055
˖࣪ ❛ QUARTA TEMPORADA
— 55 —
PEGANDO O TELEFONE com Callie, caminhando em direção à casa de Meredith, Helena suspirou, virando-se para Cristina, que andou com ela. — Ela se foi.
— Como se foi? Ela acabou de sair? — sua amiga parecia animada, carregando três cafés.
— Sim, se foi. Callie não disse por quê, mas acabou de sair durante a noite. — Helena encolheu os ombros, as duas mulheres entrando na casa de Meredith.
Subindo as escadas, ela bateu na porta do quarto da mulher.
— Você está acordada? — Cristina perguntou, Helena espreitando pela porta.
— Não! — Derek reclamou.
— Sim! — Meredith discordou.
Com isso, as duas mulheres se sentaram em sua cama, entregando seu café a Meredith, a garota mais baixa murmurando. — Desculpe, Derek.
— A bruxa má está morta. — Cristina contou a ela.
— Metaforicamente morta ou morta? — a loira perguntou.
— Metaforicamente morta! — Helena corrigiu, um pouco chocada com a pergunta.
— De quem estamos falando? — Derek perguntou, seus olhos ainda estão fechados.
Movendo a cabeça para enfrentá-lo em perfeita sincronia, as amigas distorcidas responderam. — Hahn.
— O nome dela está fora do conselho cirúrgico, suas cirurgias foram canceladas... Não sei como ou por que, mas sei que Hahn se foi.
— Callie também confirmou. — Helena acenou com a cabeça de acordo, tomando seu café.
— Por que Callie saberia tanto? — Meredith perguntou, claramente confusa.
— Nada, esqueça. — a morena balançou a cabeça.
— É uma pena, ela era muito talentosa. — Derek falou.
As três se movendo para olhar para o homem novamente, a cabeça de Helena inclinou para o lado, enquanto as outras duas garotas pareciam descontentes. Derek parecia pensar por um segundo, antes de chegar a uma conclusão. — Vocês não estão falando comigo.
As três garotas balançaram a cabeça, o homem se levantando da cama com um gemido.
— Talvez você tenha um atendente de cardio que realmente ensina. — Helena encolheu os ombros.
— Sim, espero que sim. — Cristina concordou.
Quando começaram a ouvir uma voz feminina gritando, as três garotas olharam para a porta para ver uma pequena mulher loira correndo.
— Morte! — ela gritou, pulando na cama e abraçando Meredith.
Nisso, Helena quase derramou seu café, lutando para não cair da cama enquanto a mulher praticamente a enfrentava. Cristina colocou uma mão na parte pequena das costas, como se quisesse ter certeza de que a garota menor não se machucou.
— Oi, oh meu Deus! Tem sido... — Meredith começou.
— Para sempre! — a estranha concordou, sua voz muito alta para o conforto de Helena.
— Uau, você parece...
— Morte! — as duas loiras disseram em uníssono, fazendo Helena e Cristina compartilharem um olhar.
— O cara de pijama é seu namorado? Porque se sim, então ele é gostoso! — Ela se falou.
— Hum... Ei! — Cristina cumprimentou. — Quem é você?
— Eu sou Sadie, quem é você? — a loira disse a ela, um sorriso mal-intencionado em seu rosto.
— Eu sou Cristina. — a mulher atirou de volta.
— E eu sou Helena. Olá. — Helena se apresentou, com um pequeno sorriso nos lábios, a recém-chegada olhando para ela para cima e para baixo antes de lhe dar um sorriso forçado.
Nisso, Sadie se virou para Meredith, as duas rindo. Nisso, uma Helena muito confusa compartilhou um olhar com sua amiga mais velha.
★
Depois de sair da sala, as duas loiras ficaram nela, as duas garotas se sentaram na cozinha com Derek.
— Aparentemente, elas foram andando de mochila pela Europa juntas ou algo assim. — Cristina disse ao homem, desperdiçando um muffin.
— Sim, antes da faculdade de medicina. — a morena acrescentou, fazendo uma xícara de café.
— Essas mulheres nos expulsaram da cama. — Cristina reclamou.
— Isso é terrível. — Derek deixou sair, sarcasticamente, Helena olhando para ele.
— E Morte? O nome de Meredith não é morte...
— Certo?! É Mer! — Helena concordou, tomando seu café.
— Eu realmente sinto por vocês. — Derek brincou.
— Bem, quando te expulsamos da cama, não rimos de você! — a garota mais nova discutiu. — Quando me apresentei, Sadie me olhou para cima e para baixo e começou a rir. Me lembrou das garotas más no ensino médio, e eu não gosto de garotas más... — ela fez beicinho, movendo-se para dar uma mordida no muffin da Cristina.
— Você sabe, ela nunca mencionou essa mulher. Quão boa amiga ela poderia realmente ser? — a mulher mais velha perguntou.
— Boa o suficiente para expulsar nós três da cama. — Derek explicou. — Bem-vindas ao meu mundo.
— Eu não gosto disso aqui... — Helena murmurou sob a respiração.
★
— Ok, tarefas, pessoas. — Helena contou aos seus estagiários. — Taylor, eles precisam de você no pronto-socorro e, Collins, você está na clínica hoje. Howard, você está na cirurgia em uma substituição de quadril com o Dr. Watson. Você já leu sobre isso? — ela perguntou.
— Eu li, Dra. C. — a loira respondeu, brincando com a bainha de seu jaleco.
— Bom. Alguma pergunta? — ela perguntou a seus estagiários, que balançaram a cabeça. — Vamos trabalhar, então. Você pode ficar para trás por um segundo, Howard?
Depois que seus outros estagiários saíram, a loira ficou para trás. — Você está nervoso com a substituição do quadril. — a residente apontou.
— Eu... Dra. C, eu estou... — ela lutou para encontrar suas palavras.
— Não, eu não estou perguntando. Eu sei que você está. Eu só queria dizer que, pelo que eu vi, você é boa em ortopedia. Você pode se tornar uma grande cirurgiã ortopédica um dia. Você só precisa começar a acreditar mais em si mesma, certo? — a residente perguntou, tentando encorajar a estagiária.
— Dra. C, é só que... Eu sou pequena. Eu sou pequena e sou compassiva... Eu não sou hardcore, não como uma ortopedista deveria ser. Eu amo ortopedia, é o meu favorito especialidade é apenas... As pessoas não me respeitam o suficiente. — Nicole explicou, ainda brincando com seu jaleco.
— Ei, Nicole, não deixe o que as outras pessoas pensam definir o que você deveria ser. E, se você me perguntar, você também é muito hardcore. Você não salvou um homem com um tubo torácico, sozinha, o outro dia? — Helena perguntou, a garota mais baixa assentindo. — Viu? Você é uma estagiária genuinamente boa. Você estuda, é rápida e tem bons modos de cabeceira. A única coisa que a impede de ser ótima é que você não sabe disso.
— Obrigada, Dra. C. — a garota sorriu para ela, assentindo.
— Eu quero dizer isso. Agora, não apenas relaxe e me faça lamentar o que eu disse. Vá estudar para a cirurgia e me deixe orgulhoso. — a residente encorajou, sua estagiária se afastando.
Helena sorriu para si mesma ao ver a garota se afastar. Ela realmente gostava de ensinar seus estagiários e vê-los crescer não apenas como cirurgiões, mas como pessoas. Ela foi tirada de seus pensamentos por um sinal sonoro, verificando seu pager para ver se Callie a havia chamado.
★
— Callie, você chamou? — Helena perguntou, entrando na biblioteca para encontrá-la com Meredith, Cristina, Sadie e Mark.
— Eu tenho um homem que foi empalado em seu próprio fêmur e ele está recusando a cirurgia a menos que eu possa construir novas pernas para ele. Então, Helena, você é boa em idéias inovadoras de cirurgia. Pense conosco. — a ortopedista perguntou a ela, a residente se movendo para verificar os exames do homem.
— Veja aqui? — Callie apontou para uma imagem renderizada por computador, mostrando os residentes e os participantes. — O fêmur direito está torrado, assim como o quadril e metade da pelve.
— Mas temos alguns fragmentos de ossos viáveis aqui. — Helena apontou para a tela. — Talvez você pudesse trabalhar com isso?
— Se eu colocar alguns alfinetes aqui e talvez um prato aqui... — Callie inclinou a cabeça, no entanto. — Pelo menos não estávamos começando do nada. O que você acha? — ela perguntou a Mark.
— Eu acho que é selvagem. — Sadie soltou, do fundo da sala.
— Ela não estava falando com você. — Cristina repreendeu.
— É o primeiro dia dela, você não poderia ser tão... — Meredith sussurrou para sua amiga.
— Não, ela é uma estagiária. Ela precisa aprender seu lugar. — Cristina discordou.
— Eu acho que é muito ou hardcore... — Mark disse a ela, balançando a cabeça.
— Precisaria de uma perna totalmente nova... — Helena suspirou.
Os olhos de Callie pareciam brilhar com uma ideia. — Bem, talvez eu possa fazer isso. Quero dizer, é meio que um quebra-cabeça. Só preciso descobrir qual equipamento preciso e como retirá-lo...
— Como Lincoln Logs. — Sadie percebeu.
— É um pouco mais high tech do que isso... — Cristina discordou.
— É exatamente como as toras de Lincoln. — Callie concordou. — Ok, preciso que vocês peguem cada pedaço de titânio que temos no hospital. Campos, me ajude aqui.
Enquanto Helena e Callie trabalhavam com a ideia, a baixinha perguntou à mulher. — Callie? Como você está? Com a coisa Hahn, quero dizer...
— Eu não quero falar sobre isso. Eu só quero me concentrar nesta cirurgia para não ter que lidar com isso. — Callie suspirou.
— Ok, então. Estamos nos concentrando na cirurgia. — a residente deu a ela um sorriso tranquilizador, os três se concentrando em seu trabalho.
★
Helena, Mark e Callie agora haviam se mudado para o laboratório de ortopedia, as duas mulheres trabalhando com o hardware para resolver o problema. De repente, Cristina invadiu a sala.
— O que aconteceu com Hahn? — a residente exigiu, levando ao orto deus. — O que quer que tenha feito Hahn sair pode ser consertado. A menos que ela tenha sido demitida... Ela não foi demitida, foi?
Mark virou-se em sua cadeira para assistir à conversa, Helena lançando um olhar de advertência para ela.
— Ela não vai voltar. — Callie disse a ela, tentando manter um olhar despreocupado em seu rosto.
— Você não sabe disso.
— Ela meio que faz. — Mark alertou.
— Como? — Cristina perguntou.
— Cristina, ela não vai voltar, isso é o que importa. — Helena suspirou, tentando proteger a mulher mais velha de se sentir forçada a sair.
— Porque ela não... — Callie começou, levantando os olhos de seu trabalho. — Porque ela é muito... Nós brigamos. — ela explicou, magoada em seus olhos.
— Oh, por favor, Meredith e eu brigamos o tempo todo, ainda trabalhamos juntas. — Cristina zombou.
— Cristina, deixa pra lá... Ela se foi, o motivo não nos interessa muito. — Helena advertiu, sua voz suave.
— Quero dizer, não é como se Hahn fosse sua namorada ou algo assim. — Cristina disse a Callie, zombando.
Com isso, os olhos de Helena se arregalaram, ela, Mark, Callie e ela compartilhando um olhar. No silêncio constrangedor, Cristina percebeu. — Oh meu Deus. Ela era sua namorada?
— Olha, nós não tínhamos... Descoberto tudo.
— Espere, você é lésbica agora? — a residente inclinou a cabeça.
— Talvez você tenha sido um ex-lésbica. — Mark brincou, ganhando um tapa na cabeça de Helena.
— Ok, você... — ela se virou para o namorado. — É um pouco bifóbico. E, você... — ela olhou para Cristina. — Você realmente precisa aprender a parar de fazer perguntas pessoais quando está claramente deixando alguém desconfortável.
— Uma vez-lésbica ou duas vezes-lésbica, tanto faz. Acabou. — Callie zombou.
— Você está bem? — Cristina perguntou.
— Não estamos falando sobre isso, estamos nos concentrando na cirurgia. — Helena disse a sua amiga, uma sobrancelha levantada.
— Ela está bem, deixe-a em paz. — Mark suspirou.
★
Enquanto operavam o homem, o chefe entrou na sala de cirurgia.
— Apenas parando para ver como tudo está indo. — ele disse-lhes.
— Bem, ainda estou a várias horas de distância, mas posso realmente conseguir isso. — Callie disse a ele, sorrindo sob sua máscara. — Estou construindo o esqueleto de um homem, do zero.
— Dra. Campos, ouvi dizer que sua estagiária, Howard, fez uma substituição de quadril hoje. — o chefe disse a ela.
— Sim, senhor, ela fez. — Helena concordou, um leve aceno de cabeça.
— Bem, pelo que ouvi, ela se saiu muito bem. O Dr. Watson me disse que ela tem uma técnica impressionante para uma estagiária. Parabéns. — o homem informou, orgulho em seus olhos.
— Oh, bem, vou me certificar de dar a ela seus parabéns, senhor. — Helena sorriu para ele.
— Também estava parabenizando você, Campos. Excelente trabalho de ensino. Ainda não tomei minha decisão sobre a cirurgia solo, mas você pode ser o único a ficar de olho. — ele disse a ela, saindo do quarto.
O sorriso que havia crescido no rosto de Helena, entretanto, caiu assim que ela ouviu um bipe ao seu redor.
— Ele está caindo, Vfib. — Meredith disse a eles.
— Inicie a RCP, aperte um dos Epi e carregue para 360. — Owen perguntou às enfermeiras, Cristina iniciando as contrações no peito.
O que se seguiu foi o caos de tentar manter alguém vivo em uma sala de cirurgia lotada. Mais rápido do que ela desejava, Helena estava tirando a máscara, enquanto Owen falava.
— Hora da morte, 19h22.
Callie suspirou, claramente chateada. — Eu construo seus ossos.
— Você tentou. — Mark disse a ela. — Todos nós tentamos.
— Não, eu não tentei. Eu fiz isso. Eu fiz a minha parte, construí os ossos dele do zero. E vocês, todos vocês, vocês deveriam mantê-lo vivo. Isso é tudo que vocês tinham que fazer. — ela começou, sua voz quebrando. — Vocês apenas tinham que manter seu corpo respirando. Vocês apenas tinham que mantê-lo seguro, respirando e vivendo... Até que eu fazer seus ossos. Eu fazer seus ossos... Até que eu fazer seus ossos. — a ortopedista começou a soluçar. — Eu fiz os ossos dele! Eu fiz os ossos dele! — Helena colocou uma mão reconfortante nas costas da amiga, falando alto.
— Por que você não vai na frente e eu fico para trás e ajudo a Dra. Torres? — Helena sugeriu enquanto o amigo gritava. — Vá ligar para o necrotério.
— Nós conseguimos. Vá. — Mark concordou, todos limpando a sala de cirurgia enquanto Callie se virava para abraçar Helena, a mão reconfortante de Mark em suas costas.
Helena deu um tapinha tranquilizador em sua cabeça enquanto a mulher chorava em seu ombro. — Eu tenho você. Você vai ficar bem, você vai ficar bem. Nós temos você. — ela sussurrou para a mulher, compartilhando um olhar compassivo com Mark.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro