sala. — O chefe disse Grey. —
— Os estagiários não são leitores labiais, isso é apenas estúpido. — Helena compartilhou, concentrando-se novamente em seu artigo.
— Sim, isso é falso. — Alex concordou.
— Você acabou de descobrir isso? — Bailey zombou. — Basta abrir caminho para os comparecimentos votarem como fizemos quando eu ganhei.
— Você ganhou apenas a cirurgia? — Cristina perguntou.
— Claro que sim. — Helena sorriu para sua ex-residente.
— Vou fingir que você não precisou me fazer essa pergunta, Yang. Lena está certa, claro que ganhei. Fui boa. — Bailey tomou um gole de seu café. — Eu não cortei fios de Lvad, não coloquei minha mão em cavidades corporais de bombas ou fiz meus estagiários operarem a si mesmos! Eu era especial. Eu era jovem, talentosa e negra, e todos sabiam disso.
— Bem, eu também não fiz nada disso! — Helena se animou, com um sorriso nos lábios. — Talvez eu seja jovem, talentosa e... Portuguesa? — a garota perguntou, torcendo o nariz com o quão estranho isso soava.
Bailey lançou-lhe um sorriso divertido enquanto ela prosseguia. — Eu não tive que agir como se pudesse ler lábios. Apenas continuei meu trabalho e esperei calmamente que meu nome seja chamado.
Só então, Lexie correu para o quarto. — Ok, já acabou.
Os residentes trocaram um olhar, Izzie olhando para o espaço vazio ao seu lado. Ela vinha fazendo muito isso ultimamente, Helena notou. Eh, estranho.
— Tanto faz, Helen Keller. — Alex disse.
— Não, estou falando sério. O Chefe me mandou, eles fizeram a escolha deles. — Lexie disse a eles, os residentes se levantando em um salto enquanto corriam para a conferência também, eles estavam se encontrando.
★
— Estou feliz em anunciar que a primeira cirurgia solo acontecerá esta noite. Uma amputação abaixo do joelho, câncer ósseo. — o chefe começou.
— Não está feliz? — Meredith perguntou a Helena, a garota baixinha dando de ombros.
— Escolher quem faz a primeira cirurgia solo não é apenas sobre quem tem as melhores habilidades cirúrgicas, ou quem passou mais horas na sala de cirurgia. É sobre o maior motivo de confiança. A confiança de colocar a vida de um paciente em um de nossos residentes mãos. Pela primeira vez que me lembro, tivemos um empate perfeito. — o homem afirmou, Helena se animando. Mesmo que ela não conseguisse a cirurgia sozinha, se tivesse sido escolhida em segundo lugar, isso significava que os atendentes confiavam nela. — Meu voto teve que anulá-lo. A vencedora... Foi a Dra. Yang. No entanto, a Dra. Yang está fora da disputa, então ela escolherá o vencedor. — Cristina mudou de posição, claramente desconfortável.
— Espere, a segunda pessoa não deveria ganhar, então? — Izzie perguntou, franzindo as sobrancelhas.
— Quem era? — Helena perguntou, esperançosa.
Os olhos do chefe percorreram os moradores, antes de contar a eles. — A segunda residente foi a Dra. Campos. Agora, a Dra. Yang publicará sua decisão no quadro da sala de cirurgia às quatro da tarde. Além disso, como todos os internos, exceto três, ainda estão banidos da sala de cirurgia e os atendentes precisam deles, o vencedor consiga escolher um residente para entrar com eles. Boa sorte. — o homem desejou, os residentes saíram correndo.
— Você deveria ter pego, Lena. — George disse a ela. — Você foi a segunda vencedora, afinal.
— Está tudo bem, Georgie. Acho que, agora, é mais sobre punir Cristina do que qualquer outra coisa. — a garota o tranquilizou, cutucando-o enquanto caminhavam.
★
Helena teve um dia bastante tranquilo e, como tal, desceu à clínica para o ajudar. No entanto, uma vez que ela alcançou as portas, ela encontrou uma fila de várias pessoas esperando do lado de fora, as portas fechadas quando George entrou.
— Georgie? Izzie esqueceu de abrir a clínica? — ela perguntou, colocando a mão em seu ombro.
— Não sei, ainda está fechado e não parece ter funcionários. — o menino deu de ombros. — Eu já chamei ela, ela deve estar aqui em breve.
Alguns momentos depois, Izzie se aproximou deles, deixando escapar. — Oh droga.
— Você se esqueceu de abri-lo ou esqueceu de cuidar dele? — George perguntou, Helena concordando com a cabeça.
— Ambos. — ela disse, torcendo o nariz. — Desculpe, desculpe, pessoal, já volto com as chaves.
— Consiga algumas enfermeiras, enquanto você está nisso. — Helena sugeriu.
Porém, conforme a loira se afastava, a baixinha notou a loira olhando para o lado dela e conversando, quase como se alguém estivesse andando com ela.
— Ei, George? — ela perguntou, cutucando o braço do menino e fazendo-o se virar para encará-la. — Sou eu ou Izzie está um pouco estranha?
— Huh, talvez? Eu não sei, eu realmente não percebi. — o garoto deu de ombros, notando a preocupação no rosto da garota. — Tenho certeza que não é nada.
— Certo. — Helena respondeu, quase tentando se convencer. — Provavelmente não é nada...
Mesmo enquanto dizia isso, ela não conseguia evitar a preocupação que a consumia. Mesmo que Izzie e ela não fossem particularmente próximas, mesmo que ela não fosse tão longe a ponto de considerá-la uma amiga, ela não desejava nenhum mal para a loira. E, visto que elas foram amigas no passado, ela não pôde deixar de se preocupar com seu bem-estar.
★
Mark e Helena agora caminhavam pelo corredor, a garota baixa carregando alguns kits de sutura enquanto o homem segurava um prontuário.
— Então, o chefe disse que eu tinha metade dos votos, então espero, talvez, ainda conseguir... Acho que é mais sobre punir Cristina do que recompensar qualquer um de nós agora. — Helena suspirou, virando-se para o namorado.
— Ele deveria dar a você! Se você tivesse metade dos votos e Cristina está fora da disputa, deveria ser seu! — o homem estava claramente frustrado com o fato de Helena não ter feito a cirurgia sozinha. — Você merece mais do que ninguém: você é uma ótima cirurgião, você é confiável, caramba, seus estagiários são os únicos que não enlouquecem com o bisturi!
— Vamos, ela... — Helena exalou, Callie se juntando a eles.
— Ok, então a nova estagiária? Amiga de Meredith? — a ortopedista começou.
— A psicopata sem apêndice? — Mark brincou, Helena dando um tapa em seu braço.
— Sim. Nós conversamos. Quer dizer, ela veio e conversou comigo, mas foi, tipo... Foi mais do que isso, sabe? — Callie estreitou os olhos, tentando explicar. — Você sabe, um cara olha para você de uma certa maneira, seus olhos vagam quando ele fala com você e BAM! Você simplesmente sabe. Mas essa garota pensa que é tão confuso. — ela choramingou.
— Houve toque? — Helena perguntou, seus olhos se estreitaram.
— Não.
— Estava brincando com o cabelo? — acrescentou Mark.
— Não.
— Houve... Lamber de lábios? — a garota baixinha perguntou.
— Oh... Meu Deus. Eu inventei. — ela sussurrou.
— Olha, eu tenho que ir, eles precisam de mim na clínica. Talvez você não tenha inventado, quem sabe... — Helena deu de ombros, saindo.
— Eu inventei porque estou sozinha, deprimida e desesperada por atenção. Da nova estagiária gostosa... — Callie suspirou.
— Nova estagiária maluca. — Mark corrigiu.
— Nova estagiária gostosa... — A mulher discordou, corrigindo-o.
— Não! — Mark disse a ela. — As gostosas são as que causam problemas. As que te deixam todo macio e fofinho e arruínam sua reputação. As que te fazem ter brigas de cócegas, dizer eu te amo e pensar em casas com cercas de estacas. — o homem disse, intensamente, apontando o dedo para ela. — E você não está pronta para isso, você não está pronta para cercas e brigas de cócegas.
— Ok, você está certo. Eu não estou pronta para um relacionamento do tipo Mark e Helena. — Callie suspirou.
★
Helena se jogou ao lado de Cristina na sala de espera, olhando por cima do ombro para ver os papéis que ela segurava. — O que você está fazendo?
— Eu tenho um sistema. Um sistema para me ajudar a escolher quem vai para uma cirurgia solo. — a mulher explicou.
— Faz sentido. — Helena cantarolou em concordância. — Eu provavelmente faria o mesmo.
— Hunt diz que eu não deveria fazer com meu intestino. — Cristina zombou. — Não estou colocando a vida de um paciente em um residente com base no intestino.
As meninas ficaram em silêncio por um segundo, antes de Helena falar. — O chefe só está fazendo isso para puni-la. E é péssimo e é... Cruel, quase. Então, eu só queria dizer a você que, quem quer que você escolha, ainda sou sua pessoa. E se os outros tiverem uma polegada de maturidade, eles ainda serão seus amigos também. Então, você sabe... Não devemos tornar isso mais difícil.
Cristina ergueu os olhos de seus papéis para a amiga, com gratidão em seus olhos. — Obrigada.
★
Os residentes esperavam ansiosos em frente à mesa do centro cirúrgico, a hora da decisão se aproximando. Helena estava batendo o pé no chão, claramente ansiosa, George colocando a mão em seu ombro.
— Lena, pare de surtar ou eu vou surtar. — ele falou.
— Certo, desculpe. — ela se desculpou, parando o pé. Olhando ao redor da sala, Helena sentiu a preocupação de antes de retornar. — Izzie não está aqui. É apenas hora da cirurgia e Izzie não está aqui. Algo está errado com ela, Georgie. Algo está realmente errado.
— Uma enfermeira na clínica disse que ela não apareceu na semana passada. Mas pedi a Alex para falar com ela. Ele cuidará dela. — George disse a sua amiga, de forma tranqüilizadora.
— Ok. Ok, ele vai cuidar dela. — ela suspirou.
Enquanto Cristina entrava na sala, todos os olhares se voltavam para ela, todos ansiosos para saber sua decisão. Quando ela se aproximou do quadro, todos espiaram ao seu redor, tentando ver de quem era o nome que ela escreveu. Assim que ela finalmente se afastou, vários ruídos de frustração puderam ser ouvidos pela sala.
CAMPOS, H.
Os residentes, porém, logo deixaram a frustração de lado para parabenizar Helena, todos felizes pela menina.
— Ganhei! Ganhei a cirurgia solo! — Helena riu, o sorriso em seu rosto brilhante enquanto ela saltava para cima e para baixo na ponta dos pés.
— Você ganhou! — Meredith sorriu para ela, dando-lhe um abraço. — Você mereceu isso.
— Você ganhou. — George soltou. — Foi entre ela e você, afinal.
— Mas você não acha que vai escapar de entrar comigo, Georgie! — ela disse a ele, cutucando-o gentilmente.
— Eu vou? — o menino perguntou, claramente surpreso.
— Sim, você vai! Agora, eu tenho que ir contar ao Mark! — ela sorriu.
Ela correu pelo corredor até o posto de enfermagem, onde encontrou o namorado. Uma vez que ela o encontrou, com um sorriso brilhante ainda em seu rosto, ela pegou sua mão.
— Lee, o que você... — ele riu enquanto ela o guiava para uma sala de plantão.
— Consegui! Ganhei a primeira cirurgia solo! — ela riu.
Com isso, Mark soltou uma risada enquanto pressionou um beijo em seus lábios, pegando-a enquanto eles giravam. — Claro que sim, querida! Eu sabia que você faria. Deus, estou tão orgulhoso de você.
Helena o beijou novamente, sorrindo em seus lábios enquanto tentava aproveitar o momento perfeito. Ela estava feliz, sua carreira estava prosperando e seu relacionamento também. Ela fechou os olhos, quase como se tentasse se lembrar da sensação para mais tarde, para quando as coisas não parecessem tão perfeitas.
E, mal ela sabia, em um futuro não tão distante, ela precisaria disso.
★
Enquanto Helena esperava por George na sala de lavagem, ela fechou os olhos por um segundo. A sala de cirurgia era seu lugar seguro, desde o ano de internação, sempre foi. Enquanto ela respirava fundo e pensava em suas realizações, ela quase podia ouvir a voz de seu pai em sua cabeça.
Estou tão orgulhoso de você, pequenina.
Seus olhos se abriram quando ela ouviu a porta se abrindo à sua direita, George entrou.
— Está pronta? — o menino perguntou, sorrindo para ela enquanto os dois começavam a se esfregar.
— Pronta. — ela sorriu de volta, concentrando-se em suas mãos na pia.
— Sabe, fiquei um pouco surpreso por você ter me escolhido. — George admitiu, fazendo Helena franzir as sobrancelhas.
— Você se esqueceu de como sempre falamos sobre cuidar um do outro durante todas as nossas carreiras, quando éramos estagiários? — a morena perguntou, rindo.
— Eu sei, mas isso foi... Foi antes. Antes de tudo acontecer entre nós. — ele disse a ela, sua expressão mais pesada.
— Ei, o que eu disse? Somos como irmãos: posso te odiar um pouco, às vezes, mas no final das contas, não consigo imaginar a vida sem você. — Helena explicou, o homem sorrindo. — Eu não sei se poderia viver sem você.
— Você não vai precisar, Lena. — ele o seguiu, os dois entrando na sala de cirurgia.
O chefe já estava lá quando eles entraram, sentado em seu banquinho com um livro. Enquanto as enfermeiras colocavam o avental cirúrgico nela, Helena sentiu todos os nervos murcharem. Ao se aproximar da mesa cirúrgica, ficando pela primeira vez ao lado do cirurgião-chefe, uma sensação de calma a invadiu. Havia um claro sentimento de pertencimento, um sentimento de destino.
Ao olhar para a galeria, ela viu vários rostos de seus amigos. Seus olhos primeiro caíram em Meredith e Cristina, que lhe deram um sorriso encorajador e um aceno de cabeça, respectivamente. Mesmo que elas desejassem ter sido escolhidas, elas estavam claramente felizes por sua pessoa.
Então, seus olhos pousaram em Alex, que quase parecia orgulhoso da garota. Houve um sorriso maldoso que indicava que ele não estava tão despreocupado quanto gostaria de parecer.
À sua direita, os olhos de Helena caíram sobre Callie, que sorriu amplamente para ela, animada para ver sua amiga mais nova realizar sua primeira cirurgia solo. Imediatamente ao lado dela, estava Derek, dando à garota um aceno de confirmação e um sorriso de lábios cerrados.
Em um canto da galeria, estava Bailey. A melhor maneira de descrever sua postura era de uma mãe orgulhosa, seus olhos brilhando com o que pareciam ser lágrimas não derramadas. Ao lado dela, os estagiários de Helena. Todos pareciam entusiasmados e quase orgulhosos por seu residente ter sido escolhido.
Por fim, os olhos de Helena pousaram em Mark. O homem estava com os braços cruzados sobre o peito estufado, orgulho escorrendo por todos os seus poros. Seu sorriso estava mais brilhante do que nunca e, antes que ela desviasse o olhar, Mark murmurou as palavras para ela. — Eu te amo.
Olhando para a frente, Helena viu George sorrindo para ela, claro pelas rugas ao redor dos olhos. Em seu banquinho, Webber ergueu os olhos do livro, os olhos brilhando de orgulho.
Quando Bokhee lhe entregou o marcador, Helena se moveu para marcar as linhas da amputação. Enquanto trabalhava, seus movimentos eram delicados, mas seguros, trabalhando na velocidade perfeita e com uma precisão incrível.
Devolvendo o marcador para a instrumentadora, ela quase podia ver o orgulho em seus próprios olhos, prevendo um sorriso se formando sob sua máscara.
Estendendo a mão, ela pediu. — Lâmina, por favor.
Quando o instrumento foi colocado em sua mão, quase pareceu se tornar uma extensão de seu corpo. Quase como se suas mãos tivessem sido feitas para segurar uma Dez Lâminas. Posicionando-o na área da amputação, ela respirou fundo.
— Tudo bem, pessoal, vamos mudar uma vida. — ela sorriu para sua equipe de cirurgia, antes de fazer seu primeiro corte. O primeiro corte que ela fez sem um assistente ou residente supervisionando-a, o primeiro corte que foi dela.
Enquanto ela trabalhava durante a cirurgia, tudo correu perfeitamente. Margens claras, mãos firmes e um ritmo impecável, tudo isso mantendo sua gentileza e polidez sempre presentes.
E, mesmo que ninguém pudesse admitir, todos estavam pensando a mesma coisa. De enfermeiras a colegas residentes e atendentes, naquele momento, todos sabiam disso, naquele momento.
Helena Campos estava destinada à grandeza.
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