012
˖࣪ ❛ SEGUNDA TEMPORADA
— 12 —
ENQUANTO CRISTINA E Helena corriam pelo parque, forçadas a fazê-lo por Meredith, a primeira mulher parou para recuperar o fôlego. — Oh, você é estúpido, oh deus. — Quando eles retomaram a corrida, ela continuou. — Você é um sádico estúpido e malvado e eu quero te matar.
— Eu ajudo. Ei, vá mais devagar, eu tenho pernas curtas! — A menina menor conseguiu sair por meio de sua respiração pesada, enquanto tentava alcançá-la.
— As endorfinas são boas. As endorfinas são elevadores de humor. Isso deveria nos fazer sentir melhor. — A loira explicou.
— Oh Deus, você se sente melhor? — Cristina gemeu quando eles pararam.
— Eu não. — Helena apontou enquanto alcançava seus amigos, curvando-se um pouco para recuperar o fôlego. — Há uma razão pela qual eu não corro.
— Eu sou estúpido. — Meredith admitiu.
— Amante vagabunda. — A mulher asiática insultou, Lena olhando para ela.
— Prostituta grávida. — A loira voltou.
— Apenas vocês dois esperem até que eu não esteja muito cansado para bater em vocês. — Ela ameaçou, ainda curvada, com as mãos nos joelhos.
— Dormir com nossos chefes foi uma péssima ideia.
— Sabe o que está arruinado para mim? Balsas. Eu adorava balsas e Derek tem uma queda por balsas. Agora tudo o que vejo é uma maldita balsa. — A loira desabafou, a garota baixinha deitada na grama.
— Você sabe o que está arruinado para mim? Enxertos de artéria coronária bispass. E aneurismas de aorta. Deus, eu adorava aneurismas de aorta. — Ambos seus amigos caíram ao lado dela, olhando para o céu.
— Sim, isso é pior. — Lena compartilhou.
— Você já chorou? — Meredith questionou enquanto a baixinha decidia se deveria contar a eles sobre seu novo relacionamento.
— Você acha que nos sentiríamos melhor se chorássemos? Tipo, deixe sair? — Cristina se perguntou.
— Você faria. Ajuda... — A garotinha compartilhou seu conselho. De repente, ela bateu nos dois amigos de uma vez e eles protestaram. — O quê? Eu avisei que ia bater em vocês.
— Deus, Baby Einstein, essa doeu.
— Você mereceu. — Eles caíram em um silêncio confortável, até que ela deixou escapar. — Eu tenho saído com o George.
— Você o que? — Meredith quase gritou.
— Eu tenho visto George. Por algumas semanas agora. — Ela olhou do céu para seus amigos, para ver suas reações.
— Deus, você poderia ter esperado mais algum tempo, Lena. — A loira soltou, fazendo a garota franzir as sobrancelhas em confusão.
— Ha! Você me deve vinte, pague. — Cristina riu em vitória.
— Ela... O quê? Por que Mer lhe deve dinheiro? — A garota balançou a cabeça em confusão.
— Apostamos que vocês dois iriam ficar juntos esta semana, Mer achou que levaria mais tempo, Baby Einstein. Agora eu tenho algum dinheiro grátis. — A mulher asiática explicou com um sorriso.
— Você não fez! — A mulher bateu nos dois amigos alternando entre os dois. — Cristina Yang! — Ela atingiu a garota à sua esquerda e virou para a direita. — Meredith Grey! — Ela deu um tapa na loira. Agora batendo nos dois ao mesmo tempo para acentuar suas palavras, ela continuou. — Nós não... — Ela deu um tapa neles. — Apostamos... — Mais uma vez. — Na vida amorosa... — Outro tapa, enquanto a mulher tentava se levantar. — Dos amigos! — Ela deu outro tapa antes que eles começassem a fugir dela.
— Ok, eu não estou mais cansado. — Cristina correu junto com Meredith, deixando a garotinha para trás.
★
Agora no vestiário do hospital, Helena conta ao novo namorado o que aconteceu.
— Eles apostaram em nós, Georgie! Tipo, na verdade dinheiro, em quanto tempo levaríamos para começar a nos ver! — A frustração fez a voz da garota ficar mais alta, enquanto ela desabafava.
— Eles... O quê? Dinheiro? Por nossa conta? — O menino deixou escapar, confuso, enquanto sua mão segurava a de Lena.
A garota fez um barulho afirmativo, sua atenção logo sendo atraída para o som de Izzie rindo ao lado de Alex. — O que ela esta fazendo? — Cristina perguntou, certo desgosto em sua voz.
— Ela está... Saindo com Alex. — O estagiário apontou o óbvio.
— Por que? — A mulher asiática questionou.
— Eu não sei. — George disse.
— Talvez eles sejam amigos? — A garota mais baixa sugeriu.
— Faça os cordeiros pararem de gritar. — O palco do menino sussurrou enquanto Meredith amarrava os sapatos, fazendo sua namorada rir.
Enquanto eles saíam e caminhavam pelo corredor, Bailey e Alex na frente deles, Izzie explicou. — Vocês estão errados sobre ele, tudo bem. Uma vez que você o conhece, ele é muito doce.
— Ele é Alex. — George brincou, sua mão na parte inferior das costas de Lena.
— Olha, ele foi doce comigo uma vez e um idiota no dia seguinte. — A portuguesa partilhou, encolhendo os ombros. — Se ele está realmente disposto a ser decente, então tudo bem, se ele quer apenas mudar assim, eu não vou tolerar isso.
— Ei, Grey. Izzie estava me contando sobre a fita de sua mãe fazendo uma cirurgia. — Disse o menino, virou-se e falou alto. — Eu mataria para ver o Ellis Gray em ação.
— Ei, você sabe, talvez você possa vir hoje à noite e todos nós podemos assistir juntos. — A loira mais alto sugeriu. — Certo?
— Ah, sim, se isso fosse o inferno. — Meredith respondeu, sarcasticamente.
— Você tem uma queda por Alex? — Helena questionou a loira.
— Não! — Ela exclamou. Com as reações de seus amigos, nenhum deles acreditando nela, ela repetiu. — Eu não!
— Você tem uma queda por Alex. — A garotinha repetiu, desta vez como uma afirmação.
— Estamos salvando vidas ou fazendo uma festa do chá? Andem mais rápido, pessoal. — Seu residente repreendeu.
★
— Eu sei, eu só acho que você ainda deveria contar a ele sobre o bebê. — Meredith contou a Cristina, enquanto eles e Helena seguiam a Dra. Bailey. — Ele teria pelo menos a responsabilidade de ter que pagar.
— Não! Quer saber, ele nunca vai saber. Acabou. —
— Na verdade, eu não discordo de Cristina, Mer. Quero dizer, se ela está interrompendo a gravidez, de que adiantaria? — A baixinha compartilhou.
— Exatamente, Baby Einstein. Depois que a gravidez for resolvida, Burke não será nem um pontinho no meu radar, ele será um borrão.
— Certo. — Meredith respondeu, ironicamente, enquanto Cristina a agarrava pelos ombros.
— Sabe, Meredith, deixe o sarcasmo para mim. Realmente, não combina com você.
As três meninas agora caminhavam para o quarto de sua paciente e Helena acrescentou. — Eu entendo, você sabe. Além disso, nós não sabemos onde ele está sobre o aborto. Poderia fazer mais mal do que bem dizer a ele.
— Obrigada, Baby Einstein. Eu agradeço.
Uma vez que eles entram na sala, Alex está apresentando. — Kelly Roche, 23 anos, para um ETS agendado para tratamento de eritrofobia e hiperpirexia.
— Aritrofobia? — Izzie questionou em um tom abafado.
— Rubor. — Cristina e Helena responderam em uníssono, a primeira buscando o significado em um livro e a segunda dizendo apenas de memória.
— Você tem alguma dúvida sobre o procedimento? — A residente deles perguntou a Kelly.
— Dra. — A garota parou, sua pele queimando. A baixinha se moveu para pegar um pano molhado para o paciente, para ajudar com o rubor, enquanto Kelly lhe lançava um olhar agradecido. — O Dr. Shepherd explicou tudo, fomos muito... Prestativos. — Helena colocou o pano do rosto da menina, na tentativa de deixá-la mais confortável, enquanto abanava o rosto. — Ele me deu alguns... Desculpe.
— Não fique, não há nada para se desculpar. — A portuguesa sorriu-lhe.
— Além disso, metade dos pacientes que vêm aqui tem tesão por Shepherd. — Alex brincou.
— Dr. Karev! — Bailey avisou, enquanto Helena continuava molhando o rosto do paciente.
— O quê? É verdade.
— Ok, Kelly, acho que terminamos por agora. Vejo você mais tarde. — A baixinha sorriu para o paciente quando eles saíram do quarto. Meredith e ela foram até a máquina de venda automática e ela comentou. — Estou com tanta fome.
Quando ela estava prestes a pegar um pouco de comida, o residente deles os chamou. — Ei, há um novo caso cirúrgico saindo do poço. Provavelmente diverticulite. Vamos.
— Tanta coisa pela minha comida. — A garota correu para o elevador, sua amiga loira ao lado dela.
— Tire suas mãos de mim! Eu poderia denunciá-lo ao chefe e você estaria fora de sua bunda! — Eles ouviram uma mulher gritando quando eles se aproximaram. — Vocês são todos amadores!
Helena congelou ao lado da amiga, reconhecendo a mulher à sua frente como a mãe da loira, ou pelo menos uma versão maluca da mulher.
— O paciente está reclamando de cólicas e diarréia. — Cristina leu o prontuário e Meredith agarrou o braço de sua amiguinha com força. — Também sofre de Alzheimer.
— Amadores! — A mulher gritou, sua voz embargada.
— Nome do paciente? — Na falta de uma resposta, Bailey insistiu. — Yang, nome do paciente.
A maca de Ellis Grey virou para Meredith e o aperto no braço de Helena só ficou mais forte. — O que diabos você está fazendo aqui? — A mulher mais velha cuspiu e Meredith se virou para sair, arrastando Lena com ela. — Quantas vezes eu já disse para você não me incomodar quando estou no trabalho! — Ambas as meninas agora se escondiam atrás de uma porta, a menor quase sentindo a mão de sua amiga cortando seu suprimento de sangue.
— Elis Grey. — Cristina respondeu.
— A mãe de Meredith. — George quase sussurrou.
— Vocês são amadores! Vocês são amadores! — Ela continuou gritando.
★
Agora no vestiário, Meredith não soltou o braço de sua amiga, enquanto seus amigos conversavam do lado de fora, a entrada barrada por Bailey.
— Dr. Karev, fique com o caso ETS. E, Alex, o impulso de corar dela não é um brinquedo para você brincar ou um botão para você apertar. Entendido? — Bailey instruiu seu estagiário.
— Ei, Meredith? Minha bisavó, ela morreu com Alzheimer. — Gritou Cristina. O aperto no braço de Helena não cedeu e ela sabia que ficaria com uma contusão, mas não ousaria negar esse conforto à amiga. Como a loira não havia falado uma palavra, ela também assumiu que encontrou conforto no silêncio, outra coisa que ela não iria negar.
— Izzie, os Dr. Shepherds precisam de um estagiário na UTIN. — A residente continuou.
— Espere, os dois? Juntos? E eu, sozinho, com as duas pessoas casadas que se odeiam.
— Vá. Cristina, você está na toracotomia.
— Com Burke? Oh, eu posso ter o odioso casal em vez disso. — Cristina reclamou.
— Ok, me desculpe, eu pensei que eu era seu residente, não sua anfitriã. Eu atribuo, você pega. Isso é um problema? — Bailey repreendeu. — Existe alguma razão pela qual é inconveniente para você passar o dia, na sala de cirurgia, aprendendo com o Dr. Burke?
— Não, estou muito feliz por trabalhar com o Dr. Burke, muito obrigada. — A estagiária disse tão rápido e ela saiu.
— George, cuide da Dra. Grey.
— Sim, obrigada. — O menino abraçou a residente, para sua surpresa. — Ela precisa de um amigo agora... — Enquanto ele tentava passar pela porta, a mulher o deteve. — Oh, você quer dizer, Ellis, a... Mãe.
Todos os internos se foram, Bailey fechou a porta atrás dela quando ela entrou na sala, a mão de Meredith ainda firme no braço de Helena. — Você pode trabalhar hoje?
— Sim, estou bem. — O estagiário mais alto tranquilizou.
— Porque eu entenderia se você quisesse estar com a sua-
— Não. Minha mãe e eu não temos o mais fácil... É melhor se eu estiver trabalhando.
— Ok, você está na merda. — A residente informou.
— Desculpe?
— Enquanto cuidamos de sua mãe, você pode colocar os gráficos em dia, levar amostras para o laboratório.
— Eu te disse, estou bem! — A loira protestou, exasperado.
— E eu aprecio que você esteja bem, mas eu tenho que apreciar um certo nível de... Distração para você hoje. Mesmo diante de toda essa delicadeza.
Quando Meredith tentou sair, ela arrastou a garotinha com ela mais uma vez, que gritou. — Mer? Você tem que me soltar primeiro.
— Oh, desculpe. — Ela afrouxou o aperto firme e saiu da sala, deixando Helena esfregar o braço com o nariz torcido de dor. — Ai.
— Ela tinha um aperto firme em você lá. — A residente brincou. — Helena, vá salvar Stevens, eu não sei se ela pode sobreviver aos Pastores. Além disso, Montgomery-Shepherd parece gostar de trabalhar com você.
— Claro, Dra. Bailey. Mas, por favor, você pode tentar ficar de olho nela? — A garota perguntou, preocupada.
— Eu vou. Você sabia?
— Eu fiz... Por um tempo agora, eu fiz. — A estagiária revelou, baixando os olhos para o chão.
— Você é um bom amigo, sabia disso, Campos? Eles têm sorte de ter você cuidando deles, acho que estariam ainda mais perdidos se não fosse você cuidando deles. — A residente elogiou.
— Obrigada, Dra. Bailey. — Ela sorriu e saiu do vestiário.
★
Enquanto Izzie e Helena observavam o bebê prematuro, os Shepherds conversavam.
— Onde está a mãe? — perguntou Derek.
— Desapareceu. Ela ficou por aqui tempo suficiente para deixar o garoto enforcado e depois foi embora. Legal, hein? — A estagiária baixa franziu os olhos em compaixão.
— Addison-
— Derek, eu sei que é um tiro no escuro, eu sei disso. — A ruiva explicou, os olhos de Helena ainda no bebê.
— Você me disse que tinha um recém-nascido com uma massa invasiva. Você não mencionou que ela era prematura, abaixo do peso e viciada em narcóticos. — O homem argumentou, entregando a Helena o prontuário, que ela examinou. — Não há como este bebê sobreviver a uma cirurgia na coluna
— Você não sabe disso.
— E se ela fizer isso? Ela está uma bagunça... Meningite, convulsões... Ela vai viver uma vida curta e dolorosa. — Derek avaliou.
— Você não sabe disso! — A mulher repetiu com mais assertividade.
— É meu trabalho saber disso.
— Você não é Deus, Derek. — Os olhos de Helena se arregalaram e ela compartilhou um olhar com Izzie.
— Desculpe?
— Desculpe, querido, mas você não é, você não pode decidir- — Ela foi imediatamente cortada do meu marido.
— Você acabou de me chamar de querido? Não me chame de querido.
— Tudo bem, você não é Deus, Dr. Shepherd. Se a paciente tem alguma chance de sobrevivência, o que eu acho que ela tem, então você tem a responsabilidade de-
— Não fale comigo sobre responsabilidade. — Ele disparou de volta.
— Você fez um juramento, Derek.
— Ah, e não ouse falar comigo sobre juramentos.
— Derek, eu errei. As pessoas erram.
— Você dormiu com meu melhor amigo nos meus lençóis favoritos.
— Os lençóis de flanela? Você odeia os lençóis de flanela. — O desconforto dos internos crescia a cada segundo.
— Eu amo os lençóis.
— Você gosta dos lençóis italianos!
— Podemos parar de falar sobre os lençóis?
— Tá bom!
— Hum, acho que vamos apenas verificar os laboratórios. — Helena interrompeu, ansiosa para sair da sala, a estagiária loira agradecendo com seu sorriso.
★
Quando Izzie e Helena voltaram para a sala, prontuário na mão, encontraram a Dra. Montgomery-Shepherd olhando para o bebê, enquanto seguravam seu dedo.
— Ela tem uma boa aderência. — Izzie comentou.
— Sim.
— Eu não... Os laboratórios não parecem bons. — Helena os entregou ao atendente.
— Ela tem uma cepa resistente de pneumococo. — Addison leu o gráfico.
— Os antibióticos não estão funcionando. — A garota baixinha apontou.
— Você pode querer ser transferido Dra. Campos e Dra. Stevens, eu não acho que estaremos operando hoje. — A atendente recomendou.
— Então você acha que o Dr. Shepherd estava certo? — A loira perguntou.
— Ela está muito longe. — A ruiva admitiu, os olhos de Helena se enchendo de compaixão. — Ela tem uma boa aderência.
— Dra. Shepherd? Se você não se importa, eu gostaria de acompanhar o caso até o fim. — A mais baixa perguntou e, diante do olhar questionador da mulher, ela explicou. — Eu não gosto de deixar as coisas pela metade. Além disso, essa pequena poderia precisar de alguém torcendo por ela, mesmo que apenas para fazer sua companhia enquanto ela vai.
A atendente sorriu para a garota, vendo um pouco de si mesma nela e reconhecendo seu potencial. — Claro, Campos. Você pode ficar.
Algum tempo depois, o bebê agora segurando o dedo da estagiária, Addison a observou. — Você sabe, Derek estava certo.
— Desculpe, e sobre? — A menina questionou.
— Você seria bom com crianças. Eu tenho observado você desde que cheguei para ter certeza, e é verdade. Você é o melhor da sua classe, então certamente não lhe falta habilidade cirúrgica, você é assertivo quando precisa ser, defende seus pacientes e parece se importar com cada um deles, sem deixar que isso o afete negativamente. — A garota sorriu e Addison a olhou com curiosidade. — Você consegue cuidar dos pacientes sem se apegar demais. muita prática para chegar lá. Esse equilíbrio natural que você parece ser capaz de manter o tornaria perfeito para isso. A mesma coisa para o neonatal.
A estagiária sentiu como se ela tivesse acabado de ser examinada e corou levemente. — Obrigada, Dra. Shepherd. Estou ciente de que se eu me apegar demais, isso pode atrapalhar meu julgamento, então eu tento o meu melhor para me lembrar que não podemos salvar todos. Nós apenas temos que tentar o nosso melhor e por mais que eu tenha a tendência de levar algumas perdas para o lado pessoal, gostaria de acreditar que posso me recuperar delas. — A menina olhou para o bebê na frente dela, seu coração pesado com a situação. — Se há algo que a vida me ensinou até agora, é que eu não sou facilmente quebrada.
Mais algum tempo se passou, até que a atendente voltou-se novamente para a portuguesa. — Você deveria fazer uma pausa, Helena. Vá comer alguma coisa, estique as pernas. Eu te ligo se precisar de alguma coisa.
— Ok, Dra. Shepherd, estarei de volta em breve. — Quando a estagiária deu um sorriso para a ruiva, ela saiu da sala.
Andando pelos corredores, tudo o que ela conseguia pensar era o quanto sua determinação de se especializar em pediatria se fortaleceu. Ela sempre se sentiu inclinada a isso, mas agora que ouviu dois atendentes que ela respeitava o conselho de segui-lo, ela sabia que era o caminho certo para ela. Seu interesse em neonatologia só parecia crescer também, caindo rapidamente para a especialidade. No entanto, seus pensamentos foram interrompidos pelo som da voz levemente em pânico de Bailey. Ao ver Cristina sendo retirada da sala de cirurgia em uma cama, ela correu até eles.
— Cristina? O que aconteceu? — Ela soltou, preocupação em sua voz.
— Seu pulso está acelerado, eu preciso dela em um monitor para obter um BP. — Bailey falou. — Eu quero que ela comece com um litro de LR. Izzie, corra para a emergência, avise-os que estamos a caminho
— Dra. Bailey! — Helena chamou e se juntou à residente, sussurrando para ela. — Ela está grávida. Cristina está grávida de sete semanas.
Quando Izzie e Bailey entraram no elevador, Bailey mudou seu plano de jogo. — Ok, não, vamos nos preparar em vez disso. Helena, encontre Addison Shepherd e seja discreta.
Enquanto a garota corria pelos corredores, ela encontrou Addison descendo as escadas com o chefe e George. — Dra. Shepherd, me desculpe, precisamos de você. É Cristina, Cristina Yang, ela desmaiou.
— Cristina desmaiou? — George perguntou, preocupado.
— Por que você precisa de mim? — Addison respondeu, claramente intrigado. Pela expressão da garota, ela entendeu. — Oh.
— Cristina está grávida? — O estagiário masculino exclamou, em voz alta.
— Georgie! Fique quieto, ok? Por favor, venha, Dra. Shepherd. — Ela saiu rapidamente, correndo para acompanhar o ritmo acelerado do atendente, pois suas pernas curtas não permitiam que ela andasse mais rápido.
★
Enquanto eles levavam Cristina para a sala de cirurgia, Bailey falou. — Ok, agora você pode sair, Helena.
— Dra. Bailey, por favor, posso ficar? Só para fazer companhia a ela? — Ao ver a boca do residente aberta, ela continuou. — Olha, eu sei que ela está inconsciente, mas eu só preciso estar aqui para ela, ok? Eu não posso deixá-la sozinha. Ela precisa de alguém para cuidar dela e você mesmo disse isso antes, eu cuido de todos eles. Então, por favor, deixe-me fazer isso agora. — A garota implorou, seus olhos de cachorrinho vindo para brincar.
— Deixe-a ficar, Miranda, não vai interferir. — Addison a apoiou, gostando da garota.
— Ok, tudo bem, você pode ficar. — A residente desistiu.
Mais tarde na cirurgia, Helena ainda ao lado de sua amiga, Izzie fala. — Ela vai ficar bem, certo?
— Como ela estava ligada a esta gravidez? — A atendente questionou.
— Eu não sei, ela é uma pessoa bastante reservada. — A loira respondeu, não estando particularmente perto da mulher na mesa de operação.
— Ela não estava. Ligada, quero dizer. Ela estava interrompendo a gravidez. — A morena informou, seus olhos nunca deixando o rosto de sua amiga.
— Ok... Ela perdeu muito sangue, mas eu vou salvá-la. Dra. Bailey, você deve fazer uma ou duas cirurgias hoje?
Bailey, que segurava a cabeça da garota, respondeu. — Estou bem aqui.
— Parece que eu não sou a única mãe deles. — Helena sorriu para sua residente, apreciando sua preocupação.
★
Nem Bailey nem Helena saíram do lado de Cristina durante sua recuperação. A estagiária a segurou o tempo todo, acariciando seu cabelo levemente com frequência. O residente olhou para eles como um falcão, recusando-se a deixar que qualquer mal no mundo acontecesse com a garota.
Assim que Cristina acordou, ela olhou para a amiga, a sensação das pontas dos dedos correndo pelo cabelo a acalmando. — Olá. — Ela sussurrou. — Você voltou.
— O que aconteceu? — A garota perguntou, sua voz rouca.
— Você teve uma gravidez uterina extra. — A residente explicou e os olhos de Cristina se ergueram do rosto da amiga pela primeira vez. — Sua trompa falópica esquerda estourou. Dra. Shepherd... Ela fez tudo o que podia, mas houve muitos danos. Ela não conseguiu salvar a trompa.
A estagiária ferida se aconchegou levemente contra sua amiga, encontrando conforto em seu abraço. — Bebê Einstein?
— Sim. Estou bem aqui, o que você precisa? — A garota sussurrou.
— Você pode me abraçar, só até eu adormecer? — Ela perguntou, sua voz quebrada.
— É claro. — Os dedos da garota ainda corriam por seus cabelos. — Eu estou bem aqui, não vou a lugar nenhum. Eu tenho você. Você pode relaxar, eu tenho você. — Ela sussurrou no ouvido de sua amiga enquanto ela adormecia. Bailey observou as duas garotas como uma mãe orgulhosa, agradecendo a ajuda de Helena para cuidar do grupo.
★
Quando Helena se aproximou do grupo, depois de Cristina ter adormecido, encontrou Izzie fazendo o mesmo.
— Ei, você conseguiu os resultados da biópsia da sua mãe de volta? — A loira questionou.
— Ainda não. — George informou quando Helena se sentou ao lado dele e eles trocaram um beijo rápido.
— Espere, o que eu perdi? — Izzie questionou, claramente um pouco chocada com a cena.
— Estamos nos vendo há algumas semanas. — Helena explicou enquanto George sorria para ela e agarrava sua cintura.
— Como está Cristina? — Meredith perguntou a ela.
— Ela vai sentir muita dor por alguns dias, mas ela vai ficar bem. — A morena explicou.
— Estou feliz que você estava lá, Izzie. Lena chegou mais tarde, então poderia ter sido muito pior. — Meredith explicou.
— Você está? — A ex-modelo questionou.
— Sim eu estou.
— É só que... É só que muitas vezes parece que você, Cristina e Lena estão meio lá e eu estou... Aqui. — A menina disse, uma certa tristeza em seus olhos.
Com isso, Lena deu-lhe uma cotovelada brincalhona. — Você é bem-vindo para se juntar a nós — lá — às vezes, se quiser.
— Então, sobre Alex. — Meredith continuou.
— Eu sei, vocês odeiam ele, tudo bem.
George gemeu com isso e Helena falou, quase ofendida. — Eu não o odeio! Quero dizer, ele não é minha pessoa favorita em todo o mundo, mas se ele quer começar a ser legal, eu estou aqui para isso.
— Bem, mas você não odeia ninguém, Lena. — O menino discutiu e a portuguesa deu de ombros.
— Nós fazemos, mas eu só quero dizer que eu acredito em você. — Meredith interveio. — Ele é diferente quando você o conhece.
Com isso, um técnico de laboratório se aproximou deles, entregando a Meredith os laboratórios de sua mãe. — Aqui está. Ellis Grey.
A garota leu e entregou a George. — Deixe-a saber.
Enquanto ela se afastava, Izzie perguntou, preocupada. — Meredith, você está bem?
— Ela não está. — A garotinha sussurrou.
— Não, eu não estou bem. — A loira mais baixa concordou.
A massa da mulher era benigna.
★
Enquanto Helena caminhava pelo quarto de Ellis, viu George deitado na cama com ela, a mulher aninhada nele enquanto dormia. Seus olhos se arregalaram em choque e seu namorado se levantou da cama, vendo-a pela janela.
— Eu deveria estar com ciúmes? — A garota baixinha deu uma risadinha enquanto dava um beijo na boca dele.
— Ela acha que eu sou o marido dela. — Eles começaram a andar pelo corredor, as mãos entrelaçadas.
— Meu namorado parece o pai do meu amigo... Um pouco perturbador. — Ambos riram do fato. — Estou supondo que Tatcher Gray deve ter sido um homem bonito. — Ela ficou na ponta dos pés e bagunçou o cabelo do menino.
— Como você está indo, Lena?
— Hum... Eu não sei, sério. — Eles se sentaram juntos em uma cama de hospital próxima, o homem segurando sua namorada pela cintura. — Foi um dia difícil. Quero dizer, eu sei que Cristina está bem, mas... — Sua voz começou a falhar. — Mas ela pode não ter sido. Você sabe que eu amo cuidar de todos vocês. Eu não faria isso de outra maneira, mas pode ser cansativo, ter certeza de que todos estão bem. — A garota deixou uma lágrima cair, George a enxugando com o polegar. — Foi um dia terrível para Meredith e Cristina, e eu sou a pessoa deles, e às vezes sinto que tenho que manter tudo junto para todos... — A cabeça da garota caiu contra o ombro do garoto, enquanto ela deixava outra lágrima cair. Helena se recompôs e terminou. — Eu amo cuidar deles, eu realmente amo, mas às vezes pode ser um pouco esmagador.
Com isso, George deu um beijo em sua testa, seu braço em volta dos ombros dela enquanto seu rosto estava pressionado contra seu peito. — Claro, Lena. Eu sempre vou cuidar de você, não importa o que aconteça.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro