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˖࣪ ❛ SEGUNDA TEMPORADA
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QUANDO CRISTINA, GEORGE e Helena entram no Joe's, depois que George deu um soco em Alex, o bar aplaudiu. — Todos saúdam o campeão! — exclamou Jo. — Então meu cara Alex finalmente conseguiu o que estava vindo para ele, hein?
— George o derrubou com um soco, deveria ter visto. — Cristina se gabou, enquanto Lena ria e se jogava ao lado de Meredith.
— Eu não quero falar sobre isso! — O menino disse.
— Brag, campeão. Você mereceu. — Joe encorajou.
— Posso ter um urso, por favor? — George ordenou.
— Gin tônica para mim, por favor. — Lena fez o mesmo.
— Vamos jogar um jogo de quem é a vida mais chata. — Meredith sugere. — Eu vou ganhar, eu sempre ganho.
— Eu sou muito bom, na verdade. Só estou aqui para dar apoio moral. — Lena afirmou com um sorriso.
— Bem, você não quer brincar comigo. — A garotinha olhou para Cristina, sabendo o que estava escondendo, enquanto tomava um gole de sua bebida.
— Oh, eu sei. Eu vou até primeiro. — Meredith ousou. — Derek é casado. — Com isso, George cospe sua bebida.
— George, a cerveja está escorrendo pelas suas narinas. — Cristina apontou, desgosto em seu rosto que espelhava a expressão de Lena, e o menino se levantou.
— Casado? Com quem? — A morena gritou.
— Uma mulher chamada Addison, de quando ele morava em Nova York. Disse que eu ganharia.
— Não, você não ganhou. — A mulher asiática brincou.
— Você me ouviu? Eu disse que Derek é casado. Tipo teimoso, adúltero, mentiroso, casado. — Lena continuou bebendo sua bebida, enquanto Meredith continuava. — Nada que você pode dizer pode superar isso.
— Devo eu? — A jovem perguntou e Cristina deu-lhe um aceno encorajador. — Ela esta grávida.
— Eu ganhei. — A mulher de cabelos cacheados disse. Nesse momento, eles ouviram Joe cair no chão atrás deles e se levantaram para ajudar.
O homem se levantou, enquanto Lena protestava. — Joe, você tem que se deitar.
— Você chamou a patrulha de maca? — O barman reclamou, enquanto as três mulheres o ajudavam.
— Sente-se e relaxe, temos que levá-lo ao hospital para fazer alguns testes. — Meredith disse a ele.
— Não, eu não preciso de nenhum teste, estou bem.
— Joe! Você simplesmente desmaia no meio do chão. Vamos levá-lo para o hospital, eu não quero ouvir isso. — A baixinha o repreendeu.
— Este é o seu bar, você sabe como este andar é imundo. — Cristina apontou. — Pulso radial em forte.
— Pequena contusão no crânio. — Helena avaliou.
— Você está dormindo com alguém? — Meredith perguntou a Cristina, enquanto avaliavam o homem.
— Isso é um choque, mesmo George conseguiu alguma ação. — A mulher respondeu, a garota de olhos castanhos batendo na nuca.
— Correção, George pegou sífilis. — O homem reclamou.
— Como eu poderia não saber que você estava dormindo com alguém? — A loira disse.
— Em defesa de Cristina, eu percebi, ela não me contou.
— Claro que sim, você descobre tudo. Há uma razão para ela te chamar de Baby Einstein. — Meredith apontou e Lena deu de ombros.
— Esqueça isso, o hospital fica do outro lado da rua. Eu posso com certeza atravessar a rua sozinho. — O homem reclamou, levantando-se, e o grupo correu atrás dele.
★
— Tudo bem. Detalhes. Você está grávida? — Meredith perguntou, agora no hospital, para Cristina. — O que você vai fazer?
— Você sabe o que acontece com estagiárias grávidas. Não vou mudar para a vacina nem passar a vida estourando espinhas. Sou talentosa demais, cirurgia é minha vida. — A mulher argumentou.
— E, como tal, estamos apoiando Cristina no exercício de seu direito legal de escolha. — Lena informou a loira.
— O que levanta a questão: com quem você está dormindo? — Meredith insistiu.
— Apenas um cara.
— Isso é tudo que eu recebo? Eu vou ter que corromper Lena para me dizer? — A loira ameaçou, os olhos de Lena se arregalando.
— Nem uma palavra, bebê Einstein. — Cristina avisou.
— Meus lábios estão selados. Se há algo que aprendi este ano é que sou muito melhor em guardar segredos de outras pessoas que eu pensava. — Ela prometeu.
— Você não pode simplesmente trazer algo assim e esperar que eu esqueça! — Meredith implorou.
— Me veja. — A mulher asiática disse enquanto se afastava, as outras duas mulheres seguindo atrás dela quando chegaram ao posto de enfermagem.
— O que você está fazendo aqui, você não tem um encontro com McDreamy? — Izzie perguntou à outra loira.
— Mais como McMarried. — George ganhou uma cotovelada no braço de Helena.
— Eu vim para verificar Joe.
— Você acha que ele vai ficar bem? — O menino se perguntou.
— Você acha que ele vai precisar de uma operação? — A baixinha se juntou.
— Operação, sim. Ok, dificilmente posso dizer. — Derek se aproximou deles, Helena estreitando os olhos para o homem, com raiva. — Sua artéria já explodiu como um balão, um aneurisma do tamanho de uma bola de golfe.
— Não há como cortar algo assim. — George zombou.
— Não sem dedos mágicos. — Helena comentou.
— Ou operação parada. — Derek revelou, Cristina imediatamente se animando.
— Você está parado... — Ao olhar de julgamento do grupo, a mulher explicou com um encolher de ombros. — Ele está fazendo uma operação de paralisação!
— Vou tentar. Mas primeiro preciso de algum histórico adicional do paciente, laboratórios noturnos e uma angiografia cerebral. — Ele tentou entregar a pasta a Meredith, mas ela simplesmente o encarou.
— Eu estou bêbada. — Ela justificou e George estendeu a mão para ele.
Quando o homem saiu, um sussurro pode ser ouvido de Izzie. — McBastardo.
Cristina imediatamente pegou a pasta, Izzie e George olhando para ela duramente. — O que você está fazendo?
— Estou do lado dela. Mas estamos falando de uma possível paralisação aqui, reconheça.
— Além disso, Cristina está tendo um dia ruim também, deixe ela ter isso. — Lena defendeu sua amiga, quando ela saiu.
★
Na manhã seguinte, os estagiários estavam se preparando, Helena prendendo o cabelo em um coque, quando Bailey entrou na sala. — Ok, pessoal, tarefas. Yang, você está recebendo alta. O'Malley, repasse para o quarto E19. Grey e Campos, venham me ver. E quem estava de plantão ontem à noite? — Ela entregou a Izzie e Alex uma pilha de gráficos, parecendo descontentes. — Desleixado, desleixado, desleixado! Refaça isso e devolva para mim antes do almoço, entendido?
Quando o resto do grupo saiu da sala, a residente virou-se para Helena e Meredith. — Alguém é popular.
— Significado? — Meredith questionou.
— O que significa que houve um pedido especial só para você, Grey. Campos vai com você também, tenho que dar boas-vindas ao novo assistente. — Bailey disse, fazendo Helena sorrir e corar levemente, as três mulheres andando pelos corredores. Foi bom saber que seu trabalho duro foi apreciado.
Quando a Dra. Bailey começou a desacelerar, Meredith e Helena viram Burk, Derek e que Lena só podia supor que era a nova atendente de pé e conversando.
— Eu estava apenas verificando se o Dr. Burke garantiu o- — A mulher foi cortada por Meredith.
— Estagiário que você pediu. — A loira completou e a ruiva sorriu.
— E um dos melhores que temos também, para recebê-lo bem. — Bailey explicou a presença da outra garota.
Diante dos rostos aterrorizados do casal, a morena resolveu intervir, um pouco confusa com a tensão. — Dra. Helena Campos, prazer em conhecê-la.
A mulher mais velha sorriu e apertou a mão que a estagiária estendeu. — Dra. Montgomery-Shepherd — O rosto da garotinha caiu um pouco, percebendo a origem do claro constrangimento. Está era a esposa de Derek.
Ela tentou controlar sua expressão enquanto tirava a mão do aperto de mão. Ansiosa para separar da situação desconfortável, a garotinha sugeriu. — Bem, então. Devemos começar?
— Deveríamos. — Addison decolou, seus saltos batendo no chão, enquanto os internos a seguiam logo atrás.
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— Definir TTTS? — O atendente perguntou a namorada do marido.
— Síndrome da Transfusão de Gêmeos Gêmeos. — Eles estavam agora no quarto do paciente, e a expressão de Addison era de um predador atacando sua presa. — Gêmeos fetais conjuntos.
— Conectado por?
— Vasos sanguíneos na placenta. — Os olhos de Helena dispararam entre as duas mulheres, sabendo a resposta para as perguntas, mas reconhecendo que não eram para ela responder.
— Significado? — Meredith parecia sem palavras e a ruiva se virou para a outra estagiária. — Dra. Campos?
— O que significa que um gêmeo recebe muito sangue e o outro muito pouco, resultando em perigo para a vida de ambos. — Ela respondeu, um pouco reticente.
— Exatamente. Eu esperava que você soubesse disso, Grey.
— Eles me disseram que não havia muita chance de que algo pudesse ser feito. — A paciente disse aos médicos.
— O TTTS geralmente é impossível de corrigir, a menos que você seja um dos poucos cirurgiões do mundo que sabe separar os vasos sanguíneos fetais. O que, felizmente para você, eu sou. — O ligeiro assistente sorriu para o paciente. — Então, nós vamos levá-lo para a cirurgia amanhã. Se você tiver alguma dúvida, por favor, pergunte a Dra. Grey. Pelo que eu vi, ela é uma das internas mais populares do hospital. Se a Dra. Grey não é capaz de dar resposta adequada, não hesite em perguntar a Dra. Campos. Pelo que ouvi, ela é uma garota brilhante.
Quando os três saíram da sala, a tensão quase poderia ser cortada de uma faca. — Eu poderia ter respondido a essa pergunta, se você tivesse me dado a chance. — Meredith reclamou.
— Acalme-se, Grey. Eu sou dura com todo mundo, não apenas com quem meu marido dorme. Eu teria feito o mesmo se Campos não soubesse a resposta. — Helena inclinou a cabeça, impressionada com o profissionalismo da mulher. — Eu preciso que você peça um ultrassom para ela e os laboratórios de pré-operatório, Grey. Campos, você pode ficar comigo o dia todo. — A morena olhou para a amiga, não querendo machucá-la ao aceitar, e assim que assentiu, correu pelo corredor para alcançar a atendente, já bem à frente.
— Dra. Campos, você é amiga de Grey? — A atendente perguntou, enquanto esperavam o elevador.
— Eu sou, sim. Amigas íntimas, na verdade. — A menina menor assentiu.
— Isso explica sua reação quando eu disse meu nome. — A ruiva piscou.
— Só fiquei surpreso, só isso. Prefiro fazer meus próprios julgamentos de valor. — Helena sorriu para a mulher mais alta, que retribuiu a expressão. — Meu instinto geralmente não está errado, acho que desta vez também não estará.
Ao entrar no elevador, eles ficaram em silêncio por um tempo. — Você considerou possíveis especialidades? — A mulher de uniforme salmão perguntou.
— Eu tenho. Atualmente estou entre neuro e pediatria, mas quando o próprio chefe de neuro lhe diz que você seria bom em cirurgia pediátrica. — Ela parou um pouco.
— Hum, você sabe, neonatal e fetal não é muito diferente de pediatria. Se você quiser, eu posso te mostrar as cordas enquanto estou aqui. — A mulher ofereceu, vendo o potencial na estagiária.
— Seria um prazer. — A garotinha aceitou.
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Enquanto Meredith colocava um pouco de gel na barriga da paciente, preparando-se para fazer um ultrassom junto com Helena, a grávida falou. — O que é preciso para ir atrás do marido de outra mulher?
— Com licença? — Helena franziu as sobrancelhas, confusa sobre o que a paciente estava se referindo.
— Isso aconteceu comigo. — Ela se virou para a garota mais baixa, que lhe deu um sorriso compassivo. — Jeff foi morar com uma perna comprida em mini-saias que atende o telefone. Há semanas de gravidez.
— Sinto muito. Sinto muito por seu marido. — A estagiária loira disse enquanto Helena fazia algumas anotações no ultrassom.
— Você sente muito pelo marido da Dra. Montgomery-Shepherd? — Com isso, a morena quase engasgou, começando um ataque de tosse, enquanto Meredith olhava para a mulher, ligeiramente ofendida.
— Vou verificar algumas coisas hoje. — A estagiária mais velha tenta mudar de assunto.
— Aposto que ela pediu para trabalhar com você. É o que eu teria feito. — A mãe explicou.
Lena limpou a voz e tentou mudar de assunto, com um sorriso. — Sabe, Dra. Grey, por que você não vai checar os laboratórios? Vou terminar aqui.
— Certo. — A loira se levantou, claramente chateado, e saiu da sala.
Enquanto Lena continuava com o ultrassom, a mulher não cedeu. — Vocês dois parecem se dar bem. Como você pode ser amigo dela depois que ela fez o que fez?
A estagiária tentou ignorar a pergunta, esquivando-se. — Ok, depois de pegarmos os laboratórios, devemos saber se os bebês ainda estão estáveis.
Ela começou a limpar o gel do estômago da mulher, mas ela não pareceu ceder. — Ah, vamos lá. Você realmente não vai compartilhar, Dra. Campos?
— Você certamente entende que não me sinto à vontade para discutir a vida pessoal dos meus colegas, ainda mais quando eles não estão presentes. — Ela lançou ao paciente seu sorriso desarmante, sabendo que funcionava com mais frequência do que não.
— Desculpe, eu não queria colocá-lo em uma posição desconfortável.
★
Uma vez que Meredith e Helena fizeram uma pausa muito necessária, encontraram George olhando para os bebês na UTIN, aparentemente falando sozinho.
— Ei, Georgie. — A baixinha cumprimentou.
— Falando sozinho agora? — A loira atirou.
— Sim, não! — Ele consertou. — Droga, eu sou uma esponja ruim. Uma esponja com vazamento. Eu vazo todos os segredos errados. Eu sou uma má mentirosa, que não pode nem falar sobre mentir para mim mesma.
A morena olhou para ele com a cabeça inclinada e o nariz franzido, confusa. — Eu sou um mentiroso muito bom, na verdade. Você só precisa se convencer de que o que está dizendo é verdade ou que está fazendo isso por uma boa causa. — Enquanto as duas amigas olhavam para ela, chocadas, ela deu de ombros. — O quê? Isso vem a calhar! Eu simplesmente não posso mentir quando eu sei que não estou fazendo isso por um bom motivo, então eu fico todo nervoso.
Quando o menino olhou para as meninas, ele comentou sobre a aparência dela, fazendo as duas sorrirem. — Vocês dois estão lindos hoje.
— Estou usando um gloss que Lena me emprestou, porque a esposa do meu ex-namorado se parece com Isabella Freaking Rossellini e eu sou como... Eu. — Ela reclamou. — Estou tentando superá-la quando ela é a vítima aqui. Quão louco é isso?
— Você, Lena? — O menino questionou.
— Oh, nenhuma razão em particular. Só senti vontade de colocar um pouco de maquiagem hoje. — A menina mentiu, não querendo revelar seus sentimentos pelo menino.
— Eu sou uma amante do mal.
— Vamos, Mer. Você não sabia, você não fez nada de errado, Derek fez. — O médico português tentou tranquilizar a amiga.
— Ainda assim, você está bonita. — George disse a ela.
— Obrigado. O que você está fazendo aqui? — Diante da hesitação do menino, ela insistiu. — Vamos, O'Malley, para fora com isso.
— Ok, você pode pensar em algum motivo, qualquer motivo, pelo qual Cristina estaria beijando Burke? — Ele soltou, os olhos de Lena se arregalando quando ela bateu em seu ombro.
— George O'Malley! Você não... — Ela bateu nele novamente. — Dar a volta... — Mais uma vez. — Contando os segredos das pessoas! — Ela terminou com outro tapa.
— Ai! — O menino agarrou seu braço com uma leve dor. — Espere, por que você não está surpreso? —
— Oh, Georgie, quando você vai saber que eu sei tudo? — Ela sorriu para ele, levantando uma sobrancelha. — Além disso, eu não conto os segredos, então as pessoas confiam em mim. Agora vamos, muito tempo olhando para os bebês me faz querer tirar um.
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Quando Lena e Meredith fizeram outro ultrassom dos bebês ainda no útero, a tensão no quarto era insuportável. — Quando eu descobri sobre a mini-saia, eu liguei para ela e a levei para almoçar. Foi perfeitamente civilizado, eu não a culpei por essas coisas acontecerem. Mas sério? Eu só queria colocar um rosto da cadela que fez meu marido jogar fora quinze anos de casamento.
Ambos as estagiárias estavam tentando ao máximo ignorar o discurso da mulher, quando encontraram algo no monitor que parecia algum tipo de anormalidade. Enquanto eles tentavam manter seus rostos passivos, eles se preparavam para ir buscar o atendimento. — Ok, acho que terminamos aqui. — Lena sorriu para a mulher, tranquilizadora. — Nós vamos chamar a Dra. Montgomery-Shepherd agora.
Quando eles saíram para o corredor, a garota mais baixa perguntou à amiga, agarrando seu braço enquanto caminhavam — Você está bem? Essa mulher é implacável.
— Sim, estou bem. Foram muitas anormalidades. — Meredith mudou de assunto.
— Eu sei. Oh, esses pobres bebês. — Ela sussurrou. — E pobre mãe, só posso imaginar.
Quando os internos se aproximaram de Addison e Derek, que pareciam estar discutindo, Meredith olhou para a amiga. Em seu rosto em pânico, ela deu-lhe uma cutucada encorajadora, e a garota falou. — Dra. Shepherd?
— Sim? — Ambos os assistentes responderam em uníssono.
— Os laboratórios confirmam o que parecia ser anormalidades no ultra-som. Achamos que você deveria vir e ver por si mesmo. — Lena explicou, percebendo o quão desconfortável sua amiga parecia.
— Tudo bem, vamos. — A ruiva concordou e eles voltaram para o quarto do paciente, o silêncio preenchido apenas pelo som dos saltos de Addison no chão e o baque mais baixo dos tênis dos internos.
Assim que chegaram ao quarto do paciente, Helena bateu, cumprimentando a mulher. — Ei Julie, nós trouxemos quem prometemos. — Ela sorriu e preparou a mãe para mais um ultrassom, colocando um par de luvas. — Isso vai ser um pouco frio, você sabe o que fazer. — A baixinha avisou, colocando um pouco de gel na barriga e deixando o atendente assumir.
A mulher mais velha sentou-se, virando-se para a paciente com um sorriso reconfortante. — Vamos ver o que temos aqui.
— Vê? Efusão plural bilateral com evidência de edema subcutâneo. — A estagiária loira apontou, Addison olhando para ela com um olhar desanimado.
— Em inglês por favor? — O paciente perguntou.
— Nós detectamos o que parece ser o início da insuficiência cardíaca nos gêmeos, não se assuste. — A atendente explicou, tirando as luvas.
— Meus bebês vão ficar bem? — A mãe perguntou, sua voz embargada.
— Nós vamos levá-la para a cirurgia agora, não vamos esperar. Marque a sala de cirurgia. — Ela ordenou a Meredith. — Vamos!
★
— Julie, nós vamos fazer uma laparoscopia. Você não vai sentir nada e nem os gêmeos. — A atendente explicou, eles agora na sala de cirurgia. — Ok, vamos indo. Dez lâminas, comece com uma incisão de três mililitros. — Ambos os estagiários observaram atentamente, mas os olhos de Helena estavam cheios de excitação particular.
— Como você está indo aí? — A atendente virou-se para eles depois de um tempo.
— Bom. Estou bem. — A loira respondeu.
— Excelente. Isso é... Uau. — Helena sussurrou, o rosto de Addison brilhando com a excitação da garota.
★
Após a cirurgia, Meredith e Helena acompanham Addison enquanto ela conversa com a paciente. — Viu? Apenas uma pequena cicatriz.
— E meus bebês? —
— Eles estão indo muito bem. — Helena respondeu com um sorriso, perto da cama do paciente, enquanto a loira estava mais próximo da parede do quarto.
— A Dra. Gray e a Dra. Campos estarão de volta para checar você um pouco mais tarde. — O cirurgião neonatal informou, levantando-se enquanto a morena se aproximava da amiga.
— Na verdade, eu preferiria que a Dra. Gray fosse retirada do caso. — Com isso, Helena se encolheu por dentro, sentindo a posição desconfortável em que sua amiga estava.
— Por que, há um problema? — O atendente questionou.
— Só me lembra alguém que eu não gosto muito. Alguém que meu marido gosta muito. — A garota baixinha apertou o ombro de Meredith, em uma tentativa de confortá-la um pouco. — Particularmente em lingerie, você entende.
— Não. Não, eu não entendo.
— Bem, ela está dormindo com seu marido, certo? — O tom do paciente ficou ainda mais maldoso.
— Senhorita Philips, me falta a classe e a paciência da Dra. Grey, então deixe-me esclarecer as coisas. Meu marido não me traiu, eu o traí. — A estagiária loira olhou para cima enquanto sua colega de classe mais baixa franziu as sobrancelhas em uma mistura de surpresa e confusão. — A mulher injustiçada aqui? Dra. Grey. Então, eu acho que você deve a ela um inferno de desculpas. — Ela saiu da sala de repente, deixando três mulheres chocadas para trás.
★
Enquanto Helena, Cristina e Meredith estavam sentadas no bar, as primeiras saboreando seu habitual gim-tônica, a asiática fala de seu lugar, entre as duas meninas. — A clínica tem uma política. Eles não me deixariam confirmar minha consulta a menos que eu designasse um contato de emergência e um reforço. Alguém para estar lá apenas no caso, para me ajudar em casa, depois.
— Sim, eles tiveram isso comigo também. — Helena tomou um gole de sua bebida, olhando para suas amigas. — Um pouco chato, mas eu entendo.
— De qualquer forma, eu anotei seus nomes. É por isso que eu disse que estou grávida, Mer. Vocês duas são as minhas pessoas.
— Nós somos? — A loira perguntou com um sorriso.
— Sim, vocês são. Tanto faz.
— Qualquer que seja. — Meredith concordou.
— Não tanto! Venha aqui. — A menina menor coloca um braço em volta de sua amiga de cabelo encaracolado, a cabeça em seu ombro.
— Ele me largou. — Com isso, Meredith faz o mesmo.
— Burro. — sussurrou Helena. — Eu nunca gostei dele.
— Vocês percebem que isso constitui um abraço?
— Cale a boca e aproveite. Nós somos suas pessoas. — A garota mais baixa soltou, encontrando conforto no abraço.
— Você são as minhas pessoas.
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