039
˖࣪ ❛ TERCEIRA TEMPORADA
— 39 —
— ACHEI QUE IA odiar essa coisa de jogo de festa, mas é ótimo. — Cristina disse para as estagiárias e Callie que gostaram de sua despedida de solteira.
Callie estava escrevendo alguns votos na mão de Cristina, anteriormente escritos por Helena, pois Meredith havia acabado de fazer um vestido de papel higiênico.
— Podemos incendiá-la depois? — A noiva perguntou, sorrindo.
— Não, nós não podemos. — Meredith respondeu, louca.
— Esses votos de casamento não vão caber aqui. — Callie disse à noiva.
— Escreva menor. — Cristina deu de ombros.
— Fique quieta, por favor. Voto acabou de se tornar vaca. — A residente disse a ela.
— Você não precisa de votos na mão. Quando chegar lá, apenas fale com o coração. — Izzie disse a ela.
— Izzie, o coração é um órgão. Ele bombeia, faz o sangue circular, coágulos de vez em quando. Mas não fala. — Cristina brincou.
— Você pode imaginar se tivesse pequenos lábios nele, apenas inconvenientemente dizendo a todos o que você estava sentindo? — Helena sorriu, franzindo um pouco o nariz.
— Olha, eu vou gostar de estar casada. É a parte do casamento que é ridícula. — Cristina bufou.
De repente, os pagers de todos tocaram, Helena se levantando. — Bem, a festa acabou. —
— Droga, o meu não apitou. Pedaço de porcaria. — Cristina reclamou.
— Você pode fazer isso, certo? — Perguntou Meredith.
— Tornar-se uma propriedade? Claro, ansioso por isso. — A noiva brincou.
— Não importa o quê, você está andando por aquele corredor hoje. — A loira disse a ela enquanto Meredith tirava seu vestido de noiva de papel.
— Precisamos que você desça por aquele corredor. — Helena assentiu, saindo de casa
★
Como Helena e Meredith traçaram, elas ouviram Cristina atrás delas.
— Meredith, bebê Einstein.
— Você não vai acreditar. Derek conheceu uma garota em um bar. E ele flertou com ela. E ele me contou. Você sabe, não é grande coisa, só achou que eu deveria saber. — A loira começou.
— Eu ainda tenho sentimentos inapropriados. Eu odeio sentimentos inapropriados por alguém inapropriado e eu odeio isso. Eu apenas... Odeio isso. — A estagiária disse a elas, ainda focada em seu prontuário.
— Meredith, Lena.
— Eu não estou exagerando. Ele não me deu uma dica. Ele simplesmente me disse. — Meredith continuou.
— Isso é... Estranho. Mas minha pessoa inadequada é Mark. — Helena agora sussurrou. — Como, playboy, atendente, prostituto Mark.
— Vocês sabem como às vezes é sobre vocês e às vezes é sobre mim? — perguntou Cristina. — Isso é muito, muito sobre mim.
Com isso, as duas estagiárias se viraram para encontrar uma Cristina sem sobrancelhas, segurando seu vestido de noiva e com rolos no cabelo.
— Uau. — Disse Meredith.
— O que aconteceu com suas sobrancelhas? — Helena perguntou, arregalando os olhos.
— Mamãe fez isso. Mamãe tirou minhas sobrancelhas. Ela tirou minhas sobrancelhas e agora, eu sou um Burke.
★
Enquanto as estagiárias corriam pelo vestiário, correndo para se arrumarem para o casamento, Helena terminou de se maquiar, já com o vestido de dama de honra.
— Fechado? Aberto? — George perguntou a eles, seu terno vestido.
— Fechados. — Helena respondeu, o homem seguindo seu conselho. — Perfeito.
— Você parece bem. — Izzie disse a ele, fazendo Helena olhar para ela. Ela suspeitava que algo pudesse estar acontecendo entre os dois, não importa o quanto ela desejasse estar errada.
De repente, Patricia entrou no vestiário. — Momento da verdade, pessoal.
— Essas são as nossas pontuações? — Perguntou Alex.
— Grey, Karev, Yang, Campos, Stevens, O'Malley. — Ela entregou-lhes as cartas.
Helena rapidamente abriu o seu correndo para ler os resultados, seus olhos percorrendo o papel enquanto tentava respirar fundo. Finalmente, ela encontrou a parte que confirmou sua pontuação: 100%
— Oh, sim! — Cristina soltou.
— Sim, graças a Deus. — Izzie também.
Helena sorriu brilhantemente e Cristina perguntou a ela e Meredith. — Você passou?
— Pode apostar sua bunda de casada que eu fiz. — Meredith falou.
— Eu passei? Eu tenho cem por cento! — Helena sorriu largamente, orgulhosa de sua realização. — Georgie, como você foi? Você passou?
— Sim. — Ele respondeu. Sendo um dos melhores amigos do menino, se não o melhor, ela podia dizer que algo estava acontecendo, algo não se encaixava. No entanto, ela escolheu ignorá-lo, sentindo que se o garoto não dissesse a ela, ela não deveria pressioná-lo.
Ao terminar, ela ajeitou o vestido de dama de honra, antes de sair do vestiário. Quando ela o fez, ela encontrou Mark do lado de fora.
— Ei, Lee, como você foi? — Ele perguntou.
— Como eu fui? — Ela sorriu para ele, docemente, o homem rindo. — Eu tenho cem por cento, foi assim que eu fiz.
— Você tem cem por cento? Em seu exame de estágio? — Ele a abraçou, ambos rindo. — Ah, isso é tão bom. — Mark a pegou e a girou levemente, risadinhas caindo de ambos os lábios. No entanto, sentindo o corpo do outro pressionado contra o seu, ambos pararam de rir logo, reconhecendo mais uma vez os sentimentos que tinham um pelo outro.
Assim que eles se afastaram, o corredor já vazio, Mark olhou nos olhos de Helena. Ele estava lutando esta batalha consigo mesmo, com medo de machucar a mulher na frente dele. Mas, naquele momento, ele percebeu o quanto ela realmente significava para ele. Mark Sloan estava apaixonado por Helena Campos e preferia morrer a machucá-la. Ela não seria como as outras mulheres com quem ele esteve, ela significava muito. E, chegando a tal conclusão, o cirurgião plástico inclinou-se para a jovem estagiária.
Quando seus lábios se juntaram, a mão de Mark no rosto de Helena, eles compartilharam um beijo profundo e suave, um sem senso de urgência ou pressa. Quando eles se afastaram do beijo, eles juntaram suas testas por um segundo, olhando nos olhos um do outro. No entanto, quando Helena voltou à realidade, ela falou.
— Mark, eu... Eu tenho que ir. O... O casamento, o casamento da Cristina, eu tenho que ir, me desculpe. — A garota baixinha murmurou enquanto corria pelo corredor. O que Mark não conseguia ver, no entanto, era o sorriso incontrolável que seus lábios haviam formado.
Quando ela saiu para o estacionamento, seus pensamentos correram com todas as razões pelas quais ela não podia estar com Mark: ele era um atendente, ele era bem mais velho, ele dormia por aí... Ainda assim, ela percebeu que o sorriso apaixonado não tinha saído de seus lábios, tudo o que ela conseguia pensar era que algo que parecia tão certo não podia estar errado.
★
Meredith, Helena, Izzie e Callie, madrinhas de Cristina, esperaram que ela se vestisse, junto com sua mãe.
— Cristina? — A loira mais baixa chamou. — Cristina?
A mulher abriu as portas. — Eu não corri.
— Você parece bem! — Helena disse, com um sorriso no rosto.
— Estou orgulhosa de você. — Sua mãe disse a ela, uma mão em seu peito — Eu sempre temi que você fosse muito atrofiada emocionalmente para se acalmar. — A mulher a abraçou enquanto chorava, Helena tentando esconder o sorriso.
Quando estava fora da capela, Izzie espiou pela porta. — Oh, parece tão bonito lá! Estou vendo Burke.
Alex saiu da capela, virando-se para Cristina. — Yang, as gêmeas ficam lindas nesse vestido.
— Você é nojento. — Helena lhe disse, não conseguindo conter um sorriso, enquanto ajudava a arrumar o vestido.
— Eu tenho que ir, parabéns. — O homem disse a ela.
— Espere, Alex, você viu George lá? — A ex-modelo perguntou.
— Ele provavelmente vai se atrasar. Tivemos um grande dia emocional. — Callie disse a ela, seu rosto um pouco duro.
— Ah, sério. Aconteceu alguma coisa entre vocês dois? — A loira perguntou, Helena não sendo capaz de ignorar o leve sorriso malicioso e esperançoso em seu rosto.
— Não, é só que fui nomeada chefe dos residentes. — A mulher mais alta respondeu.
— Parabéns, Callie! — A garota baixinha falou, Izzie ficou em silêncio.
— E, além disso, decidimos ter um bebê. — Callie disse a ela.
— Ah, então vamos pegar um pequeno Calliope ou um pequeno Georgie! Esse bebê vai ser tão fofo. — Helena contou à amiga, genuinamente animada pelo bebê, enquanto sorria com a possibilidade.
— Um bebê? — Izzie perguntou, um sorriso claramente forçado no rosto. Com isso, ficou claro para o jovem interno que, se algo não tivesse acontecido entre os dois, Izzie certamente queria que acontecesse. Desconfortável, ela se concentrou em ajudar Meredith com o vestido de Cristina.
De repente, a música começou a tocar de dentro da igreja, as mulheres entrando na fila.
— Você está bem? — Meredith confirmou.
— Sim.
— Você tem o buquê? — perguntou Helena.
— Sim.
— Você tem o anel, Mer?
— Sim. Você se lembra de seus votos? — A loira perguntou.
— Sim, eu escrevi ela na minha mão. — A mulher se virou para olhá-lo, o pânico enchendo seu rosto. — Oh meu Deus. Eu esfreguei. Eu esfreguei e eu tinha os votos na minha mão. Eu esfreguei meus votos!
— Oh, hum, ok. — Meredith começou.
— Olá, eu limpei meus votos! Não posso fazer isso, não tenho nada na mão. — Cristina realmente começou a entrar em pânico. — Não há palavras na minha cabeça, ok? Não tenho votos, nem palavras.
— Está tudo bem, vai ficar tudo bem. — A loira mais baixa disse a ela.
— Sabe de uma coisa? Pare de dizer isso, diga outra coisa?
— Como o quê?
— Diga algo que vai me ajudar!
— Tudo bem, você sabe, Cristina Yang, você olha para mim. — Helena começou, aproximando-se da garota. — Este é o dia do seu casamento! Você vai se casar. Você tem um homem que te ama esperando por você, na frente de todas aquelas pessoas, no final daquela ilha. Você sabe o quão sortuda você é por ter isso e amá-lo? Então você vai descer aquela ilha e se casar, eu não me importo se eu tiver que te empurrar! — Ela segurou os ombros da mulher, adotando seu tom áspero.
— Sim, você está nos ouvindo, Cristina? Precisamos disso. Precisamos de você para ter seu final feliz! — Meredith acrescentou.
Cristina olhou para elas por um segundo, antes de falar. — Ok, estou pronta.
No entanto, assim que eles voltaram para a fila, Burke entrou.
— Estou pronta, estou bem, Meredith e Lena me falaram. Estou bem, vá, vá, estarei logo atrás de você. — Sua noiva o tranquilizou.
— Eu sinto muito. — O homem sobressaltou-se, com uma expressão grave no rosto.
— Oh, não... Eu posso fazer isso. Você sabe, eu tive um surto momentâneo, mas agora estou bem, eu posso fazer isso. —
— Mas você não quer fazer isso. Eu estou lá fora esperando você descer aquela ilha e eu sabia que você não queria vir. — Meredith e Helena trocaram um olhar. — Eu sei que você não quer vir, mas que você virá de qualquer maneira porque você me ama. E se eu te amasse... Se eu te amasse, não a mulher que estou tentando fazer você ser, não a mulher que eu espero que você se torne, mas você. Se eu fizesse, eu não estaria lá fora esperando por você. Eu estaria deixando você ir. — O homem disse a ela.
— Estou usando o vestido... Estou pronta! E... E talvez eu não quisesse antes, mas quero agora. Eu realmente acho que quero isso. — Cristina respondeu.
— Eu realmente gostaria que você não pensasse. Eu gostaria que você soubesse.
Helena fechou os olhos, sabendo como sua amiga devia estar com o coração partido.
Depois que o casal terminou de falar, Helena e Meredith caminharam pela ilha, todos os olhos nelas.
— Sinto muito, todo mundo, mas acabou. — Helena falou. — Vocês todos podem ir para casa, não vai haver um casamento.
— Acabou. — Acrescentou Meredith. — Está acabado.
★
Quando Meredith e Helena encontraram Cristina parada no meio de seu apartamento, a mulher olhou para elas.
— Ele se foi. — Ela sussurrou.
— Eu... Eu não acho que ele se foi, as coisas dele ainda estão aqui. — A loira disse a ela.
— Não, o trompete dele estava aqui. E toda a sua coleção de Eugene Foote. — A mulher apontou para lugares diferentes. — Os vinis e CDs... A foto de sua avó estava ao lado da cama. Sua touca da sorte estava pendurada na porta. Estou... Estou livre... — Cristina estava de volta ao centro de seu apartamento, agora chorando. — Droga! Droga! Droga! — Ela começou a hiperventilar e arranhar seu vestido. — Retire isso!
Helena correu para retirar a joia, enquanto Meredith pegava uma tesoura na cozinha.
— Tire isso! Não consigo, não consigo respirar.
As meninas cortaram sua amiga de seu vestido, Helena correndo para abraçá-la pela frente quando ela estava fora dele, Meredith fazendo o mesmo por trás.
E lá estavam elas, as duas garotas abraçando a noiva soluçando no meio de seu apartamento que agora estava incrivelmente vazio.
★
No final do dia, depois que Cristina se acalmou um pouco, Helena tirou a maquiagem, sabendo que a noiva estava emocionalmente exausta demais para fazê-lo. Gentilmente, ela passou o algodão nas pálpebras, com o coração partido pela garota.
Depois, ela se certificou de que a água estava quente o suficiente antes de encorajar Cristina a entrar no chuveiro, saindo do banheiro para encontrar Meredith sentada na cama.
Sentada ao seu lado, Lena suspirou, deitando a cabeça no ombro da loira.
— Ela vai ficar bem, certo? — A amiga dela perguntou.
— Ela vai. Ela... Nós vamos cuidar dela. Nós a temos e eu... Eu vou ter certeza que ela está bem. — Helena respondeu, balançando a cabeça. — Nós vamos cuidar dela, vamos cuidar umas das outras. Sempre cuidamos.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro