009
˖࣪ ❛ PRIMEIRA TEMPORADA
— 09 —
HELENA NUNCA SE importou em acordar cedo. Quando criança, ela acordava de madrugada, antes de toda a família. Ela se importava, no entanto, de ser acordada gritando no corredor, uma ocorrência que se tornou muito frequente em sua nova casa.
— Sabe de uma coisa? Não é grande coisa. — Izzie contou a George, enquanto Helena esfregava os olhos e saía da cama, com um suspiro. Ao abrir a porta, a loira continuou falando. — Você não precisa mentir, eu entendo, você tem necessidades. — Ela sorriu para o menino, enquanto Helena olhava para eles com uma leve cabeleira.
— O que está acontecendo aqui? — Meredith perguntou ao par, abrindo ela mesma a porta do quarto.
— Eu estava prestes a perguntar a mesma coisa. — A morena caminhou em direção a eles.
— Nada! — George apressou-se a responder.
— Nada. — Izzie concordou, desconfiada.
Enquanto George se afastava das três mulheres, explicou a ex-modelo. — Ele está apavorado porque eu o peguei brincando com o pequeno Jimmy e os gêmeos. — Os olhos da morena se arregalaram.
— Eu tenho uma namorada. — O menino se defendeu.
— Nós sabemos que você gosta, Georgie. Mas tudo bem se você ainda tiver um pouco de... Diversão. — A jovem o tranquilizou.
Quando ele bateu a porta de seu quarto, Derek se juntou ao grupo e Izzie e Helena se afastaram, a segunda murmurando para si mesma sobre como eles a acordavam com seus gritos.
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— Paciente apresentou dor abdominal e sangue na urina. — Alex explicou enquanto ele, George e Helena apresentavam seu paciente. Ele estava deitado em uma cama de hospital, sua esposa grávida ao seu lado. — Uma vez que seu trabalho voltou sem revelar, o urologista sugeriu uma cistoscopia.
— Razão? — Dr.Burke perguntou.
— Para dar uma olhada dentro de sua bexiga. — A estagiária atendeu.
— Eu aprecio você fazendo isso, Preston. — O paciente agradeceu ao velho amigo. — Eu sei que isso está um pouco fora do seu campo.
— Não é um problema. Dá aos meus estagiários algo para fazer.
— Tenho a sensação de que você os mantém bastante ocupados. — O homem brincou. — Estávamos na mesma fraternidade em Tulane. Passou de promessas de tortura para estagiários de tortura, estou certo?
— Tenha muito cuidado com a forma como você responde a isso. — O atendente avisou. Lena nunca foi a maior fã do homem, mas ela certamente também não desgostava dele. Os três ficaram em silêncio.
— Eu poderia contar algumas histórias. — O paciente ameaçou.
— Bill, você tem uma câmera serpenteando seu Mojo, não é hora de me irritar.
— Não é nada muito sério? — A esposa falou.
— Isso é o que este procedimento vai nos dizer. Você não se preocupa com nada além de crescer meu afilhado lá. — O cirurgião mais velho a tranquilizou.
— Ele chuta como você não acreditaria. —
— Um fodão, assim como seu pai. — Ele sorriu para seu amigo. — Mova-se um pouco para a direita. — Ele instruiu George, aquele que estava realizando o procedimento. — Seu outro direito... Ali!
— O que você vê, o que é? — O paciente perguntou.
— Pode ser uma série de coisas. Campos, faça uma biópsia da massa. Karev e O'Malley, marque uma tomografia. Não vamos nos preocupar até que seja necessário.
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Enquanto Helena caminhava pelo corredor, sentiu alguém agarrá-la pelo braço e, antes que percebesse, estava em um armário com George.
— Oh, Deus, já ouviu falar de comunicação verbal? — Ela gritou.
— Lena, eu preciso de ajuda. — O menino andou de um lado para o outro.
— O que aconteceu? — Ela começou a se preocupar e colocou a mão no ombro do amigo para detê-lo.
— Então, eu estava tendo essa erupção e fiz uma biópsia e descobri que eu... Eu tenho sífilis. — Ele sussurrou quando as sobrancelhas da garota se ergueram.
— Ah, ok, uau. Quer conselhos ou só precisava desabafar? — Ela perguntou, pega de surpresa.
— Conselhos... Izzie descobriu e não ajudou em nada. — Ele confessou. A garota pensou por um segundo e veio com um plano de jogo.
— Ok, aqui está o que vamos fazer. Em primeiro lugar, você tem que dizer a Olivia. — Quando ele tentou protestar, ela o interrompeu. — Eu não me importo que possa ser embaraçoso, você tem que dizer a ela. Não importa se ela deu a você ou você deu a ela, ela precisa saber. Eu posso estar lá para apoio moral se você tipo, Georgie. Então, você precisa tomar algumas injeções de penicilina. Eu posso dar a você se você quiser manter isso entre nós, mas com os boatos deste hospital, isso pode se espalhar rapidamente... — A garota ofereceu, um sorriso tranquilizador no rosto. — Vai para a multa, não precisa entrar em pânico.
— Ok, tudo bem! Eu vou dizer a ela, mas vai mal, eu vou precisar de você para me confortar depois. — O menino confessou, apoiando-se na menina, agora mais calma. Ela olhou para o garoto com amor em seus olhos e ele retribuiu o olhar, a garota ainda um tanto alheia aos seus sentimentos.
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— Definitivamente há um crescimento saindo da bexiga. Mas olhe para as bordas, não acho que seja um tumor. — Burke examinou o ultrassom que George e Alex haviam feito.
— Tem a forma de um ovário. — Alex brincou, sendo imediatamente repreendido pelo atendente.
— É essa a resposta que você vai dar ao paciente, Dr. Karev? Este é um dos meus amigos mais antigos, você pode querer levar isso a sério.
— Me desculpe, senhor.
Nesse momento, Helena entrou na sala, laboratórios em mãos. — Dr. Burke, eu tenho os laboratórios de volta. Eles fizeram uma análise cromossômica do tecido, você não vai acreditar nisso. — Ela entregou ao atendente os laboratórios e apontou para a informação. — Ali.
— Bill tem um ovário? — O cirurgião cardio olhou para seu amigo através do vidro, confuso.
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Enquanto George e Alex estavam sentados com Helena, Cristina e Izzie no almoço, a asiática cumprimentou o menino preocupado. — Ei, Syph-Boy.
— Cristina! — Lena deu um tapa no braço dela.
— Você contou para ela? — George olhou para as outras duas garotas, traição em seus olhos.
— Eu não! — A morena se defendeu, enquanto comia sua salada.
— Só Cristina. — Izzie admitiu em uníssono com a menina menor.
— Tem um bom toque, tipo superboy, só que doente. — Alex brincou.
— Izzie não precisou dizer uma palavra. Por aqui a única coisa que se espalha mais rápido que a doença é a fofoca. — Cristina colocou uma uva na boca.
— Eu te disse que isso aconteceria. — A garotinha ergueu a sobrancelha.
— Não é verdade. Só porque Izzie não consegue ficar de boca fechada não significa que todo mundo- — Ele é interrompido quando Meredith se senta com o grupo.
— Ei, George, como você está se sentindo. Sinto muito pela sífilis. — Lena olhou para o amigo de um jeito 'eu te disse',, enquanto o garoto parecia entrar em pânico um pouco.
— Todo mundo neste hospital sabe?! — Izzie tentou esconder o sorriso e Lena deu uma cotovelada nela.
— Eles sabem que você é um jogador. — Alex compartilhou.
— Você está perturbado. — O menino em questão e Lena disseram em uníssono e a garotinha sussurrou — azar.
— Verdadeiro. — Ele admitiu. — Todo mundo tem um segredo, apenas fique feliz que o seu esteja em aberto.
— Ah sim, Alex, qual é o seu? — perguntou Cristina.
— Mostre-me o seu, eu vou te mostrar o meu. — Ele respondeu enquanto a garotinha olhava para a amiga, sabendo que ela sabia mais do que o resto do grupo. — Eu aposto que você tem alguns esqueletos seriamente bizarros em seu armário.
— O que está no meu armário não é da sua conta. — Ela piscou.
— Bem, eu não tenho segredos, minha vida é chata. — Izzie respondeu, tomando um gole de água.
— Todo mundo tem algo a esconder. — Meredith participou, todos olhando para ela. Lena percebeu que também conhecia o segredo da garota e pensou consigo mesma em como conseguira guardar muitos.
★
Quando Lena foi fazer companhia a George durante o tiro, ela ouviu Meredith. — George, não é grande coisa. E você tem uma bunda bonita.
Lena abriu as cortinas assobiando para o grupo. — Oh, oi! Pensei que talvez eu pudesse te fazer companhia. — A garota disse ao ver George já curvado.
— Ah, saia, você está fazendo isso errado. — Meredith empurrou Alex para fora do caminho, que anteriormente deveria ser o único a fazer isso, apesar dos protestos de George.
Quando o homem saiu, Izzie entrou. — Uh, o que estamos fazendo aqui?
— Quebrar o espírito de George. — O menino respondeu.
— Curando a sífilis de George. — Lena respondeu. Como Meredith estava prestes a administrar a injeção, eles ouviram Cristina chamar por Izzie.
— Izzie?
— Sim?
— O procedimento do Sr. Franklin está agendado para depois do almoço. — Ela abriu as cortinas e entrou também, com o tiro ainda não administrado.
— Estamos salvando George de um futuro de feridas e insanidade. — A loira mais alto respondeu.
— Oh, bunda bonita. — comentou Cristina.
— Te disse. — Meredith respondeu.
— É fofo, como um bebê. — Izzie deu sua opinião.
— Você vai fazer isso ou não Mer? Eu posso assumir se você quiser. — A morena baixinha sugeriu.
— Quer saber, passei horas, dias, anos me imaginando seminua em um quarto com quatro mulheres. A realidade é muito melhor. — Todos eles riram, mas Lena falou.
— Ok, ele está claramente desconfortável. Vocês três vão embora, eu faço isso. — Ela os enxotou porta afora, apesar de seus protestos.
— Obrigado, Lena. Você é um salva-vidas. — O menino agradeceu uma vez que estavam sozinhos, a menina finalmente administrando a injeção.
— Você tem uma bunda bonita, no entanto. — Ela riu.
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Como todos estavam em uma sala de reuniões, convocados pelo chefe, ele iniciou seu discurso. — Três internos, quatro residentes e seis enfermeiras neste andar cirúrgico foram diagnosticados com... Sífilis. — Lena, ao lado de Cristina e Meredith, olhou para o garoto sentado na frente dela.
— Há mais de setenta mil casos todos os anos. Não diagnosticada, a sífilis pode levar à cegueira, insanidade e morte. Se você está tendo relações sexuais desprotegidas com outro membro da equipe, faça o teste. Isso não é um pedido.
— Eu nunca estive tão feliz por não estar recebendo nenhum. — Ela riu para seus amigos.
— Patricia agora lhe dará uma demonstração de sexo seguro.
Enquanto a mulher tirava uma banana e uma camisinha, a garotinha enterrou a cabeça levemente no ombro de Cristina, enquanto a sala explodia em gargalhadas. — Ugh, isso é pior do que o ensino médio. — Ela gemeu, encolhendo-se. — Quero dizer, por que eles acharam que eu precisaria aprender a usar camisinha às dez?
★
Depois de esfregar para a cirurgia de seu paciente e descobrir que ele era estéril, apesar de sua esposa muito grávida, Helena sentou-se nos túneis com Meredith, Cristina e Izzie.
— Vocês querem fazer uma autópsia não autorizada?! — Lena gritou levemente.
— Eu conheço você, Cristina. Você agora quer ser conhecido como o novo 007. Uma autópsia limpa seu nome. — Disse Izzie.
— Cristina, não. — Meredith argumentou.
— E a esposa de Franklin? Você viu que ela estava olhando para mim, ela quer fazer autópsia. Ela só não queria brigar com a filha. Ela parecia tão triste. — A ex-modelo disse a ela.
— Izzie Stevens, você não pode fazer uma autópsia não autorizada com base em um olhar! Quero dizer, o que você vai dizer, minha paciente me deu consentimento através de seu olhar? — Lena repreendeu.
— Ok, Cristina Yang, licença para matar. — Izzie olhou para a mulher em questão enquanto pensava sobre isso.
— Ok, estou dentro.
— Eu não estou tão envolvido nisso. — disse Meredith.
— O mesmo aqui. — Lena soltou.
— Ei, este é o clube da luta, ninguém fala sobre isso. — Cristina disse a eles com firmeza, Lena recuando um pouco. — Temos que fazer isso quando Bailey não estiver por perto.
— Bailey está sempre por perto. Ela está em todos os lugares e sabe de tudo. — A loira mais alta respondeu.
— Sim, ela é assim onisciente, ser onipresente... — A garota mais baixa disse, franzindo o nariz. — ... Como Deus. — Ela completou, levantando as sobrancelhas em sua descoberta.
— Bem, então teremos que nos arriscar. — Cristina argumentou.
— Bailey tem algo hoje das sete às onze, vocês dois serão a última coisa com que ela se preocupará. — As três garotas voltaram para Meredith.
— Como você sabe disso? — A asiática perguntou.
— Que tipo de coisa? — Izzie a seguiu.
— Oh, eu não posso te dizer isso. É um clube da luta também. — Meredith saiu e Lena fez um leve beicinho, odiando não saber.
— Se estou perdendo um paciente real por causa disso, eles vão me chamar de 007 porque eu matei você. — Cristina virou-se para a loira.
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Quando Lena recebeu uma pager do Dr. Shepherd, ela entrou na sala de cirurgia, encontrando Meredith, Bailey, Derek e o resto de uma equipe cirúrgica ao redor da mesa. — Você chamou, Dr. Shepherd? Oh, chefe! — Ela disse quando notou o paciente na mesa.
— Dra. Campos. — O chefe cumprimentou.
— Entre. — O neurocirurgião disse a ela quando entrou na sala de cirurgia, a cabeça inclinada em confusão, segurando uma máscara sobre a boca e o nariz. — Como você deve ter percebido, estamos passando despercebidos, o chefe Webber prefere manter isso em sigilo.
— Ah, ok, senhor, você se importa se eu perguntar? — A garota virou-se para o homem.
— Eu tenho um pequeno tumor no meu nervo óptico. Você é uma jovem inteligente, você certamente entende por que eu não quero que isso seja conhecido. — Ele explicou.
— Certamente. — A garota assentiu.
— Eu te chamei porque preciso que você guarde a porta, Campos. Você não deve, em hipótese alguma, deixar ninguém passar, entendeu? — Dr. Shepherd explicou, olhando para ela com um olhar encorajador. — Disseram-me sobre o seu olhar maternal assustador, use-o bem.
— Sim, Dr. Shepherd. Eu não vou decepcioná-lo. — A garota sorriu e saiu da sala, pronta para ficar na entrada da sala de cirurgia pelas próximas horas.
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Algumas horas depois, a garota é surpreendida pela Dra. Bailey abrindo a porta atrás dela.
— Oh, Deus, você me assustou. Como foi? — Lena pula levemente.
— Só saberemos quando ele acordar. Campos, você sabe onde estão Stevens e Yang? — Ela pergunta, a voz séria, tentando tirar alguma informação da garota.
— Hum, acho que eles estão verificando o pós-operatório, por quê? — Ela respondeu de forma convincente, mantendo uma cara séria.
— Veja, Grey, se você vai mentir, você poderia pelo menos fazê-lo bem. Você pode se revezar vigiando o chefe. — Os olhos de Helena se arregalaram um pouco, preocupada que o disfarce de sua amiga pudesse ter sido descoberto, e ela olhou para Meredith enquanto o residente se afastava.
— O que você disse a ela? — A garota entrou um pouco em pânico e a loira apenas deu de ombros. — Vou chamá-las, pelo menos elas vão ser avisadas.
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Sentada ao lado da cama do Chefe, preenchendo alguns prontuários, Helena viu os olhos do homem se abrirem.
— Chefe! Bem-vindo de volta. — Ela sorriu para ele.
— Campos. — Ele devolveu a expressão.
— Você pode ver? — Ela gritou animadamente. — Você pode ver! Oh, isso é tão bom. — A garota suspirou de alívio, antes de seguir o olhar de seu chefe para o corredor, onde Derek beijou a testa de Meredith. Sem saber o que fazer, ela correu para fechar as cortinas, sorrindo inocentemente para ele.
— Tarde demais, Campos, tarde demais. — Ele disse a ela.
Algum tempo depois, quando Meredith entrou na sala para trocar com a garota mais baixa, o homem falou. — Meredith, ele é um assistente. Você é um estagiário.
— Você nos viu? — A loira perguntou. — Você pode ver!
— Ele pode ver. — Lena concordou, sorrindo levemente.
— Eu vou te dizer o que sua mãe diria se ela estivesse aqui. Você está cometendo um grande erro.
— E eu diria a minha mãe que não é um erro. — A loira assegurou, enquanto Helena saía do quarto.
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No vestiário, Helena estava trocando o uniforme, preparando-se para sair do trabalho, quando ouviu George gritar para Olivia. — Você e Alex? — Ele se lançou em direção ao menino, ambos caindo no chão. — Você me deu sífilis?!
— George! — Lena correu para separar os meninos, enquanto George socava Alex.
Ela puxou o garoto mais baixo para trás e o segurou, enquanto Cristina estava na frente dele. Meredith segurou Alex, Izzie no meio dos dois meninos.
— O que aconteceu? — Ela questionou o menino.
— Ele estava dormindo com Olivia. Foi ele que me deu sífilis. — Ele sussurrou, enquanto sua amiga o segurava.
Alex chicoteou o sangue de seu rosto, saindo da sala junto com o resto do grupo, deixando Helena e George para trás, enquanto ela cuidava de sua mão ferida. — Sabe, você tem que ter mais cuidado com isso. Um dia eles podem valer milhões. — Ela brincou, o menino rindo.
— Eu já posso ver, nós dois já com uniforme azul escuro e você ainda tendo que cuidar de mim. — Ambos riram.
— O mesmo aqui. Você sabe, você é uma das únicas pessoas com quem eu posso realmente baixar a guarda. Eu aprecio isso. — A garota sorriu para ele suavemente, terminando de limpar suas feridas. — Tudo feito.
O menino sentou-se ao lado dela, a cabeça caindo em seu ombro. — Obrigado por sempre cuidar de mim, Lena. Eu não sei o que faria sem você. — Ela deu um tapinha na cabeça dele e olhou para ele, enquanto eles ficaram na mesma posição por mais alguns minutos. O tempo todo, desconhecidos um do outro, ambos pensavam em como seria a vida se, em vez de amigos, se tornassem algo mais.
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