054
˖࣪ ❛ QUARTA TEMPORADA
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— ISSO É UMA boneca Anatomy Jane? — Helena perguntou, seus olhos arregalados de excitação. — Eu gostaria de ter descoberto que gosto de remédios cedo o suficiente para ter um... — ela revelou, o trio pervertido caminhando pelo corredor.
— Minha mãe comprou para mim quando eu tinha cinco anos. O que é um presente super assustador para uma criança de cinco anos, mas eu adorei. — Meredith explicou, fazendo Cristina bufar.
No entanto, quando Cristina olhou para cima da boneca, ela parou em seus passos, suas sobrancelhas se erguendo. Antes que Helena pudesse perceber o que havia acontecido, Cristina estava agarrando ela e Meredith pelos braços e puxando-as pelo corredor. — Corre!
Helena deu um gritinho enquanto elas corriam pelo corredor, trocando um olhar preocupado com Meredith. Logo depois, eles estavam sendo puxados na esquina por seu amigo.
— Sobre o que era tudo isso? — Meredith perguntou, ofegante enquanto falava.
— Palavras, Cristina, palavras! Você tem palavras, use-as. — Helena reclamou, curvando-se para recuperar o fôlego, com as mãos nos joelhos. — Tenho pernas minúsculas. Pernas minúsculas significam o dobro do esforço.
— Acabei de ver Owen. — Cristina explicou, suas amigas lançando-lhe olhares confusos. — Major Hunt, você sabe, o cara que puxou o pingente de gelo de mim!
— Pensei que ele estivesse no Iraque. — Meredith respondeu, a garota baixinha ainda recuperando o fôlego.
— Quero dizer, ele estava. E agora, ele está aqui, no hospital.
— E ver o cara da caneta-garganta significa correr por que, exatamente? — Helena perguntou, agora se endireitando.
— Nós nos beijamos. Não, ele me beijou. Foi estúpido, não foi nada. Foi estúpido, nada. — Cristina se apressou em se corrigir.
— Mas você não acha que ele pensa que foi estúpido. — Meredith entendeu.
— Quero dizer, ele gosta de mim, e agora ele está de volta. O que ele está fazendo de volta? — Cristina fez um gesto.
— Você não acha que ele largou o serviço militar por você? Porque isso seria uma perseguição severa... — Helena perguntou, franzindo as sobrancelhas.
— Mas muito romântico. — Meredith acrescentou, sorrindo.
— Não vou me envolver com outro atendente! — Cristina argumentou. — Área limpa? — ela perguntou, enquanto eles espreitavam o muro.
— Área limpa. — Helena confirmou. — Nenhum ruivo militar bonito. — ela provocou Cristina, que a empurrou de brincadeira enquanto caminhavam.
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De pé no laboratório de habilidades, Nicole ajudou Helena a amarrar a parte de trás de seu vestido de trauma.
— Obrigada, Howard. — ela agradeceu a estagiária, que lhe devolveu o sorriso. — Você ainda não está falando com Georgie? — a garota baixinha virou-se para Lexie.
— Não estou falando com ele, estou apenas ignorando-o. — a estagiária sussurrou de volta para ela, puxando seu cabelo para cima.
— Você planeja parar em breve? Quero dizer, ele era meio idiota, mas ele é o nosso idiota. — Helena sussurrou de volta. Lexie tinha sentimentos por George desde o início, e o menino constantemente e inadvertidamente os menosprezava.
— Eu não sei, Lena. Eu ainda estou brava com ele. Ele nem se desculpou direito ainda... — ela explicou, encolhendo os ombros.
De repente, Helena viu Cristina se esconder atrás de Lexie, instruindo. — Não se mova.
Assim que ela viu o atendente entrando na sala, ela entendeu o porquê.
— Eu sou o Dr. Hunt. — o ruivo começou. — Nos próximos meses, ensinarei a você como trabalhar com rapidez e eficiência para manter alguém vivo nas circunstâncias em que a aposta é que ele estará morto no final da hora.
— Bom rapaz militar. — Helena riu no ouvido da amiga.
— Cale-se. — Cristina revirou os olhos, sussurrando de volta.
— Agora, alguém tem problemas em trabalhar com tecidos vivos? — o ruivo começou. — Alguém? Fale agora. Na verdade, saia agora. Se não, eu te dou o resto do dia.
Com o silêncio de todos, Owen abriu a cortina atrás de si para mostrar vários porcos dormindo em camas de hospital.
— Cada residente ganha um porco, os estagiários ajudam. — o ruivo disse a eles. Helena inclinou a cabeça, confusa sobre como ela deveria operar porcos aparentemente saudáveis. Sua resposta foi dada como o homem lhes disse. — Espere. — com isso, ele puxou uma lâmina do bolso e começou a esfaquear cada um dos porcos.
Os olhos de Helena se arregalaram com a ação, levando a mão à boca.
— Você é um monstro! — Izzie soltou.
— Eles estão abaixo, não sentiram nenhuma dor, pergunte ao veterinário. — o homem explicou.
— Você os esfaqueou! — a loira apontou o óbvio.
— Para que possamos salvá-los. — Cristina acrescentou, saindo de trás de Lexie.
— Podemos praticar em manequins cirúrgicos, podemos aprender a fazer exatamente as mesmas coisas. — Izzie argumentou, Helena avaliando suas opções.
— Isso significa que você está fora? — Hunt perguntou.
— Sim, estou fora. — A ex-modelo zombou, saindo.
Helena não gostou do que o homem fez, e ela certamente não achou que ele agiu da maneira certa. No entanto, os porcos já estavam feridos. Então, agora, sair não adiantaria nada. Cabia a ela salvá-los.
— Então, quem quer dois porcos? — Hunt perguntou, a mão de todos levantando.
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Enquanto Helena operava o porco, tentando consertar o dano cardíaco, seus estagiários a ajudaram. Collins sugava, enquanto Taylor ajudava e Howard ficava de olho nos sinais vitais do animal.
Quando o pager de Owen tocou, o homem falou. — Atenção, pessoal. Você e você. — ele apontou para Alex e Helena. — Leve seus estagiários para o pronto-socorro, eu encontro você lá.
— O que é, Dr. Hunt? — Helena perguntou, sua cabeça disparando.
— Vários MVC, seis de entrada. — o homem disse a ela, aproximando-se da área em que ela trabalhava. — Você fez um trabalho com o porco, Campos.
— Obrigada, Dr. Hunt. — a garota sorriu para ele com os lábios apertados enquanto tirava as luvas, virando-se para seus estagiários. — Vamos embora, pessoal.
Enquanto caminhavam pelo corredor, em passos rápidos, Helena ouviu a voz de Mônica por cima do ombro. — Você impressionou totalmente o militar aí, Dra. C.
Diante disso, Helena devolveu um olhar de repreensão, não conseguindo esconder um sorriso. — Pelo menos vamos começar a tratar as pessoas agora.
Ao chegarem à área das ambulâncias, Helena correu para abrir as portas da ambulância, Alex ao seu lado.
— Passageiro de trinta e cinco anos no banco traseiro, testa contra janela, e a janela venceu. — o paramédico disse a eles, enquanto eles levavam o paciente para dentro. — Também tem queimaduras de segundo grau no lado esquerdo, sinais vitais estáveis na rota.
— Trauma um. — Owen instruiu, os dois residentes entrando na sala.
— Page Dr. Shepherd e Dr. Sloan, por favor. — Helena perguntou a uma enfermeira próxima, verificando os sinais vitais do homem.
Enquanto a garota trabalhava com Alex, ela ouviu algumas discussões do lado de fora, levantando a cabeça para ver Derek, Mark e Owen conversando.
Alguns momentos depois, a ruiva gritou na sala. — Campos, Karev, vocês dois são médicos?
— Hmm... Sim, senhor. — a garota correu para atender.
— Você é capaz de avaliar os ferimentos de um paciente?
Os dois residentes trocaram um olhar confuso, Helena franzindo as sobrancelhas enquanto Alex falava. — Sim.
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— A tomografia mostrou um hematoma subdural. Devemos marcar uma sala de cirurgia? — Helena perguntou a Hunt enquanto trabalhava para estancar o sangramento do homem.
— Em primeiro lugar, o couro cabeludo dele está sangrando como um fedor. O que você faz a seguir? — o atendente perguntou.
— Normalmente, chamaríamos Shepherd. — Alex atrevido, Helena notável para conter um pequeno sorriso. Ela não conseguia entender por que o homem não permitira que Mark e o neurocirurgião o vissem, mas respeitou a decisão.
— Shepherd não está aqui, o que você faz para estancar o sangramento?
— Eu suturaria a laceração e amarraria os sangramentos. — Helena respondeu, levantando os olhos de seu trabalho.
— Isso levaria duas horas. — Hunt balançou a cabeça. — Karev, o que você pode usar nesta sala para cuidar disso?
— Huh... Grampos? — Alex sugeriu.
— Grampos? Na testa? — Helena questionou, seu tom um pouco zombeteiro.
— Você quer que esse cara pareça Frankenstein pelo resto da vida? — Hunt concordou.
— Cola de pele. — Alex sugeriu.
— Excelente, Karev. — o atendente aprovou, os olhos de Helena arregalados de surpresa. — Limpe-o, feche-o e coloque um curativo de pressão sobre ele.
— Cola de pele?! — Sua voz tornou-se aguda. — Dr. Hunt, respeitosamente, não acho que seja a melhor opção. Poderia causar tantas complicações, ele poderia praticamente perder metade de seu rosto, sem falar... Bem, ele teria uma cicatriz permanente de aparência horrível! — a garota discordou, irritada.
— Tô tentando salvar a vida desse homem e te ensinar a lidar com traumas e você tá preocupado com cicatriz, Campos? — o homem argumentou, claramente ficando um pouco na defensiva.
— Não, Dr. Hunt, isso pode... Pode ter muitas complicações imprevisíveis. Mas, sim, estou preocupado com uma cicatriz também, porque então esse homem teria algo muito visível para lembrá-lo de seu trauma. — Helena explicou, franzindo as sobrancelhas em frustração. Alex simplesmente olhou entre os dois, sem saber como proceder.
— Usamos o que temos no arquivo. Então, você está dentro ou está fora, Campos? — Owen perguntou, olhando para a garota.
A garota zombou baixinho, balançando a cabeça com raiva. — Sinto muito, Dr. Hunt, mas se é assim que você quer proceder, então estou fora. — ela respondeu, saindo da sala com lágrimas de frustração nos olhos.
★
Depois de perguntar a uma das enfermeiras sobre o paradeiro de Mark, Helena o encontrou com Derek em um posto de enfermagem. Quando ela se aproximou deles, com uma carranca no rosto, ela falou.
— Ok, estou prestes a dizer isso como sua amiga e namorada, não como colega de trabalho. — Helena avisou, fazendo os homens se virarem.
— Uau. — Derek soltou, escondendo o sorriso diante da expressão zangada da garota.
— Uau, por que a careta? — Mark perguntou, surpreso.
— Não é uma careta. Eu não faço caretas. — ela argumentou, olhando para o namorado. — Mas o Dr. Hunt é por que o rosto. Eu tenho um paciente com uma laceração na testa muito ruim... Oh, você provavelmente vai esfregar nele mais tarde... — Helena interrompeu-se, parando um pouco antes de continuar. — E o Dr. Hunt fez todo esse discurso sobre usar o que você tem... E, por algum motivo...
Mark riu um pouco quando Derek deu a ela um sorriso divertido. — Querida, calma, meu conhecimento de português se limita a dizer bom dia e boa noite.
— Certo, desculpe. — Helena balançou a cabeça, quase saindo dela. — O que quero dizer é que Karev sugeriu o uso de cola de pele e ele concordou.
Com isso, os rostos dos homens caíram. — Ele pode perder metade do rosto! — Derek argumentou, claramente irritado.
— Além do fato de que ele vai ficar com uma cicatriz horrível. — Mark concordou, zombando.
— Isso é o que eu tentei dizer a ele. Ele me disse que eu estava dentro ou fora, então fui expulsa do caso. Ele me expulsou do caso. Eu não sou expulsa de casos, sou uma segunda residente de um ano que nunca foi expulsa de um caso! — ela murmurou, claramente chateada. — Até hoje, eu acho. Então, o que quero dizer é que vocês dois terão muito trabalho a fazer e estou muito frustrada.
Mark deu um beijo em sua testa, tentando acalmá-la, enquanto Derek zombava. — Ele é um almôndega, o que você esperava?
— Almôndega? — Helena perguntou, franzindo as sobrancelhas.
— Caras do trauma, eles simplesmente juntam tudo. — Mark disse a ela, segurando-a ao seu lado. — Se eu pagar um café para você, isso fará você se sentir melhor?
— Duh, café sempre me faz sentir melhor. — a garota riu, seu humor começando a melhorar enquanto eles se afastavam.
★
Enquanto Helena parava em uma estação de enfermagem, ela viu Derek e Mark passarem por ela, com um olhar determinado em seus olhos.
— Ei, Mark? Onde vocês estão indo? — ela perguntou, entrando no ritmo deles.
— Vamos gritar com o major-general. Quer comer? — perguntou o neurocirurgião.
— Hmm... Claro. — a garota respondeu, dando as mãos ao namorado. — Mas não exagere. Você sempre exagera quando alguém me aborrece, Mark. Além disso, ele é novo, veio de um cenário completamente diferente. — ela tentou argumentar com eles quando eles entraram no pronto-socorro. — Apenas dê uma folga para ele.
— Hunt, posso falar com você? — Derek chamou o ruivo quando eles se aproximaram dele. Mark e Derek ficaram na frente de Helena, que segurava seu prontuário contra o peito.
— Karev. — Mark avisou, fazendo sinal para que o residente saísse. Quando ele começou, com o rosto descontente, Owen o deteve.
— Não, não. Ele pode ficar.
— Você quer que Karev ouça como você estragou a aba no meu traumatismo craniano, tudo bem por mim. — Derek começou.
— Meu trabalho é mantê-lo vivo, é o que eu fiz.
— Não, o que você fez foi quase mutilar um cara para o resto de sua vida. Você tem sorte de eu ter salvado o suprimento de sangue. — Derek corrigiu, fazendo o novo turno de atendimento em seus pés.
— Então, o que você teria feito? — ele perguntei.
— Bem, você tem um homem com um ferimento profundo no couro cabeludo e dois dos melhores cirurgiões do país a três metros de distância dele. Eu teria pedido a esses dois cirurgiões para intervir, isso é o que eu teria feito. — Mark respondeu, calmamente, cruzando os braços sobre o peito.
— Quero dizer, medicamente. O que você teria feito medicamente para que eu pudesse fazer melhor. — com isso, o rosto de Helena se suavizou, um sorriso impressionado e surpreso cresceu em seus lábios. — Escute, eu reconheço que existem diferentes maneiras de fazer as coisas, até mesmo o básico. Aqui, alguém aparece morto, você vai até eles primeiro. No Iraque, alguém parece morto, você não vai até eles. Este é o primeiro dia para mim, então se você acha que há uma maneira melhor, então me diga, e eu vou ouvir. Eu não ouvi Campos antes porque ela é uma residente. Uma residente que eu não conheço, que parece competente, mas eu não sei se ela for.
— Campos é uma das melhores residentes com quem já trabalhei. Suas sugestões valem, no mínimo, a consideração. — Derek acenou para ele, a garota lhe dando um sorriso com covinhas.
— Mais uma vez, como sua amiga e namorada, não residente: ele meio que fez vocês dois parecerem idiotas. — ele riu, Owen dando-lhe um sorriso próprio.
— Então, sem ressentimentos? — ele perguntou, estendendo a mão para a garota.
— Sem ressentimentos. Embora, devo dizer, eu sou uma residente do segundo ano e você é a primeira pessoa a me expulsar do caso. — ela apertou a mão dele, sorrindo.
★
Enquanto Helena terminava de escrever seus pós-operatórios, Callie se aproximou dela. — Eu tenho uma pergunta.
Erguendo os olhos da papelada, a garota baixinha sorriu. — Oh, oi, Calls. Tudo bem?
— Você é os dois, certo? Tipo, você pode ser os dois? Você não precisa... Vê folhas? — Callie perguntou, franzindo as sobrancelhas, imersa em pensamentos.
— Eu... Está vendo folhas? Desculpe, mas você me perdeu. — Helena sorriu, franzindo as sobrancelhas.
— Você gosta de homens e mulheres, certo? Tipo, você gosta de sexo com ambos? Você pode gostar de sexo com ambos, certo? Isso é... É uma coisa? — Callie perguntou, ainda divagando um pouco.
— Sim, você pode gostar de ambos. — Helena deu uma risadinha. — Bem-vindo ao maravilhoso mundo da bissexualidade. Por que você pergunta?
— Eu... Eu e a Erica fizemos sexo. E foi bom, foi... Foi ótimo. Mas também é ótimo com os homens. E ela teve uma espécie de... Revelação? Ela chorou e tudo, e eu estou perdida. Porque se eu estou... Então eu não deveria... — a mulher mais velha divagava, claramente preocupada.
— Ei, Callie, você não precisa ter uma grande revelação. Talvez você apenas goste de homens e mulheres, e tudo bem. Ou talvez você ainda esteja explorando sua sexualidade, descobrindo as coisas, e tudo bem também. — Helena colocou a mão na amiga, acalmando-a. — Olha, a bissexualidade é uma coisa real e se você se identificar com ela, ótimo. Por enquanto, vá com calma, fique com Erica se quiser também. Você não precisa escolher entre homem e mulher, assim como você não tem que descobrir tudo agora.
— Ok, tudo bem, obrigada, Lena. Eu sei que tenho bombardeado você com todas essas perguntas, só não sei a quem mais perguntar. — Callie disse a ela, respirando fundo.
— Ei, não se preocupe com isso. É para isso que servem os amigos, certo?
★
Enquanto Mark e Helena estavam deitados juntos, apenas cobertos pelo lençol, Mark distraidamente traçou a pequena cicatriz na parte superior da coxa direita da garota. Ela abraçou seu peito, sua cabeça deitada nele.
— Você tem alguma cicatriz? — a garota perguntou, olhando para ele.
— Eu tenho, querida. — o homem respondeu, levando a outra mão até a base do queixo, levantando-o levemente para mostrar à garota. — Eu caí como uma criança quebrou meu queixo.
A cicatriz era pequena, quase invisível e praticamente sumida. A garota sorriu enquanto o traçava com o dedo. Mark sorriu de volta para ela e a puxou para mais perto, abaixando o queixo.
— Essa aqui... — ela apontou para a cicatriz em sua perna. — Esta é do acidente de carro, aquele em que meu pai morreu. — tinha cerca de cinco centímetros de comprimento e era branco. — Eu tinha um caco de vidro na minha perna. Tive sorte, porém, meu irmão perdeu a perna esquerda.
O homem olhou para ela com amor, enquanto ela traçava a cicatriz com os dedos. Helena olhou para frente enquanto falava, quase revivendo a situação. Ela moveu o cabelo para trás da cabeça para mostrar duas outras cicatrizes: uma atrás da orelha direita e outra na nuca.
Ela traçou a primeira cicatriz levemente com o dedo. — Este é do... É do estuprador. — era um pequeno corte atrás da orelha esquerda. — É de quando ele me jogou no chão. — a residente move as pontas dos dedos para a nuca, uma cicatriz aparecendo sob seu cabelo. — Esse também.
Com isso, Mark deu a ela um sorriso triste, traçando a marca com o próprio polegar.
— Acho que também é por isso que fiquei tão chateada que nosso paciente de hoje sempre teria uma cicatriz. As minhas são... Elas estão escondidas, não tenho que vê-las todos os dias e, ainda assim, trazem traumas. Posso nem sequer imaginar ter um tão proeminente em seu rosto... — A menina começou, esfregando o polegar em círculos no peito do homem, Mark olhando para ela. — Hunt pensou que era inútil, que não importava. Mas importava... Importa. Cicatrizes são marcas permanentes em seu corpo, e quando você não é... Quando a forma como você as conseguiu foi traumatizante... Isso importa.
— Sim, sim. — Mark concordou, afastando o cabelo da garota de seu pescoço, mais uma vez. — Mas, isso, Lee... Isso é lindo. — ele deu um beijo na cicatriz atrás da orelha dela. — E isso também. — ele fez o mesmo com o que estava na nuca dela. — E este também. — seus lábios encontraram a cicatriz em sua coxa. Então, ele moveu-se para pressionar um beijo nos lábios da garota de olhos marejados. — Isso não faz de você uma vítima, está me ouvindo? Isso faz de você um sobrevivente. E eu te amo, com ou sem cicatrizes. Eu te amo.
A garota se moveu para pressionar outro beijo em seus lábios. — Obrigada, Mark. Eu também te amo.
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