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1 - Cotidiano


Ela estava incrível no palco, como sempre, é claro! O ballet tinha ganhado uma joia rara quando a companhia de dança a escolhera. É obvio que eles não poderiam deixar de notar o talento que ela tem. Alma tinha trabalhado durante o período de férias com uma alegria e empolgação únicas. A minha carissimi recebeu o convite oficial dois dias depois que voltamos do mundo natural, o ano passado.

Aquele era o último espetáculo a ser apresentado na noite, depois Alma teria uma temporada de folga para se dedicar aos estudos. Por enquanto, estava contratada como estagiária, mas no final do ano letivo, quando se formasse, passaria a fazer parte da companhia em período integral.

Eu assisti a todas as apresentações em que ela participou cheio de orgulho. Ela era a estrela mais brilhante em cima daquele palco. Para minha sorte, os bailarinos desse ballet a tratavam com respeito e exibiam uma postura sempre profissional. Muito diferente daquele idiota insuportável com quem ela dança na escola. Miserável! Tenho que prender o ar e parar de respirar para não agarrá-lo e arrancar as mãos dele do corpo! Ele se aproveita da dança e passa a mão nela. Nunca senti tanto orgulho do meu autocontrole. Realmente estou fazendo progressos a olhos vistos.

A apresentação de dança acabou e fui recebê-la nos bastidores igual a todas as outras vezes. Ela abria um sorriso ainda maior quando me via, corria para mim e pulava no meu colo no final de cada noite. Aquela não foi diferente. Peguei-a e Alma segurou o meu rosto enquanto me dava um beijo.

— Hoje foi melhor do que ontem. — falou quando a coloquei no chão. — Não errei quase nada essa noite.

— Você nunca erra nada. — falei.

— Que mentira. Eu sempre erro! — ela enrolou o cabelo num coque frouxo.

— Eu nunca vejo.

— Rá! — ela deu uma risada sarcástica. — Isso é porque você só fica prestando atenção nas outras dançarinas, estranho lindo. — disse me cutucando na barriga com um sorriso largo.

— Até parece. — olhei aquela figura linda diante de mim. Bela. Aqueles grandes olhos escuros e magnéticos com a força da própria escuridão, sempre ressaltados e demarcados também de preto, me sugavam para dentro de si como um buraco negro.

— Um minuto. — ela disse de costas para mim. — Não apronte nada enquanto isso. — e saiu para se trocar.

A pele branca e macia de suas costas expostas até a cintura, quente do exercício da dança anterior, desfilava se afastando de mim. Eu gostaria de cobrir aquela superfície inteira com beijos longos e demorados. Esse tipo de pensamento, por mais agradável que fosse só me traria problemas, então tive que forçar a minha mente para outro lugar, um que não fosse tão... tentador.

Os novos colegas já gostavam dela. Ela havia feito amizade rápido e fora muito bem recebida pela equipe. E como poderia ter sido diferente? Alma ilumina o ambiente onde entra com aquele sorriso radiante como o próprio sol. Ela é a minha luz. O meu ar. O meu mundo. A minha direção. Às vezes tenho medo de amá-la tanto. Amar alguém assim é dar-lhe o poder de destruí-lo, esperando que não o faça. Às vezes tenho medo que tudo seja frágil e se desfaça, que nada disso seja realmente verdadeiro, que tudo não passe de um sonho ou fantasias loucas da minha cabeça.

O peso que eu carregava nos ombros tinha sumido no final do ano. Alma não corria mais nenhum perigo. Estava realizando o seu sonho de dançar profissionalmente com uma carreira brilhante à sua espera pela frente. Eu não era mais um caçador e ela fazia parte da minha vida. Estava tudo perfeito. Não havia mais nada que eu pudesse pedir.

Alma voltou e estava bem mais coberta do que antes. Que pena! O jeans surrado não deixava um mísero centímetro quadrado de suas belas pernas à mostra. A blusinha bege estampada com passarinhos pretos e gola de boneca da mesma cor escura era larga e não demarcava sua silhueta, além de lhe cobrir totalmente as costas e o busto. Nadinha ficava de fora! Era quase um pecado que ela fosse tão decente. Não expor aquela beleza era um crime.

— Pronto. — falou. — Já podemos ir.

Alma passou um braço ao redor do meu corpo e eu passei o meu sobre seus ombros. Dei-lhe um beijo no topo da cabeça, inspirando o perfume suave. Pelo menos o cheiro dela não podia ser escondido sob suas roupas, continuava doce e frutado, como pétalas de flor misturadas ao orvalho.

— Tem certeza que quer dormir na casa da sua amiga? — perguntei com esperanças.

— Não faça essa cara de cachorro sem dono. — ela entrou no carro fazendo uma careta. — É só uma noite.

Eu bufei ligando o motor do carro.

— Não é só uma noite. É uma noite muito, muito, muito longa e solitária!

— Mas que exagero, estamos no meio do verão, as noites são curtas e não longas. E insuportavelmente quentes também! Às vezes penso que fevereiro nunca vai acabar.

— Isso é verdade. Que lugarzinho quente! Sinto-me como uma fornada de biscoitos assando no forno.

— Uhmmmmm! Adoro biscoitos! Vão demorar muito para ficar prontos? Vou querer provar alguns.

O semáforo fechou, o carro parou e eu olhei para ela. Aquela boca linda cheia de gloss sabor morango sorria maliciosamente para mim.

— Não me provoque, Srta. Ferraz!

Ela caiu na risada. Preferia o vento no rosto ao ar condicionado do carro, então sempre andava com as janelas abertas. O semáforo abriu e o coque já quase desfeito se soltou de vez com o vento. A cortina negra se derramou cheia de graça sobre seus ombros, infelizmente, cobertos. Estava um palmo mais curto agora, ela tinha cortado para consertar o desnível que havia sofrido no pântano. Eu não gostava de pensar naquela aventura. Ainda não me perdoava por tê-la levado para lá. Felizmente tudo tinha dado certo e corrido bem, mas o meu coração se fechava só de pensar que alguma coisa poderia ter-lhe acontecido.

— Eles disseram que com certeza vou poder participar das apresentações no meio do ano, nas férias de julho. — falou refazendo o penteado. — Mas minhas notas precisam continuar altas, senão, nada feito.

— Santa Catarina? — perguntei.

— Uhum. E existe a possibilidade de eu participar do evento beneficente em novembro! Vai ser muito importante. — ela quicou no banco de felicidade. — Preciso parar de errar movimentos simples. Não esperava que fosse ficar tão nervosa como fico às vezes.

— Precisa parar de ser tão perfeccionista. Aposto que está falando de detalhes tão pequenos que só você mesma vê.

— É, mas eu posso fazer melhor. Eu faço melhor nos ensaios.

Ela olhava o movimento da cidade fora do veículo. As ruas estavam cheias de vida naquela noite de domingo, os jovens curtiam a noite livre antes das aulas recomeçarem na manhã seguinte, já os adultos eram mais cautelosos e preferiam ir para a cama cedo, aproveitar uma noite mais longa de um bom sono.

— Queria poder chegar à perfeição. — o pensamento em voz alta foi dito para si mesma.

Alma roçava os dedos na pulseira delicada, feita em ouro branco e diamantes negros, que repousava suavemente sobre a pele clara de seu pulso esquerdo. Uma comemoração minha para seus dezessete anos. A beleza da joia não chegava aos pés da dama.

— Você é perfeita, carissimi. — o veículo diminuiu a velocidade e nós paramos em frente ao prédio de Isabel.

Ela negou com a cabeça, sorrindo. As bochechas levemente coradas do elogio. Na verdade a perfeição se enchia de cobiça e inveja quando simplesmente a via passar.

— E você é a coisa mais linda. Não sei o que fiz para merecê-lo, mas aceito o fardo com o maior prazer.

Alma desceu do carro e tocou o interfone. Eu fiz uma careta de desgosto.

— Tem certeza que quer ficar aqui?

A resposta que ganhei foi um beijo na boca. Eu tinha desenvolvido uma dependência química àquele gosto. Poderia me alimentar daquilo. Dedos frios passeavam pela pele do meu pescoço e nuca. O interfone atendeu. A dama tentou se afastar de mim. O meu corpo pressionou o dela de encontro à parede. Ela tentou me empurrar. Não aliviei. Ouvi a voz de Isabel outra vez no interfone.

Vocês dois aí! Só porque não posso vê-los acham que não sei o que estão fazendo? Parem de se agarrar no meio da rua!

Nós dois começamos a rir e eu não tive escolha, tive de deixá-la ir.

— Não podia esperar mais uma meia hora, Isabel? — falei pelo aparelho.

Ela deu uma gargalhada do outro lado da linha.

Eu sabia! Sabia que estavam se agarrando!

— Era ela que estava me agarrando. — corrigi e ganhei um soco no braço.

Não duvido nada disso.

Isabel! — Alma disse indignada.

Não seja fingida, Alma Ferraz! Vou te dar trinta segundos para estar na minha porta senão eu chamo o corpo de bombeiros. — ouvi o riso na voz dela antes de desligar e o som do portão sendo destravado.

— Você está acabando com a minha reputação de boa moça. — a morena disse ajeitando a roupa com um sorriso.

— E você está dando prejuízo à companhia de energia elétrica. Tenho tomado muitos banhos frios ultimamente.

— Isso nem merece resposta! — ela não conseguiu imputar o tom de indignação que pretendia.

Virou-se de frente para o portão destrancado e o empurrou. Segurei a barra da blusa dela pelas costas enquanto se afastava. Ela me olhou de olhos semicerrados e eu falei:

— Vai embora sem se despedir, pulchram?

— Tenho medo desse sorriso! — ela soltou a blusa da minha mão, passando e fechando o portão gradeado entre nós. Alma me soprou um beijo na ponta dos dedos indo em direção ao elevador.

— Do meu sorriso ou de você mesma? — provoquei.

Ela deu uma gargalhada e me respondeu por cima do ombro com um sorriso sexy arrasador.

— As duas coisas, meu amor! As duas coisas. — e eu a perdi de vista.

Mas que droga! Ela não podia ser menos bonita? Eu mais chata, com um temperamento horrível? Tipo a Elisa. Ou ter um cheiro pior? Ou um gosto menos gostoso?

— É. — suspirei. — Hora do banho frio.

Como é que eu realmente estava conseguindo deixar minhas mãos longe dela? O meu autocontrole estava mesmo se superando, estava sendo exemplar. Exemplar demais! Talvez fosse hora de deixá-lo sair um pouquinho dos trilhos. Só um pouquinho! Eu diria que sou, com certeza, um anjo quase perfeito. Sou um anjo sem raça, um anjo vira-lata, apenas um por cento vagabundo.

Olá a todos! 

Espero que tenham gostado do narrador! Era essa a surpresa. Nesse livro vamos espionar os pensamentos e fuçar na mente de Gael Ávila.

Como viram, o mundo natural ficou para trás. Mas e a fada? E a raposa? E aquele final? Prometo que explico tudo direitinho mais para a frente. Mas por enquanto, tudo parece perfeito. Vamos aproveitar!

Sexta tem capítulo novo. Um monte de bjos! 

Se gostou, não esqueça do votinho. =)

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