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3 - Prisão e liberdade


Os meus sogrinhos precisavam resolver uns assuntos na cidade de Belo Horizonte, então Isabel e minha belíssima dama de cabelos negros combinaram ir ao zoológico enquanto os adultos resolviam seus problemas.

A mãe da Isabel ficou muito mais feliz quando descobriu que o namorado da filha tinha furado o compromisso. Jovens passando a noite fora com o namorado junto?! Acho que não! Já eu, ainda não era o namorado oficial da bela Srta. Ferraz, então o combinado era eu aparecer no zoo sem os pais dela saberem. Eu teria de dormir sozinho os dois dias que ela ficaria na casa dos tios. Eu sugeri acabar com essa solidão e Alma quase teve um treco quando eu disse que ninguém iria me ver entrando. Eu adorava provocá-la de vez em quando.

Eu queria ter a liberdade que Isabel e Pedro tinham. Eu queria poder olhar nos olhos do pai dela e saber que não estou mentindo. Ou pelo menos omitindo, que era mais adequado à minha situação. Eu não entendia porque a dama continuava me escondendo. Comecei a pressioná-la um pouquinho mais, como resultado... ela começou a escorregar um pouquinho mais!

— Quando foi que você disse mesmo que eu vou falar com os seus pais? — perguntei enquanto parávamos em frente à jaula do tigre. — Hoje à noite?

— Eu não faço ideia do que você esteja falando! — ela respondeu sem olhar para mim.

— Sabia que eu quase morri só com o cheiro do almoço que veio do seu apartamento no último domingo.

Alma tentou esconder o riso.

— O almoço estava realmente ótimo! — ela falou.

— Pois é! E ao invés de estar lá partilhando essa informação, tenho que recebê-la de terceiros.

— Você teria adorado mesmo. — Alma deu de ombros. — Não quero me gabar, mas ninguém ganha da lasanha da minha mãe.

— Eu não quero saber como se chama, eu quero saber o gosto!

— Eu sei que você quer, mas a nossa vida está tão boa assim. Olha só pra nós, em público, de mãos dadas, esperando o tigre preguiçoso dar as caras fora da toca... do que mais você precisa? Em time que está ganhando não se mexe.

Isabel estava a alguns metros de nós. Ela tentava inutilmente se espichar para conseguir fotografar o tigre que se recusava a acordar e sair de dentro do seu esconderijo. Ela ria da nossa conversa sem dar palpite.

— Isabel. — chamei. — Estou tendo algumas dificuldades aqui. Quer ser a voz da razão da nossa relação e vir aqui colocar um pouco de juízo na cabeça da sua amiga? Eu pago o que você quiser se conseguir convencê-la de que eu tenho o direito de ser apresentado como namorado oficial!

Alma revirou os olhos com o drama. Isabel chegou rindo.

— Esquece, Gael. Eu já tentei fazer isso de graça mesmo. Não funciona! Esse exemplar aqui — ela apontou a amiga com falso desdém —, está com defeito de fábrica. Vê se ainda está na garantia e manda para a assistência técnica!

— Viu?! — eu dei um sorriso bem convencido para a morena. — Dois contra um. Ganhei.

— E quem foi que disse que estava aberto a votações? — Alma cruzou os braços em desafio.

— Isso aqui é uma democracia, pulchram. Os impasses se resolvem com a votação. Admita. Você perdeu.

— Vamos logo, pombinhos. Esse tigre não sai daí hoje não. — Isabel puxou a fila.

— Vamos tentar o branco mais uma vez! — Alma correu para acompanhá-la. — Eu me recuso a ir embora sem ver o tigre branco! É uma questão de necessidade! Eu preciso!

Nós fomos tentar o felino albino mais uma vez. O Sr. Henrique disse que iria buscá-las no final da tarde. Já era quase o horário que ele marcara, o que significava que eu só voltaria a ver Alma no domingo à noite, depois que voltassem para casa e todo mundo já tivesse ido dormir.

Alma não conseguiu esconder a desilusão por não ter conseguido ver o bichano pessoalmente. O pai dela ligou e pediu que as meninas o esperassem na entrada.

— Oi mãe. — Isabel atendeu o telefone, afastando-se um pouco de nós.

— Você não esqueceu, não é? — Alma perguntou olhando para mim de banda. — Sempre me olha assim quando não dá um assunto por encerrado.

E afinal de contas, por que ela não queria que eu deixasse de ser um segredo?

— Por que não, pulchram? Por que eu não sou normal? Por que não sou o tipo que você planejou para quando esse momento chegasse? — perguntei.

— Não seja ridículo! — ela apertou a minha mão. — Até parece que esqueceu que eu também não sou normal! Você é perfeito, Gael. Eu gosto de você exatamente porque você é do jeito que é.

— Então por quê?

Alma suspirou e fez uma careta.

— É complicado, eu... precisava te contar uma coisa antes... talvez mude a sua opinião...

— Como assim? Que coisa? Mudar a minha opinião sobre o que?

— Ah... sobre... tudo!

— Então me fala o que é.

Alma ficou de repente muito nervosa, tentando encontrar uma saída em algum lugar do seu entorno.

— É complicado... é... difícil de dizer assim. Vai complicar as coisas, eu nem sei bem o que esperar e... tenho medo de perder... perder o que eu tenho hoje, simples assim, do jeito que é. Eu... — ela encarou o chão. — Talvez você não queira assistir... quando...

— Está me assustando falando assim, Alma. — tinha mais alguma coisa nessa história. Não era só o pai dela. Tinha alguma coisa errada ali e eu já não estava gostando nada. E para meu desgosto... o meu instinto não costuma errar.

— Eu... não quero prender você depois que... que você souber... eu não sei como as coisas vão mudar. — ela suspirou. — É tudo mais fácil assim.

Eu não entendia os motivos dela. Eu não entendia por que ela tinha tanto medo, o pai dela não era tão ruim assim. Eu achava que ela estava exagerando. Talvez ele não gostasse muito no começo e fizesse um pouco de cara feia, mas... não ia passar disso. E como assim ela não quer me prender?

— E se eu quiser estar preso? — perguntei.

— É, você diz isso agora. — Alma não olhou para mim. — Prisão e liberdade. — sussurrou quase que para si mesma. — Ainda não sei qual dos dois escolher para você.

— Como assim? Por que você disse isso? Agora e depois e sempre. Nunca vou querer me libertar dessa prisão. — por que ela estava escondendo alguma coisa de mim?! Tinha alguma coisa muito, muito errada nessa história.

— Nunca diga nunca, estranho lindo. — um brilho de tristeza passou pelos seus olhos, embora seus lábios sorrissem.

— Só pode estar de brincadeira comigo! Então não sebes, bela dama, que amar é querer estar preso por vontade?! É ter com quem nos mata, lealdade.

— Ai, não! — o sorriso ficou radiante. — Você e a poesia! Você sabe bem que isso é trapaça! Ainda por cima Luís de Camões!

— Não é minha culpa que você seja tão arredia assim! Com frequência não me deixa escolha a não ser apelar para artimanhas e uma vez que sempre se faz mais complacente com a poesia, terei de me aproveitar dela, é óbvio.

— E de mim também! Você não dá ponto sem nó. Sou apaixonada por esse soneto. Sabe todo de cor?

— Essa pergunta é quase um insulto! Eu sou um profissional! — um beijo suave sobre o pulso antes de destilar toda a doçura daquele veneno. — Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer.

— É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é um não contentar-se de contente; é um cuidar que se ganha em se perder.

— É querer estar preso... por vontade! — ela riu quando eu frisei enfatizando o meu lado da discussão. — é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade.

— Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo amor? — ela encerrou, declamando o final do soneto.

— Vai pensar com mais carinho agora? — perguntei.

— Vou. — Alma me deu um beijo rápido. — E vou te amar pra sempre!

— É o mínimo que eu espero!

Ela se afastou com um grande sorriso e se juntou à amiga, dirigindo-se para a saída, rumo à carona que vinha buscá-las.

O que está escondendo de mim, carissimi? E por que o meu coração treme só de tentar entender? O que existe nesse mundo que poderia me afastar de você além da morte? Essa é uma possibilidade que eu simplesmente me recuso a considerar. Ela é jovem. Perfeita. Nada vai machucá-la. Então o que é?

O meu estômago ficou pesado. Esse não era o tipo de pensamento que deveria ficar rodando na minha cabeça.

Prisão e liberdade. Representam a mesma coisa para mim estando ao lado dela. Um significado só. Uma só sensação.

Um arrepio frio me subiu pela coluna.

— Sem superstição, Gael Ávila. — sussurrei para mim mesmo, ainda observando a morena pelas costas. — Ela está segura agora. — ela tem que estar! — Essas ideias não combinam com a sua mente já perturbada. Como eu disse — enfiei as mãos nos bolsos e comecei a me afastar. —, chega de monstros nessa história.

Shiiiiiiiii! Senti cheiro de treta!

Olá, amores! Espero que estejam todos bem.

O que será que a Alma está escondendo? O caçador já está desconfiado. Vocês também?

Ai, ai, ai. Veremos no que isso vai dar! Sexta tem mais. 

Se gostou deixa uma estrelinha aí pra mim. Bjos!

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