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˖࣪ ❛ SEGUNDA TEMPORADA
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APÓS AS RONDAS, os internos se juntaram a Dra. Bailey e seu novo colega: o bebê Tucker. Ao ver o bebê, os olhos de Helena brilharam.
— Bom dia, Dra. Bailey. — Ela cumprimentou a residente, antes de se virar para o bebê. — Oi, garotinho. Como estamos? — Depois que Bailey deu à luz, Helena passou algum tempo com seu bebê, para que a mulher pudesse descansar, já que o marido estava se recuperando de uma cirurgia. — Ele fica mais bonito a cada dia. — Ela elogiou.
— Obrigada, Lena. — A mulher sorriu para ela. — As salas de cirurgia estão funcionando?
— Totalmente funcional, exceto que há alguns danos causados pela fumaça nos corredores. — Cristina respondeu.
— E vocês dois? — Ela olhou para os internos envolvidos no acidente. — Vocês estão totalmente funcional?
— Estou bem. — Meredith respondeu.
— Eu estou bem também. O tempo do bebê com uma pequena dobra aqui está curando. — Helena brincou. — Como está seu marido?
— Vamos levá-lo para casa amanhã. — A residente falou e o bebê começou a balbuciar. Com isso, os estagiários olharam para ele com admiração. — Ok, isso não é uma festa do chá. Vá, trabalhe, salve algumas vidas.
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Agora no quarto de um novo paciente, Helena se apresentou. Ela foi a única a admitir o menino durante a noite, familiarizando-se com ele e seu caso.
— Jake Burton, 15, tem displasia craniodiafsária avançada, foi internado ontem à noite depois de reclamar de dores de cabeça e, pelo que me disseram, ele não costuma reclamar. — A menina sorriu para o menino.
— Ele está tendo algumas náuseas também. — Seu pai acrescentou.
— Eu posso, por favor? — Dr. Shepherd perguntou, indo examinar o menino. — Jake, posso fazer você se sentar? E eu quero que você olhe bem aqui para mim. — O atendente apontou com o dedo.
Helena percebeu os olhares óbvios de curiosidade dos outros estagiários, tendo simpatizado particularmente com o menino e seu espírito alegre.
— Sabe, se você fingir que eu sou um leão, isso ajuda. — O menino brincou enquanto Derek examinava seus olhos.
— Desculpe? — Perguntou Cristina.
— Se você fingir que eu sou um leão, em vez de um garoto realmente confuso, você terá um animal de circo falante. — Ele disse com uma voz atrevida, claramente provocando Cristina. — É muito mais fácil de olhar. — Helena sorriu para ele, abafando uma risadinha enquanto balançava a cabeça em diversão.
— Dra. Campos, qual é a nossa preocupação imediata? — O atendente perguntou.
— Que os tumores ósseos podem estar crescendo para dentro e, portanto, invadindo seu cérebro. — Ela respondeu rapidamente, tendo estudado bem o caso.
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Enquanto Helena subia no elevador, um homem de jaqueta de couro se juntou a ela. Ele tinha olhos azuis brilhantes e cabelos castanhos claros, com uma linha de mandíbula bem definida e uma barba curta bem cuidada. Ele a olhou de cima a baixo com apreço, um fato que ela não percebeu, enquanto se concentrava no que estava lendo.
— Bom dia, querida. — O homem a cumprimentou, fazendo-a erguer os olhos de seu artigo sobre displasia craniodiafsária, a doença de Jake.
— Manhã. — Ela respondeu com um sorriso, antes de voltar à sua leitura.
Quando ela sentiu o homem se aproximando dela e espiando por cima do ombro, ela olhou para trás com um olhar interrogativo, mas divertido.
— Displasia craniodiafsária? Acho que você também é cirurgião? Mark Sloan. — O homem se apresentou com um olhar um tanto predatório, seus olhos dançando por todo o corpo dela.
— Sim, bem, estagiária cirúrgica. Helena Campos. — A garota estendeu a mão, na esperança de que o tratamento profissional o desencorajasse do flerte.
O homem aceitou e continuou com a conversa fiada. — Tem um paciente com isso ou lendo por interesse, boneca?
— Rapaz de quinze anos. — Ela respondeu, seus olhos de volta no artigo. Ela não podia negar que o homem era atraente, mas ela amava George e, como tal, não tinha intenção de continuar a conversa de paquera.
No entanto, o homem não parecia deixá-lo ir. — Coitadinho. Esta cidade é realmente deprimente, só estou aqui há um dia e a chuva já me fez ficar na cama. — Ele brincou com um sorriso encantador.
— Você se acostuma com isso. — Helena ergueu os olhos do artigo assim que o elevador parou, saindo dele. Uma vez que ela viu o homem fazer o mesmo, ela comentou, uma sobrancelha levantada brincalhona. — Você está me seguindo?
— Talvez. Se você quiser, querida. — Ele flertou quando eles se aproximaram do posto de enfermagem.
— Eu deveria estar preocupado? — Ela não pôde evitar rir. Ao ver sua colega de quarto, a garota soltou. — Ei, Mer.
Quando o homem estava prestes a falar, um punho surgiu do nada, pousando em seu rosto. A garotinha gritou levemente, pulando para trás. Uma vez que ela se recuperou do choque, ela percebeu que a mão era de Derek, que agora a sacudiu com um olhar levemente magoado. Entrando em ação, ela se ajoelhou ao lado do homem, verificando seus ferimentos.
— Que raio foi aquilo? — Meredith perguntou, chocada.
— Aquele era Mark. — Derek respondeu, ainda deixando a garotinha alheia.
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Enquanto Helena colocava um pouco de anestesia na ferida do homem, preparando-se para suturar, Mark não parava de olhar para ela.
Ela olhou para ele, tentando esconder o sorriso. — O que?
— Apenas observando. — Ele sorriu, deixando seus olhos vagarem pelo corpo dela.
— Você disse que era um cirurgião? — Ela tentou mudar de assunto.
— Sim, plásticas. — Ele respondeu enquanto ela limpava sua ferida.
— Plast- Oh, Mark Sloan, é claro, o cirurgião plástico. — Ela percebeu o fato, balançando a cabeça ligeiramente. — Então você não é apenas o Mark Sloan que dormiu com a esposa do Dr. Shepherd, você também é o cirurgião plástico Mark Sloan. Uma pessoa interessante para conhecer em um elevador. — Ela brincou.
— Meu psiquiatra de 400 dólares diz que é porque por trás desse exterior robusto e confiante, sou autodestrutivo e me abomino em um grau quase patológico. — Ele sorriu para ela, provocando.
— E eu estou supondo que essa é a desculpa para destruir o casamento, Dr. Sloan? — Ela fez conversa fiada enquanto desinfetava a ferida.
— Dr. Sloan... — O homem balançou a cabeça levemente, fazendo Lena ter que agarrar seu rosto para mantê-lo quieto. — Agora, isso é apenas frio, Lee. —
— Helena. Mas especialmente para você, Dra. Campos. — Ela ergueu a sobrancelha para ele, fazendo o homem rir. Quando ela agarrou as suturas e se moveu para trabalhar em seu rosto, o homem a parou.
— O que você acha que está fazendo, Lee?
— Eu ia suturar sua ferida, mas, deixe-me adivinhar, o deus da plástica não quer um interno tocando seu rosto. — Ela o provocou novamente, fazendo o homem sorrir.
— Deus das plásticas? Suas palavras boneca, não minhas. — Ele sorriu enquanto pegava um espelho e entregava a ela. — Aqui.
Do lado de fora da sala, os internos observavam a briga.
— Por que ele está suturando o próprio rosto? — George perguntou, desconfortável com os olhares do homem para sua namorada.
— Para me excitar. — Cristina respondeu, as três estagiárias se derretendo no homem.
— Porque ele é Mark Sloan. — Alex zombou. — Ele é um cirurgião plástico na Costa Leste.
— Esse é o cara com quem Addison estava dormindo? — George suspirou, de costas para a janela.
— Você não pode realmente culpá-la, pode. — Izzie disse brincando, como Meredith concordou.
— Não, na verdade não.
— Sim, você pode! — O namorado de Helena cuspiu.
— O Dr. Sloan parece querer um raio-x para verificar se há fraturas. Alguém quer levá-lo? — Helena se juntou ao grupo.
— Por que? — George perguntou, ciumento.
— Eu estou trabalhando nisso! — Alex aproveitou a oportunidade.
— Por que você não quer levá-lo? — O menino repetiu.
— Ele é... — Ela olhou para ele com um olhar de desculpas. — Estranhamente sedutor.
— Estranhamente sedutor. — George murmurou baixinho, Helena se aproximando dele e plantando um beijo em seus lábios.
— Não fique com ciúmes, Georgie. Eu fui até um pouco má com ele em troca. — Ela o tranquilizou.
— Ciúmes? Eu estou... Eu não estou, eu não estou com ciúmes. — Ele zombou enquanto sua namorada acariciava sua cabeça.
— Bem, eu não me importaria de ter McSexy flertando comigo. — Meredith comentou.
— McSexy? — Cristina fez uma careta. — Não.
— McYum! — sugeriu Izzie.
— Não.
— Bem, para constar, não deveríamos dar a ele um apelido, mas eu iria com McSteamy. — Helena riu da aprovação das meninas, enquanto os olhos de George se arregalavam.
— Eu só estou... Engolindo um pouco... McVomit. — Ao comentário do menino, Helena soltou uma risada, ficando na ponta dos pés para beijar sua bochecha.
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Quando Helena levou Jake para sua ressonância magnética, ela avisou. — Então você sabe o que fazer, pode ficar um pouco apertado, mas tente não se mover.
— Sim, cerca de cinquenta ressonâncias magnéticas são suficientes para você se acostumar com eles. — Ele brincou. Quando a máquina começou a levá-lo, ele comentou. — Sabe, você tem olhos muito bonitos.
— Ah, obrigada. — Helena sorriu para ele.
— Só estou dizendo, há uma verdadeira sabedoria neles, como se sua alma fosse mais velha do que realmente é. Eu não seria capaz de dizer de outra forma, você é tão legal e carinhosa, mas seus olhos me dizem que você passou por muita coisa. — Ele elogiou.
— Você sabe o que dizem, os olhos são a janela da alma. — A estagiária sorriu para ele enquanto trabalhava.
— Eu sou muito grande em olhos. Eles são a única parte do meu rosto onde um tumor não está crescendo.
Com isso, o estagiário olhou de volta para o menino, pensando por um segundo. — Você tem olhos bonitos. — Helena comentou.
— Você entende que eu estou preso, certo? — Jake brincou enquanto o estagiário ria.
— E é por isso que você é atualmente meu paciente favorito.
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Quando Derek e Helena voltaram para a sala de cirurgia, encontraram Mark conversando com a mãe de Jake.
— Como isso é possível? — A mulher perguntou, a raiva crescendo nos olhos de Helena.
— É um trabalho de precisão. Não será fácil, mas-
— Dr. Sloan? Posso ajudá-lo com alguma coisa? — Derek interrompeu.
— Ele diz que pode consertar meu rosto! — Jake disse excitado. — Ele diz que pode me fazer parecer normal!
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Fora do escritório do chefe, Cristina, Alex e Helena observam os dois homens brigando.
— O que ele disse? Você ouviu isso? — O menino perguntou.
— Ele o chamou de prostituta de crack? — Cristina sugeriu, fazendo Helena rir. — Estou tentando ler seus lábios.
— Ah, Shepherd está gesticulando. — A garota baixinha apontou, George se aproximando deles e a cumprimentando com um beijo.
— O que você tem?
— Shepherd e Sloan estão lutando. — explicou Alex.
— Ah, não sei com quem concordo... Quer dizer, não quero que Jake corra riscos desnecessários, mas se isso pudesse melhorar a vida dele. — A morena enterrou a cabeça no ombro do namorado.
— O que você tem? — O garoto mais alto perguntou a George.
— Apenas uma mulher no pronto-socorro, tendo orgasmos espontâneos. — Ele disse, saindo correndo, Cristina e Alex logo atrás, enquanto Helena balançava a cabeça e ria baixinho.
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— É uma diretriz para o que a estrutura óssea deve ser. — Mark explicou enquanto marcava o rosto de Jake.
— Ouviu isso, Dra. Campos? Eu vou ter estrutura óssea, estrutura óssea de verdade! — Ele disse excitado, fazendo o estagiário rir.
— Jake? — Seus pais entraram na sala.
— O que você acha? Eu sou um Dali ou mais um Picasso? — Ele perguntou a seus pais, fazendo Mark sorrir.
— Você pode parar de fazer isso por um minuto, por favor? — O pai do menino perguntou, sentando-se ao lado dele. — Jake, me desculpe. Está cirurgia, a cirurgia no cérebro, é muito perigosa. — Ele explicou.
— Não, não diga isso. Você não pode mudar de ideia! — O menino implorou, Derek se aproximando dele.
— Sabe, eu sei que o Dr. Sloan fez grandes promessas para você. Mas os tumores ósseos dentro do seu crânio são ruins.
— Eu não me importo! — Jake levantou a voz.
Com isso, o coração de Helena pareceu ficar mais apertado. Doía pensar que um garoto tão inteligente, engraçado e alegre pudesse se odiar simplesmente pela aparência.
— O sangramento será difícil de controlar. Não estou tentando assustá-lo, só quero que você entenda. — O neurocirurgião explicou.
— Eu entendo. Eu entendo que isso não tem nada a ver com a cirurgia plástica. Então, se eu vou estar sob a faca de qualquer maneira-
— Desculpe interromper. — Mark entrou.
— Desculpe-me, Jake está realmente certo. Não há razão para colocá-lo em uma segunda cirurgia e uma segunda rodada de anestesia, é muito mais seguro fazer tudo de uma vez. — O cirurgião plástico explicou.
— Dra. Campos, o que você acha? — O menino perguntou a estagiária mais novo.
— Jake, eu sou apenas uma estagiária, eu não- — Ela explicou.
— Eu sei, mas quero ouvir o que você pensa. Confio em você, Dra. C.
— Eu... — Ela suspirou, olhando para Derek com um olhar de desculpas. — Eu acho que, se você planeja fazer a cirurgia, o que claramente significa um pouco mais de risco, você deve fazê-lo agora. É mais seguro do que em duas cirurgias separadas. — Ela compartilhou, sabendo que seu atendente ficaria bravo com ela. Com isso, Mark olhou para ela uma mistura de admiração e surpresa em seu rosto.
— Ver? — O paciente perguntou a sua mãe.
— Querido, nós só queremos nos concentrar em mantê-lo vivo. — Sua mãe explicou, com lágrimas nos olhos.
— Mamãe, eu quase morri quando eu tinha dez anos. Então, novamente quando eu tinha doze anos e novamente no ano passado. Mas... Mas eu ainda estou vivo. Eu ainda estou vivo, então eu digo que vamos em frente. Olhe, eu sei que você acha que eu sou perfeito do jeito que sou, mas esse é o seu trabalho. Mas por uma vez na minha vida eu gostaria de pensar que alguém pensou isso. Por favor... Por favor. — Ele implorou.
Quando os médicos saíram da sala, Derek virou-se para a pequena interna. — Dra. Campos, que diabos foi isso?
— Dr. Shepherd, me desculpe, eu- — Ela começou.
— Você está a meu serviço, não do Dr. Sloan. Isso significa que você defende minha cirurgia, não algum procedimento plástico superficial e desnecessário. — Ele gritou com ela, a garota corando e sentindo lágrimas aparecerem em seus olhos.
Ela sempre odiou ser gritada por superiores, principalmente homens. Isso trouxe à tona algum tipo de problema paterno não resolvido, já que ela sempre quis tanto deixar seu pai orgulhoso. No entanto, se havia algo pelo qual Helena Campos passava, era que ela defendia o que acreditava, não importava se isso a machucasse, não importava se sua voz tremia.
— Derek... — Mark tentou intervir, sentindo vontade de proteger a garota.
— Dr. Shepherd, respeitosamente, o paciente me pediu minha opinião honesta. Uma vez você me elogiou por defender o paciente, não importando as consequências pessoais. Foi o que eu fiz lá. Peço desculpas por não ter defendido sua cirurgia, peço desculpas por ter ido contra sua vontade. No entanto, não peço desculpas por defender meu paciente.
A garota disse, sentindo um ataque de ansiedade vindo de seu chefe que ela não ousaria receber. Derek pareceu ser pego de surpresa por suas palavras, fazendo-o reconsiderar seu comportamento em relação à garota. Mark olhou para ela com um novo respeito e interesse, sua atração pela garota só crescendo.
— Desculpe. — A estagiária disse ao sair, trancando-se em um armário de suprimentos para deixar suas lágrimas fluírem livremente.
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Durante a cirurgia, Helena auxiliou o Dr. Shepherd, permanecendo calada com medo da raiva do homem.
A sala de cirurgia estava quieta, até que não estava mais.
Quando o paciente começou a fazer flatlining, Derek ordenou: — Dê-me outra esponja. Pendure outra unidade de sangue.
— Isso é muito sangue. — Helena sussurrou para si mesma. Tudo aconteceu tão rápido, quase rápido demais para processar.
— Rápido, carregue para 200. — Alguém ordenou quando o pequeno interno começou as compressões no peito. O menino ficou chocado sem sucesso.
Jake estava bem, até que ele não estava.
Quando o menino parou, Derek virou-se para o estagiário, com compaixão em seus olhos. Ele não tinha que falar para a garota saber que ele lamentava o quão duro ele tinha sido com ela mais cedo. — Dra. Campos, chame. O menino gostou de você, é você quem deve ligar. — Ele pediu.
A sala estava silenciosa quando todos os olhos caíram sobre Helena. Ela olhou para o relógio na parede e limpou a garganta. Seus olhos se encheram de lágrimas ligeiramente, mas enquanto ela falava, sua voz era firme. — Hora da morte 18h37.
Jake estava vivo, até que ele não estava.
★
Enquanto a menina tentava se recompor após a cirurgia, ela pensou no menino. Ele estava disposto a morrer para se sentir normal, ele estava disposto a morrer para ter seu rosto consertado. De repente, ela teve uma ideia e foi procurar Mark.
Ela bateu na porta do vestiário do atendente quando pediu. — Dr. Sloan?
— Sim. — Ela ouviu uma resposta de voz e ela entrou na sala, para encontrar um Mark sem camisa.
Ela corou um pouco e olhou para o chão, conversando com o homem. — Dr. Sloan, eu estava pensando, existe alguma maneira de ainda consertar o rosto de Jake? Era realmente tudo o que ele queria, e eu posso tentar obter a permissão dos pais e tudo mais.
— Quer saber? Que diabos, vamos fazer isso, Lee. — Helena olhou para cima por um segundo para lhe dar um sorriso apreciativo. Quando ela estava se virando para sair, ele falou novamente, puxando uma camisa que eu tenho essa cabeça. — Sabe, eu admiro como você enfrentou o Dr. Shepherd hoje. — A garota se virou para olhar o homem nos olhos. — Você estava certo, você sabe, você só defendeu seu paciente. Eu sei que ele viu que isso só faz de você um bom médico também, não importa o quão chateado isso o tenha deixado.
A garota riu baixinho, tentando se livrar da clara tensão. — Isso é apenas outra maneira de tentar flertar comigo?
— Se você quiser que seja, querida. — Ele sorriu para ela, piscando.
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Quando estavam prestes a consertar o rosto do menino, Helena e Alex colocaram a máscara sobre seus rostos.
— Você não... Realmente precisa disso. — Explicou Mark.
— Claro... — Helena sussurrou quando começaram a trabalhar no menino. — Dr. Sloan?
— Sim, Lee? — O homem respondeu com seu apelido para a garota.
— Seus olhos não deveriam mudar. Ele gostava de seus olhos, dizia que eles podiam dizer muito sobre uma pessoa. Acho que os dele mostravam seu espírito alegre, apesar de todo o resto. — Ela perguntou, sua voz falhando ligeiramente.
— É claro. — Ele sorriu para a garota, apreciando o equilíbrio entre ternura e força na estagiária.
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Naquela noite, Helena ainda no hospital, George e Meredith estavam ambos em casa, bêbados.
— Você sabe, eu vi meu pai pela primeira vez em vinte anos hoje. — A loira disse, sua fala um pouco arrastada. — Ele acabou de sair e eu não... Eu não o vi por vinte anos.
— Você sabe... Você sabe que eu nunca te deixaria. — O menino disse se aproximando da menina. Os dois ficaram assim por um momento, olhando um para o outro enquanto seus rostos se aproximavam.
Em seu estado de embriaguez, nenhum deles parecia pensar em Helena, ou melhor, parecia pensar. Então, vendo uma garota tão bonita aparentemente interessada nele, George avançou e a beijou. A loira, igualmente bêbada, demorou um pouco para interromper o beijo, colocando a mão no peito do garoto.
— George! George... Lena. Você está... Você está com Lena. Você ama Lena. — Ela percebeu de repente, entrando em pânico ligeiramente.
— Oh Deus, Lena. Eu... Eu amo Lena. Oh, o que... O que eu fiz? — O menino bêbado lamentou suas ações imediatamente.
Depois de ficar um pouco sóbria com muita água, Meredith se virou para ele. — Você vai ter que dizer a ela, você sabe.
— Eu... Eu sei. Eu não sei como, mas eu vou. — Ambos concordaram, lamentando o ocorrido, e foram para seus quartos. Os olhos de George se encheram de lágrimas ao pensar no erro que acabara de cometer, o erro que acabaria por lhe custar Helena.
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