038
˖࣪ ❛ TERCEIRA TEMPORADA
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OS ESTAGIÁRIOS ESTUDARAM para o exame interno na casa de Cristina, todos sentados na sala enquanto Meredith se sentava em uma cadeira no centro.
— Quais são os sinais de uma infecção da linha central? — Alex perguntou a Meredith.
— Pus, vermelhidão e febre. — Ela respondeu rapidamente, sentando em uma cadeira.
— O que é Síndrome de Conn?
— Uh... Espere, espere, eu sei disso! — A loira respondeu, apertando as mãos.
— Quebrando sob pressão. — George brincou.
— Não, eu sei... Hipercortisolismo! — Ela respondeu.
— Hiperaldosteronismo primário. — Helena corrigiu. Quando Alex acenou para ela, ela disse a loira. — Sim, é a minha vez na cadeira!
— Não, é a minha vez! — Izzie reclamou, sentando-se na cadeira enquanto Burke dava a Cristina um bolo para experimentar no casamento.
— Qual é a camada mais forte do intestino grosso? — George perguntou a ela.
— Está tudo bem, gostoso. — Cristina avaliou o bolo, enxotando o noivo.
— Não é ranho. — George ajudou a loira.
— Submucosa. — A loira respondeu.
— Espere, espere, espere, como você sabe disso? — Cristina virou-se para George. — Você está estudando com os cartões de sua esposa?
— Que cartões? — Meredith perguntou, confusa.
— Callie foi classificada como número um em seu ano após o teste, ela tem cartões de memória lendários. — Explicou Cristina.
— Bem, eu também. Meus cartões de memória são os melhores. — Helena deu de ombros. — Além disso, eu os fiz à prova d'água. — Ela disse, sorrindo, orgulhosa de seu trabalho.
— Eu quero o assento. — Cristina reclamou.
— Não, minha vez. — Alex sentou-se na cadeira.
— O que é queratose actínica? — Izzie perguntou a ele.
— É uma... Uma lesão pré-maligna.
— Nos velhos! — Acrescentou Cristina.
— Em qualquer um. — Alex e Helena discutiram ao mesmo tempo.
— Este é muito amargo? — Burke perguntou enquanto sua futura esposa experimentava um bolo.
— Eu não me importo com o bolo. Agora, eles estão bons ou sou eu?
— Aprenda a se importar ou vou conseguir outra noiva. — O homem brincou.
— Eu amo isso, eu amo todos os bolos, agora quebre o empate. — A mulher asiática perguntou, a estagiária baixa se animando em seu assento.
— Karev e Campos estão certos.
— Sim! — Alex soltou, cumprimentando Helena, que riu.
★
Na noite anterior ao exame, Helena acordou com o telefone tocando na mesa de cabeceira. Esfregando os olhos para clarear a visão, ela viu que era seu irmão.
— Danny? Você está bem? Foi um pesadelo ou uma dor fantasma de novo? — A garota perguntou, preocupada.
— Ambos. Me desculpe, eu sei que você tem seu grande exame amanhã, eu só... Você sabe que você é a única que pode me acalmar. — Ele disse do outro lado da linha, sua voz de alguém que estava chorando.
— Ei, ei, tudo bem, eu tenho você. Você pegou o espelho que eu peguei você, sabe, para espelhar sua perna? — Ela sussurrou, ainda meio adormecida.
— Sim, eu fiz. Eu só... Eu ainda estou em pânico. — Ele disse a ela.
— Você está bem, Danny. Nós dois estamos bem. Você quer que eu fique no telefone um pouco até eu adormecer? — Ela perguntou.
— Eu... Sim, por favor. — Ele respondeu.
— Ok, então. Apenas feche os olhos. Estou bem aqui, não vou a lugar nenhum. — Ela sussurrou enquanto o irmão adormecia.
★
Na manhã seguinte, os estagiários estavam na cozinha, estudando.
— Como você trata o divisum pancreático? — Cristina perguntou à modelo formada, Helena tomando seu café e mordendo sua torrada.
— Cristina... Se você não vai nos deixar dormir, pelo menos tem que me deixar colocar café na minha xícara.
— Ninguém está parando você. — Helena deu de ombros.
— Estou muito cansado para ir. — Izzie choramingou.
— Aqui, pegue um pouco do meu. — A baixinha ofereceu, sorrindo. — E, Cristina, esfincterotomia dorsal.
— Não é sua vez, mas correto. Você me faz, Alex. —
— Não posso acreditar que O'Malley está perdendo isso. — O homem zombou. — Como ele vai estar pronto?
— Você está brincando, né?! Eu tenho cartões de Callie, mas- — Cristina começou.
— George está com Callie. — Izzie completou.
— Ah, que seja, nós temos a Bebê Einstein. Eu a questionei sobre todas as cartas do baralho de Callie e o dela na noite passada e ela não errou uma única resposta. — Cristina virou-se para a loira, fazendo a garota mais baixa sorrir para ela.
— Ok, qual é a causa mais frequente de diarreia em pacientes hospitalizados? — O homem perguntou.
— Rotavírus. — Cristina atendeu, logo repensando sua escolha. — Não, não, não, não... Salmonela.
Helena balançou a cabeça, corrigindo-a. — É C. Diff, que pode levar a megacólon tóxico, perfurações, sepse e morte.
Meredith entrou na cozinha, toda vestida de preto. — Foi isso que matou Susan.
Susan, esposa do pai de Meredith, havia morrido recentemente no hospital, resultado de complicações de seu tratamento para soluços. Como Meredith era sua estagiária, infelizmente, terminou com o pai de Meredith culpando-a pela morte de sua esposa e dando-lhe um tapa no hospital.
— Ela esta bem? — Izzie perguntou, depois que Meredith saiu.
— Ela está bem. — Cristina respondeu.
— Ela está bagunçada. — Alex disse a ela.
— Claro que ela está confusa, mas ela vai ficar bem, apenas dê a ela algum espaço. — Helena perguntou
— Quero dizer, Susan era basicamente sua mãe de aluguel. — A loira completou.
— Sim. Uma mãe falsa que era melhor que sua mãe verdadeira. — A mulher asiática concordou, movendo-se para servir mais café para todos.
— Ela vai primeiro ao hospital ou ao funeral? — Izzie virou-se para Cristina e Helena.
— Primeiro para o hospital, o funeral, depois para o teste esta tarde. — Cristina disse a ela.
— Ela estudou mesmo? — Alex leu alguns cartões de memória.
— Sim, ela estudou, ela vai ficar bem. Ela só precisa ficar sozinha ok? — A baixinha repetiu. — Nós todos vamos ficar bem.
★
Enquanto os internos estavam sentados em uma cama de hospital, observando os médicos trabalharem em um alpinista perdido, Helena passou por seus cartões.
— Nós deveríamos estar estudando. Se Bailey nos encontrar aqui- — Izzie sussurrou para eles.
— Estamos estudando. Ou pelo menos Baby Einstein está. — Cristina olhou para ela. — Como você trata a mordida de gelo? —
— Reaqueça, evite a cirurgia precoce, a menos que haja uma infecção profunda por causa da auto amputação. — George respondeu.
— Viu, estudando? — Cristina sorriu para a loira mais alta.
Com alguns gritos vindos de dentro, Helena olhou para cima, ofegante. — Você viu aquilo?
— Isso foi bizarro. — A ex-modelo concordou.
— Eu acho que era um baú de mangual, eu não vi um antes. Por que hoje tem que ser dia de teste? — Cristina choramingou.
— Eu sei. — Meredith concordou.
— Mer, talvez se você falar com o Chefe ele deixe você fazer o teste mais tarde. Quero dizer, essas são circunstâncias, tenho certeza que ele vai entender. — A garota baixinha ergueu os olhos de seus cartões de memória mais uma vez. — Puxa, eu revisei isso tantas vezes que sinto que meu cérebro pode derreter.
— Eu não preciso fazer o teste mais tarde. — Meredith respondeu.
De repente, a Dra. Bailey apareceu, gritando com eles. — O que vocês idiotas estão fazendo aqui? Em poucas horas vocês farão o teste que determinará o curso de toda a sua carreira médica, porque os cinco estagiários com as notas mais baixas serão cortados do programa. Mas vocês estão estudando para o teste? —
— Eu estou! — Helena ergueu a mão, fazendo com que a residente a olhasse, tentando esconder um sorriso divertido.
— Agora dêem o fora daqui antes que expulse vocês. — A mulher mais velha ameaçou quando eles saíram.
★
— O que é biloma? — Cristina perguntou a Meredith e ela se preparou para sair para o funeral.
— Cristina, eu realmente não tenho tempo.
— Biloma? — Helena perguntou novamente.
— Biloma é uma conjunção do fluido biliar interperitoneal. — A loira respondeu. — Ok, eu vou ficar bem. —
— Meredith? Seu pai. — George avisou, fazendo as meninas se virarem.
— Ei, eu estava a caminho de- — Meredith começou, Helena instintivamente se tornando protetora sobre ela.
— Não, eu vim aqui para lhe dizer que você não é desejada. — O homem parecia bêbado enquanto gritava com a garota.
— Ok, por que não- — Helena começou, tentando acalmar a situação.
— Não, eu não quero você no funeral. Ela confiou em você, ela veio até você para pedir ajuda, e você a matou. Você a matou! Você matou minha esposa, você a tirou de mim. — O homem disse a ela.
— Sr. Grey, vamos apenas- — Helena tentou novamente.
— Então eu sei que não quero ver você, eu não quero ouvir de você, e eu não quero você perto daquele funeral. Você me entendeu? Você me entendeu?! — Ele se aproximou da loira, sua outra filha o agarrou.
— Pai, nós temos que ir.
— Ela era tudo para mim. Eu tudo que eu tinha. Ela era tudo que eu tinha. — Ele gritou ao sair.
★
Helena Campos não era apenas uma pessoa estressada por natureza, ela também tinha uma ansiedade diagnosticada para lidar. Então não deveria ser surpresa, na verdade, que antes de um dos maiores exames de sua vida ela tivesse se fechada em uma sala de plantão para ter um ataque de pânico em silêncio. Assim que ela estava começando a se acalmar, no entanto, Mark entrou na sala.
— Oh, ei, Lee. Ei, o que há de errado? — Ele rapidamente se sentou ao lado dela, preocupado. — O que aconteceu?
— Nada aconteceu, não se preocupe. Estou apenas... Estressada, só isso. — Ela fungou levemente, já enxugando as lágrimas.
— Você precisa de alguma coisa? Oh, eu tenho lenços, aqui está um lenço. — Ele entregou um para ela, tentando ajudar.
— Obrigada. — Ela assoou o nariz e respirou fundo algumas vezes, se recompondo.
— Você quer água? Eu posso pegar um pouco de água para você. — O homem sugeriu, querendo fazer a garota se sentir melhor. Doía-lhe vê-la chorar.
— Ei, Mark, está tudo bem, honestamente. Estou bem agora. — Ela colocou a mão em cima da dele, o homem olhando para o fato de que eles haviam se tocado. — Eu estou bem, tudo bem?
— Tem certeza? — Ele perguntou.
— Sim, eu tenho certeza. Olha, eu realmente aprecio você cuidando de mim, mas eu estou bem. Olha, eu não... Isso não é algo que eu quero ser conhecido, mas eu tenho ansiedade social e às vezes eu fico... Sobrecarregada, só isso. Mas estou bem agora, ok? Estou bem. — Ela sussurrou, tentando apaziguar seu amigo.
O homem olhou em seus olhos por um segundo, antes de sussurrar de volta para ela. — Obrigado por confiar em mim. Eu tenho você, querida, você sabe disso, certo?
— Eu sei. — Ela se inclinou contra o peito dele, quase enterrando a cabeça nele. — Eu sei, Mark, obrigada. Obrigada por sempre estar aqui para mim.
★
Quando os estagiários se sentaram para a sala de exames, a mulher que os assistiria falou.
— Por favor, tomem seus lugares, doutores, e guardem todo o material de estudo.
— Se você não sabe a resposta, escolha B, é sempre B. — Cristina sussurrou para seus amigos enquanto eles se sentavam.
— Escreva seu nome no canto superior direito de suas folhas de respostas.
— Você vai ficar bem, Mer. Todos nós vamos ficar bem. Apenas, não fique muito em sua cabeça, não pense demais. Você tem isso. — Helena sussurrou para a mulher atrás dela.
— Sim, você vai ficar bem. — Cristina concordou. — Boa sorte.
— Você também. — A estagiária mais baixa voltou-se para a frente dela.
— Você pode abrir seus cadernos de teste... Agora.
Ao abrir a prova, Helena olhou para as primeiras perguntas, verificando mentalmente se sabia as respostas. Ok, isso é fácil. Eu conheço essas coisas. Ela sorriu para si mesma, respirando fundo antes de começar. Eu tenho isso.
Ao final do exame, Helena saiu com uma sensação de paz. Ela sabia que tinha ido bem, e, de qualquer forma, ela sabia que tinha dado tudo de si. Ao sair da sala, no entanto, ela notou um olhar preocupado no rosto de George.
— Meredith! Meredith! — Ele chamou. No entanto, a mulher loira acabou de sair.
— O que aconteceu? — A baixinha perguntou.
— Ela não escreveu nada no teste, Lena. Ela não respondeu uma única pergunta. Ela apenas ficou sentada lá. — George caminhou atrás dela, Cristina parando-o.
— Espere, George. Apenas dê a ela um segundo.
★
Enquanto os estagiários olhavam para a amiga, que estava sentada na sala de espera, Helena se preocupou com ela.
— Não é como se ela realmente fosse reprovada. — Izzie disse a eles. — Ela simplesmente não escreveu nada.
— É como se ela realmente tivesse sido reprovada. — Alex discordou, um café na mão.
— Um cara, dois anos atrás, estava de plantão três noites antes de seu teste. Ele dormiu a coisa toda e teve que repetir seu ano de estágio.
— Ela não pode repetir seu ano de estagiária isso é... Isso é simplesmente ridículo. — Helena suspirou.
— Temos que fazer alguma coisa. Cristina, Lena? — A loira perguntou.
— O quê? Eu... Eu não sei. Nós não falhamos nas coisas, não está no meu livro. — A mulher asiática respondeu.
De repente, todos os cinco estagiários receberam um pager, olhando para seus dispositivos.
— É Bailey. — Helena os informou, decolando.
★
Enquanto Helena entrava na cirurgia com Callie, a residente perguntou.
— Como foi o exame?
— Muito bem, na verdade. Vamos ver se eu sou a próxima Callie Torres. — A garota baixinha respondeu com uma piada, Addison acordando na sala de limpeza.
— Eu sou perseguido por mulheres grávidas. — Ela reclamou.
— Você é um obstetra. — Callie ficou sem graça.
— E estéril. Você sabe, aparentemente, como uma mulher saudável e bem-sucedida na casa dos trinta, eu não mereço ter um bebê. Talvez eu tivesse uma chance de lutar se eu fosse gay. — Addison brincou.
— O casamento gay nem é legal, você realmente quer ir lá? — Helena riu junto com Callie.
— Tudo bem, um adolescente ou um membro da AARP. — A ruiva corrigiu, dando de ombros.
— Isso é uma droga, realmente. — Callie começou, desconfiada.
— Não, você também não? — Perguntou Addison.
— Ah, sim, um bebezinho Calliope! — Helena se animou com a ideia.
— Ah, não, não, não... Não estou, estou apenas, estou pensando nisso. Só isso. — A mulher corrigiu. — Ah, eu não sei. Eu nem sei. É só com George talvez indo para Mercy West no ano que vem-
— Ele vai? — Perguntou Addison.
— Sim, eles têm uma vaga para ele. — Acrescentou Helena.
— E precisamos de um novo começo, precisamos nos livrar de toda essa porcaria. — A mulher casada explicou.
— Ah, mas certifique-se de que ele me ligue com frequência ou eu vou caçá-lo e forçá-lo a manter nossa amizade. — Helena avisou.
— Tudo bem, mas só porque você é a minha favorita de todos os amigos dele. — Callie sorriu para a garota baixinha, que o devolveu. — De qualquer forma, pode ser um bom momento.
— É um grande momento. — Addison admitiu com um sorriso. — Não deixe eu e meus ovos fossilizados desencorajá-lo.
— Seremos amigas ainda, se eu engravidar? — A latina perguntou.
— Absolutamente não! — A ruiva brincou, as três mulheres sorrindo.
★
— O que diabos eu deveria fazer sobre os votos estúpidos? — Cristina reclamou enquanto ela, Callie, Izzie, Helena e Meredith estavam sentadas na cozinha, o exame de Meredith tendo sido refeito.
— Você ainda não escreveu nenhum deles? — Perguntou Helena.
— Ah, é uma porcaria estúpida!
— Não, não é. — Izzie repreendeu.
— Bem, o que eu devo dizer? Eu juro te amar cada momento de cada dia da minha vida? — Ela perguntou.
— Bem, sim, eu acho que é um começo. — Helena deu de ombros.
— Oh, fácil para você dizer, você é uma estagiária médica de 21 anos, um gênio literal, e você também consegue ser bom com as palavras. Apenas... Cale a boca. Isso nem é real. Não é assim que funciona, certo? — Ela se virou para Callie.
— Faz, no começo. Então ele-
— Passou. — Meredith completou.
— Não, não! — Izzie parecia estar ficando brava. — Vocês três estão acostumadas com isso, e isso é tudo. Você já o tem, você tem aquele pensamento que todo mundo quer. Você pode dar como certo. Mas deixe-me dizer a você, se você não... Não estar com a pessoa que você ama, eu garanto que ouvi-lo prometer te amar e te honrar e... Te amar, não importa o que aconteça, seria praticamente tudo em que você poderia pensar. — Izzie disse a elas, Meredith e Helena trocando um olhar. Callie parecia desconfortável, e isso foi o suficiente para que as suspeitas de Helena surgissem.
— Espere, você pode dizer isso de novo, só... Devagar? — Cristina perguntou, pegando uma folha de papel.
— Iz, você está falando sobre Denny, certo? — Helena perguntou, querendo alguma tranquilidade.
— Hum... Sim. — A loira deu de ombros. — Denny.
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