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˖࣪ ❛ TERCEIRA TEMPORADA
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HELENA SENTOU-SE COM George enquanto o menino lia o prontuário de seu pai. O homem havia sido internado na noite anterior, então a garota passou a noite no hospital para fazer companhia ao amigo.
— Hoje é o dia, pessoal. — Meredith entrou na sala com todos os outros internos. — Hoje é o dia escuro e sinuoso Meredith desaparece para sempre e brilhante Meredith leva seu caso.
— Mer. — Helena sussurrou em advertência, não sendo ouvida.
— Você provavelmente não vai querer mais ser minha amiga porque a pura intensidade da minha felicidade vai fazer seus dentes doerem. Exceto por Helena, ela gosta de ser feliz. Mas tudo bem, porque a vida é boa. — Ela colocou a bolsa no armário.
— Meredith. — A morena gritou novamente, fazendo a loira se virar.
— O que está acontecendo?
— O pai de George foi internado ontem à noite. — Explicou Izzie.
— Oh meu Deus, ele está bem? — Seu rosto caiu.
— Sim, ele está bem. — George tranquilizou.
— Ele desmaiou, caiu no chão e fraturou a clavícula. — Helena contou à amiga.
— Mas a clavícula dele está bem. Callie disse que ele está bem.
— Ele também está reclamando de fortes dores abdominais. — A garota baixinha acrescentou.
— Ele não tem sinais peritoneais. — Cristina apontou, lendo o prontuário.
— Isso é bom. — Alex acenou com a cabeça, assim que Bailey entrou no vestiário.
— Alguém viu- — percebendo sua presença, George se virou e deu a ela o prontuário de seu pai.
— Apenas olhando para ele. — Ele disse, parecendo culpado.
— Você não acha que eu lendo é mais importante do que você lendo? — A residente perguntou. — Você está na merda hoje, você vai se distrair. Os membros da família não tratam os membros da família, dá merda.
— Estou participando de uma cirurgia com o Dr. Burke esta manhã. — Cristina explicou, trançando o cabelo enquanto Helena puxava o dela em um coque baixo.
— Claro que você está. — A residente apontou quando Helena e Meredith trocaram um olhar.
— Karev, Sloan. Gray e Campos, vamos. Stevens, sombra de Karev. E deixe-me lembrá-la novamente das regras de sua liberdade condicional.
Izzie suspirou quando Alex falou. — Eu acho que ela conhece as regras, Dra. Bailey.
— Sem tocar nos pacientes, sem falar com os pacientes. — Izzie revirou os olhos. — Nada de revirar os olhos para os pacientes ou seus superiores.
Helena e Meredith saíram da sala, virando-se para ir ao pronto-socorro.
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George e Bailey caminharam pelo corredor enquanto o menino falava com ela. — Não vejo por que não posso pelo menos ajudar com a endoscopia do meu pai.
— E quanto a não trabalhar com a família você não entende?
— Eu não estou pedindo para fazer o proce-
— Tá bom! — A mulher cedeu. — Escolha e estagie.
— O que? — O menino parecia confuso.
— Estou sendo gentil. Você quer um estagiário designado para o caso do seu pai, tudo bem. Quem você quer? — A residente perguntou. — Agora, escolha um estagiário.
— Helena. — O menino respondeu sem hesitar. George confiou sua vida a Helena, além de ela e Cristina serem as melhores estagiárias da turma.
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Assim que Helena entrou no quarto do pai de George, ela cumprimentou, sorrindo. — Ronny, Jerry, Sr. O'Malley!
Os meninos a receberam com boas-vindas, tendo gostado dela quando a conheceram, no Dia de Ação de Graças.
— Oh, Helena! É tão bom ver você! — O Sr. O'Malley disse a ela. — E eu tenho que dizer isso de novo, apenas me chame de Harold.
— A Sra. O'Malley não pôde vir? — A garota baixa perguntou, movendo-se para verificar os sinais vitais do homem. — Como está a dor abdominal?
— Ela está em DC acompanhando uma viagem de campo para seus alunos. — Ele explicou. — E ainda dói, mas está melhor.
— Oh, ela deve estar muito preocupada com você! Bem, eu não sei se George já lhe disse, mas eu vou ajudar no seu procedimento mais tarde, Sr. O'Mall- desculpe, Harold. — Ela sorriu largamente para o homem. A garota gostava genuinamente da família de sue amigo e de sua natureza doce e modesta.
— Então eu estarei em boas mãos, hein? — O homem sorriu para ela.
— Sim, você vai. Vou ter que levá-lo para sua endoscopia em breve, o que, infelizmente, significa que não poderei ficar e conversar com vocês dois, rapazes. — Ela brincou enquanto se virava para sair, os irmãos soltando sons de decepção.
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— Quero dizer, por que se incomodar em ter um filho se você só vai vê-los nos fins de semana e feriados? É melhor arranjar um gato. — Meredith contou a seus amigos enquanto eles se sentavam nos túneis, Helena tomando um pouco de café.
— Falei com Burke e acho que ele está bem. — George revelou, fazendo Helena e Cristina compartilharem um olhar.
— Você fez o que? — A mulher de cabelo encaracolado perguntou.
— O que há de errado com Burke? — Perguntou Meredith.
— Não há nada de errado com ninguém. — A estagiária focada em cardio foi impassível.
— Você sabia que ele a deixou decanular um coração esta manhã? — O menino insistiu.
— Ele deixou você decanular um coração, sozinha? — Helena perguntou, preocupada com o quão perigosa essa situação poderia se tornar.
— Cadela! — Meredith soltou, Helena sorrindo para ela.
— Não, não sozinha.
— Agora ela está mentindo sobre isso.
— Yang decanulou um coração. Por que Alex não está surpreso? — Alex perguntou, fazendo Helena franzir as sobrancelhas para ele.
— Izzie também não. Na semana passada, Izzie estava vasculhando porcaria, esta semana ela está acariciando peitos de homem. Nada de corações descanulados para Izzie.
— Seios de mulher são melhores. — Helena deu de ombros.
— Por que você não está se gabando disso? — Perguntou Izzie.
— Eu não decanulei o coração. — Cristina disse, exasperada.
— Izzie e Alex não acreditam em você. — Disse Izzie.
— Helena está se perguntando o que Izzie e Alex estão fazendo. — A baixinha virou-se para a dupla.
— Izzie e Alex têm um paciente que fala de si mesmo na terceira pessoa.
— Eles pensaram que era chato no começo, mas agora eles meio que gostam. — O homem acrescentou.
— Bem, Helena acha que se Cristina diz que não decanulou o coração, ela não decanulou o coração. — A morena deu de ombros, sabendo o quão difícil deve ser para a garota ter que lidar com tudo isso, fazendo com que ela lhe lançasse um olhar apreciativo.
— Ok, isso vai parar em breve? — Meredith disse, irritada.
— Uau, o que aconteceu? Esta manhã você estava toda brilhante e pedindo para ser chutado na cara. — Cristina reclamou, levantando-se.
— Eu sou! Eu sou brilhante, eu sou brilhante.
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Como os resultados dos exames de Harold não eram bons, Helena sentiu o coração pesado, sabendo que precisava contar ao amigo. Ela correu para contar ao menino, logo depois de ir buscar o Chefe.
Os dois internos entraram na sala, Ronnie falando. — Estamos esperando aqui desde sempre, onde está o médico?
— O Dr. Webber estará aqui em alguns minutos. — George explicou enquanto Helena segurava sua mão com conforto.
— Eles não dizem nada, hein? Até que você seja um médico de verdade. — O irmão do menino se levantou, rindo.
— Eu sou um médico de verdade, Ronnie! Só não sou o médico do papai. — Ele perdeu a cabeça.
— O que é, Georgie? — O homem perguntou ao filho, preocupado. — Lena?
— Vamos apenas... Vamos apenas esperar pelo Dr. Webber. — George sugeriu.
— Dr. Webber só vem mais tarde, acho que ele está esperando que você diga a ele. — Helena sussurrou no ouvido de George.
— O que há com o sussurro? — O homem perguntou.
— Georgie, você quer que eu... — Ela sussurrou para ele novamente, vendo-o balançar a cabeça negativamente. — Sinto muito, Harold. —
— Os resultados da biópsia foram anormais. — O menino lhe disse.
— Bem, anormal é ruim? Ou apenas... Diferente? — O pai de George perguntou, esperançoso.
Enquanto George lutava para encontrar as palavras, seus olhos se encheram de lágrimas, ele olhou para Lena, como se pedisse ajuda. Quando ela acenou para seu amigo, ela deu um passo à frente.
— Sr. O'Malley... Hum, Harold. Sinto muito, mas você tem câncer em seu esôfago que se espalhou para o seu estômago. Nós... — Ela limpou a voz. — Nós precisaremos operar para removê-lo e você precisará passar por quimioterapia e radiação. Mais uma vez, eu sinto muito. — Ela informou à família, que descobriu as más notícias.
★
Quando George, Helena e Izzie se sentaram na escada, Meredith se juntou a eles.
— Eles vão tentar operar em breve, esta semana eu acho. É câncer metastático estágio três. — O menino disse a elas. — E meus irmãos? E, huh, Callie dormiu com Sloan. Eu só... Eu simplesmente não consigo... Eu não consigo lidar com nada disso. Passei o dia inteiro me preocupando com Burke, que havia algo de errado com Burke... Não há nada de errado com Burke! Meu pai tem câncer e eu não consigo nem olhar na cara dele. — Ele se virou para Helena. — Você tinha que ser a única a dizer a ele o que estava errado.
Helena colocou um braço em volta do menino enquanto Izzie falava. — Ninguém acerta com a própria família.
— Eu certamente não. — Meredith concordou.
— Eu não entendo vocês. — O menino virou-se para as meninas.
— Nós com os peitos? — Helena perguntou, sorrindo.
— Tomamos muitas decisões ruins. — Meredith revelou.
— E ter um monte de sentimentos inapropriados, estranhos e injustificados. — Helena suspirou, todos olhando para ela. — O quê? Eu não estou dizendo eu, apenas... Pessoas em geral! — Ela corou, ainda lutando com o que sentia por Sloan. Mal sabia ela, os sentimentos do atendente eram ainda mais fortes.
★
Uma enfermeira fez um ultrassom do coração do Sr. O'Malley, Helena preencheu seu prontuário.
— Eu pensei que o câncer estava no meu intestino? O que estamos procurando no meu coração? — O homem perguntou suavemente e docemente.
— Seu eletrocardiograma, um dos testes que fizemos, mostrou algumas anormalidades. Estamos apenas tentando ter certeza de que seu coração está saudável o suficiente para você passar pela cirurgia. — Ela sorriu para ele suavemente.
O homem pareceu examiná-la com os olhos, antes de apontar. — Você é uma garota esperta, Lena. —
— Sim, obrigada.
— George me disse que você era a melhor estagiária que poderia ter no meu caso.
— Ele fez? — Ela sorriu.
— Ele disse que você era a melhor interna do hospital, disse que não só porque você é inteligente, mas porque você cuida de todos. Disse que você cuida dele. — Ela sorriu para o homem enquanto continuava a preencher o prontuário.
— Dra. Campos? — A enfermeira chamou. — Você deveria dar uma olhada nisso. — Quando a garotinha se aproximou do monitor, ela tentou ao máximo manter o rosto treinado.
— Ok. Eu vou chama o Dr. Webber para você. — Ela sorriu para o homem, tentando tranquilizá-lo, enquanto chamava George.
Assim que o menino chegou, Burke e Webber já estavam no quarto do pai.
— O que Burke está fazendo aí? — Ele perguntou, preocupado.
— Georgie, fiz um eco pré-operatório e descobri que sua válvula aórtica está vazando... Precisamos substituir a válvula para que ele possa passar pela cirurgia de câncer. — Ela disse ao menino, colocando uma mão reconfortante em seu ombro, uma vez que notou seu olhar ligeiramente em pânico. — Georgie, é apenas uma substituição de válvula, quero dizer... Deve ficar tudo bem.
— Burke vai fazer isso. — Disse George. — É Preston Burke, se alguém vai cortar o coração do meu pai, eu quero que seja ele... — O rosto de Helena caiu, o que o menino notou. — O que?
— Eu só... Georgie, vou te dar um conselho e preciso que você aceite sem fazer perguntas, porque a verdade é que não tenho certezas absolutas. Escolha outro cirurgião. Não escolha o Burke, apenas... Escolha outro cirurgião. — Ela engoliu em seco ao sair, não querendo ter que mentir para um amigo tão próximo.
★
Enquanto Bailey, Helena, Addison e Callie estavam sentadas na galeria, assistindo a cirurgia de Derek, Bailey falou. — Você já pensou em ter filhos?
— Derek e eu conversamos sobre isso, mas eu não estava pronto. — Addison admitiu.
— Eu realmente quero ter filhos algum dia. Sempre quis, sempre quis ser mãe. — Helena suspirou.
— Eu amo crianças. Eu teria uma dúzia. — Callie disse a elas.
— Acredite em mim, um é suficiente. A menos que você esteja planejando guardar seu bisturi. — Sugeriu Bailey.
— É por isso que Deus inventou as babás. — Callie disse, fazendo Helena rir.
— Eu gostaria que fosse assim tão fácil. — A residente da garota disse a elas.
Addison brincou sem pensar com seus anéis de casamento, logo se manifestando. — O que eu faço com isso? Penhorá-los? Guardá-los? —
— Minha mãe diz que alianças de casamento de divórcio são ruins. — Callie disse a ela.
— Sua mãe diz juju? — A ruiva perguntou.
— Ela diz.
— Como é que todo mundo diz juju? Eu literalmente aprendi que era uma palavra no ano passado, ainda me recuso a acreditar que é real. — A estagiária deu de ombros e Callie sorriu para ela.
— Então, o que sua mãe faria?
— Queime-os.
— Você quer eles? — A ruiva ofereceu ao ortopedista.
— Oh, eu quero alguns anéis, mas não anéis juju ruins. De qualquer forma, minha mãe é meio louca. — Callie riu.
— Ei, não fale mal da sua mãe. — Bailey interveio. — Ontem, saí cedo para o trabalho e a comida favorita de Tuck era xixi coado. Gosma verde desagradável, mas ele adora tempestade, eu fiz para o café da manhã. Cheguei em casa depois de um turno de 15 horas e ele não gosta mais, ele só gosta de cenouras.
— A vida passa tão rápido. — Sussurrou Addison. — Todo mundo segue em frente.
— Eu digo enterrá-los. Para refletir a morte simbólica do casamento. — Helena sugeriu, fazendo com que as outras três mulheres olhassem para ela. — O quê? Então eu gosto de poesia, sou um gênio, posso ser multifacetado. — Ela riu quando Addison sorriu para ela.
De repente, Callie se levantou, fazendo a ruiva perguntar. — Onde você está indo?
— Eu não estou pronta para seguir em frente.
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