052
˖࣪ ❛ QUARTA TEMPORADA
— 52 —
MARK ACORDOU DURANTE a noite com o som da conversa de sua namorada. No entanto, em vez do habitual murmúrio silencioso, sua voz estava mais alta e em pânico.
— Lee? — o homem perguntou, ainda meio adormecido.
— Por favor... Pare, pare! — ela murmurou, com a voz trêmula enquanto fechava os olhos com mais força.
Com isso, a cabeça de Mark disparou, inconsciente do fato de que ela estava simplesmente sonhando. — Lee, o que foi? — ele perguntou. No entanto, quando ele olhou para a garota e percebeu que ela ainda dormia, as batidas em seu peito diminuíram.
— Sai de cima de mim... Por favor... Para! — ela murmurou, implorando para a pessoa em seus sonhos parar em uma mistura de português e inglês.— Pare... Não! Por favor... — ela agora estava chorando e se movendo em sua cama, quase como se estivesse lutando para se libertar.
— Lee, querida. — Mark gritou, colocando a mão no ombro dela. Com isso, Helena rapidamente abriu os olhos, erguendo a cabeça enquanto ofegava. Enquanto ela olhava em volta, com os olhos cheios de medo, o homem a abraçou. — Você está bem. É só um sonho, você está bem.
Enquanto Mark segurava a garota, ela sentiu seu corpo pequeno tremer em seus braços. Quando ela se moveu para enxugar as lágrimas, ela se afastou dele, agora mais calma.
— Mark, eu... Sinto muito por ter acordado você. — ela sussurrou na escuridão de seu quarto.
— Ei, tudo bem, boneca. Tudo bem, estou com você. — ele respondeu, colocando a mão na bochecha dela. — Quer falar sobre isso?
— Estou bem, querido, não se preocupe. Estou bem, apenas volte a dormir. — ela o tranquilizou, colocando a cabeça no travesseiro, de costas para o namorado. O homem olhou para a parte de trás da cabeça dela por alguns segundos, preocupação em seus olhos, antes de deixar a cabeça cair no travesseiro.
— Boa noite. — Mark sussurrou de volta para ela, fechando os olhos.
Quando ela ouviu as respirações de seu namorado se tornando mais profundas, ela deixou algumas lágrimas silenciosas correrem pelo rosto, levando a mão até a boca para ficar quieta.
★
Quando Helena voltou para seu quarto depois de tomar banho, Mark ainda estava no banheiro, ela viu Derek nele, medindo o quarto. O homem havia se mudado alguns dias antes.
— Oi! — ela cumprimentou, um pouco assustada.
— Oi, desculpe. — ele se desculpou.
— O que você está fazendo aqui? — ela perguntou, claramente confusa, enquanto tirava a toalha do cabelo úmido.
— Oh, apenas tomando medidas para a nova cama. — ele respondeu, voltando à sua medição.
— A... Cama nova?
Naquela época, Mark também entrou na sala, plantando um beijo na bochecha da garota.
— Sim, estou pensando que este poderia ser o quarto de hóspedes, quando você se mudar. — Derek explicou, casualmente.
Nisso, ambos olharam para ele, confusos.
— Quando eu sair? Por que estou me mudando? — Helena perguntou, suas sobrancelhas franzidas.
— Você está se mudando? — Mark perguntou, voltando-se para a garotinha.
— Meredith não falou com você? — Derek questionou, aparentemente tão chocado quanto a garota.
— Não! Por que estou me mudando? — ela insistiu.
Nisso, Derek simplesmente fez um barulho, saindo da sala com uma expressão confusa.
— Então, acontece que estou me mudando, eu acho. — ela suspirou, começando a aplicar rímel enquanto o homem colocava seus sapatos.
★
Sentada ao lado de Meredith e Cristina no auditório, ela entregou um café a cada um.
— Então, estou me mudando ou não? Eu meio que preciso saber se estou caçando apartamentos... — a garota baixinha deixou sair.
— Eu não sei... Derek quer que todos vocês se mudem. — a loira respondeu.
— Desde quando ele diz pular e você pula? — Cristina zombou.
— Bem... Estou feliz. — Meredith deixou sair.
— Não importa o que você tenha decidido fazer, apenas me avise se eu precisar de um novo lugar, por favor. — Helena perguntou, voltando-se para olhar o artigo que ela havia impresso.
Alguns momentos depois, a voz do chefe explodiu pela sala. — Ouça! Eu sei que somos pessoas ocupadas, então vou tentar ser breve. Estou implementando um novo protocolo de ensino aqui na Seattle Grace. Algumas dessas regras são novas, algumas são antigas e serão aplicadas recentemente. Os residentes do primeiro, segundo e terceiro anos não poderão mais se especializar de fato.
Nisso, tanto Cristina quanto Helena fizeram pequenos barulhos, como reclamações. — A prática interfere no desenvolvimento de uma educação cirúrgica totalmente mais redonda. Não mais. Relacionamentos pessoais, lealdades pessoais e favoritos pessoais não serão mais um fator em nosso programa de treinamento. Participando, você espalhará sua riqueza de conhecimento igualmente entre todos os residentes. Além disso, reorientaremos nossa atenção na comunicação do paciente e na maneira de cabeceira. Para alguns de nós, isso significa aprender a longa arte da perda da humanidade e da compaixão. Outros, isso significa aprender a tratar pacientes sem se envolver emocionalmente com eles. Este é um programa cirúrgico. A psiquiatria está no quinto andar, não vamos confundir os dois. No vício, residentes.
Com isso, Helena se animou um pouco. — Seus estagiários refletem sobre você. Se eles falharem, você falha. Se eles tiverem sucesso, você terá sucesso. Atendimentos, isso vale para os residentes também. Ensine com entusiasmo. Aprenda com entusiasmo. Somos cirurgiões, cortamos doenças malignas. Vamos começar em casa, pessoal. —
— Eu odeio as novas regras... — Helena murmurou, fazendo beicinho. — Por que não posso simplesmente estar em peds e neonatal?
★
Como resultado da nova política, Helena estava em neuro com Shepherd. De todas as especialidades que ela poderia ter, ela não podia reclamar, já que gostava de neurocirurgia. Seu paciente era um homem com dores de cabeça persistentes e extremas. Agora, eles estavam tentando descobrir como curá-los sem ter que cortar uma grande parte de seu cérebro.
— Ok, Sr. Patmore. Vamos dar-lhe uma variedade de estímulos diferentes para que possamos dar uma olhada nos padrões de onda gerados. — Derek explicou, Cristina e Helena manuseando os computadores. — Eu preciso que você tire a mão dos olhos, agora.
— Ainda em um 8? — Helena perguntou, a respeito de sua dor.
— Ainda é um 8.
— Iniciar estímulos visuais. — Cristina avisou, a TV na frente do homem se iluminando.
Olhando para as ondas na tela, Derek se juntou a eles. — Se você fosse eu, iria querer que eles saíssem.
— Desculpe? — Helena perguntou.
— Os colegas de quarto. Não estou sendo irracional, estou?
— Pulso está diminuindo. — Cristina informou.
— Você tem que admitir, você os quer fora. — ele insistiu. — Se vocês dois fossem eu, vocês iriam querer que eles saíssem. — diante do silêncio da garota, ele sugeriu. — Se tivermos que operar, vou deixar vocês perfurarem os rebarbas sozinhos.
— Tudo bem, eu quero que eles saiam, tanto faz! — Cristina soltou.
— Oh, você é tão fácil de comprar, Cristina Yang! — Helena repreendeu. — Olha, o problema é que você não nos pediu para sair, você presumiu que iríamos. Você não apenas assumiu. — ela deu de ombros, movendo-se para se aproximar do homem.
— Tudo bem, Sr. Patmore, vamos mudar sua posição agora. —
Enquanto Helena estreitava os olhos, tentando descobrir o que poderia estar errado com o homem, ela se lembrou de algo, seus olhos se arregalando de entusiasmo. — Eu tenho uma ideia, Derek. — ela sussurrou para o homem.
— O que? — ele perguntou.
— Apenas... Apenas me dê um segundo, eu voltarei. — ela murmurou, apressando-se para sair do quarto.
Alguns minutos depois, ela voltou com Mark, praticamente arrastando-o atrás dela enquanto puxava sua mão.
— Dr. Shepherd, posso ter uma palavra? — o homem perguntou, confiante de que a teoria de sua namorada poderia estar certa. — Você se importa se eu fizer um teste rápido em seu paciente?
— Ele está com muita dor, Mark. Não acho que ele precise de uma abdominoplastia. — Derek brincou.
— Engraçado. — Mark respondeu de volta. — Eu também sou otorrinolaringologista, caso você tenha esquecido.
— Olha, Derek, eu li este artigo esta manhã, logo antes da reunião, sobre inchaço e compressão do nervo etmoidal. Minha teoria é que se inserirmos um elevador de Cottle em seu nariz, isso nos dirá se é a fonte do dor. — a garota sugeriu, claramente empolgada com sua teoria e ideia.
— Podemos tentar e, se Lee estiver no caminho certo, o paciente nos avisará. — Mari sugeriu.
— Ok. — Derek concordou, o cirurgião plástico e a jovem residente se aproximaram do homem.
— Sr. Patmore, sou o Dr. Sloan. Sou o cirurgião plástico chefe e especialista em ouvido, nariz e garganta. Gostaria de fazer um teste rápido, se tiver sua permissão. — Mark começou, acendendo a lanterna.
— Eu vi dezesseis ENTs, nenhum poderia me ajudar. — ele reclamou.
— Apenas humor é por um segundo, Sr. Patmore. — Helena perguntou, tendo o atendimento no elevador.
— Tá bom. — ele concordou, relutante.
— Agora, respire normalmente. — perguntou Mark. — Vou inserir isso aqui. Avise-me se sentir alguma dor ou algo assim.
Alguns segundos depois, o homem começou a gritar, Mark removendo suas ferramentas. — É isso! Essa é a dor! Isso é o que está causando minha dor! Oh meu Deus! — ele soltou em alívio.
— Complexo nervoso vascular etmoidal anterior. — Mark disse a Derek. — Uma simples turbinectomia deve resolver isso. A menos que você ainda queira comprar metade do cérebro dele.
— Não fique convencido, Sloan. — Helena repreendeu com um sorriso no rosto, batendo no braço dele. — Não foi você quem encontrou.
— Bem feito. — Derek disse a Helena, que lhe deu um sorriso com covinhas de volta. — Tem certeza que ainda não posso roubá-la para neuro?
★
Quando Helena se sentou com as amigas para almoçar, encontrou George deitado com a cabeça na mesa.
— Oh, correu mal, George? — ela perguntou, preocupada. George deveria ter refeito seu exame interno naquela manhã.
— Houve um problema de água e estou apenas tentando ajudar o chefe. E agora, todos os fatos médicos estão caindo de meus ouvidos. — ele disse, desanimado.
— Coma isso, é comida para o cérebro. — Lexie disse a ele, dando-lhe um pouco de sua salada.
— Você tem meus flashcards desta vez, você vai ficar bem, Georgie. — Helena disse, acariciando sua cabeça.
— Meu cara com aneurisma caiu na água, bateu com a cabeça e ficou preso na máquina de tomografia. — Alex disse a eles, Helena torcendo o nariz.
— Meu paciente está morrendo. Eu odeio quando gosto deles e eles estão morrendo. — Mer disse a eles.
— O cara da Cristina vive em constante nível oito de dor há sete anos apenas por causa de um nervo inflamado no nariz. — a morena baixinha acrescentou entre mordidas em seu sanduíche.
— Isso é louco! — Lexie reagiu.
— Eu gostaria de ter um nervo inflamado no meu nariz. — George soltou, fazendo Helena dar um tapa na nuca dele, que ainda estava sobre a mesa.
— Não há como aqueles caras viverem com um oito. Ele é um covarde. Ele tem oito? Meus três. Eu aguento dor. — Cristina compartilhou, tomando seu café.
— Você não pode falar com meu namorado por dez minutos. — Meredith apontou.
— Bem, há dor e depois há tortura. — a asiática respondeu, fazendo a estrangeira rir. — Eu aguento dor, sério, me teste. — com isso, Alex lambeu os dedos antes de dar um tapa no braço dela. — Nada.
— Isso é impressionante. — Alex reconheceu, sentando-se novamente.
— Cala a boca! Você mal tocou nela! — George reclamou. No entanto, uma vez que Alex fez o mesmo com Meredith e ele, ambos soltaram ruídos de dor.
Enquanto ele tentava estender a mão sobre a mesa e fazer o mesmo com Helena, ela deu a ele seu olhar característico de mãe, fazendo-o parar no meio do caminho. — Alexander Michael Karev! — ela avisou.
— Tá bom. — o menino suspirou, suspirando de volta para baixo.
— Como você diagnosticou esse nervo? Porque eu nunca ouvi falar dessa condução antes. — Cristina perguntou ao morador baixinho.
— Eu li um artigo do British Journal of ENT esta manhã. — Helena revelou.
— Ah, eu li isso também! — Lexie se animou, animada. — Era a edição número 47, página 19 de... 1964
Diante dos olhares chocados que todos lhe lançaram, Helena explicou. — Ela tem uma memória fotográfica.
— Cara, Lexipedia. — Alex riu.
— Deus, eu te odeio. — George soltou. — Eu odeio vocês dois. Vocês têm uma memória fotográfica e são literalmente um gênio, não é justo.
— Não nos tenha, podemos ajudá-lo. — Lexie disse a ele, fazendo Helena rir enquanto ela concordava com a cabeça.
★
Enquanto o grupo de residentes estava no elevador, Izzie disse a eles. — Aparentemente há algum tipo de vazamento e o chefe quer que eu leve todos os pacientes pré-operatórios para a clínica. Você está livre para me ajudar?
De repente, Alex bateu nela da mesma forma que antes. — Ai! — Izzie gritou. Com isso, Cristina soltou uma gargalhada. — Quer saber? Jogue-o fora. Não eu ou Lena, só ele.
— Ela gosta mais de mim. — Alex respondeu.
— Eu cozinho para todos e limpo. A única coisa que você traz para casa é sujeira. — a loira atirou de volta.
— E eu me certifico de que nenhum de vocês queime suas vidas até o chão, enquanto isso. Todos nós sabemos que você precisa disso. — a baixinha respondeu.
Assim que as portas do elevador se abriram, a água entrou no elevador, cobrindo seus pés e tornozelos.
— Saia, saia! — Cristina alertou.
Quando eles saíram, todo o andar parecia inundado.
— Isso não é apenas um vazamento. — Helena deixou escapar, incomodada com a sensação de suas meias encharcadas.
★
Enquanto Helena se preparava para a cirurgia com Mark, o homem falou. — Então, querida, você sabe se vai ter que se mudar depois de tudo?
— Eu poderia. Derek quer que nós façamos. O que eu meio que entendo, mas ele deveria ter perguntado a Mer em vez de presumir, sabe? — a garota deu de ombros.
— Sim. Então, sobre ontem à noite. Você... Você quer falar sobre isso? — ele perguntou, olhando para ela.
— Talvez mais tarde, ok? Não... Não agora. — ela perguntou, secando as mãos enquanto os dois entravam na sala de cirurgia.
Enquanto Mark trabalhava no homem, Helena ajudava, Derek e Cristina assistindo.
— Lidocaína. — Mark solicitou à instrumentadora.
Quando ele estava prestes a começar, Alex interrompeu. — Precisamos da sala de cirurgia. Precisamos da sala de cirurgia!
— Espere, Alex, o que aconteceu? — a morena perguntou.
— O teto desabou sobre o paciente de Hahn. Ele o abriu, precisamos da sala de cirurgia! — ele insistiu.
— Tudo bem, pessoal, vamos nos mexer. — Mark concordou.
★
Enquanto Helena e Mark se sentavam no bar do Joe, a garota bebendo seu gim-tônica de sempre e o homem sua cerveja, anunciou Mark. — Eu trouxe algo para você.
— Você... Me trouxe alguma coisa? — Helena perguntou, confusa.
— Eu fiz. — o homem sorriu para ela, entregando-lhe um pequeno embrulho.
Curiosa, Helena sorriu para ele ao desembrulhá-lo. Ao ver um cartão branco, sua confusão só aumentou. — Isto é...?
— É uma chave de hotel. — Mark disse a ela.
— Uma chave para o seu quarto de hotel? — ela perguntou, ainda sem entender onde a conversa estava indo,
— Uma chave para o nosso quarto de hotel, se você quiser. Eu adoraria que você viesse morar comigo. No hotel por enquanto, e em nosso próprio apartamento no futuro.
Com isso, o sorriso de Helena só aumentou quando ela se inclinou para beijá-lo. Quando seus lábios se tocaram, ambos sabiam que não era apenas mais um beijo. Estava cheio de amor, possibilidades e promessas não ditas de 'para sempre'. Quando eles se separaram, Mark perguntou. — Isso é um sim, boneca?
— Claro que sim! — ela respondeu, suas covinhas aparecendo com seu sorriso. — Obrigada. Eu adoraria morar com você, vamos fazer isso. — Helena riu em mais um beijo delicado.
— Vamos fazer isso. — o homem confirmou, beijando-a de volta.
★
TW: agressão sexual
Enquanto Helena e Mark voltavam a dormir, desta vez na cama de Mark, que agora também era de Helena. A garota estava com a cabeça no peito dele, subindo e descendo levemente com a respiração dele, o braço do homem em volta dos ombros dela.
A rua estava escura enquanto ela caminhava pela calçada, seus saltos produzindo baques silenciosos enquanto ela segurava as chaves entre os dedos.
As sobrancelhas da garota agora franziram em seu sono enquanto sua respiração se tornava mais rápida e superficial.
De repente, havia mãos sobre ela, vindo do nada. Ela tentou acertar as costas que a pegou, logo sendo jogada no chão. Ela levou alguns momentos para se levantar, atordoada com a força usada. Se ao menos ela pudesse voltar para a rua e sair do beco que ela foi forçada a entrar... Uma vez, no entanto, ela simplesmente sentiu um punho bater forte em seu rosto, logo caindo para trás mais uma vez.
A respiração de Helena não era completamente irregular, seus lábios tremiam enquanto as lágrimas molhavam seus cílios escuros e cerrados. Um pequeno gemido saiu de sua boca, quase como um gatinho ferido, enquanto ela sussurrava. — Por favor...
Doeu tanto que ela mal conseguia respirar, pois sentia o coração batendo na cabeça. Ela levou a mão à cabeça para vê-la coberta de sangue vermelho pegajoso. Então, ela o viu. O rosto que ela jamais seria capaz de esquecer, aqueles olhos castanhos desprovidos de humanidade e o sorriso sádico que cresceu em seus lábios.
A baixinha agora estava chorando em sua cama, agarrando-se com mais força aos lençóis enquanto fungava. — Apenas me deixe ir.
Então, foi tudo um borrão. Ela ouviu a voz dele como se estivesse em sua cabeça, as várias frases que ele disse se misturando em seu sonho. — Você até vai gostar, sua puta hispânica. — ela se sentiu sendo virada de bruços enquanto ele puxava seu vestido para cima, com força. — Você sente isso, vadia? Isso significa que estou prestes a te foder.
Helena continuou choramingando em seu sono, implorando para ser solta. Ela agora estava soluçando baixinho, fechando as pernas o mais forte que podia.
— É melhor você ficar quieta, você me ouviu? Ou eu vou realmente machucar. — ele disse, o som de seu cinto desafivelando tudo o que ela podia ouvir enquanto ela olhava para o chão duro à sua frente, chorando. — Eu espero que você engravide como a puta que você é. — ela ouviu quando o sentiu empurrando dentro dela. Ela sentiu uma dor sem precedentes, quase podia sentir-se rasgando.
A cabeça de Helena disparou enquanto ela engasgava alto. Ao abrir os olhos, ela percebeu o que havia acontecido, levando a mão à boca na tentativa de não acordar Mark. No entanto, era tarde demais.
— Lee? Você está bem? — ele perguntou, deitando na cama, sua voz grogue de sono.
Ela tentou firmar a voz enquanto respondia. — Sim, estou bem. Apenas volte a dormir, estou bem.
Apesar de seus melhores esforços, Mark ouviu sua voz trêmula, sentando-se na cama para ver seu rosto coberto de lágrimas brilhando com o luar que entrava pela janela. — Ei, Lee, você não está bem. Venha cá... — ele a puxou para o peito, tentando acalmá-la. Alguns segundos depois, ele pressionou um beijo em sua testa, segurando seu rosto para olhar em seus olhos. — Quer falar sobre isso?
Houve um silêncio momentâneo enquanto os olhos de Helena se encheram de lágrimas. Ela respirou fundo antes de falar, sua voz áspera. — Eu tinha... Quando tinha dezenove anos, fui estuprada. Foi assim que perdi minha virgindade.
Com isso, os olhos do homem brilharam com suas próprias lágrimas, seus olhos vagando pelo rosto de Helena enquanto ela a ouvia, seu coração pesado.
— Eu estava... — ela continuou, parando para limpar a garganta. — Eu só fiquei com um homem desde então, além de você, claro. E ele foi... Foi bem violento, ainda tenho uma cicatriz na nuca. Depois, ele me disse... Ele me disse um monte de coisas durante, mas depois que ele desejou que eu estivesse grávida. Eu engravidei. Eu não... Eu nunca tive isso, no entanto. Eu tentei, mas eu simplesmente... Não consegui. E eu não sabia como você reagiria a isso. é por isso que ainda não te contei. Só Cristina, Mer e meu irmão sabem que eu já estive grávida. — Ela sussurrou, olhando para seus dedos inquietos.
— Oh, Lee. — ele a abraçou mais uma vez, cheirando o frescor de seu cabelo enquanto beijava sua cabeça, uma lágrima escorrendo por seu próprio rosto. — Eu nunca... E eu quero dizer nunca, julgaria você por algo assim, você me ouviu? Nunca. — ele prometeu, sua voz quebrada. — Você, Helena, significa muito para mim. E eu sinto muito, muito que algo assim tenha acontecido com você. — fechou os olhos para evitar que as próprias lágrimas transbordassem enquanto Helena chorava em seu peito, demais a dor de ver a menina em tamanha agonia.
— Eu não... Eu realmente não sei porque, mas tenho sonhado muito com isso ultimamente. — ela disse a ele, afastando-se do abraço. — É algo que meio que vem e vai, sério, mas eu só... Eu ainda fico assustada, só isso. Estou bem, no entanto. Estou mesmo, estou bem de novo. E você não precisa se preocupar, está me ouvindo? — ela colocou a mão na bochecha dele, Mark colocou a mão sobre a dela. — Estou bem, ele não pode tirar isso de mim.
Mark pressionou um beijo suave em seus lábios, passando a mão por seu cabelo. — Não, não, ele não pode.
Os dois seguraram o corpo um do outro como se fossem as tábuas de salvação que se tornaram um para o outro, a cabeça de Helena enterrada na curva do pescoço de Mark, enquanto o casal adormecia.
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