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25. Sentimentos Proibidos: A ruína do meu cunhado

Tenho alguns avisos antes de você poder começar a leitura, por favor, não pule.

Primeiro quero pedir desculpas pela demora na atualização de novos contos, tanto aqui, quando no livro de contos dark. A vida tá corrida, faço meus corre, além de cuidar da minha família, então espero que vocês entendam. Não vou abandonar o wattpad, pois gosto muito daqui, de interagir com vocês e escrever esses contos onde me sinto mais livre para me expressar. Porém, provavelmente livros novos só sairão na Amazon, lá eu ganho e posso me "sustentar", aqui não. Então se eu ficar sumida de vez, é porque estou me concentrando em histórias novas para lançar lá. O que nem isso estou conseguindo, de tantas coisas na minha cabeça ultimamente. Espero que vocês estejam bem e que aproveitem a leitura, o conto está enorme, até pensei em lançar na Amazon também, mas primeiro me digam o que vocês acharam. Vou ficar daqui acompanhando cada comentário. 🩵

Não revisado.
______________________

Eu me lembro exatamente do dia em que o vi pela primeira vez. Eu tinha acabado de sair da escola, estava muito, muito calor e demoraria para chegar em casa, então avistei um trailer na beira de uma calçada de frente para uma empresa, vendia sorvete e alguns lanches. Comprei um picolé, chupei e depois comprei outro, de tão barato que estava e por ter feito minha língua ficar congelada nesse calor.

Essa calçada era enorme, por causa da frente da empresa, eu acho, e no meio dela tinha um chafariz bem grande, que as pessoas se sentavam em volta para conversar e se refrescar da água que saltava de alguns buraquinhos. Não nos deixava encharcados, servia para resfriar. Me sentei ao lado de duas mulheres que conversavam e observei o caótico movimento da calçada, as pessoas iam e vinham, alguns comiam das barraquinhas ali perto...

Até que meus olhos foram atraídos para um rapaz de terno e gravata que falava ao telefone, ele parecia chateado e nervoso, suspirava e, as vezes, coçava a sobrancelha. Pela sua aparência, era novo, para mim, era velho. Eu tinha 17 anos e ele deveria ter, no máximo, 24 anos. Pelo visto trabalhava na empresa atrás da gente ou aqui por perto. Não sei porque não conseguia mais parar de olhar para ele, sua beleza era encantadora, ele fazia muito o meu tipo apesar da idade. Chupando meu picolé, continuei observando o rapaz até terminar, durante a conversa, passou os olhos por mim uma vez. Como me pegou o observando, me olhou por alguns segundos, mas logo desviou e continuou a conversa.

Não tinha sido nada, mas seu olhar tinha feito borboletas flutuarem pelo meu estômago. Tudo bem, eu deveria procurar alguém da minha idade, mas não é como se eu fosse chegar nele e pedir seu número. Quem fazia isso eram os meninos, eu tinha vergonha até de encarar, como estranhamente eu tinha feito com aquele rapaz. Terminei meu picolé e ele terminou sua ligação, enfiando o celular no bolso e indo em direção ao prédio grande com chafariz na frente.

Me levantei e joguei o papel no lixo, só então fui para casa, sem conseguir tirar a beleza daquele homem da minha cabeça. Provavelmente nunca mais íamos nos ver, mas eu podia sonhar, não é mesmo? Portanto, todos os dias fazia o caminho para casa e sempre passava muito devagar na frente daquela empresa, procurando-o ao olhar em volta. Mas, infelizmente, terminei o ensino médio sem ver o rapaz de novo, o que era bem triste.

Eu queria muito fazer uma faculdade, mas éramos pobres, mamãe disse que não ia poder pagar, mas que eu podia tentar uma bolsa, mas será que eu iria conseguir me concentrar no trabalho e na faculdade? Porque não tinha a menor possibilidade de não trabalhar e não ajudar em casa. Meu pai era acamado depois de sofrer um acidente que o fez perder os movimentos das pernas, mamãe e minha irmã mais velha gastavam muito dinheiro com ele.

Dinara, minha irmã, não teve outro destino depois do ensino médio a não ser começar a trabalhar para ajudar em casa, então eu tinha que fazer o mesmo. Dinara era muito boa, conversou comigo e disse que eu podia estudar, depois a gente veria o negócio do emprego, mas eu sabia que se começasse os estudos na faculdade, que era muito longe, não ia conseguir tempo pra trabalhar e consequência não ia conseguir ajudar em casa.

— Dinara, eu quero fazer isso. — disse a ela, no quarto em que dividiamos. Ela era 7 anos mais velha do eu, alta e muito bonita, todas achavam que um dia ela ia ser modelo, mas não tínhamos condições e nem tempo para isso. Mamãe vivia triste por não poder nos dar uma vida melhor, e isso nos deixava triste também.

— Queria tanto que uma de nós tivesse um diploma — Dinara suspira, os ombros caídos. Coloco as mãos neles e começo a massagear.

— Eu tenho um diploma, do ensino médio.

— Você sabe o que eu quis dizer. Achei que quando você terminasse o ensino médio, eu já teria conseguido um emprego que pagasse tão bem que eu ia poder pagar seus estudos e estaria ajeitando nossa vida pra melhor, sabe?

— Irmã, como a mamãe diz, o importante é que estamos com saúde. Quer dizer, apesar do papai não estar muito bem por não poder se locomover, ao menos está vivo e conosco. — Eu não sabia muito como consolar uma pessoa, ainda mais um adulto. Sinto que minha irmã me protegeu demais da vida, por ser a mais velha, e agora eu conseguia ver com clareza quantos problemas tínhamos para enfrentar.

Antes, eu só conseguia enxergar o quanto de dever de casa eu tinha, o que ia eu fofocar com minha amiga e vizinha no dia seguinte e qual dos meninos da escola a gente ia se casar — uma brincadeira nossa, é claro.

— Sim, é verdade, mas... — ela fez uma pausa e se afastou, indo para sua cama velha de solteiro. — Um dia você vai entender.

E eu entendi. Passei metade do ano seguinte procurando emprego sem conseguir, mesmo sendo o primeiro emprego, queria trabalhar em algo legal como Dinara. Ela não tinha um cargo importante em uma empresa, mas pelo menos ela trabalhava em uma, das grandes, uma bem famosa. Dinara usava roupas de brechó, mas que nela pareciam chiques e novas. Em mim iam parecer trapos velhos. Por sorte, parei de me importar com os currículos não aceitos e comecei a pegar pequenos trabalhos pelo nosso bairro. Até o final daquele ano, trabalhei em uma supermercado ajudando a colocar compras em sacolas, depois em uma sorveteria e, por fim, em um sebo.

Onde me encontro hoje. Trabalho em um lugar onde vende livros baratos e mofados que, por incrível que pareça, é bem movimentado. Provavelmente porque o dono, o senhor Jorge, oferece um café quentinho e muito gostoso aos seus clientes. Muito gostoso porque sou eu quem faço.

Aquele ano tinha tudo para ser perfeito, eu estava bastante tempo trabalhando no sebo, conseguia ajudar em casa e ainda sobre a um pouco de dinheiro para eu comprar minhas coisas ou gastar com passeios com minha amiga. Eu estava muito feliz, esse ano eu completaria 19 anos e estava que estava gostando mais de mim agora do que antes, quando me achava muito sem graça. Ainda não era tão bonita quanto minha irmã nessa mesma idade, mas talvez chegasse lá.

Mas, a felicidade não dura para sempre, ela parecia momentânea na nossa vida, foi quando eu estavam no sebo um dia e alguém de onde eu morava chegou gritando e dizendo que eu precisava ir para casa urgentemente. O senhor Jorge me dispensou na hora e saí correndo da loja com coração saindo pela boca, cheguei a tempo de ver um carro grande saindo e atrás dele uma ambulância. Meu pai estava morto e minha mãe tinha desmaiado tamanho seus desespero quando o encontrou deitado sem vida.

Achei que nunca mais ia parar de chorar. Os vizinhos me acolheram até minha irmã chegar e a gente poder ir para o hospital visitá-la. Ela estava bem, mas ainda em choque, então os médicos disseram que ela teria que ficar em observação por alguns dias.

Dinara não podia deixar o trabalho, então fomos pra casa ajeitar tudo sobre o enterro e no dia seguinte eu fiquei com nossa mãe no hospital.

As coisas estavam muito difíceis, não consegui sentir o luto, pois estava no hospital preocupada com meu pai, e nos últimos meses passei mais tempo no sebo do que em casa, meu pai não saía do quarto que dividia com mamãe, então eu raramente entrava para não incomodar o seu descanso.

Ainda assim, sentia sua falta, na minha cabeça, passaram-se muitos momentos felizes da minha infância em que ele me carregava nos ombros ou dava sorvete escondido pra mim e Dinara antes do jantar.

Coitada, mamãe nem pôde comparecer ao enterro, uma vizinha ficou com ela no hospital para eu poder ir. Coloquei um vestido simples e preto e sapatos sem salto, Dinara não estava muito diferente de mim, mas antes de sair de casa, segurou meus ombros e confessou:

— Nós íamos preparar uma surpresa e contar tudo com calma esse final de semana, mas devido ao acontecimento, não vai ser possível. Então, antes que seja pega de surpresa, quero que saiba que estou conhecendo uma pessoa e ele está lá fora nos esperando para me acompanhar ao funeral. O nome dele é Oliver Caspian, ele é um homem incrível. — Fez uma pausa e suspirou, olhando pro chão. — Pena que papai não pôde conhecê-lo.

— Você está namorando? — Fico surpresa com a informação.

— Digamos sim. Agora vamos, ele está ansioso para conhecê-la porque sempre falo muito de vocês. — Dinara segura minha mão e saímos de casa.

Nada poderia me preparar para ver o namorado de Dinara, parada na lateral de seu carro com os braços e pernas cruzados, usando um terno preto deito sob medida. Eu tento parar meus pés, mas minha irmã me segura firme e continua me puxando enquanto sorri, ela acha que estou com vergonha, mas não é isso...

Eu não poderia crer que aquele parada e sorrindo para mim como se estivesse me vendo pela primeira vez fosse o mesmo cara que passei um bom tempo olhando sem desviar, memorizando cada traço. O cara que passei meses sem tirar da cabeça, que inclusive sonhei algumas vezes, que agora sorri e estende a mão, sem nenhum traço de reconhecimento. É claro que ele não se lembraria, faz muito tempo e ele não me olhou mais do que cinco segundos.

— Oliver, esta é Denise, minha irmã mais nova. E Denise, este é Oliver, meu... — Dinara ficou encantadoramente vermelha e envergonhada enquanto hesitava.

— Namorado — disse, com um sorriso encantador, ele parecia muito feliz pelo título. Ele me estendeu a mão e automaticamente coloquei a minha sobre a dele, sentindo um choque percorrer meu corpo. Credo, ele está com Dinara, Denise! — Ouvi muito sobre você.

— Só coisas boas, eu prometo! — Dinara parecia tão empolgada, que nem percebia meu choque, ou apenas associou ao dia fúnebre que enfrentaríamos hoje. Parecendo perceber meu estado, Oliver — que nome lindo! Combina com ele. — soltou minha mão e coloquei sobre meu ombro.

— Eu sinto muito pelo pai de vocês, meus sentimentos — disse ele.

— Obrigada — sussurrei, sem saber mais o que dizer ou fazer. Então ele pigarrou e abriu a porta de trás, esperando eu entrar. Fiz isso rapidamente, só para observar depois ele levando minha irmã até o banco do carona e beijando sua testa antes dela entrar no carro.

Durante o caminho, passamos metade dele com Dinara tentando nos fazer conversar, ela era legal assim. Mas eu não estava muito a fim, e Oliver parecia um pouco constrangido, então o restante do caminho fomos em silêncio até o cemitério.

Ao ver a placa quando chegamos, uma lágrima escorreu dos meus olhos. Nunca pensei que estaria neste lugar, ainda mais para enterrar um dos meus pais. Isso não era certo, não deveríamos ter que nos despedir de alguém tão importante quanto nossos pais. E tudo parecia ainda mais esmagador por eu ter que estar ao lado de uma pessoa que nunca vi na minha vida, mas que um dia fez borboletas se ascenderem dentro de mim. E que agora abraça e consola minha irmã mais velha, abraça seu corpo e me sinto pior ainda quando as imagino em mim.

Péssima. Péssima.
Você é péssima, Denise!

Ao fim da cerimônia, os parentes começaram a se abraçar e eu corri pro carro de Oliver, gostaria de ir embora sozinha, talvez caminhando, mas era muito distante e eu me perderia. Então, quando os vi se aproximar, fingi que estava dormindo e fiz isso pelo caminho todo. Eles conversaram aos sussurros e quando chegamos, ouvi o som de um beijo antes de Dinara me acordar e dizer que chegamos. Resmunguei um "obrigada" ao motorista e saí do carro sem olhar pra trás.

Sentia meu coração aos pedaços. Como eu poderia ter ficado encantada pelo namorado da minha irmã? Quer dizer, ele não era namorado dela na época, será que eles se conheciam?

Fui pro meu quarto e chorei. Então me senti mal por estar chorando mais pelo fato de saber que nunca terei uma chance com Oliver, porque agora ser oficialmente meu cunhado, do que pela morte do papai, então chorei ainda mais por me sentir a pior pessoa do mundo.

Quando mamãe voltou para casa, estava muito estranha, sem vida, sem cor, silenciosa. Então Dinara tentou animar lhe contando de Oliver, ela disse que o conheceu há dois meses atrás perto da fonte ele trabalhava e foi amor à primeira vista. Céus!

Ouvi tudo da cozinha onde preparava um chá para nossa mãe. Dinara falava de Oliver como se fossem casar amanhã, ela dizia o quanto ele era carinhoso e a convidou para almoçar no dia seguinte e depois em todos os outros, já que eles trabalhavam um perto do outro, no mesmo quarteirão.

Pensei que mamãe ia ficar mais alegre, era a primeira vez que uma de suas filhas conhecia alguém, e parecia algo muito sério, já que ele queria conhecer nossos pais há alguns dias, estavam planejando isso antes de papai...

Pois é, agora ele quer vir e conhecer mamãe, mas ela não está nada bem, ela não se animou com Dinara, nem mesmo a respondeu antes de deitar e se virar de costas. Ela nem quis o chá que fiz, então corri para minha cama e chorei, até sentir Dinara deitar atrás de mim e choramos juntas.

Parecia que tínhamos perdido duas pessoas, mas não, mamãe ainda estava aqui. Fisicamente.

Alguns dias depois, comigo e Driana tendo que voltar ao trabalho, não sabíamos mais o que fazer com nossa mãe, até que nossa tia apareceu e disse que podia levar mamãe para morar com ela e que elas iam fazer companhia uma a outra. Mamãe nos abraçou, pediu pra gente se cuidar e foi. Só que as coisas em casa se complicaram pra mim quando Driana disse que estava prestes a se casar, fiquei desesperada, eles não estavam juntos nem 3 meses completos!

Driana conversou comigo, disse que a data estava marcada e ia ser um casamento pequeno e tranquilo, praticamente escondido do restante da família dele para ninguém interferir, já eles tinham muita dinheiro e não iam aceitar menos do que uma festa gigantesca.

Eu mal conhecia meu mais novo cunhado, e eles já iam se casar. As coisas estavam mudando tão depressa que minha mente não conseguia processar tudo, principalmente o fato de que minha irmã queria me levar para morar com eles.

Sim, eles já tinham até uma casa pra morar.

É claro que eu não queria disse, disse que ficaria bem, que moraria sozinha, mesmo não tendo a menor noção de como era fazer isso, mas eu poderia me virar. Seria muito melhor do que morar com um casal recém casado cujo o noivo fazia minha pele arrepiar e meu coração bater mais forte. Eu realmente estava me esforçando para esquecer Oliver, forçando minha mente a entender que ele era minha cunhado e que Driana teve a sorte de encontrá-lo.

Mesmo que eu o tenha visto primeiro. De nada valia se ele nunca olharia duas vezes para mim, não com segundas intenções, ainda mais agora, quando parecia tão envolvido. Toda vez que o vi, me esforçada para não olhar tempo demais, me esforçava para não precisar nem lhe dirigir a palavra, pois me doía.

Eu nunca seria mulher aos seus olhos, porque ele já tinha uma.

Driana brigamos muito, mas eu estava exausta de negar sem ter motivos suficientemente bons para não ir morar com ela. Então aconteceu, depois meses depois eles estavam casados e foram morar juntos, o casamento foi pequeno, os pais do noivo estavam presente, mas eles pareciam não concordar com o casamento. Mamãe estava também, mas mal tinha forças para sorrir. Ela reforçou para Driana que eu não poderia ficar sozinha, e eu me sentia uma criancinha ainda por ter que ser cuidado por alguém.

Foi horrível a primeira noite, por sorte, meu quarto era embaixo e o deles em cima. Por conto dos últimos acontecimentos, eles não iam ter lua de mel, então fiquei quase a noite toda acordada pensando no que eles poderiam estar fazendo e com medo de ouvir algum barulho. Não ouvi nada, talvez pela distância ou sei lá.

No dia seguinte, eu preparando o café da manhã cedo, como sempre, eu teria que trabalhar daqui a pouco e precisava sair cedo para pegar o ônibus, já que agora morava um pouco mais longe do sebo. Ouvi passos vindo da escada e procurei algum lugar para me esconder, mas não achei nenhum e nem deu tempo, pois Oliver entrou na cozinha e tomou um susto ao me ver. Ele estava com um short de dormir e um roupão se seda aberto, sem camisa.

— Denise, bom dia! — Ele fechou rapidamente o roupão e abaixei os olhos, constrangido, senti minhas bochechas corarem. — Me desculpe, não sabia que estava aqui. Você acorda muito cedo, não é?

— Preciso trabalhar.

— Ah, verdade, Driana disse que você trabalhava em um sebo, certo? — Céus, isso é muito constrangedor. Apenas balancei a cabeça e continuei fazendo os ovos mexidos e o bacon. — Como você vai chegar lá?

— Vou de ônibus, vi que tem um ponto aqui na esquina.

— Claro que você não vai de ônibus, eu levo você. — Ele se serve de uma xícara de café e eu olho para ele assustada.

— Não! Não precisa, é sério.

— Eu faço questão, estou de licença por causa do casamento e mesmo depois disso, podemos te deixar no trabalho antes de ir pra empresa.

— Podemos?

— Driana e eu. — Ele volta a beber o café e então pega uma lasca de bacon da montanha que fiz. — Isto está uma delícia, Denise. Vou apenas trocar de roupa e avisar Driana, me espere aqui.

É claro, agora eles iam juntos pro trabalho, Driana avisou que trabalhavam no mesmo quarteirão. Desliguei o café com tudo pronto, fiz o suficiente para nós três, então coloquei meu em um recipiente e corri para me arrumar em tempo recorde. Então saio rapidamente do meu quarto e quase corro até a porta, talvez dê tempo de sair sem que ninguém me veja.

Nem fodendo eu poderia estar sozinha no mesmo carro que meu cunhado.

Saio da casa e começo a caminhar sem fazer muito barulho na direção do portão, mas paro quando ouço uma janela se abrindo e a voz da minha irmã me chamando.

— Denise! Oliver está já está descendo, ele vai te levar de carro.

— Ah. — É só o que consigo responder. Tento não reparar em seu cabelo desgrenhado, assim como o dele estava mais cedo, e na seu babydoll e roubado brancos, bem delicados. Abaixo a cabeça e vejo com Oliver sai rapidamente de casa, me chamando em direção ao carro dele.

Caminho até lá de cabeça baixo, pensando em mil coisas. Será que Driana ainda está na janela? Ela não vai achar isso estranho? Ele perguntou e ela concordou? Ou ele só avisou e ela não disse nada? Será que isso era a coisa mais normal entre um cunhado e uma cunhada? Será que o clima no carro ficará estranho?

Droga, amanhã ou vou ter que sair antes de todos acordarem para não ter que passar por esse constrangimento.

Oliver, como um perfeito cavalheiro, abre a porta do carona pra mim, o lugar que deveria ser somente para Driana sentar. Não sei como me sento sentada aqui, mas resolvo não pensar muito nisso, ainda mais quando Oliver se senta ao meu lado de cabelos molhados e com cheiro de sabonete.

Coloco a mão no nariz, infelizmente é um cheiro maravilhoso e eu não posso ficar sentindo isso. Ele sai de casa e então começa a conversar comigo, pergunta como é o trabalho, se gosto de lá, se penso em fazer faculdade, que Driana já contou que eu gostaria de fazer biblioteconomia agora, depois de ter me acostumado com sebo e tal. Mas eu não consigo deixar de dar apenas respostas curtas, porque até o som da voz dele me deixa nervosa, num estado em que eu não deveria ficar considerando quem ele é agora.

Não mais um estranho na rua.

E sim o marido da minha irmã.

**********************

Eu o superei. Finalmente!

Quando entro no carro de Steven, meu namorado, ele me beija e a gente vai pra sua casa. Sei o que vai acontecer, nós vamos transar, pela primeira vez. Estamos saindo já faz um mês e não saímos do beijo e das mãos bobas. Eu sorrio para ele, andamos de mãos dadas e não penso mais com tanta frequência no meu cunhado, certo?

Errado! Quando estamos na cama de Steven e ele está dentro de mim, por um milésimo de segundo, olho para Steven e o rosto de Oliver vem na minha cabeça, então começo a chorar de tão porca que me sinto.

— Céus! O que aconteceu? Eu machuquei você?

Certo, também havia a dor de ter sido penetrada pela primeira vez. Mas, nada se comparava com a vergonha de ter se quer pensado e visto meu cunhado em Steven.

— Droga, já faz um ano — eu resmungo baixinho e me encolho no canto da cama.

— Como? — Steven não conseguiu ouvir o que eu disse, graças a Deus.

Já faz um ano desde o casamento da minha irmã e eu decidi que faria de tudo para esquecer essa droga de paixonite por uma pessoa que eu mal conhecia.

Mas, passei a conhecer quando convivi todos os dias com ele e minha irmã. E precisei sentir o amor deles de perto, tão perto que inúmeras vezes eu quase peguei os dois transando pela casa, era tão humilhante! Eu queria tanto só feliz e ficar feliz pela Driana. Na verdade, eu era muito feliz por vê-la feliz, mas era tão infeliz por ver meu cunhado e ter que fazer um esforço para não ver ele com outros olhos.

Juro que me esforcei. Eu saía tão cedo que durante um ano inteiro Oliver conseguiu me levar ao trabalho apenas 5 vezes, ele ria e dizia "te peguei!" como se fosse uma piada nossa ele conseguir me pegar em casa antes de sair pra trabalhar.

Me esforcei quando assistimos filme na sala, nós três, eu no sofá mais distante, eles juntos e agarrados no outro. Quando a gente almoçava juntos, quando ele tentava brincar comigo também na piscina, é claro que ele não tinha maldade nenhuma, mas eu fugia como se o diabo estivesse atrás de mim. Evitava o máximo se quer esbarrar nele, apesar de já ter acontecido várias vezes, já que morávamos no mesmo teto.

E quando ele chegava antes em casa ou Driana saía com as amigas? Eu me trancava no quarto e só saía de novo quando ouvia a voz dela. Uma vez, uma única vez, Oliver me chamou e perguntou se eu tinha medo dele, eu disse que não, é claro, e então ele disse para eu parar de me esconder quando sua esposa não estava. Que a casa era minha e eu devia me sentir a vontade dela, que éramos uma família agora, eu apenas sorri e concordei, mas o evitava mesmo assim.

E quando conheci Steven e senti a menor das atrações e ele sorriu para mim como se me achasse tão lindo que ele não conseguia olhar para outro lugar, eu pensei que finalmente estava acontecendo, eu estava superando Oliver.

Depois da porra de um ano inteiro! Sem contar o ano em que o vi pela primeira vez, esse ano eu nem conto, pois não fiz muito esforço para tirar ele da cabeça.

Voltei para o presente quando Steven se levantou e ligou a luz, eu me encolhi, mas logo ele estava na minha frente, colocando uma cueca e escondendo pau ainda ereto. Deus, eu me sentia tão mal por ele, Steven era um cara legal.

— Me desculpe, Denise, juro que tentei ir o mais devagar possível por ser sua primeira vez.

— Steven, não esquenta, não é isso.

Caramba, eu acabei de perder minha virgindade e nem tinha transado. Como eu era uma garota idiota.

— O que é então? Eu posso ajudar?

— Não, é só uma coisa de garotas.

— Ah, sim. A gente pode só dormir.

Ergui o rosto para ele e foi impossível não notar a ereção atravessada na cueca amarela. Coitado de Steven! Apontei para suas partes e Steven deu de ombros, sorrindo de lado.

— Ele supera. — Brincou. Então se deitou na cama e perguntou se poderia me abraçar.

— Se eu pedir para você transar comigo e continuar mesmo que eu chore, você faz isso por mim? — Eu tinha que esquecer, precisava disso, que fosse até o final. Que fosse doloroso, mesmo que doesse mais na alma do que fisicamente.

— É claro que não, Denise, não foi te machucar.

— Por favor, eu te ajudo e você me ajuda.

— Esqueça minhas necessidades, eu estou preocupado com você.

— Não preciso de piedade, Steven, preciso que me foda, com força. — Me ergo, segurando os lençóis contra os seios. — Ou então eu vou embora, já que você não é capaz de me dar o que quero.

— Ei, isso não é justo. — Ele se senta também e me faz virar para ele. Lhe dou um olhar desafiador, um que aprendi com uma nova colega de trabalho no sebo.

— Eu fico, Steven, ou eu vou embora. — Estico a mão e o toco, ele ainda está absurdamente duro. É estranho tocar em um pênis pela primeira vez, eu o tiro de sua cueca e observo minhas mãos esfregar em a pele lisa e quente de seu pau. Steven suspira e solta um palavra.

Então ele se joga em cima de mim e logo está dentro de mim novamente. Eu o vejo agora, ele, Steven, o cara com quem estou saindo e que é bem legal, um cavaleiro, como...

Não, de novo não, droga. Eu choro e Steven ameaça parar, mas cruzo as pernas em volta do seu quadril e abraço seus ombros para ele não me olhar enquanto enterra o rosto no meu pescoço e aumenta a velocidade.

— Com força — Sussurro, enquanto meus olhos ardem, assim como minha boceta. — Mais rápido.

E Steven me obedece. Nunca pensei que seria assim minha primeira vez, pensei em tantas formas que iria acontecer, mas não estava preparada para esse vexame.

Quando acabou, Steven saiu de dentro de mim, me virei de costas e ele me abraçou enquanto eu chorava. Sussurrou um "sinto muito" e ficou comigo até eu dormir. Achei que era o nosso fim, mas acho que Steven virou eu. Ele não queria desistir de mim, mesmo quando percebeu que eu não poderia retribuir seus sentimentos.

E ele tentou, muito, me fazer ser completamente dele, não pensar em mais nada nem ninguém a não ser ele, mas não conseguiu. E eu queria tanto amá-lo, tanto!

Mamãe estava feliz, ela estava bem melhor, faz um ano e meio desde a morte de papai e ele parece mais feliz e mais viva quando vamos em um almoço de família para comemorar o aniversário de nossa tia. Driana e eu somos muito gratas por ela ter cuidado de nossa mãe e ter feito de tudo para fazer ela ficar bem, a gente a visita pelo menos duas vezes ao mês e acho que isso a ajudou também, saber que estávamos seguindo em frente e que estávamos felizes.

Ela conheceu Steven e gostou dele, mas me chamou em um canto e me disse que precisava deixá-lo se não sentisse o mesmo, porque ele me olhava igual papai olhava para ela e que eu não o olhava da mesma maneira. Se meu coração já não tivesse partido, ele estaria espatifado não chão agora, será que todos perceberam, será que ele me olhava e não via a mesma paixão com que ele me olhava e se sentia mal?

Ele era um grude e um amor, estava sempre perto de mim. Ele encantou minha família, inclusive a Oliver, que o olhou e disse bem assim: Não a magoe ou vamos atrás de você.

Então todo mundo riu e a festa continuou. Eu queria me enterrar debaixo da terra, pois se alguém sairia machucado desse relacionamento, se é que podemos chamar assim, seria ele.

Pelo menos a gente transava com frequência e eu não chorava mais, apesar de não conseguir retribuir toda a emoção que ele transmitia no ato.

No aniversário de 3 anos de casados, Dinara e Oliver fizeram uma pequena comemoração em casa, foi então que ela anunciou a sua gravidez. Claro que eu sabia que isso iria acontecer, mas foi um baque tão grande que não tive muita reação, mas os abracei e desejei os parabéns. Bem, é isso, eu tinha que sair de casa, já tinha passado da hora.

Eu não ganhava tão bem a ponto de comprar casa e se tivesse que gosta aluguel sobraria muito pouco para mim. Mas não dava mais para atrapalharia a vida da minha irmã, ainda mais com um bebê a caminho. Eles precisavam desse espaço, mesmo que ela me diga sempre que eu posso ficar com ela e que ela é mais feliz tendo outra mulher em casa contra Oliver. Porque é claro que já falei que ia sair de casa assim que desse, para eles saberem que eu não pretendia ficar para sempre.

Depois da comemoração, fui com Steven para sua casa. No caminho, comecei a pensar se seria uma boa ideia morar com ele, eu tinha roupas lá, minha escova de dentes e até alguns sapatos. Não queria para sempre também, só até eu conseguir o meu próprio canto.

Entramos no apartamento e percebi que Steven está estranhamente quieto, ele vai até a cozinha, pega um pouco d'água e volta para a sala onde estou tirando os sapatos no sofá, ele se senta de frente pra mim e me encara.

— O que foi? — pergunto.

— Eu estava reparando uma coisa hoje, entre você e sua família.

— O que? Não estou entendendo.

— Você não pareceu muito feliz quando sua irmã anunciou a gravidez, eu estava te olhando. Estou sempre te olhando. E você pareceu mais chocada do que feliz.

— É claro, eu vou ser tia. E não sabia que eles estavam tentando, fui pega de surpresa como qualquer pessoa. — Foi isso, não é? Pelo menos é o que disse para mim mesma. Mas pelo modo como Steven me olha, vou odiar essa conversa, e hoje só queria dormir e não acordar por uns 3 dias.

— Sabe outra coisa que reparei também?

— Não sei, Steven, mas algo que me diz que você vai me contar.

— Reparei que você olha diferente para o seu cunhado.

Puta que pariu!

— Não estou entendendo aonde você quer chegar.

— Você não olha para ele como olha para mim, Denise. Me olha como se eu fosse seu amigo, seu amigo colorido. Mas, olha para Oliver como se o quisesse, de outra forma, uma forma nada platônica.

— Não seja nojento! Ele é marido da minha irmã. — Estou tão nervosa que meu coração parece que vai sair pela boca.

— Exatamente, Denise, ele é marido da sua irmã, você não deveria olhar para ele com olhos brilhantes. É só um toque. — Então ele fica de pé e joga a garrafinha no lixo. — Você pode ficar aqui o tempo que precisar, vou para casa dos meus pais por um tempo, até que consiga retirar suas coisas. Não tenha pressa, realmente não precisa levar tudo de uma vez.

— Você pode ficar, Steven. A casa é sua. — Fico de pé, sinto meu corpo tremendo dos pés à cabeça. A sensação é horrível, como se ele tivesse me dado um chute, mas eu sei que mereço, então eu não digo nada para ele.

— Não posso ficar aqui nem mais um segundo. Estou saindo, me envie uma mensagem quando tiver pegado suas coisas. Adeus, Denise, foi... Muito bom enquanto durou.

Ele sai de casa e eu caio no chão, choro como uma babaca, idiota e insensível. Suas últimas palavras saiu de um modo tão sentido, que só posso crer que parti seu coração, e é por isso que sei que ele acreditava que conseguiria me fazer amá-lo, ele não estava desistindo, ele não era desses.

Não consigo dormir em sua cama, então passo metade da noite chorando e vomitando e a outra metade dormindo no sofá. Então, pego tudo que tem meu na casa e coloco em sacolas, chamo um Uber e vou para casa, no caminho envio uma mensagem para Steven e digo que a casa está vazia. Ao invés de responder, ele apenas me bloqueia, então chego em casa chorando e minha irmã está lá me esperando para me abraçar.

Eu não mereço ter uma irmã tão boa, não mereço as horas que ela passa me consolado pelo termino de um relacionamento que ela nem sabe que não era de verdade. Steven e eu não estávamos namorando, ele queria muito, mas sabia que eu não podia ser mais do que sua amiga colorida porque meu coração pertencia a outro homem.

*************

E então a pequena Quinn nasceu. É claro que eles teriam uma menina, e é claro que ela seria incrível! Muito mais do que isso. Eu já estava vendo um apartamento para morar, mas Dinara disse que nesse momento ia precisar muito de mim, me pediu para não ir embora e abandoná-la na sua primeira vez sendo mãe. Bom, era a primeira vez que eu ajudaria a cuidar de um bebê também, então aprendemos juntas.

Juntos. Éramos uma família.

Era um pouco menos insuportável estar no mesmo ambiente do que ele. Parece que o tempo realmente cura, naquele dia, quando Oliver me deu minha sozinha no colo pela primeira vez e eu olhei para Quinn, me senti muito melhor em tempos, parecia que ela estava me curando com seu corpinho quente e pequeno. Eu senti algo, não sei explicar, uma paz intensa, um amor incondicional. Como se Quinn fosse uma parte minha também, e ela era, minha sobrinha, a minha primeira sobrinha, já que não tinha outros irmãos para me dar sobrinhos.

Foi incrível!

E depois foi caótico, era tão difícil cuidar de um bebê. Quando Oliver voltou pro trabalho e eu passei mais tempo no quarto com minha irmã e minha sobrinha, percebi o quanto era difícil a maternidade. Bebês choram muiito, bebês cagam muito, bebês mijam muiito e bebês comem muito. Por algum motivo Dinara não produziu leite, então a dispensa estava lotada de latas de leite. Parece que Oliver tinha acabado com o estoque do supermercado e da farmácia.

Dinara estava com olheiras, muito cansada e um pouco debilitada pela cesariana. E por incrível que pareça, eu consegui fazer Quinn ficar quieta mais rápido, eu a aconchegava no meu corpo e cantava para ela dormir, como tinha visto que bebês gostam em vídeo do Tiktok.

— Estou tão aliviada por você estar aqui! Ela gosta mesmo de você, Denise — diz minha irmã, já quase dormindo na cama.

— E eu gosto muito dessa coisinha fofa, não é, meu amor? — eu digo com voz de bebê enquanto embalo Quinn e ando pelo quarto, vendo que Dinara dorme e suspira, finalmente descansando.

Quando Quinn dorme, eu a coloco no berço que fica no quarto ao lado e depois volto para catar as coisas sujas do quarto de minha irmã. Levo roupas sujas para a lavanderia, jogo fraldas no lixo e arruma algumas coisas de bebê que ficam no quarto deles. Depois de preparar um almoço rápido e subo na hora exata que Quinn começa a se mexer, eu a pega já com a mamadeira na mão e lhe dou, consigo ouvir Dinara roncando do seu quarto, ela realmente está dormindo bem desde que voltou do hospital.

Quinn mama tudo e então a coloco no meu ombro para arrotar, eu canto bem baixinho e ela solta um arroto tão alto que me assusta.

— Uau, isso não pode ter vindo de você! — Eu a viro para mim e ela fica me olhando com aqueles olhos grandes igual ao pai. Ela parece muito com ele, para o desespero de Quinn, apenas o cabelo puxou dela, nossos cabelos eram herdados de da mamãe, tínhamos as madeixas de um castanho claro, quase dourado.

— Um dia você será uma mãe incrível, Denise. — Me assusto com a voz atrás de mim e me viro para ver Oliver entrando sorrateiramente no quarto de Quinn. — Me desculpe, não queria te assustar. Onde está Dinara?

— Dormindo. O que faz em casa a essa hora? — Olho para o relógio da parede e vejo que estamos em horário de almoço.

— Não consegui passar muito tempo longe da minha baixinha. — Ele se aproxima e a pega dos meus braços. — Oi, minha princesinha linda, você já almoçou? A titia está cuidando muito bem de você, não é?

Ele coloca sua cabeça em seu peito, então imagino ela golfando e sujando seu terno todo, então pego a fralda e coloco em seu ombro. Me viro para sair e voltar para o andar de baixo, mas sua voz me para.

— Denise, posso conversar com você rapidinho? — Meu coração acelera e não sei porque, talvez porque essas palavras nunca saíram de sua boca e parece algo sério.

— Sim?

— Não posso ficar em casa o tempo todo cuidando delas, e como pode ver, Dinara precisa muito da ajuda de alguém. E depois, quando ela voltar para a empresa, vamos precisar de alguém para cuidar de Quinn. Confesso que estou com medo de alguém estranho cuidar da minha filha, não confio muito nas pessoas, ainda mais com meu bem mais precioso. — Ele se inclina e beija os cabelos de Quinn, depois volta a olhar para mim, quase implorando. — Será que você pode cuidar de Quinn pra gente? É claro que vou te pagar, seria como um trabalho, de qualquer forma. Sei que você ama Quinn e cuidaria dela até de graça, antes que você diga isso.

Era exatamente isso que eu estava pensando.

— Mas também sei que você tem suas necessidades, que gosta de sair, comprar suas coisas, seria injusto te tirar do seu trabalho assim. Então, por favor, pode fazer isso por nós? Só consigo pensar em você para cuidar de Quinn, confio em você e Dinara também acha que é uma boa ideia.

Engulo em seco. Passo a língua nos lábios e penso no que dizer, não quero negar, sei que minha irmã precisa de toda ajuda possível, mas também penso que eu estava tão perto de sair daqui e agora...

— Vou te pagar muito bem, e vai ser só durante a semana, não vamos sacrificar seus finais de semana. A não ser, claro, que queira passar um tempo com ela, é sua sobrinha. Na verdade, você pode vê-la quando quiser, é claro, já que mora aqui. Mas, por favor, não se sinta pressionada só porque mora aqui, não estou pedindo isso só porque... Você sabe, realmente gostamos de ter você por perto.

— Certo, está tudo bem. Eu aceito. — Eu digo antes que ele deixe tudo mais constrangedor, ele está até vermelho. Céus! — Eu vou adorar cuidar de Quinn.

— Muito obrigada, Denise, você é um anjo em nossas vidas.

— Eu fiz almoço, se você quiser.

— Obrigado, vou só acordar Dinara.

— Vou dar uma saída já que está em casa! — grito do corredor.

— Vá em paz, eu cuido delas. Se cuida!

— Ok!

Saio para ir ao cinema, realmente preciso espairecer, a noite eu saio e decido ir uma balada depois de receber uma mensagem de uma amiga. A gente se encontra por lá e dançamos e bebemos a noite toda, lá eu conheço um carinha legal e gostoso, a gente curte um motel, nada romântico, só carnal, do jeito que eu precisava. Só então volto para casa e tomo um banho antes de ver Quinn. Oliver já saiu para trabalhar e Dinara está naquele estado de nervos, pois não conseguiu tomar o café da manhã e nem um banho descente.

Cuido de Quinn enquanto ela cuida de si. Quando Quinn dorme, volto a ajeitar o quarto, como ontem, mas Dinara volto e me para, ela pede para eu sentar e diz que precisa fazer alguma coisa, pois não aguenta mais não fazer nada. E diz que eu preciso ficar sentada enquanto ela fala e eu a ouço para opinar.

— Opinar sobre o que? — pergunto, sentada na beira da cama.

— Estou me sentindo tão feia! Nunca estivesse com o cabelo tão embolado, com a barriga tão estranha, com o rosto tão abatido e com olheiras!

— Você também nunca tinha parido um bebê.

— Foi cesária, nem fiz esforço, era para eu estar melhor, sei lá.

— Você está costurada, Dinara. — Ela tenta pegar um lenço no chão, mas rapidamente faço isso por ela, então ela começa a dobrar um lençol.

— Eu não sou uma inválida, sabe, mas não posso nem transar com o meu marido!

— Pelo amor de Deus, Dinara — arregalo os olhos. — Não vamos entrar nesse assunto. E você está costurada, sabia que era assim.

— Eu sei! E não vou entrar em detalhes com você, só estou querendo dizer que estou com medo dele deixar de me amar ou me ver como mulher.

— Nossa, você está realmente pirando! Ele por acaso disse alguma coisa?

— Não, claro que não...

— Então! Isso é coisa da sua cabeça, ele entende que você acabou de dar a luz a filha dele.

— Sabe, eu nunca disse isso para ninguém, mas tem uma mulher no trabalho dele que é tão gata, e eles são meio que amigos. Não imagina como estou surtando pensando nele olhando para ela toda gata e quando chega em casa olha para mim e...

— Dinara! — grito e seguro seus ombros. — Você é gata! E Oliver é apaixonado por você, foi você quem deu uma filha para ele, é com você que ele está casado, é claro que ele não vai olhar para outra mulher só porque você está se recuperando.

— Você acha?

— Tenho certeza! — Oliver, não me decepcione. — Se você acha que vai se sentir melhor, eu faço seu cabelo e uma maquiagem para quando seu marido chegar você se sentir mais gata do que já é e ele vai dizer que você já estava lindo antes e que ama você de qualquer maneira.

— Não sei o que faria sem você, Denise. — Ela me abraça e então a gente começa a luta de fazer o cabelo, olhar Quinn, terminar o cabelo, cuidar de Quinn, fazer a maquiagem, cuidar das necessidades de Quinn.

Levamos mais de duas horas para deixá-las mais apresentável e quando ouvimos o barulho do carro de Oliver, eu pego Quinn e a levo para o berço, já que ela está dormindo. Então Oliver rapidamente vem na minha direção, mas aponto para o quarto deles.

— Primeiro a sua mulher hoje.

— O que vocês estão aprontando?

— Vá descobrir. — Eu olho para suas costas enquanto ele segue para o quarto deles. Me sinto bem por ter feito o que fiz, por vê-lo entrar sorrindo e depois ouvir ele dizer o quanto Dinara está gata, mas que a acha linda até quando ela acorda descabelada e com bafo. Então paro de ouvir e sorrio enquanto desço as escadas.

Está tudo bem agora. Tudo vai ficar bem.

***********

Nada ficou bem.

O mundo de todo mundo virou de cabeça para baixo quando, sete meses depois, Dinara voltava para casa de táxi e um um maluco em um caminhão veio na contra mão e tirou a vida de minha irmã e do taxista.

Foi o pior dia da minha vida. Perder Dinara foi mais doloroso do que perder papai. Por algum motivo, foi muito pior, por algum motivo, eu queria que tivesse sido eu no lugar dele, tinha que ter sido eu. Eu não tinha uma bebê me esperando em casa, eu não tinha um marido me esperando em casa.

Quando recebemos a notícia, Oliver ficou transtornado, ele simplesmente deixou Quinn comigo e foi atrás de Dinara, só que ele se esqueceu que ela também era minha irmã, além de sua esposa. Eu tive que me segurar, que ser forte para poder conseguir cuidar de Quinn e enquanto sofria uma dor enorme no coração pela notícia. Eu não queria acreditar, estava em negação, até que horas depois Oliver voltou para casa com os olhos vermelhos, ele nem olhou para mim enquanto ia direto para o quarto deles.

Então começou uma sequência de barulhos que ia me assombrar pelo resto da vida, Oliver estava destruindo o quarto dele, enquanto chorava e grunhindo, ele estava com muita raiva, com muita dor, sentindo muito. Mas eu também estava, precisei colocar Quinn com cuidado na minha cama enquanto caia no chão e chorava e chorava. Bem baixinho para não a assustar. Deixá-la em seu quarto não foi uma opção, ela ficaria assustada com o barulho que vinha do quarto ao lado, por isso dormiu comigo, me fez companhia enquanto parecia que eu ia morrer de tanta dor.

Não fazia ideia de como contaria a nossa mãe, e nem de como ela iria reagir. Simplesmente decidi que eu não conseguiria, eu não podia dar essa notícia a ela, minha garganta fechava toda vez que eu pensava nessa possibilidade.

Na manhã seguinte, a casa estava silenciosa. Saí do meu quarto com Quinn e fui até a cozinha para lhe fazer uma mamadeira, quando ouvi os passos vindo da escada, me preparei para dizer algo, mas sem saber o que. Eu deveria dizer que sentia muito? Ela também era minha irmã, droga.

Oliver entrou na cozinha, um frio se alastrou pelo meu estômago ao ver seu rosto tomado por um vazio aterrorizante. Ele parecia um robô, estava de arrumado de terno e gravata, mas estava um pouco desalinhado, ele parou na minha frente e não disse nada por um momento. Então pegou Quinn e abraçou, seus olhos finalmente se suavisaram um pouco, parecia que o brilho ia voltar, mas então a bebê começou a chorar de fome e a seriedade voltou. Ele a entrou a mim após beijar seus cabelos.

— Eu preciso resolver tudo. Também preciso falar com Dona Ursula. — Engoli em seco quando mencionou minha mãe. — Em breve estarei de volta, você poderia cuidar de Quinn, por favor?

— É claro, Oliver. — Quase digo que ela é minha sobrinha, e que eu tinha perdido sua mãe, jamais abandonaria minha sobrinha, ele não precisava ter pedido.

Então ele não diz mais nada e sai de casa.

Dou mama a Quinn, mas hoje ela não para de chorar. Eu lhe dou banho, troco sua fralda, verifico se está com cólica, dor de ouvido em algum outro lugar, mas não detecto nada de errado com seu corpo, mas ela não para de chorar. Ela sabe, ela sente.

— Eu sinto tanto, meu amor. — Eu a abraço e balanço até ela adormecer, suspirando a cada minuto. Eu a entendo, também quero chorar toda hora, mas preciso cuidar de Quinn, ela não tem mais ninguém.

O enterro foi horrível, eu não estava preparada. Ver o caixão de minha irmã tornou tudo tão real, que quase não consegui me manter de pé, nem mesmo mamãe, que passou mal e precisou ser levada para o hospital. Oliver não chorou, ele ficou lá parecendo uma estátua, sem vida, recebeu os abraços dos familiares, mas não deixou cair uma lágrima. Talvez ele tenha chorado o suficiente naquela noite em que recebeu a notícia. Eu não sei e não posso pensar nisso agora.

Simplesmente tenho muito o que fazer também. Mamãe está no hospital e Quinn precisa de alguém, Oliver não deixar de trabalhar, mas ele tenta do seu escritório por alguns dias, mesmo que tenha que comparecer a empresa algumas vezes. Ele tem um cargo tão importante que recebe muito bem, eles são ricos...

Eles... Eles agora se resume a Oliver e Quinn.

Eu cuida dela a maior parte do tempo, mas ele tenta voltar a se aproximar aos poucos, mas está tão frio que Quinn não fica muito tempo em seu colo sem começar a chorar. Eu vejo que ele a ama, mas está amargurado e quebrado pelo luto, tanto que não percebe que alguém precisa mais dele agora do que antes.

Os meses passam rápido de mais, as coisas estão estranhas, agora a governanta pergunta a mim o que quero que faça para almoçar e jantar, não a minha irmã, que não está mais conosco. Eu me assustei na primeira vez que me perguntou, disse "qualquer coisa", mas ela sempre pergunta e começa a ficar assustada por não ter exatamente um prato escolhido.

Não posso atrapalhar seu trabalho, então sempre falo a primeira comida que vem na minha mente. Oliver não tem comido direito, mas Quinn limpa o seu prato. Ela se senta na cadeirinha e faz a maior sujeira. Mamãe já saiu do hospital e veio em casa ficar um tempo com Quinn também, ela diz que Oliver é um caso perdido e que preciso ser forte por Quinn, mas não sei até quando vou aguentar.

Não era isso que eu queria, realmente ao queria tomar o lugar de minha irmã como parece. Meu plano era sair desta casa e ver minha irmã feliz de longe, com sua família, e logo poder dizer que também estou feliz com a minha família. E ela jamais saberia todos os meus sentimentos antigos, ela nunca precisaria saber, porque eu os teria superado e já não me importaria mais, nem um pingo.

Mas ainda tem algo pingando. Esse pingo que me assusta.

Faz e 5 meses desde a morte de Driana. Quinn está fazendo 1 ano de idade e a gente não podia deixar passar em branco, então fizemos uma pequena comemoração só com familiares. Na hora do parabéns, todos dizem que preciso segurar Quinn, já que Oliver nunca está com as mãos vazias desde a morte da esposa, ele está sempre com um copo de whisky nas mãos. Então, é estranho, mas estamos nós três agora trás do bolo para as fotos com Quinn. Sinto um reboliço estranho no estômago quando Oliver encosta o ombro no meu, nós três olhando para a foto.

Assim que batem a foto, saio rapidamente, levando Quinn comigo, ela não desgruda de mim, aonde eu vou, ela vai atrás.

Ainda é muito nova para saber o que aconteceu com sua mãe, mas eu sempre mostro fotos de Dinara para ela e digo que é sua mãe, agora ela já aprendeu, toda vez que vê uma foto de Dinara ela diz "mamã" e é a coisa mais linda do mundo. Eu sinto orgulho de vê-la crescer tão linda e esperta.

No fim da festa, a casa fica vazia e levo Quinn para um banho, quando saio do banheiro para o quarto dela, me assusto ao ver Oliver na porta, com os dois braços no batente e segurando seu copo cheio, ele não diz nada, então continuo secando Quinn e colocando seu pijama.

Olha para seu papai de forma curiosa, ele ainda está um pouco distante dela, não é como era antes, mas quando está sóbria, que normalmente é logo que chega do trabalho, ele brinca com ela e lhe conta histórias. Depois disso, está com um copo na mão e com esse olhar vazio de quem não está mais na terra e sim no espaço flutuando.

— Você gostou do pijama que a vovó deu? — pergunto a Quinn e ela alisa o pijama rosa, toda orgulhosa, também sorri e me abraça.

— Eu também te amo, minha pequena, mas seria legal se você abraçar a vovó assim, pois ela quem te deu, certo?

Quinn ri e então diz algo que me faz engasgar.

— Mamãe — Ela beija minha barriga, que é onde alcança e então se deita, está caindo no sono hoje, a festa a cansou de verdade e ela dorme sem que eu precisar contar uma história.

Eu fico lá, sem reação, uma dor se alastra no meu peito e meu coração quase sai pela boca. Ouço um farfalhar na porta e vejo quando Oliver se vira de costas e sai do quarto. Ele ouviu. Ouviu a filha me chamando de mamãe, a mulher que ele perdeu.

Meu Deus eus, o que eu faço agora? Porque ela me chamou assim se eu a ensino a me chamar de titia todos os dias?

Acho que preciso me desculpar, então vou até o quarto de Oliver e encontro a porta aberta. Não tem mais nada de Driana aqui, ele tirou tudo, lençóis, fotos, roupas, qualquer coisa que lembrasse ela. Agora só parece um quarto de um homem frio e quebrado. Ouço um barulho no banheiro de algo caindo e então ouço um xingamento e um murmuro, sem pensar muito, corro até lá e encontro Oliver caído dentro da banheira, só de calça.

— Droga, acho que minha carteira e meu celular estão no bolso. — ele resmunga olhando pra mim, fala arrastado que preciso de esforço para entender o que diz.

— Meu Deus, o que aconteceu? — eu entrei para tentar ajudar ele a se levantar, mas ele é muito pesado.

Sua blusa e paletó estão jogados no chão e me esforço para não olhar para a parte superior dele que está nua. Quando não tenho êxito, levo a mão até a banheiro e consigo recuperar seu celular e a carteira, coloco tudo na bancada e tiro as notas e documentos, espalhando na bancada para secar.

— Acho que vou dormir aqui na banheira hoje.

Me viro para ele, Oliver está de olhos fechados. Que merda! Eu não deveria cuidar de um bêbado, eu nem bebo até cair, ele deveria fazer o mesmo. Digo pra ele sair e tento ajudá-lo novamente, dizendo que não posso estar ali, que era inapropriado e que ele precisava de levantar logo. Então ele parece fazer um esforço maior, mas quando senta na banheira, abraça minha cintura e sua cabeça está pousada minha barriga, ele está me molhando toda.

Arregalo os olhos e tento puxar seus braços, mas são pesados, ele malha pesado, além de estarem escorregadios. Por que ele tinha de ser tão forte?!

— Ela acha que você é a mãe dela — resmunga em um tom bêbado, ele está meio fora de si e preciso sair daqui, mas estou congelada com suas palavras. — Minha filha não lembra da mãe dela.

— Mas ela vai, quando crescer, vamos contar o quanto Dinara foi uma pessoa incrível e uma mãe maravilhosa o quanto pode.

— Elas nem tiveram tanto tempo, sabe? Elas mereciam mais tempo. — Ele diz embolado, mas percebo o choro em sua voz.

— Eu sei, eu concordo. — Seco minhas próprias lágrimas e coloco as mãos em seus ombros para tentar fazê-lo me soltar.

— Se eu te soltar, vou cair de novo. Me desculpa...

— Certo, mas então se levante e vai para cama. Eu te ajudo a chegar lá.

— Só preciso tirar as calças molhadas.

Engulo em seco enquanto ele escala meu corpo para ficar de pé, eu quase quebro com sua força, ele está muito bêbado e esquece que sou muito menor e mais fraca do que ele. Quando se escora na parede para retirar o resto das roupas molhadas, corro pra fora do banheiro e puxo as cobertas, então volto para o banheiro com as mãos nos olhos.

— Não estou nu, Denise — Ele fala tão embolado que quase não entendo, então tiro as mãos e o vejo apenas com uma toalha na cintura, ele estende a mão e usa meu corpo de muleta. — Amanhã vou me sentir péssimo, não vou?

— Vai, você deveria parar de beber assim, sabia? Não vai adiantar nada, só te deixar esquecer momentaneamente. Mas temos Quinn aqui, e ela precisa de toda a nossa atenção, me desculpa por dizer e espero que não lembre disso amanhã, mas você vai se arrepender se continuar sendo um pai tão babaca. Dinara não iria querer isso, ela conta com você para ser o melhor pai para a filha dela, mesmo que ela não esteja aqui.

Despejo tudo enquanto o empurro para a cama, quase vou junto, mas consigo recuperar o equilíbrio e sair do quarto rapidamente.

E não é que deu certo? Acho que Oliver se lembrava de tudo da noite passada, pois quando acordei e subi direto para olhar Quinn, ela não estava lá, então a procurei pela casa e a encontrei no cadeirão comendo frutas com seu pai. Quando me vê, me chama com as mãozinhas suja e então me aproximo para ela beijar minha bochecha, sinto os olhos de Oliver em mim o tempo todo, mas não olho de volta.

— Peguei uma folga do trabalho hoje, vou ficar com Quinn, você pode tirar o dia de descanso ou, sei lá, sair.

Agora eu olho para ele, bastante surpresa. Balanço a cabeça e sorrio para Quinn, eu a amo, mas preciso realmente de um banho premium e sair com minhas amigas. Sempre que saio é com Quinn e uma bolsa cheia de suas coisas. Estou prestes a sair da cozinha quando ele volta a me chamar.

— Sei que tomam café juntas, então sente-se e coma com a gente. Se não se importar, quero passar a fazer parte do café da manhã de vocês.

Não sei o que dizer, então não digo nada e volto para me sentar. Só não ficamos em silêncio absoluto porque Quinn tem muita o que comentar e ela resmunga muitas coisas enquanto come três tipos de frutas e bebe seu leite. Após um café tranquilo, dou um abraço bem apertado em Quinn e volto pro meu quarto, faço uma limpeza ouvindo música com fone de ouvido, sinto um comichão na nuca, mas quando para trás, na direção da porta, dou de cara com o corredor vazio. Muito estranho.

Depois da limpeza, parto para o meu banho e passo horas me raspando, fazendo Skincare e dou massagem nas madeixas também. Quando me olho no espelho, uma emoção me abate ao ver outra pessoa olhando para mim. Dinara e eu não éramos muito parecidas, assim eu acho, mas ela que amarrava a toalha na cabeça assim, então isso me faz lembrar dela. Não que eu já não faço isso quando olho cada canto desta casa. Desfaço o nó da toalha e quando saio do quarto já arrumada, está quase na hora do almoço, combinei de almoçar com uma amiga minha, então me apresso para sair. Estou quase na porta quando ouço alguém me chamar.

— Tchau, Denise. — Eu paro e olho pro lado, inclinando a cabeça para conseguir ver a sala, de onde a voz veio. Oliver está lá, com Quinn dormindo em seu colo, ela parece em um sono profundo, mas suspira como se tivesse chorado, mas eu não lembro de ter ouvido seu choro, será que foi quando eu estava de fone?

— Está tudo bem? — pergunto, reparando que usa a mesma roupa de mais cedo, só que a blusa está com as mangas levantadas até os cotovelos e a roupa toda amarrotada.

— Sim, tudo sob controle. — Ele ergue um pouco os ombros, não parecendo nada no controle. Então eu hesito, mas ele balança a cabeça e aponta para a porta. — Vá, Denise, e divirta-se. Estaremos aqui esperando por você.

Estaremos aqui esperando por você.

Já fazem mais de 5h que saí de casa e essas palavras não param de rondar a minha cabeça. Almocei com Nathaly, uma amiga que trabalhei no sebo, depois fomos ao shopping e compramos roupas para sair a noite. Oliver ainda me paga para olhar sua filha, e paga muito bem. Após o shopping, fomos pra casa dela, nos arrumamos e achamos uma danceteria, estou no meu primeiro copo, mas sei que vou precisar de muito mais do que isso se quiser me divertir e não tentar decifrar o que cada palavra daquela frase que Oliver me disse significava.

Droga, será que ele só falou isso da boca pra fora? E por que isso importava agora, ele ainda era o marido da minha irmã, mesmo que ela já não estivesse mais aqui. Ele era o pai da minha sobrinha, ele era proibido!

— Você está muito estranho! Trás um whisky duplo, por favor! — Ela grita para o barman, como se eu fosse de beber whisky, era como uma piada nossa, mas o rapaz realmente trouxe a bebida que ela pediu. E ao fim do copo, eu já estava suando na pista de dança.

As mulheres pelo visto estavam escassas nas danceterias, porque haviam muitos homens aqui para poucas mulheres, então era comum ver mais de um homem dançando com a mesma mulher, se assim ela permitisse. E minha amiga e eu estávamos permitindo hoje, portanto tinham três abutres em cima dele e dois me fazendo de sanduíche. Quando me dei conta, minha amiga tinha colocado mais um copo já minha mão, ela entendeu que era a primeira vez depois de muito tempo que eu não bebia e precisava disso.

— Porra, que gostosa! — sussurrou o carinha atrás de mim, a ereção dele pressionava minha bunda, enquanto sentia a do rapaz da minha frente pressionando meu ventre. Robolei no pau de um, enquanto esfregava meus seios no outro.

— Deixa eu te beijar, linda — O loiro da frente pediu, mas quando se aproximou, virei o rosto e seus lábios desceram pelo meu pescoço. Fechei os olhos, tentando curtir o momento, e foi fácil, não somente pela bebida, mas pela minha mente criando um cenário que eu não deveria seguir.

Ela estava imaginando Oliver ali, chupando meu pescoço, deixando sua marca, enquanto os dedos grossos subiam por baixo da minha saia e tocava meu clitóris. Soltei um gemido, sem abrir os olhos, a mão do rapaz de trás estava subindo também, pela minha barriga. Ele agarrou meu seios por cima do sutiã, eu estava quase ficando nua na pista de dança, mas tenho certeza que ninguém se importava, todos envolvidos pela música sensual e elétrica ao mesmo tempo.

Denise... — A voz sussurrada no meu ouvido era totalmente fruto da minha imaginação, pois esses dois caras não sabiam o meu nome e nem me conheciam. Mas não era eles, segundo a minha imaginação, era Oliver, e eu estava deixando, estava permitindo Oliver colocar minha calcinha pro lado e testar a carne da minha boceta. Abri um pouco mais as pernas e permiti dois de seus dedos entrarem dentro de mim e, meu Deus, eu acho que já estava prestes a gozar, ainda mais com os dedos que apertavam o bico do meu seio.

— Denise! — O grito veio de tão perto que fui forçada a abrir os olhos, pois reconheci a voz feminina perto de mim. Foi então que voltei a realidade do que acontecia e olhei em volta, ninguém estava prestando a atenção na gente a não ser a minha amiga, que me olhava com olhos arregalados.

Tirei a mão do cara de dentro de mim e me afastei deles, puta que pariu, estava prestes a transar com os dois na pista de dança, enquanto fantasia com Oliver.

— Preciso sair daqui.

— Estou vendo! — Minha amiga dá risada e engancha o braço no meu.

— Você não precisa vir, pode ficar, é sério.

— Não vou deixar você pegar um táxi estando bêbada, é perigoso.

— Não estou bêbada — digo de cara feia, tropeçando até o estacionamento onde está seu carro.

— Com certeza, jamais vou discutir com isso — Ela gargalha e eu fico meio tenso por pensar que talvez ela esteja alta também e que vai dirigir até minha casa, mas se me lembro bem, ela não bebeu tanto quanto eu. Ela não bebeu whisky duplo como eu e não está vendo embaçado, pois consegue me levar em segurança e me deixar na porta de casa. — Vá direto pro seu quarto.

— Sim, mãe! — brinco, então abro a porta e cambaleia para dentro. Paro quando vejo uma pequena luz e fumaça vindo da sala, parece um incêndio, mas é só a minha visão de bêbada. Me aproximo para enxergar melhor e consigo notar que é apenas Oliver fumando e bebendo no escuro.

Ele nunca não fuma, nunca. Nunca o vi fumar ou chegar perto de cigarro, mas agora ele fuma, é isso que está fazendo sentado na poltrona da sala. Está de banho tomado, com outras roupas, parece que está pronto para sair, mas está descalço. Ele não deveria estar bebendo, Quinn está sob seus cuidados.

— Onde está Quinn? — Na minha cabeça eu falei bem explicado, mas o som que sai de mim parece um monte de resmungos de bêbado, mas ele entende, pois demora a responder, mas depois deixa o cigarro de lado e diz:

— Dormindo.

— Você não devia estar bebendo, e se ela precisar de você? — Me sinto uma idiota por tentar ficar parada, mas estou oscilando.

— Um copo não vai me deixar bêbado, estou acostumado, ao contrário de você. — Ele me olha de cima a baixa, tão sério que parece até com...raiva.

Só bebi um copo. — Então eu solto uma gargalhada e sinto vontade de me  bater, porque não sei o motivo da minha mentira e da minha risada.

— Sente-se, Denise, estou com medo que você caia a qualquer momento.

— Estou bem, ok? — Mas me aproximo mesmo assim e me jogou no sofá, não consigo nem sentar, então caio deitada de de pernas abertas. Meu corpo está mole, mal consigo me mexer e sei que amanhã não vou sair do meu quarto de tão envergonhada pelo vexame de hoje.

— Feche as pernas. — Acho que é isso que ele diz, enquanto desvia e leva o copo a boca.

— Eu não consigo, você me ajuda?

A sala fica em silêncio por algum tempo, só com a minha respiração pesada, estou quase dormindo quando sinto seus dedos no meu joelho, ele abaixa minha perna e depois junta uma na outra. Logo depois me pega no colo e sou tomara pelo cheiro amadeirado do seu perfume, da fumaça do cigarro e do álcool da bebida. Combina com sua nova personalizada fria e distante, não consigo me conter ao enfiar o nariz em seu peito e inalar.

Sinto o ar mudar quando ele entra no meu quarto e me coloca na cama, mas logo me viro de lado e solto um gemido, meu estômago embrulha.

— Acho que quero vomitar. — Então estou em movimento de novo, Oliver me carrega até o banheiro e segura meu cabelo enquanto vômito no vaso. Vomito tanto que parece que vou desmiar, e queria mesmo, pois agora me sinto um pouquinho menos bêbada e a vergonha toma todo meu corpo. Minha blusa está fedendo a suor e minha calcinha está molhada desde que senti seus dedos na minha perna.

Eu sou uma piada mesmo.

— Preciso de um banho. — E de chorar.

Não consigo processar quando ele acha que é uma boa ideia me ajudar somente porque eu falei e então ele se ajoelha no chão e começa a tirar minha roupa. Eu me engasgo, mas não digo nada enquanto suas mãos descem minha saia pelas minhas pernas, então ele faz uma pausa, sem fingir que não está olhando diretamente para minha calcinha de renda. Logo depois, ele também a desce pelas minhas pernas e fica de pé, levantando meus braços no alto para minha blusa e logo depois meu sutiã.

Quando se tornou normal eu ficar nua na frente do meu cunhado?

A resposta é nunca, porque não é normal, mas estamos fingindo que isso não é totalmente errado e inadequado. Mesmo assim, Oliver desliza os olhos pelo meu corpo todo, estou queimando por dentro para saber o que ele acha, mas seu rosto sério não me diz nada, nem uma grama.

Contudo, cometo o erro de baixar os olhos também e noto a enorme ereção no meio de suas pernas, ela estica sua calça e forma uma barraca tão grande que meus lábios se separam e não consigo parar de olhar. Oliver leva a mão até lá e ajeita de lado, como se tivesse feito alguma diferença, então com a mesma mão que ele ajeitou pau, segurou meu braço e me conduziu até o chuveiro.

— Vai querer molhar o cabelo? — A voz grossa e baixa chega aos meus ouvidos, apenas balanço a cabeça em concordância e seguro suas mãos para me equilibrar enquanto ele me coloca embaixo de chuveiro, a água gelada cobrindo cada centímetro do meu corpo quente.

Oliver pega o sabonete e apenas observo suas mãos, sem dizer nada, ele começou pelos meus ombros, então passa pelos meus braços, depois sobe pela minha barriga chapda. Quando penso que vai parar por aí, suas mãos cheias de sabão sobem pelos meus seios e ele os massageia, parece que está fazendo mais do que passar sabão, ele está me provocando. Ou estou vendo e sentindo coisas demais?

Me encosto na parede e fechou os olhos, as mãos quentes pelo meu corpo não param, ele desce pelas minhas pernas e então sobe, por dentro delas, até a minha boceta. E eu, como uma piranha, lhe dou acesso total a ela. Oliver desliza os dedos por entre os lábios grandes até o meu clitóris, então sobe e depois desce de novo. Estou gemendo, meu quadril rebolando em seus dedos. Ele pega o chuveirinho com uma mão e enxagua minha boceta, mas com a outra continua me provocando.

— Oh. — Solto pequenos gemidos, minhas mãos agarram meus seios e meu corpo sobe e desce, um de seus dedos provoca minha entrada, eu não permito só a entradinha, me abaixo e o faço entrar com tudo. Nós dois gememos, mas não olhamos um para o outro, não posso, não podemos. Somos dois estranhos em um momento íntimo e qualquer no banho.

Estou quase gozando, mordo os lábios para não gritar, eu choramingo enquanto faço seu dedo entrar e sair de mim, até que ele coloca um segundo dedo e é o meu fim, eu gozo tremendo as pernas abro os olhos quando sinto sua boca em mim. Oliver caiu ajoelhado no chão e agora ele bebe todo o meu gozo, estou de olhos arregalados, mas não consigo desviar, ainda mais quando ele enfia a cara ainda mais entre minhas pernas e sua língua me penetra.

— Céus! — Infelizmente grito, pois acho que um orgasmo puxa o outro, fecho os dedos em seus cabelos e puxo com força, ele bebe de mim e faz sons de satisfação. Quando terminamos, Oliver abaixa minha perna com cuidado e fica de pé, ele sai de perto e pega uma toalha, sem me olhar, estende para mim e vai embora depois que a pego.

Estou quase completamente sóbria agora, e não sei o que nos deu. Sou tão errada quanto ele nessa história, simplesmente não nos seguramos e agora vamos ter que conviver com esse segredo pra mim. Assim como convive com o coração partido por ele por tanto tempo. E agora, o que ia acontecer? Seria melhor eu ir embora? E Quinn?

Era só fingir que nada aconteceu ou ia ser constrangedor toda vez que nos víssemos?

Mas ele chupa tão bem... Me vesti e deitei na cama, resolvi que ia pensar só um pouco sobre o que acabou de acontecer, porque posso fingir que voltamos no tempo para aquela época que ele tinha uns 24 anos e eu 17, onde o vi primeiro. Ele solteiro e eu também... Aquelas mãos dos deuses, faziam milagre, ainda podia sentir pelo meu corpo, eu podia ter impedido, mas não fiz porque queria ver até onde ele iria, e eu queria aquilo, tudo que aconteceu e mais.

Vou pro inferno, com toda certeza.

Ouço Quinn começar a chorar no andar de cima e fico de pé, indo até a porta, mas ela logo para de chorar, seu pai deve estar cuidando dela, eu não posso ir até lá e olhar para ele, não com tudo que acabamos de fazer.

Durmo algum tempo depois e só acordo na manhã seguinte. Preciso preparar o café e a mamadeira de Quinn que vai acordar daqui a pouco, seu pai vai trabalhar e hoje vamos ser só nós duas.

Não estou de ressaca, mas preciso muito de café e é a primeira coisa que faço quando entro na cozinha. Com tudo já pronto, estou prestes a sair da cozinha quando Oliver entra com uma Quinn descabelada no colo. Ele está pronto para o trabalho, de terno e gravata, me permiti reparar nele como nunca pude fazer antes, a não ser naquele dia enquanto eu chupava um picolé. Ele ficava extremamente gostoso de terno e gravata, e com a filha no colo, parecia ainda mais uma perdição.

— Bom dia — Oliver diz se aproximando, sem demonstrar nada, mas também sem olhar direto no meu olhos, assim como também faço.

— Mamãe! — Quinn se estica toda para mim quando me vê, como da primeira vez que ela disse isso, meu coração acelera e eu estico os braços para pegá-la do colo do pai.

— Titia Denise — eu digo bem explicado, para ela poder repetir, mas a pequena se recusa e apenas me abraça e me beija. — Oh, meu amor, eu também senti sua falta ontem! Você se divertiu?

— Chorou um pouco do que o costume e só ficava quieta enquanto comia, mas acho que me saí bem. — Foi Oliver quem respondeu, claro, Quinn não sabia falar muitas coisas. Me virei e, sem querer, nossos olhos se encontraram, eu fui a primeira a desviar e ele se sentou para se servir de café.

— Ela vai se acostumar. — Eu a coloco no cadeirão ao meu lado, e aí lado dele, que está na cabeceira da mesa. Quinn leva a mão para pegar a xícara dele e Oliver quase se suja todo. Eu dou risada e ele me lança um olhar, então paro de rir e começo a me servir também.

— Você ainda não pode beber café.

— Fefé — Quinn resmunga, ainda olhando para a xícara, e então ela aprendeu mais uma "palavra" e em todo café da manhã agora ela diz "fefé" do modo mais foto possível.

A junta se junta no café e no jantar, nos três, e parece a coisa mais natural possível. Na primeira semana, não conversamos muito, apenas se fosse com Quinn ou sobre Quinn, quando comentei que ela tinha consulta e que ele disse que levaria sozinho. A gente revesava nas consultas depois que Dinara se foi, mas agora ele queria comparecer em todas.

Na segunda semana, começamos a interagir um pouco mais, e foi natural, não comentamos sobre aquele dia, mas nossos olhos, quando se encontravam, eram cheios de significado. Até que paramos de evitar olhar um para o outro, mesmo que não tenhamos feito nada mais íntimo do que isso, a não ser falar sobre o nosso dia, que virou rotineiro.

E eu me sentia bem com isso, não estávamos fazendo nada demais, só comendo e conversando, fazíamos isso antes também, mesmo que faltasse uma pessoa na mesa, que estava se tornando uma lembrança distante, uma boa, pois só me lembrava da minha irmã feliz. Raramente Dinara chorava, se irritava ou fazia cara feia, ela sempre via o lado bom das coisas e das pessoas.

— Ela vai fazer um ano e cinco meses, vamos fazer festa? — Oliver me questionou, durante um jantar alguns meses depois. Ele estava incluído em tudo sobre Quinn e eu incluída em tudo sobre a casa, como se fosse a dona, apesar de não me sentir assim o tempo todo.

Nunca mais cheguei caindo de bêbada em casa, mas todas as vezes que saía para me divertir, encontrava Oliver na sala, como se ele estivesse sempre me esperando. Eu desejava boa noite e depois que entrava no meu quarto, ouvia seus passos subindo as escadas.

— Mesversário costuma ser até os 11 meses, depois disso, só se comemora de ano em ano. — Eu limpo a boca de Quinn que está em uma cadeira alta, ela resolveu que agora odeia o cadeira, se sente presa, então Oliver mandou comprar essa cadeira mais alta, onde ela pode comer a mesa igual gente grande.

— Mas eu acho que ela vai amar uma festa. — Insiste, apertando as bochechas da filha, que sorri e tenta ficar de pé sozinha para fazer o mesmo com o pai. Eu a ajuda a se levantar para ela cumprir sua missão.

— É claro que vai, ela é uma criança.

— Então podemos fazer um bolo com algumas decorações, só para nós três e os funcionários, o que acha?

Ele dizia muito isso, nós três, sempre me incluía na questão deles e da casa. No começo me senti um pouco deslocada, mas agora era muito natural para mim, assim como nossas esbarrada pela casa, na cozinha, ou suas mãos apoiando na minha cintura para passar atrás de mim... Oliver estava tentando investir, eu sabia disso, só não sabia como reagir a esses pequenos toques e investidas, só sei que já estava cansada de me segurar e não ir além.

— Combinado! Ela gosta do Stitch, então vamos fazer uma decoração nesse tema.

— Titi! — Quinn resolver deixar de puxar a bochecha do pai pra bater palmas e dizer o nome do desenho que ela mais gostava, não que ela fosse de ver desenho, mas ela se encantou pelo ursinho que eu dei no seu aniversário de 1 ano.

— Tudo por você, meu amor! — Oliver ficou de pé após tomar seu café e pegou Quinn para se despedir antes de sair, logo se depois se inclinou e beijou minha bochecha.

No início, era só um aperto no ombro, agora ele beijava minha bochecha antes de sair. Também me mandava mensagem durante o expediente e fofocava sobre a empresa, hoje mandou mensagem dizendo que as pessoas estão chamando-o de coração derretido, já que algum tempo atrás era coração de gelo.

Oliver: Você acha que é porque estou pegando leve demais com meus subordinados?

Eu: Eu acho que você está indo bem.

Oliver: Já estou com saudades de vocês.

Meu coração erra uma batida toda vez que ele diz coisas assim, acho que nem ele sabe o que está fazendo e isso me deixa com muita medo, se levarmos a atração adianta, aonde vamos parar? Vamos poder ir até o fim? Ser algo? Ter um título como ele e minha irmã tinham? Provavelmente não, a sociedade não iam nos aceitar como casal, a irmã que mal sofreu o luto e já caiu em cima do viúvo.

Soava horrível. Mas de qualquer forma, respondi sua mensagem, porque eu queria.

Eu: Nós também, estamos te esperando. Até mais tarde!

Algumas semanas depois, fizemos uma comemoração aos 1 ano e 5 meses de Quinn, ela andava balançando, era muito fofo, e queria mexer em tudo, é claro. Deixamos ela explorar a decoração e ela quase destruiu tudo, então Oliver resolveu pegá-lo no colo e acomodar sua princesa com um vestido de festa só Stich. Claro que ele tinha exagero, era pra ser apenas um bolinho com quem convivia com a gente, mas Oliver exagerou no buffet e na decoração, então ia sobrar muita coisa.

Quando alertei ele sobre desperdício, ele disse que estava tudo resolvido e que os funcionários iam dividir tudo entre eles.

Tiramos bastante fotos juntos, depois deles dois sozinhos, então nós duas sozinhas e depois ela sozinha com os funcionários que amavam mimar nossa pequena Quinn e faziam os dias dela serem os mais incríveis.

Ao fim da festa, deixei Oliver ajudando o pessoal com a limpeza e subi para tirar Quinn daquele vestido exagero e seus sapatos que deveriam estar incomodando seus pés, já que notei um tempo depois que ela ficava levando a mão ao sapatinho. E eu estava certo, tinha uma marca não muito alarmante em seus pés, então lhe dei uma massagem e ela quase dormiu, mas Oliver entrou no quarto fazendo algazarra e depois ela que começou a pular e então fomos os três para o  banheiro.

Coloquei ela na banheira que ficava em cima do suporte e comemos a dar banho nela juntos, Quinn fez uma festa enorme e nos molhou ao bater as mãos na água. Oliver aproveitou a nossa aproximação no espaço pequeno onde ficava a banheira e apoiou as mãos na minha cintura. Ele ficou atrás de mim enquanto a gente conversa com Quinn, eu não disse nada, apenas aproveitei sua massagem e o momento.

Quando saímos com Quinn enrolada em uma toalha, ela estava caindo de lado de sono, vesti rapidamente seu pijama enquanto Oliver arrumava o banheiro e depois desligamos as luzes para ela dormir. Fechei a porta e não fui muito longe, pois Oliver estava atrás de mim, de novo com as mãos na minha cintura, mas desta vez com o corpo pressionando o meu e o nariz no meu pescoço.

— Denise — ele disse baixinho, o corredor estava quase na penumbra, a casa estava vazia e silenciosa, os funcionários já deviam ter ido para casa.

— O que foi, Oliver? — Minha voz saiu mansa que mal reconheci.

— Venha para o quarto comigo.

Meu Deus, não posso fazer isso...

— Oliver, não posso ir lá. — Espero que ele entenda do que estou falando.

— Posso te acompanhar até seu quarto, então? — Suas mãos estavam se movendo da minha cintura para o quadril, prestes a levantar meu vestido, e eu estava ansiosa para isso.

— Pode.

Então ele se afastou e segurou minha mão, ele não tentou disfarçar a encarada, pelo contrário, olhou para mim o caminho todo, como se não conseguisse desviar. Ao chegar na porta do meu quarto, ele mesmo abriu e me conduziu para dentro, o quarto estava com a luz desligada, mas as janelas abertas, então a luz da lua iluminava boa parte dele.

— Você quer beber algo?

— Sim. Vinho. — Ele sai rapidamente e volta com uma garrafa e duas taças, então nós sentamos no chão e Oliver enche nossas taças. — Tenho certeza de essa quantidade não faz parte da etiqueta.

— Eu acho que a gente precisa — disse meio sério e meio brincalhão.

— Você sente falta?

— Do que?

— Da época em que era casado. — Não sei porque perguntei isso, mas eu realmente estava bem em falar sobre, não me sentia estranha, mas não tinha pensado em como ele iria se sentir. Oliver virou pra frente e esticou as pernas, então bebeu boa parte do seu vinho.

— Não é bem sobre isso que quero conversar.

— Dói falar dela?

— Eu... Não sei, acho que está melhorando com o tempo.

— Mas nunca vai esquecê-la, não é mesmo?

— Você se esqueceu de Steven? — Ele olha para mim e ergue uma sobrancelha?

— Steven?

— É, aquele seu namorado que você nos apresentou uma vez e então terminaram logo depois, achei que você o amava. — Ele terminou sua bebida e encheu nossas taças novamente.

— Acho que nunca amei um homem. — Que não fosse você.

— Espera que eu acredite? — Ele ri, mas vê que não acompanho, então se vira um pouco mais na minha direção. — Você nunca se apaixonou?

— Sim, quando eu tinha 17 anos. — Então eu conto que voltei do colégio e parei para chupar um picolé e vi o homem mais bonito que já tinha visto na rua, falando ao telefone, e que não o esqueci durante anos.

— Você disse que ele estava de terno, então devia ser bem mais velho do que você, certo?

— Sim. — Beberico meu vinho, sem olhar para ele, miro o papel de parede a minha frente.

— Gosta de homens mais velhos, Denise?

— Nunca soube desse meu gosto, até olhar para ele naquele dia.

— Mas você era tão nova, não devia olhar para homens mais velhos e aleatórios na rua. — Soltei uma risada.

— Parece até que está com ciúmes.

— Quero te fazer uma pergunta. — Sua voz é tão intensa, que me faz virar o rosto e olhar para ele, estamos tão próximos que consigo ver suas pupilas dilatam.

— Se naquela época, você fosse falar com esse cara, e ele quisesse te levar pra cama, você iria?

— Com toda certeza, acho que foi amor à primeira vista, Oliver. — Olho bem dentro dos seus olhos e também seu rosto, ele mudou bastante desde aquela época, mas não completamente, ainda vejo muito daquele rapaz. — Eu lhe entregaria minha virgindade e o deixaria fazer o que quisesse com o meu corpo.

Oliver se remexeu e notei pela visão periférica ele levar a mão as calças e ajeitar a ereção. Esse jogo era perigoso, e eu estava adorando.

— Então você era uma garotinha bem travessa, não é, Denise?

— Oh, sim, acho que ele perdeu a oportunidade de comer uma bocetinha virgem que molhou só de olhar para ele. — Mordo o lábio interior e Oliver engole em seco, olhando cada movimento da minha boca.

— Você nunca mais o viu? Não tentou saber quem era? E se ele gostasse de garotas novinhas como você era? Te imagino de saia, Denise, indo pra escola sem calcinha, facilitando o capitão do time de levar pro banheiro e te satisfazer com os dedos, igual eu fiz aquele dia, você lembra?

Eu me lembro muito bem e me contorço só de lembrar, aperto uma coxa na outra e Oliver olha pra baixo, espalmando a mão na minha perna.

— Eu descobri quem ele era um ano depois. Mas ele era proibido — sussurrei, sem saber o quanto eu poderia falar. Oliver se aproximou e beijou meu peito, então subiu os lábios até o meu pescoço.

— Você descobriu que ele tinha uma namorada ou que era casado?

— Ele tinha uma... namorada. — Fecho os olhos e solto um gemido com seus beijos no meu pescoço e sua mão que sobe por baixo do meu vestido. Ele me faz dobrar os joelhos e abrir as pernas, estou sem calcinha.

— Porra, Denise — resmunga ao tocar os lábios da minha boceta, já molhada. — E você não pensou em roubá-lo dela?

— Você acha que eu deveria?

— Acho que tinha chances, quando ele provasse o doce mel da sua boceta, não ia conseguir pensar mais em outra coisa, assim como eu, um viciado no seu gosto.

— Você não ficou viciado, não voltou pra pegar mais... Mel.

— É porque eu sou uma abelha paciente, sei esperar. Graças a Deus a espera acabou, porra. — Ele retira os dedos que estava em mim e leva até a boca, chupa seus dedos melados sem tirar os olhos de mim.

— Você quer saber o que aconteceu com ele depois? O cara que me apaixonei?

— Você o perseguiu? — Ele sorriu, como se fosse uma ideia que o deixava excitado.

— Não precisei. Ele se casou, então perdi todas as chances.

— Você desistiu depois disso?

— Ainda não sei, acho que sim, mas às vezes penso nele.

— Você ainda o ama, Denise? — Ele segura meu queixo e morde minha bochecha, sem machucar.

Eu amo? Sinceramente, eu não sei.

— Eu o deixaria me tocar.

— É mesmo? Como estou te tocando? — A mão dele desce até meu decote e abaixa meu vestido, dos dois lados, então enche suas grandes mãos com meus seios fartos.

— Sim, bem assim. — Arqueio as coisas. Ele se afasta um pouco, para poder sugar meus mamilos com força, minha boceta jorra.

— Você o deixaria te mamar assim?

— Oh, sim. Assim, Oliver.

— Mas é o meu nome que você está gemendo agora.

Ele está me olhando como um desafio, como se eu fosse uma menina má, eu o puxo pelo cabelo e selo nossos lábios pela primeira vez. Não é apenas um beijo, é a minha eu de 17 anos realizando um sonho, estou beijando o cara por quem fui apaixonada, e ele beija muito bem. Eu solto um gemido e me aproximo ainda mais, subindo em colo, derrubo minha taça e a dele, mas não paro de beijá-lo, de consumi-lo com meus lábios.

— Você está me beijando como se eu fosse ele, querida — sussurra entre meus lábios, os olhos bêbados de prazer, as mãos agarrando minha bunda.

— Isso te incomoda? — suspiro em seus lábios, então mordo sua língua de leve.

— Isso me excita.

— Então me fode, Oliver.

— Nem nos meus sonhos foi tão bom assim ouvir você dizer isso.

Então ele tira meu vestido e depois me afasta para abrir o cinto e abaixar as calças e a cueca. O pênis dele é enorme, quando liberto, bate com força no seu umbigo, a cabeça está roxa de tanto se segurar. Levo a mão para afastar minha calcinha pro lado, mas Oliver puxa com os punhos e ela se desfaz em pecados. Então ele me puxa com força e mete tudo dentro de mim. Eu grito e Oliver para, com os olhos arregalados.

— Porra, você é virgem?

— Não, eu não sou, mas... Doeu um pouco.

— Caralho, você é muito apertada, parece que estou comendo um cu.

— Faz muito tempo que não transo.

— Como assim? Eu achei que você saía toda noite pra transar, é impossível você ter saído daqui toda gostosa com seus vestidos colados e nenhum cara conseguir te levar pra cama.

— Quem eu queria não estava disponível. — Lambo os lábios, tentando não rir.

— Oh, certo, o carinho que perdeu a oportunidade de comer sua boceta. — Ele falava tão sujo que só servia para me deixar mais molhada, obviamente eu não conhecia essa parte de Oliver, a boca suja que ele tinha entre quatro paredes.

— Talvez ele não tenha perdido. — Subo em seu pau, na intenção de descer de novo, mas Oliver me para com a mão na cintura, está tão sério que sinto um medo subir pela minha garganta. Falei besteira?

— O que disse?

— Eu... O que foi?

— Ninguém na porra do mundo terá uma oportunidade com você, Denise — Ele sobe uma das mãos e agarra meu pescoço, aperta a aponto de tirar o meu ar. — Não depois de mim, meu pau está te reivindicando agora!

Ele bate a virilha na minha com tudo e eu volto a gritar com a invasão, minha testa cai em seu ombro e Oliver chupa o lóbulo da minha orelha, voltando a sussurrar:

— Você é minha, linda, espero que saiba disso e nem sonhei em deixar nenhum homem tocar no que é meu.

— Oliver! — Exclamou com as estocadas brutas que ele começa dentro de mim. Sempre me perguntei como ele fodia, na parte mais doente do meu cérebro, e agora que sei, não tem volta. Ninguém nunca me fodeu com tanta agressividade.

Não sei se é porque é ele, mas é assim que eu gosto, é disso que eu precisava e nem sabia. Com certeza ele me estragou para qualquer um e ninguém jamais chegará aos pés de Oliver.

— Isso, querida, geme o meu nome mais alto. — Ele morde o bico do meu seio e depois suga para aliviar a dor. Segura minha cintura e me faz cavalgar em seu pau duro e grosso, estou gozando e ficando mole em seu colo, então Oliver me deita no chão e contra o tapete feito um animal.

— Que boceta, Denise, quero viver enterrado dentro de você! — Oliver segura meus ombros para meu corpo não balançar muito enquanto ele soca fundo dentro de mim.

— Oliver. — Tento ser coerente e me afastar, também reclamar que ele está sem camisinha e não pode gozar dentro de mim. A gente nem deveria ter esquecido de colocar a camisinha, mas Oliver tapa minha boca e deita em cima de mim, sem parar de foder minha boceta necessitada.

— Shiiu, quietinha agora. — Juro que tento me afastar ou remover sua mão, mas ele só me segura com mais força e seu pau persegue minha boceta como um viciado, até que ele bombeia com mais viciada a ponto de me fazer revirar os olhos e sinto o líquido quente da sua porra dentro de mim.

Ele jorra e jorra, esporrando com força na minha boceta, só sai quando meu canal o drena até a última gota.

— Porra, Denise, você me faz virar um animal! — Ele deita a testa no meu ombro e afasta a mão. — Esqueci a camisinha.

— Era isso que eu estava tentando dizer.

— Não faz uso de nenhum contraceptivo?

— Não. — Droga, a gente fez merda, das feias.

— Bem, acho que é melhor te tirar desse chão duro. Na próxima vez vou te comer em um colchão confortável, prometo. — Oliver fica de pé e me ajuda, mas fico parada olhando para ele. — O que foi?

— Acabei de dizer que não tomo anticoncepcional.

— Ah, isso. E o que você quer fazer?

— Por que você não está surtando? — Por que eu não estou surtando?

— E por que estaria? Já olhou para a carinha de Quinn? Ela é adorável, não tem como surtar por receber um presentinho como esse. Você sabia que é pecado interromper uma vida? Somos feitos para procriar, remédios são inventados pelo homem, nada disso pode ser bom.

— Quer dizer que você não concorda com o uso de camisinha e contraceptivos?

— Depende, se for fora da família, com certeza não é legal você conceber um filho sem uma família estruturada e sem amor. — Ele anda pelo quarto se arrumando, então pega meu vestido e me ajuda a vestir, já que estou parada e sem conseguir me mexer de tanto choque.

— Então você nunca usa camisinha?

— Pelo contrário, eu sempre usei. As únicas duas vezes foram para fazer Quinn e agora, com você.

— Espera, vocês não transavam sem camisinha?

— Não, ham... — ele hesitou, parecia ter dificuldade em dizer o nome dela. — Dinara não queria muitos filhos, ao contrário de mim, então respeitei a decisão dela, combinamos ter apenas Quinn. Escolha dela, não minha.

Ainda estou processando tudo quando ele se senta e me coloca em seu colo, como se eu fosse uma boneca.

— Você parece querer desmaiar.

— Você está dizendo que, se tiver uma esposa não vão usar camisinha nunca e que você vai fazer um filho atrás do outro nela?

— Estou dizendo que, se você tiver o mesmo pensamento que eu, não devemos usar plásticos para transar e nem te encher de comprimidos. Seu corpo foi feito para isso, somos feitos para isso, é assim que Deus quer, ele ama a vida.

Ele fala tudo tão seriamente que não teria como estar brincando, acho que esse choque nunca vai passar.

E se... Eu não concordar?

— É uma escolha sua, temos livre arbítrio.

— Você não vai ficar chateado?

— Claro que não, já tenho Quinn, agora você. Sinto que recebi uma nova oportunidade, posso ter uma família novamente. Quer dizer, eu nunca deixei de ter uma, Quinn é minha família, mas também sempre tivemos você. — ele faz uma pausa, e sei que agora eu desmaio, pois minha cabeça está girando. — Denise, você quer ser uma mãe para Quinn e a minha esposa?

*****************

Fim.

Pensei que aquele tinha sido o meu fim. Quando aquelas palavras tinham saído da boca de Oliver, eu vi tudo preto e só acordei no dia seguinte, com alguém babando no meu rosto. Então me sentei e eu não tinha morrido, estava viva, ontem a noite aconteceu mesmo, posso vir pela cara de Oliver que tenta se conter e não rir.

Eles me trouxeram café na cama, já passaram das 10h e Oliver está vestindo apenas uma samba cansado enquanto Quinn está com um conjunto muito fofo da Miney. Oliver deve ter lhe dado sua mamadeira e seu banho quando acordou, pois eu estava apagada demais para isso.

— Bom dia, meu amor — Abraço Quinn e cheiro seus cabelinhos com cheiro de uva.

— Até porque, só tem a Quinn, certo? — Oliver reclama, mas finjo que ele nem existe. Acabou de acordar de um desmaio e ele nem me deu um tempo sozinha para processar.

Oliver pega Quinn de mim e diz para eu tomar meu café, mas é só porque ele quer que eu encontre seu bilhete embaixo da xícara. Suspiro e abro, encontrando uma simples frase: você ainda não me respondeu.

— Oliver — Olho para ele com um suspiro.

— Ok, já entendi, você precisa de mais tempo para pensar.

— Obrigada!

— No final do dia a gente volta, deite e descanse. Você está vermelha onde o sol não bate — Ele tem a cara de pau de pegar Quinn e sair do quarto com um olhar maníaco.

Eu fico sozinha, então penso no seu pedido. Infelizmente, não posso aceitar, não faz nem 1 ano que Dinara se foi. Não posso tomar a família dela assim, não é certo. Ninguém iria entender, e é compreensivos, eu me sinto mal já por estar aqui e por tudo que a gente tem feito. Não posso tomar o lugar como mãe de Quinn e esposa de Oliver tão rápido, vou cuidar da minha sobrinha e ser tudo para ela, tudo que ela precisar, mas jamais tomarei o lugar de Dinara.

Ela sempre saberá que sua mamãe se foi e que a amava muito. E que eu não fui sua substituta, apenas estivesse sempre presente para ajudar seu pai. Mesmo que a gente fique juntos, Quinn precisará entender que eu não fui uma cachorra que mal a mãe morreu e eu já me enfiei embaixo da cama do pai dela e aceitei seu anel.

Por isso, quando Oliver volta mais tarde todo sorrindo, dizendo que Quinn está almoçando com a governanta, eu o abraço e choro, e nego seu pedido.

— Eu sinto muito, mas não posso aceitar me casar como você.

— Não, Denise, não posso aceitar a sua recusa. Eu quero você, sinto que te...

— Não diga isso, não agora e não assim.

— Eu sinto que... Que você foi feita para mim, não é coincidência a nossa convivência, era pra acontecer! E quer saber de uma coisa? Não vou mentir e dizer que não amei Dinara com todo o meu coração, você sabe, ela era incrível, incrível!  E sim, eu sinto falta dela, mas não como mulher, como companheira, alguém que passou uma parte importante da minha vida comigo, que me deu a minha filha.

Eu estou chorando, agarrada a sua camisa, ele me aperta de volta.

— Denise, Deus escreve certo por linhas tortas, sei que se sente mal por ter sido o seu ex cunhado, por sua irmã não estar mais aqui. Mas... Sinto que é o nosso destino ficarmos juntos. Tudo bem se não quiser uma cerimônia, tudo bem se nos casarmos apenas no papel ou sem ninguém saber, só quero que você seja minha. Diante das leis do céu e da terra, por favor, seja minha.

— Não posso.

— Nossa, isso... Doeu bastante, eu confesso. Acho que preciso ir e curar essa rejeição. — Ele me solta e sai do quarto, eu me jogo na cama e passo o dia lá, chorando e assistindo filmes clichês.

Os próximos dias são um misto se sentimentos. Nos primeiros dias, Oliver me ignora e faz de conta que não existo, eu o respeito e lhe deu seu espaço, mal nos falamos. Mas então surge assuntos de Quinn, e voltamos a falar, por causa dela, até que a convivência volta a ser como antes. A diferença é que, agora é a minha vez de tocá-lo sempre que posso, e a vez de Oliver notar minhas investidas e me ignorar. Ele sabe que quero só sexo, por isso fez um voto de castidade.

A gente saía com Quinn juntos, assistíamos filmes juntos, fazíamos as refeições, tomávamos banho de piscina e até saímos pra jantar algumas vezes com Quinn, nos restaurantes bem longe da cidade para ninguém nos ver. Mas quando eu tentava ser mais íntima, Oliver falava sobre casamento. Eu podia rebolar em seu pai e faze-lo ficar duro, que ele simplesmente se inclinava-se e sussurrava no meu ouvido: casa comigo.

E eu fiz isso muitas vezes. Um dia ele chegou do trabalho e eu estava nua na sua cama, fingindo que estava dormindo. Ele riu alto, mas apenas beijou minha cabeça, pegou um lençol, um travesseiro e desceu para dormir no sofá. Uma outra vez a gente estava na piscina e eu coloquei a mão por dentro de suas calças, na sua ereção, já que ele estava sempre duro quando eu estava por perto e com roupas pequenas demais ou sem nenhuma.

— Nada disso, mocinha, foi golpe baixo. — retirou minha mão e saiu da piscina.

— Preciso foder! — Quase grito.

— Seja minha esposa — ele gritou de volta ao se afastar.

Toda vez que me via esfregando chão só de calcinha quando eu dava folga para os funcionários ou andava pela saia de top e com o short enfiado na bunda, ele dava risada e me ignorava. Eu parecia mesmo uma piada, mas isso ia mudar, porque de hoje não passava, se ele achava que golpe baixo foi enfiar a mão dentro da roupa dele, é porque ele não fazia ideia do que o aguardava hoje.

Era sábado a noite, ele estava com Quinn assistindo série na sala, eles estavam me esperando, mas espiei e vi que Quinn dormia com a cabeça em seu bíceps. Sortuda! Coloquei um vestido dourado bem curto, salto alto e peguei minha bolsa, antes de sair, passei na sala e Oliver quase ficou de pé, mas lembrou que Quinn dormir em seu braço. Ele me olhou de cima a baixa e então franziu o cenho.

— Você está de saída?

— É o que parece. As meninas e eu vamos a uma boate nova que abriu.

— Boate? Achei que não ia mais a esses lugares, Denise. — Eu realmente não ia mais, por respeito a ele e ao que estávamos contruindo. Eu seria sua esposa um dia, só não estava pronta ainda, não quando ainda estava tão recente... — Olha, se está fazendo isso só para me provocar...

— Nem tudo é sobre você, Oliver. — Me viro e caminho para a saída. — Não precisa me esperar!

Rindo, chego ao portão, onde minha amiga me espera. Ela está de carro novo, então tiro uma foto das minhas pernas pegando um pouco do carro, sem pegar ela, e posto no status com a legenda: Sou tão mimada!

Minha amiga já sabe de tudo, e ela concorda comigo e me apoia, por isso também entrou na minha. Fiz questão de dançar com rapazes na balada e pedi para minha amiga tirar fotos, coloquei tudo no status, deixando apenas para Oliver ver e mais ninguém. Em uma das fotos, a mão de um rapaz estava se esgueirando para debaixo do meu vestido, mas tirei logo que a foto foi tirada. Oliver ia ficar doido, ainda mais na foto em que eu estava entre três caras, todos eles com as mãos em meu corpo.

Depois das fotos, comecei a receber ligações, nenhuma mensagem, apenas ele me ligando. Claro, não atendi, também fiz questão de não ficar bêbada, desta vez eu iria estar bem acordada.

Quando já passava de 2h da manhã, fomos pra casa, minha amiga disse que era para ligar pra ela qualquer coisa, pois sabíamos que Oliver estaria furioso, mas eu o queria desse jeitinho mesmo. Não queria menos do que uma foda violenta.

Entrei em casa e estava tudo escuro, a não ser pelo fogo da ponta do cigarro na sala e o copo com o líquido âmbar girando na mão de Oliver, com seu braço pendurado no sofá. Tão sexy, parecia um mafioso. Ele não podia ir atrás de mim, tinha Quinn, isso deveria deixá-lo ainda mais possesso, não poder ir atrás de mim.

Me aproximo da sala, sem conseguir ver seu rosto muito bem, ele finaliza a bebida e larga o copo no chão, fazendo-o se estilhaçar em pedaços. Olho para o bar no canto da sala, há uma garrafa vazia em cima do balcão, e um caminho de copos quebrados até lá. Dou mais um passo, mas sua voz grossa e dura me atinge, me fazendo estagnar.

— É melhor não.

— Você sabe que era só uma provocação. — Minha voz sai sensual, mas ele continua lá, imóvel, terminando seu cigarro.

— Parabéns, Denise. Você queria me fazer perder o controle, você conseguiu. — Não consegui, queria dizer, você continua sentado aí.

Não. Eu só estava me divertindo. — Dou de ombros.

— Eu sou a porra de um homem, Denise — rosna. — Não tenho tempo para os seus joguinhos.

— Eu não sou sua, você sabe. Sou livre pra fazer o que quiser, Oliver.

— Você tem razão. Mas antes, me faça um favor? Vá para a porra do seu quarto e some das minhas vistas.

Suas palavras me assustam. Eu jurava que ele ia cair matando em cima de mim quando eu chegasse, mas estava errada. Cambaleando, não pela bebida e sim pelas palavras duras, vou para o meu quarto e tomo um banho. Eu sou mesmo uma idiota, repito isso para mim mesma várias vezes em pensamento e termino de me vestir com um baby-doll estilo vestido, de seda. Ele é vermelho e meus seios ficam ainda maiores nele, além de mal tampar minha bunda, mas estamos sozinhos em casa e ninguém entra no meu quarto sem permissão.

Antes de me jogar na cama, vou até a cozinha beber alguma coisa, mas a luz que vem da sala me atrai, então vou até lá. É a fogo do cigarro, Oliver continua no mesmo lugar, mas agora com um novo copo cheio, tento enxergar na escuridão a mesinha de centro e me assusto com seu cinzeiro lotado de guimbas de cigarro. Ele deve ter fumado no mínino dois maços só hoje, me aproximo para me desculpar ou dizer que ele precisa parar com isso, quando piso em cacos de vidro e grito.

Esqueci dos copos quebrados.

— Porra, mulher! — Oliver rapidamente se levanta e me pega no colo, enrolo os braços em seus ombros e enquanto sinto sangue escorrendo pelos meus pés. — O que te deu na cabeça?

— Eu não vi, estava escuro — Faço uma careta, está realmente doendo, eu pisei com tudo e haviam muitos cacos, ainda sinto alguns grudados na sola do pé.

Oliver me leva até o banheiro do meu quarto e me coloca sentada na bancada, ele examina meu pé e seus olhos encontram o meu. Ele está sério, faz cara feia para mim e diz que precisa tirar os cacos. Mordo os lábios enquanto ele os remove, depois pega uma toalha e molha para limpar meus pés. Ainda sinto dor, então ele procura uma pinça e remove os cacos pequenos que sente com o dedo, solta alguns gemidos quando seus dedos passam pela sola do meu pé, procurando por mais pedacinhos de vidro. Ele fica em silêncio e eu também, não sei o que falar.

— Você está bêbada hoje? — pergunta, a voz contida, ainda sem olhar para mim.

— Não, estou sóbria. Só saí para me divertir, Oliver, mais nada.

— E teve êxito?

— Em dançar? Sim, é uma danceteria, é isso que fazemos lá, depois minha amiga me trouxe para casa. — Revelei, não tinha mais porque mentir, ele estava tenso e eu não queria irritá-lo ainda mais.

— Está me dizendo que não transou?

— Claro que não. — Ele não me deixa olhar em seu olhos, continua examinando meu pai, seus olhos se forçando a não subir pelas minhas pernas em direção ao meu centro, onde o vestido subiu. Oliver suspira e abaixa meu pé.

— E então, você vai brincar comigo sempre agora? — Ele ainda está furioso, mas se aproxima, colocando as duas mãos na bancada, em cada lado meu. Seus olhos passam rapidamente dos meus seios para o meu rosto.

— Eu não estava brincando com você, você é quem está brincando comigo.

— Eu não esfrego nenhuma mulher na rua cara. — Diz em um rompente. Ele nem imagina o quanto já fez isso, mas nem posso julgá-lo.

— Não foi isso que eu fiz, já disse, foi uma provocação.

— Bom, então não me provoque mais, sou um homem e não gosto desse tipo de brincadeiras.

Não digo nada, apenas suspiro, mas sustento seu olhar, ainda mais quando ele aproxima o rosto do meu e me beija, tão profundo que sinto uma vibração na minha boceta. Abro mais as pernas para ele se encaixar entre elas, Oliver segura meu rosto com as duas mãos, seu beijo é tão profundo e intenso, que tenho quase certeza de que agora ele vai ceder. Mas então seus lábios deixam os meus para recuperar o fôlego e ele lambe a minha orelha, sua respiração me fazendo cócegas.

— Case-se comigo.

— O que? — Eu ouvi muito bem, e quero chorar pois sei que mais uma vez foi dormir sem ter um orgasmo.

— Estou perguntando se você quer se casar comigo, Denise. Você aceita?

Lágrimas rolam pelos meus olhos enquanto balanço a cabeça. Não posso.

— Trigésimo.

— Hã?

— Trigésimo pedido negado.

Ele me dá um último beijo nos lábios e depois na testa e me deixa sozinha no banheiro, indo embora, lá fora não ouço nenhum barulho.

*********

A gente volta a conviver, na medida do possível. Às vezes, parecemos uma verdeira família, Quinn resmungava me chamando de mamãe quando estava com Oliver e quando estava comigo ficava chamando "papai" o tempo todo, ela queria estar sempre com nós dois. Então sempre que Oliver não estava trabalhando, estávamos fazendo algo juntos, menos quando mamãe e minha tia vinham visitar, então eu fingia que era como uma funcionária e ficava o mais longe possível, ainda mais pelo fato de Quinn não aceitar me chamar de tia de jeito nenhum.

Minha mãe não ia gostar, disso tenho certeza, ela já me falou incontáveis vezes que eu devia procurar um canto pra morar e sair da casa que pertencia a minha irmã. Que não era certo morar debaixo do mesmo teto que um homem viúvo, ela ligava muito para os outros iam pensar e dizer, esse também era um dos motivos maiores do meu medo de seguir em frente com Oliver.

Certo dia, estávamos cozinhando juntos, com Quinn brincando no chão perto da gente. Ele trabalhava muito e seu laser sempre consistia em estar com Quinn, foi quando dei a ideia dele sair com os amigos pra beber ou sei lá e eu ficaria em casa cuidado de Quinn.

— Não vou deixar vocês duas sozinhas. — Foi a sua resposta.

— A gente fica, durante o dia.

— Não, tem os funcionários e os seguranças da rua. — A vizinhança em sua maioria eram de pessoas um tanto poderosas, então sempre tinha pelo menos dois seguranças disfarçados pela rua dia e noite.

— Mesmo assim, tenho certeza de que vamos ficar bem.

— Você já cuida dela o dia todo, também merece descanso.

— Eu saio às vezes com minhas amigas, você nunca sai. Está na rua, precisa relaxar, aposto que os caras te chamam com frequência.

— Já desistiram.

— Faça uma surpresa, é sério, você precisa, Quinn vai gostar bem mais depois disso. Você vai poder relaxar e voltar bem mais tranquilo.

— Parece que você está tentando se livrar de mim. — Ele me olha por cima do ombro, com uma sobrancelha erguida.

— Talvez sim, quero escolher o filme sozinha sem que você me faça assistir algum tema de guerra.

— É, vou pensar.

Ele se arruma naquela noite e sai, me beijando e beijando Quinn antes de nos deixar com um olhar pesaroso, aposto que vai voltar antes de meia-noite. Como Quinn já jantou, eu a levo para o quarto e brinco com ela, depois leio uma história inteiro até que ela cansa e finalmente dorme. Exausta, vou para o meu quarto e tomo um banho, coloco uma saia curta de pano mole e uma blusa de alça, então me jogo no sofá para ver um filme de comédia romântica.

No meio do filme, meu celular vibra e sei que é Oliver.

Oliver: Eles estão tentando me embebedar depois de ter ficado tanto tempo longe.

Eu: Eu disse, você precisava disso.

Oliver: Não tenho certeza, já que estão conseguindo. Uma mulher sentou no meu colo e te juro que levei quase meia hora para tirá-la de cima, meus sentidos estão lentos.

O ciúmes me consome, estaria ele fazendo de propósito só para me ver jogar um sapato na cabeça dele?

Eu: Você não vai voltar sozinho, não é?

Oliver: Claro que sim, ficou louca? Não vou levar mulher nenhuma pra casa, Denise.

Eu: Estou falando sobre você dirigir bêbado, idiota.

Oliver: Oh, puta merda, me desculpa. Fiquei tranquila, Sander vai me levar, eu já me pedi, mas ele disse que não estou bêbado o suficiente ainda.

Eu: Ok. Vou esperar acordada.

Oliver: Não precisa mas, me diga, o que está fazendo agora?

Mordo os lábios e imagino ele sentado no bar e conversando comigo enquanto os amigos se divertem, eles estão lá pouco mais de 1h e decido que vou provoca-lo um pouco.

Eu: No momento, meus dedos estão deslizando pelo meu clitóris, e minha boceta está totalmente melada.

A sua mensagem demora um pouco pra chegar, e quando chega, está tudo em letras grandes.

Oliver: PUTA MERDA, DENISE, FIQUEI DURO NA FRENTE DE UM MONTE DE GENTE E QUASE DEIXEI MEU CELULAR CAIR NO CHÃO COM MEDO DE ALGUÉM VER SUA MENSAGEM.

Oliver: Desculpa o caps, toquei sem querer.

Eu: Vai pro banheiro, talvez você possa me mandar uma foto de lá, assim eu posso lembrar de como é o seu pau e enquanto enfio dois dedos dentro de mim, eu possa imaginar que é o seu pau no lugar deles.

Oliver: Caralho, você precisaaaa ser minha mulheeeeeeeer!!!!!

Eu caio na gargalhada com sua mensagem e a quantidade de letras e realmente recebo uma foto do seu pau alguns minutos depois. A foto é tirada no banheiro, a mão que não segura o celular está com um copo transbordando alguém drinks, tenho certeza que os amigos encheram mais do que devia pra embebedar ele. E seu pau tá tão duro e esticado que ele não precisa segurar pra caber na tela toda, ele fica lá em pé sozinho, majestoso.

Fico muito molhada e penso em ir trocar de calcinha, mas desisto quando chega em uma parte boa do filme e ele para de mandar mensagens.

Algum tempo depois, estou quase dormindo no sofá quando ouço o barulho de um carro e levanto correndo, indo até a porta. Destrancou e dou de cara com um cara carregando um Oliver todo desarrumada e se arrastando até a porta de casa.

— Veja bem, Sander, essa é a minha mulher — ele diz, apontando pra mim da porta, sua voz sai arrastada e arregalo os olhos. Sander me dá uma boa olhada enquanto carrega Oliver e balança a cabeça.

— Essa é a sua cunhada, seu idiota. — Sander diz, acho que é seu amigo do trabalho, então eles param na minha frente e o negro alto e forte sorri para mim. — Muito prazer, Denise, certo? Oliver fala muito de você.

Ele fala? E o que ele diz sobre mim para os amigos? Acho que fico corada.

— Você não está dando em cima da minha mulher, está, Sander? — Oliver tenta fazer uma cara feia, mas só sai uma careta enquanto ele enfia um dedo na cara do amigo.

— É, acho que a gente exagerou com você. Onde eu posso jogar ele, querida Denise?

Me afasto da porta e aponto para o sofá, onde Sander e Oliver se arrastam e ele larga o corpo de Oliver como se fosse um saco de batatas.

— Ele te chamou de querida? Eu vou matar esse filho da puta abusado! — Oliver ergue um braço, mas é só isso que ele consegue, seu corpo não obedece ao seu comando. Sander gargalha e acena antes de ir embora e fecho a porta quando ele liga seu carro e sai da propriedade de Oliver.

— Acho que me arrependo também, agora sou eu que vou ter que cuidar de você. — Me aproximo do sofá e pairo acima dele, seus olhos estão tão pequenos que mal estão abertos.

— Não precisa, querida, só deite aqui com seu homem.

— Você é meu homem?

— Claro que sou seu homem, caralho.

— Meu homem me foderia na hora se eu pedisse. — Sorrio quando ele joga um braço por cima dos olhos e com a outra mão ele põe por cima da ereção crescente.

— Porra, Denise, tu tira qualquer homem do sério com essa sua boquinha suja.

Sorrio, pois a boca dele também é suja e isso faz com que meus peitos pesem na blusa que uso sem sutiã e meus mamilos duros e doloridos roçam o algodão.

— Levante-se, vou te ajudar a ir pro banheiro, você está fedendo a cachaça.

— A culpa é toda sua. — Ele nem se mexe, então pego seu braço e o puxo pra cima, mas ele é pesado para o meu tamanho e mal consigo movê-lo. — Você precisa me ajudar, Oliver.

— Me chama de marido — ele resmunga e se põe sentado, então agarra minha cintura e põe a cabeça por baixo da minha blusa, sinto sua língua no meu umbigo e uma pressão enorme na minha boceta, ela pinga só com o contato desse homem em mim.

— Vamos pro banheiro, hoje eu que vou te dar um banho.

— Sou pesado, você não vai me aguentar. — Seus lábios fazem cócegas na minha barriga e eu dou risadinhas.

— Ah, pode ter certeza de que eu te aguento, Oliver, aguento você todo.

— Jesus, me ajude aqui. — Ele realmente olha pro teto de casa, como se estivesse olhando pro céu. Então fica de pé com muita esforço e se apoia em mim e nas paredes até chegar no meu banheiro, pois tenho medo da gente subir pra suíte dele e acabar acordando Quinn que dorme no quarto ao lado.

Chegando no banheiro, ele se senta na tampa da privada e tiro a sua blusa, ao mesmo tempo que ele levanta a minha também, me imitando. Mas eu tenho que cuidar dele agora, pois isso bato em sua mão toda vez que tenta abaixar meu short ou levantar a minha blusa.

— Você precisa ficar de pé para eu tirar suas calças.

— Shiiu — ele diz com a cabeça embaixo da minha camisa novamente, ele beija a pele da minha barriga e então me faz paralisar totalmente com as próximas palavras: — Estou falando com ele aqui.

A verdade é que eu simplesmente venho ignorado o fato dele ter gozado dentro de mim no chão do meu quarto. Já faz pouco mais de um mês, minha menstruação não desceu, mas continuo contando com ela, pode acontecer de atrasar, não é? Isso acontece com muitas mulheres. Eu não uso pílula pois não transava mais desde Steven, e também tem mulher que tentam engravidar durante anos e não conseguem. Driana mesmo confessou pra mim que eles passaram 6 meses tentando até Quinn vir. Eu não seria a azarada, certo?

— Não diga isso. — Eu o afasto e Oliver me olha de cara feia. Então fica de pé e tenta tirar seu cinto, mas se atrapalha, então eu tiro e depois puxo suas calças pra baixo.

Me ajoelho no chão, pois ele mal consegue levar os pés e a calça jeans está embolada neles, então tiro um por vez até ele estar livre de tudo, inclusive da cueca. Quando ergo meu rosto, dou de cara com a sua enorme ereção e seu olhos em mim, ajoelhada no chão. Não posso me segurar mais, além disso, eu tenho que retribuir a outra vez em que ele me deu banho e me fez gozar com seus dedos e sua boca.

Então, sem dizer nada, pego seu pau com uma pão e o coloco na boca. Oliver fecha os olhos e joga a cabeça pra trás, um gemido deixando seus lábios entreabertos, começo a chupar e lamber, ele me diz pra babar o pau dele e não engolir minha saliva. Então é isso que eu faço. Estou tão molhada que tenho certeza que minha calcinha está com aquela rodela visível pra quem olhasse, mamo no pau dele e sugo duas bolas, Oliver agarra meus cabelos com uma mão e me faz engasgar com sua porta que jorra na minha garganta. Sinto o vômito vindo, mas ele tira o pau antes disso e um fio de baba e esperma se prendem da cabeça do seu pau até a minha língua.

Oliver passa o dedo nesse fio e depois esfrega na minha bochecha. As pernas dele estão trêmulas quando fico de pé e o ajudo a entrar no chuveiro, mas ele me leva junto e acabo toda molhada e dando um gritinho abafado pela sua boca na minha. Ele sente o meu gosto e o dele, mas não para de me devorar com a sua língua macia.

— Me dá o seu cu. — Ele pede. Finalmente! Apesar da minha boceta estar mais necessitada do que o meu traseiro, que nunca foi comido, eu me viro e abaixo meu short. Quero transar com ele há tanto tempo que não me importo qual dos buracos ele vai comer.

Oliver parece meio surpresa por eu não contestar, mas logo está com meu cabelo enrolado no seu pulso e com a cabeça gorda do seu pênis rasgando meu buraco virgem, eu grito e choro, mordo meus lábios até sair sangue. Atrás de mim, ele morde minha nuca e me mantém parada com uma mão na minha cintura e a outra agarrada no meu cabelo.

— Relaxa essas pregas, vai, linda. — Ele implora no meu ouvido.

— Não... Consigo, dói muito. — É realmente uma dor do caralho, ainda mais que não fui preparada antes, eu até já tentei enfiar meu dildo na minha bunda, mas não entrou nem um centímetro. Oliver desligou a mão que estava na minha cintura até meu clitóris, ele fez alguns círculos, mas depois desceu mais e enfiou dois dedos dentro na minha boceta. Gritei.

Eu estava presa entre seus braços e a parede do box, não conseguiria fugir nem se eu quisesse, ele é muito mais forte do que eu. Mas eu não queria fugir, ainda mais porque Oliver conseguiu enfiar mais uns 5 centímetros de pau dentro do meu cu.

— Tão apertadinha, querida.

— Oh, Oliver!

— Isso, geme meu nome mais alto, eu quero que os seguranças do outro quarteirão ouçam que seu homem está comendo seu cuzinho agora.

— Sim, sim! — Eu vi estrelas quando ele largou meu cabelo e amassou meus seios nas mãos grandes e fortes, os dedos indo fundo na minha boceta e o pau socando meu cu. Gozei murmurando coisas incoerentes, eu estava tão sensível que voltei a gozar segundos depois quando as mãos de Oliver continuaram a me torturar.

— Você é uma diabinha adorável, Denise — Ele resmungou no meu ouvido, então quando pensei que ia gozar na minha bunda, se retirou com cuidado e martelou forte na minha boceta, tão agressivamente que meu grito saiu rasgando.

— Porra, desgraçado!

— Você me pediu tanto por isso, você lembra, minha dor de cabeça diária? — Ele ri do apelido que me deu e então soco mais forte ainda enquanto goza tudo dentro de mim, ele faz questão de grudar os lábios no meu ouvido e gemer roucamente, isso me dá tanto tesão que não faço ideia de como não gozei pela terceira vez.

Quando sai de mim, ele me pega no colo e diz que não vai me limpar porque ele quer que eu durma toda melada dele. Então me deposita na cama depois de me secar e volto para tomar um banho sozinho, mesmo ainda um pouco bêbado, aquele homem enorme conseguiu me carregar no colo até a cama, cambaleou, mas não me deixou cair. Quando voltou, ainda estava completamente nu e com o pau semiereto, ele se deitou atrás de mim e fez questão de encaixar o pau entre as bandas da minha bunda. Depois agarrou meu seios com uma mão, enquanto fiz seu outro braço de travesseiro, ele me desejou boa noite e segundos depois já estava dormindo.

***********

3 anos depois.

Oliver não estava errado, eu fui feita para procurar. Tudo bem que não queria ter filhos e sinto muito para quem não podia ter. Mas fui abençoada com um útero fértil, depois do meu primeiro filho, o amor que senti foi tão gigante, que eu entendi o que Oliver quis dizer e só pensava em viver esse amor de novo. A gestação, o primeiro choro, o primeiro "mamãe", tudo isso era muito mágico para viver sem.

Lembro-me da segunda vez em que transamos, depois de Oliver chegar totalmente bêbado em casa e me comer contra a parede do banheiro. Ele passou a ficar ainda mais grudado em mim e não desistiu dos seus pedidos de casamento, até que eu aceitei, no dia em que fiz um teste naquela mesma semana e constatei o que eu já sabia e sentia. Eu estava grávida. Na primeira esporrada dentro e Oliver conseguiu me engravidar. Não aceitei seu pedido só por ter descoberto a gravidez, aceitou porque eu já o amava há muito tempo e me coloquei acima de qualquer preconceito.

E recebemos muito, muito mesmo. Ninguém, absolutamente ninguém aceitou a nossa união, nem dá parte da família dele e nem da minha. Mamãe ficou horrorizada, até tentei me explicar, mas ela parecia que ia desmiar, então fui embora e deixei tudo pra trás.

Nós tivemos que nos mudar, eu não queria mais morar naquela casa de qualquer forma, queria o nosso quatro, um só nosso, onde dormiriamos nele pela primeira vez como marido e mulher. Tivemos um casamento só no cívil e então fomos com Quinn para nossa casa nova em outro Estado, longe de todo julgamento onde fizemos a nossa família sem que soubessem do nosso passado.

Quinn dizia em casa que tinha duas mamães, eu e Dinara, já que eu continuava mostrando a foto para ela, mas não podia explicar o que tinha acontecido de fato, ela era muito pequena, apenas dissemos que a outra mamãe tinha ido morar no céu com as estrelas.

Agora, ela estava com quase 5 anos, Olavo com 3 anos, Dinara com 2 anos e Yngrid com 1 ano. Sim, tivemos um filho em cada ano, mal o resguardo acaba e Oliver já estava em cima de mim cachorro nucio, mas eu não reclamava, amava o seu amor e seu cuidado.

Obviamente, ele era um pai presente e incrível, tinha conseguido o mesmo emprego aqui nessa cidade, já que nos mudamos para perto da filial da empresa que ele trabalhava antes e aceitaram ele. Eu ficava em casa cuidando das crianças juntamente com uma babá, ela era uma senhora que amava crianças e nos dávamos muito bem.

Hoje era um domingo de sol, tínhamos uma piscina grande e uma pequena em casa, as crianças estavam na pequena com Oliver e eu estava de biquíni rosa pegando sol em uma das espreguiçadeiras.

— Mamãe, Olavo não quer me dar minha boneca! — Quinn grita de onde está e eu tiro meus óculos. Apesar do pai estar mais próximo, eles sempre gritam a mim, mas já estou acostumada e sabia que seria assim.

Dou apenas uma olhada em Olavo e ele gargalha e se esconde logo depois de devolver a boneca da irmã. Ele não faz por mal, está apenas tentando chamar atenção, é isso que ele faz de melhor. Olavo era o mais dengoso de todos eles e quando não tinha nossa total atenção por muito tempo, ele arrumava algum jeito de ter. Como agora.

Não é apenas isso, Quinn e ele eram o que mais brigavam, eles se amavam, é claro, mas Quinn era muito pequeno quando tive Olavo, então ela ficou com muita ciúmes dele. A gente procurava lhe dar a maior atenção possível, sempre estando junto dela e parando tudo para lhe ouvir, mas tinha momentos em que eu estava amamentando Olavo chegava querendo empurrar a cabeça dele e dizia: não pode, neném. Era muito fofo, mas um tanto desesperador, nunca chegou a machucar ele, ela até quis pegar peito, dizendo que era neném também, mas ela não nunca tinha mamado peito e não gostou.

Todos eles foram parto normal e todos pegaram peito, apesar disso, quem Quinn tinha mais ciúmes era seu primeiro irmãozinho. Os outros ela até que teve um pouco de ciúmes, mas também ficou bastante feliz em poder ajudar e ter mais gente com quem brincar.

— Minha pequena ciumenta — Oliver disse, sorrindo para ela. E como a dengosa que era, Quinn sorriu e nadou até o pai, disputando seu colo com Yngrid que ainda tinha medo de ficar sozinha, mesmo no raso e com a água batendo em sua cintura.

— Papai, a gente pode assistir um filme da barbe depois, só você, eu e a mamãe? — perguntou. E sim, ela era territorialista dessa forma mesmo, excluindo os irmãos em algumas atividades, ela dizia que eles eram muito bebês para certas coisas, que eles não iam entender mesmo.

— O que acha de assistirmos só você, eu, a mamãe, o Ol, a Yndy e a Di? — Ele amava abreviar o nome dos nossos filhos, ao contrário de mim, mas era engraçado como ele não esquecia de abreviar nenhum. Ele tentou chamar a Quinn de Kiki, mas ela odiou, eu também não gostei.

— Ah, mas eles são muito pequenos! — Ela revirou os olhos e depois me olhou, pra ver se eu estava vendo, quando apertei os olhos para ela, Quinn deu um grito e veio até mim, me beijando e dizendo que me ama. — Vou levar sol com você, mamãe.

Ela pegou seu óculos rosa e se sentou na espreguiçadeira do lado, exatamente do mesmo jeito que eu estava, com uma perna levantando. Oliver e eu rimos disso, mas depois Yngrid estava reclamando que queria mamar e ele tirou os outros da piscina para ir atrás da babá enquanto ele me entregava Yngrid e se sentava ao meu lado. A pequena era a única que mamava, por sorte sempre que um bebê nascia, o outro largava o peito, por isso que Dinara já estava a 1 ano sem mamar e agora eu só precisava amamentar Yngrid até engravidar de novo.

Afastei os cabelos cacheados do rosto dela enquanto Yngrid fechava os olhos e fazia seus sons ao engolir leite, Quinn reclamo do sol em algum momento e entrou também, mas Oliver ficou ao meu lado, uma mão espalmada na minha barriga e os olhos em Yngrid que estava quase dormindo, mas não largava o peito de jeito nenhum.

— Seus peitos estão enormes e duros, cheios de leite. — Ele anunciou, e eu já sabia o que ia dizer a seguir, como se tivesse lido sua mente.

— Eu não estou grávida, querido.

— Mas Yngrid já está mamando há um ano, ela mal termina os dois e já estão cheios de novo. Só acontece isso quando você ja está grávida. — Ele ergue uma sobrancelha, e é verdade. Claro que eu produzo muito leite, ainda mais por ter uma criança pendurada em mim quase 24h por dia, mas quando não estou grávida, eles não enchem tão rápidos e ficam um pouco mais flácidos. Não é o que tem acontecido, estão sempre duros e quase empedrados.

— Não estou grávida, eu saberia, minha menstruação vai descer daqui há dois meses — respondo, mesmo com uma pulga atrás da orelha.

— Sua menstruação não vai descer, tenho certeza. — Ele sorri de um modo convencido e desce a mão para minha coxa, dando um aperto mais forte. Olho para Yngrid, tento tirar o peito, mas ela suga o bico pra dentro de modo desesperado e segura a corda do meu biquíni como se sua vida dependesse disso.

— Estou com fome.

— É claro, precisa alimentar três agora.

— Não seja idiota! — Eu quase grito, nunca tive gestação múltiplas e nem queria pensar nisso.

— Não é disso que estou falando, amor, se acalma. Me refiro a você, Yngrid e agora o bebê na sua linda barriguinha.

— Quer fazer uma aposta?

— Sempre! — Ele faz uma cara pensativa e então se aproxima para sussurrar baixinho no meu ouvido. — Se você tiver grávida, vai me dar o cu por uma semana e me deixar te amarrar toda vez que eu for foder sua boceta.

Céus! Como esse homem maluco poderia dizer essas coisas quando nossa filha estava no meu peito quase dormindo? Infelizmente, fiquei excitada e juntei uma coxa na outra, fazendo meu marido sorrir ao notar o que tinha causado em mim. Mas uma semana somente lhe dando o meu traseiro? Meu Deus, eu não ia aguentar! Era melhor que eu não estivesse grávida.

— Ok, e eu escolho... Uma massagem nos pés todos os dias durante uma semana e também você que vai pegar Yngrid no quarto durante uma semana quando ela chorar pra mamar de madrugada.

— Combinado! — Ele sorriu. Mas nem foi lá um bom jogo, eu era horrível em pensar nessas coisas, porque quem pegava as crianças de madrugada era sempre ele mesmo, raramente eu me levantava quando as crianças acordavam chorando de madrugada, ele fazia questão, já que ia voltar a dormir e eu que ficaria acordada com uma criança pendurada no peito.

Oliver me beija e diz que já deu de sol pra gente por hoje, então ele espera Yngrid cair em um sono profundo e a pega para levá-la no colo até seu quarto. Pego minhas coisas e sigo atrás dele, reparando em suas nádegas que preenchem perfeitamente sua sunga de banho. Ele é tão gostoso que sinto ciúmes toda vez que sai de casa ou quando vejo uma mulher muito perto dele e sorrindo para ele.

Sem mentira, uma vez estávamos no mercado e uma pilantra não conseguiu se segurar e deu em cima dele. Na época Dinara era um bebê, ele estava com ela no colo enquanto eu fui em outra sessão, quando estava voltando, ele afastava o braço músculo do toque dela e dizia: Mulher, é melhor você não tocar em mim nunca mais se não quiser que minha mulher arranque seus cabelos! E se preserve, além de ser casado, eu jamais ia querer uma mulher tão oferecido como você que não sabe falar sem tocar no corpo alheio.

Então ele virou a cara e precisei me esconder para ele não me ver rindo.

Ele era o melhor. Em tudo! Mas, principalmente, em fazer filho.

No momento, eu estava de quatro em nossa cama, com as mãos amarradas por uma corda na cabeceira e sendo fodida por trás furiosamente. Depois de comer e esporrar na minha boceta, esse homem simplesmente enfiou o pau ainda duro no meu cu e está metendo incansavelmente. Ele parece lindo e majestoso, enquanto eu estou um caco, toda vermelha, marcada e despenteada.

Já ia fazer uma semana que ele estava comendo meu cu e eu estava com medo de não conseguir andar quando saísse dessa cama. Porque é claro que ele inventou uma folga de uma semana na empresa depois que ganhou a aposta sobre eu estar grávida. Ele estava certo mais uma vez, eu estava com dois meses e meus instintos diziam que era um menino. Olavo iria ficar feliz demais. 

— Por favor, eu preciso... descansar — reclamo paudamente enquanto meu corpo balança pra frente e pra trás com suas investidas. Nossos lençóis estão molhadas do meu gozo, o desgraçado usou um vibrador no meu clitóris e só hoje já me fez gozar 5 vezes, eu estava toda estragada, não era ninguém, e ele não cansava.

— Você vai, querida, na próxima semana. Esse cu é meu por uma semana e eu não vou desperdiçar o banquete que você é! — ele rugiu e estalou um tapa na minha bunda vermelha, inchada e ardida.

Ele filho da puta era um sádico, mas eu não andava muito atrás, pois amava e me sentia inteira quando ele me fodia agressivamente. Dificilmente fazíamos amor de modo pacífico e carinhoso, eram sempre com tapas, mordidas, arranhões e minhas mãos amarradas.

— As crianças... Vão chegar... Peciso... Descansar! — eu grito quando ele agarra meus cabelos e puxa minha cabeça pra trás. Porra, parecia que ele queria me quebrar.

As crianças estavam com os avós paternos, eles resolveram que queriam ser avós quando Oliver foi pai pela primeira vez e eles perceberam que não íamos voltar e eles nunca iam conhecer os netos se eles não viessem. Então, pelo menos uma vez por ano eles vinham para passar um final de semana com as crianças. Dinara e Yngrid não estavam muito confiantes de ir com eles, por serem mais novas e porque só saímos comigo e com o pai, então a babá foi junto e os pais de Oliver já nos mandaram diversas fotos das crianças se divertindo.

Não que eles aceitassem nosso relacionamento, ainda não, eles mal me olhavam no rosto. Mas eles queriam ser avós, e eu não podia negar isso. Faziam chamada de vídeo com frequência e as crianças gostaram muito de por ter avós, então concordamos em dar isso a eles. Quando os pais vinham, eles ficavam em um hotel, mas hoje estavam em um parque de diversão, passei o dia apreensiva e só parei de pensar um pouco nas crianças quando Oliver me jogou na cama e me fez ser sua puta particular.

— Gozo na sua boceta ou no seu cu, amor? — ele sussurra no meu ouvindo, me dessamara e me puxa até minhas costas encostarem seu peitoral suada e meus seios pularem na frente com suas investidas.

— No meu cu, por favor — Mordi os lábios quando o senti inchar ainda mais e mordi os lábios, apesar da gente fazer sexo anal com frequência, ainda é muito dolorido e dificultoso, sou muito apertada e sempre parece que Oliver vai me rasgar ao meu quando vira um animal.

— Que presente. Obrigada, porra! — ele xinga sujo meu ouvido e jorra no meu cu, derramando seu leite quente e me sufocando com meus braços se aço em volta de mim.

Para completar, hoje é aniversário dele e o safado teve a cara de pau de dizer que seu presente foi ter descoberto a minha quarta gravidez e também poder me foder por trás por uma semana sem exceção.

Fico jogada na cama por horas, Oliver toma banho, depois atende o buffet que veio trazer o bolo e algumas guloseimas para a pequena comemoração que vamos fazer para ele mais daqui a pouco. Quando volta para o quarto, ele ri por me ver do mesmo jeito, estirada na cama, então me pega como se eu fosse leve como uma boneca e me leva pro banheiro. Em seguida, me coloca dentro de um vestido florido de verão e me ajuda a chegar na cozinha e sentar na mesa posta. Porque sim, depois de tantos dias dano o olho de trás, eu já não estava andando normalmente.

Quando as crianças chegaram gritando e fazendo algazarra, nem me levantei, o que os pais dele acharam estranho, mas sorriram de lado mesmo assim e se sentaram para comemorar junto com o filho. Infelizmente, mamãe não queria me ver nem pintada de ouro, ela me pintou como a bruxa má e me julgou dizendo que eu não horei a memória da minha irmã ao ficar com seu marido. Toda vez que lembro das palavras dela, meu coração se parte mais um pouco, só para ser preenchido por mais uma vida que Deus me deu para cuidar.

Distraidamente, acaricio minha barriga, olhando pra baixo, até que ouço Oliver soltar um pigarro e levanto a cabeça, notando seus pais olhando pra minha barriga de olhos arregalados.

— Bom, a casa nunca ficará vazia — O pai dele comenta enquanto brinca de dar cócegas em Yngrid, ela está bem mais a vontade com eles depois de passar um dia juntos.

Oliver se senta ao meu lado depois de arrumar as crianças cada uma em seu lugar e segura minha mão, ele sorri para mim e sussurra um "obrigado", e não preciso perguntar pelo que, ele olha para cada um de nossos filhos com aquele olhar sonhador antes de partir e comer seu bolo. Sou tão sortuda, mesmo que ele nunca tenha descoberto que era o cara por quem fui apaixonada ainda aos 17 anos.

Ainda assim, tenho sorte, pelo destino ter nos juntado e por ter nos abençoado como uma família linda, que transborda saúde. Faço o mesmo que ele e olho para cada um, Quinn separa os amendoim do bolo um por um e coloca no prato de Olavo que não vê por estar tentando pegar o bolo da sua avó, a mesma finge não vê só para ele ter êxito. Dinara está com a boca toda suja de bola, quando não consegue mais usar os garfos de plásticos estica seu prato na direção do seu pai, para ele lhe dar na boca. Ela sempre faz isso e ele sempre obedece. Yngrid, ao meu lado, está igualmente suja de bolo, não só a boca, mas o vestido também. Quando me pega olhado, enfia a mão na minha blusa e pede peito. Lhe sirvo mais uma fatia de bolo e ela esquece o peito por mais alguns minutos.

E assim encerramos aquela noite, com uma mesa animada, não somos perfeitos, nenhum de nós, mas somos unidos, cada um do seu jeito.

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Fim

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