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18. Novas espécies (p. 1,2 e 3) 🐺

NOSSO LOBÃO KAHLIL ESTÁ DE VOLTAAAA!!! QUERO MUITOS SURTOS COM A VOLTA DELE, VIU? (Não revisado).

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Parte 1

O mundo mudou, e praticamente virou dessa nova espécie que conhecemos como lobisomem ou homens lobos. Sim, exatamente como dos livros de histórias fictícias que mamãe contava pra mim, mas agora era real. Fazia uma década que essa espécie se revelou e tomou conta de tudo, cada estado, cada paz. Eles eram temidos e então tomaram os postos dos humanos nas cadeiras dos líderes mundiais. Tudo tinha mudado, tínhamos toques de recolher e proibição de sair nas noites de lua cheia. Tínhamos que fazer estoque de alimentos e viver reclusos durante esse tempo, o que era horrível. Sem contato com outras pessoas e nem com essas espécies, que passaram a conviver conosco no dia a dia.

Era muito estranho, pois quando tudo começou, eu era muito nova, todos achavam que iam morrer, até que veio a “proposta” deles se juntarem a nós em convivência. O que era um eufemismo, não houve proposta, houve uma invasão e fomos submetidos a aceitar essa loucura toda. Agora tínhamos homens lobos trabalhando, estudando, e fazendo tudo o que os humanos fazem. Os lobos mais novos eram os mais legais, pois tinham a minha idade e estudavam com a gente, não precisam ser escrotos e alfas como os mais velhos.

Os lobos bebês que os machos tinham com suas fêmeas cresciam em uma velocidade tão rápida que em um ano já se tornavam adolescentes depois de seu nascimento. As lobas fêmeas eram chatas e territorialistas com seus machos estranhos, achando que as humanos pudessem tomar eles delas. Como se isso fosse uma opção, eles eram estranhos demais, com seus corpos peludos, orelhas de lobo, rabo de lobo e dentes afiados. Os lobos eram musculosos, gigantes, a maioria quando chegava na juventude já passavam dos dois metrôs, e a única coisa que se pareciam com os humanos eram no rosto, no centro, na verdade, porque seus pelos iam até suas bochechas. E o físico se assemelhava também, porém as mãos com garras assustavam qualquer humano que chegasse perto de mais.

Pronta para trabalhar, já que minha família tinha pouco dinheiro e precisava de sustento, coloquei um vestido largo o bastante para disfarçar meu corpo avantajado do qual eu tinha certa vergonha. Mas nada impedia de verem minha cara larga por aí, meus braços gordos e meus pés grandes que chegavam quase ao tamanho de um pé de lobo, só que sem aqueles pelos e aquelas garras medonhas.

— Já vai, minha filha? – minha mãe perguntou da sala, estava muito velha até para se levantar, vivia no sofá vendo TV ou dormindo boa parte do dia. Eu era a filha mais nova, que ela deve tarde até de mais. Meus irmãos mais velhos já eram casados, o caçula antes de mim era o único que morava na casa ao lado. A mulher dele, como tinha bebê, ficava em casa e passava um olho em nossa mãe enquanto eu saía para trabalhar.

— Sim, mãe, te vejo a noite. — Aceno por já estar atrasada e pego minha bolsa de couro vinho no aparador perto da porta.

Quando saio, dou sorte da minha cunhada estar saindo com a bebê para pegar sol e brinco com ela um pouco, cheirando suas dobrinhas fofas e cheirando a talco. Me despeço da minha cunhado e sigo rumo ao mercado do centro da cidade, que fica quase uma hora de ônibus. Lá eu trabalho repondo produtos e às vezes ficava na parte dos laticínios para aprender e talvez mudar de setor algum dia.

Na volta para casa, percebo que tudo está vazio demais, fui uma das últimas a sair do mercado e perdi meu ônibus, só que no ponto não tem ninguém e não vejo nenhum ônibus passando. Por não saber o que está se passando, decido voltar andando, melhor do que ficar esperando um ônibus que claramente não vai passar. Vou passar muitas horas andando na rua sozinha, mas não posso perder minhas economias pedindo um táxi, ficaria muito caro, quase um rim.

Já estou cansada, ofegante, suando e com os pés doendo quando alguém começa a caminhar do meu lado, levo um susto até perceber que é Patrick, um dos lobos jovens que estudaram no mesmo colégio que eu no ano passado, último ano do ensino médio. Ele ri com os dentes caninos aparecendo e coloca as mãos no bolso das calças largas. Por eles terem corpos grandes, as roupas para essas espécies eram feitas sob medida, nenhuma loja humana fazia roupas que caberiam neles.

— O que pensa que está fazendo andando na rua a essa hora? — Ele questiona, a voz dele ainda não é grossa o suficiente como dos lobos mais velhos, mas está um pouco mais desde a última vez que nos vimos.

— Alguém precisa trabalhar, certo? – Brinco, continuando minha caminhada com ele ao meu lado, no mesmo passo que eu. Nem sapato eles precisavam, nada caberia.

— Certo, mas hoje é noite de lua cheia – ele enfatizou as duas últimas palavras e eu parei, pegando rapidamente meu celular na bolsa para ver as luas... Inferno, eu esqueci! Por isso as ruas estavam todas vazias e a maioria das casas com as luzes apagadas.

— Merda, eu não percebi! E agora, faço o que? — Olho para ele assustada, e ele olha em volta, estamos chegando na parte da rua que passa pela floresta alada, ladeia as duas partes da rua seguinte eu passaria. Até havia um caminho mais rápido pela floresta, mas nunca peguei esse caminho, não depois da “invasão”, como eu chamo mentalmente.

— Eu te acompanho até em casa, temos tempo. — Patrick não parecia nada preocupado e deu de ombros, como nós humanos fazíamos. Apertei a bolsa contra meu corpo e apressei o passo. Às vezes passava um olho no meu colega para ver se estava tudo certo, a verdade era que eu estava morrendo de medo de algo acontecer comigo.

Diziam que você morreria se fosse encontrada por um lobo na noite de lua cheia, eu só não sabia como era essa morte, ninguém nunca soube. Mas eu sabia sobre pessoas que haviam sumido, via os familiares procurando, as baixas eram poucas, de acordo com a polícia, já que as pessoas respeitavam o toque de recolher, mas ainda assim, eram mortes inocentes. Você não via mais mortes por outros crimes, de certa forma, esses lobos não permitiam, ninguém queria ser morto por eles. Mas pra mim ainda havia esse crime, desses descontrolados que não sabiam seus lugares...

— Ahhhh! — Solto um grito agudo por estar distraída com meus pensamentos e meu medo que não vejo algo na minha frente e trombo com um peito duro e peludo. Na mesma hora eu me afastei, meu coração parece que vai sair pela boca, acelerado já estava antes, do medo que eu sentia.

O grande lobo na minha frente era um dos mais velhos, os olhos sérios e verdes escuros me fitavam e parecia estar com raiva, que só estivesse sério e com um porte de alfa. Soltei mais um grito quando o jovem lobo do meu lado uivou alto, e o lobão na minha frente finalmente tirou os olhos de mim.

— Calma, Karol, este é Khalil, o nosso Alfa da região. — O jovem explica, virado pra mim, as mãos não estavam mais nos bolsos e ele parecia tremer um pouco.

— Fora. — O tal de Khalil apenas disse uma palavra, e o garoto deu um passo hesitante pra trás. Eu também queria dar o fora, mas ele parecia falar somente com o da sua espécie.

— Alfa, posso levar ela em segurança até em casa antes? — A voz do garoto estava mais baixa, até eu estava com medo, olhava de um para o outro e me assustei quando vi que os olhos pretos de Patrick agora estavam de um amarelo vivo e brilhante.

— Fora, agora. — Khalil repetiu, sua voz saiu tão grossa que no final parecia até um rosnado, me assustou bastante.

_ Sim, Alfa. — O garoto correu pra longe e eu o segui com o olhar, os meus arregalados por ele simplesmente ter me deixado sozinha com um lobo grande e perigoso.

— Desobedeceu o toque. — Khalil chamou minha atenção e eu estava prestes a me ajoelhar e pedir perdão.

— Estava trabalhando, senhor. — Nem sabia como chamar eles, só tinha contato com os adolescentes da escola, e já fazia alguns meses que os estudos acabaram.

— Vamos. — Ele se virou e começou a caminhar, o rabo balançando atrás de si, na altura da sua cintura, encostando na barra na sua calça. Eu estava em choque, então não o segui, o lobo percebeu rapidamente e se voltou na minha direção. — Pode andar com suas pernas ou eu posso te carregar.

— Você não pode tocar em mim! — O medo fazia duas coisas com você. Número um: fazia você cagar de medo e chorar. Número dois: fazia você virar uma valentona desafiadora que você claramente não era.

O lobo, para provar suas palavras, começou a vir na minha direção e eu ergui as mãos trêmulas.

— Tudo bem! Eu caminho sozinha! — Minha voz estava estranha, rouca e de alguém medrosa. Mesmo assim comecei a caminhar bem devagar e ele se virou para seguir o caminho, só que adentrou a floresta escura e perigosa. — O senhor vai me matar?

— Por aqui corta caminho. — Foi curto e grosso.

E como não queria o irritar mais, analisando as minhas opções de correr ou aceitar a minha morte, eu o segui em silêncio, alguns passos atrás dele, mantendo certa distância, mas não tanta para não me perder, caso ele realmente só estivesse querendo me levar pra casa. As pessoas diziam que eles não eram ruins, desde que não os pegassem na noite de lua cheia, o monstro interior deles falava mais alto.

Passamos por várias árvores gigantes que nos impediam de ver o céu e até a lua, mesmo que ela estivesse cheia e grande o bastante para clarear um pouco o lugar e não nos deixar totalmente no escuro. Estávamos provavelmente na metade do caminho quando uma sequência de uivos me assustou a ponto de eu quase gritar, mas apenas parei de andar e comecei a olhar em volta, já que os vários uivos um atrás de outro pareciam perto.

— Vamos, não pode ficar aqui! — A urgência dele me fez ficar ainda mais assustada, e quando correu na minha direção e pegou meu braço, tomando cuidado para não enfeitar as garras e mim, eu gritei e tentei puxar a mão.

— Não me toque!

— Prefere morrer aqui para uma alcateia toda?

— Não! Por favor, não me deixa morrer! — Implorei, sem saber mais ao que recorrer.

— Você não pode mais andar por aqui. — O lobo simplesmente me pegou no colo como se eu não pesasse um grama e começou a correr comigo, o meu susto e medo foi tanto que eu apaguei.

***

Acordei me espreguiçando na minha cama e abri os olhos, me sentindo descansado depois de uma noite de sono. Estava tranquila ao abrir os olhos até que percebi que não estava em casa e também me lembrei do lobo grande andando comigo pela floresta. Me sento na cama rapidamente e assustada, a cabana estava escura, mas eu pode ver duas bolas amarelas acesas e gritei, as bolas vieram na minha direção e pude ver que pertenciam ao lobo, eram os olhos dele. Mas quando chegou até mim, já estavam verdes de novo, ele colocou a mão peluda na minha boca para me falar.

— Você deve ter chamado a atenção de pelo menos cinco lobos que estejam caçando na floresta. Você dormindo fica viva, então dorme! – ele rosnou, e me fez deixar algumas lágrimas caírem.

Infelizmente eu não estava em casa, segura na minha cama velha de solteira. Mas sim em uma espécie de cabana pequena e escura, em uma cama grande e sem travesseiro. Percebi uma luz em um canto que não clareava quase nada, pois era uma lareira quase apagada. Por isso eu estava sentindo tanto frio e deve ter sido o frio que me acordou, meus pés estava supergelados.

— O que estou fazendo aqui, senhor Khalil?

— Primeiro, pare de me chamar de senhor, não sou um senhor, não sou humano. — Ele até fez careta para se referir a minha espécie, que mesquinho. — Não tinha como terminar o caminho com uma humana em uma floresta cheia de lobos em noite de lua cheia, apesar de ser Alfa, a luta com lobos sedentos por sangue e sem consciência seria sangrenta e eu não ia conseguir proteger você enquanto lutasse.

— E o que estou fazendo aqui com você em uma noite de lua cheia? — Eu sussurrei, arrastando o meu bumbum pra trás na cama até encostar na parede e ficar distante dele.

— Já consegui me controlar em uma das noites de lua cheia, e me alimentei recentemente, e só você ficar na sua e quieta.

— E como vou pra casa? Minha mãe deve estar preocupada! Já amanheceu?

— Humanos falam demais. — A voz grossa me irritou e me deixou com medo na mesma proporção. — Estamos no começo da noite, a lua acabou de subir totalmente, ainda temos uma longa noite pela frente, vou tentar te levar quando o sol estiver no alto amanhã.

— No começo da noite? Céus! — Encontro minha bolsa na cama perto de mim e acho meu celular com várias ligações do meu irmão, mas está sem área. Vejo que acabou de dar meia-noite e começo a ouvir alguns uivos do lado de fora. Olho para o lobo Khalil de novo, que não tira os olhos de mim. — E o que acontece se você não conseguir se controlar?

— Não queira descobrir. — Ele se vira e volta a se sentar em uma cadeira que fica entre a cama e a porta da cabana, que estava fechada e com alguns móveis atrás dela.

Deitei encolhida na cama de novo e tento enxergar as coisas à minha volta, mas não consigo, só enxergo a lareira. E quando tenho a coragem de olhar na direção dele, me assusto com os olhos acesos que ficam variando do verde para o amarelo bem aceso. Fico o encarando, imaginando se ele também não está me enxergando quando o vejo balançar a cabeça.

— O que foi? — falei como um sussurro, mas ele escutou. Demorou só uma eternidade para responder.

— O seu cheiro.

— O que? Estou com cecê? — Puxo a gola da minha blusa e cheiro, depois levanto os braços pra cheirar, mas o desodorante ainda está em dia, fraco, mas está.

— Não, o seu odor humano, consigo sentir daqui.

— O cheiro do meu corpo? Eu nem estou suando, estou com frio!

— Você cheira bem, humana, ainda mais entre as pernas. — Ele revela e eu coro de vergonha. Se pudesse enfiar minha cara no chão eu faria. Fico sem responder porque não tem uma resposta, sinto vontade de tomar banho e me lavar bem, ele não podia me culpar por estar sem banho até essa hora e ele conseguir sentir até o meu cheiro lá embaixo.

Que vergonha!

— Seus dentes estão rangendo, lobos tem uma audição 5 vezes maior do que a de um humano, vão te ouvir.

— Não posso evitar, estou com frio!

— Vamos precisar dar um jeito nisso.

Então o lobo fica de pé e vem em direção a cama, eu arregalo os olhos e me sento rapidamente, o coração batendo forte.

— Não vou transar com um lobo! Ficou louco? — Minha voz saiu esganiçada.

— Transar? Quem falou em transar, humana? Estava dizendo em esquentar o seu corpo com o meu, por causa da pelugem. A menos que queira ter essa cabana invadida por uma alcateia. Além do que, o meu cheiro pode misturar com o seu e ficar mais difícil identificarem uma humana aqui se alguém se aproximar. — O lobo se senta na cama e fica me encarando com a bilha verde intensa, bem sério.

Mais uma vez, não me movi, então o lobo pegou meu braço e me puxou pra ele, eu não gritei, já tinha aprendido, mas me esperneio e também solto um grunhido como se fosse um deles. O lobo nem liga pra minha agitação e me coloca em seu colo, abraçando meu corpo com o seu peludo e gigante, e também extremamente quente e confortável.

— O que pensa que está fazendo?!

— Salvando a sua vida, não pensa em agradecer nunca, humana ingrata?

— Não pedi sua ajuda!

— Trate de calar essa boca atrevida ou eu vou calar!

Ele ameaça, a cabeça bem acima da minha, que ainda me contorço em seu colo, incomodada em sentir tudo nele. Seu pelo me faz arrepiar e tem algo grande debaixo de mim que é ainda maior que minha bunda larga e gorda.

— Seu monstro!

— Sua humana frágil e suculenta! —  ele rosna, então os olhos ficam amarelos acesos e as presas aparecem.

Merda, acho que agora eu me ferrei.

Parte 2

O lobo rosna acima de mim e ergue a cabeça, uivando alto. Seu uivo chama outros e novos uivos ao longe são ouvidos, como se estivessem se comunicando. Começo a tremer achando que está chamando outros lobos para me devorar, mas depois do seu uivo os olhos voltam para o verde e ele abaixa a cabeça tão rápido que não consigo me mover, até que sinto os lábios estranhamente macios sobre os meus.

O desgraçado do Alfa Khalil estava me beijando, podia sentir os pelos do seu rosto roçando minhas bochechas salientes, ele não beijava como um humano, era mais quente e bruto, ele forçava os lábios nos meus e senti sua presa afiada pressionar o meu lábio inferior. Solto um gemido de protesto e ele finalmente solta os meus lábios, mas não se afasta muito do meu rosto.

Fico sem reação encarando o alfa de volta, seus olhos passam pelos meus lábios e sua língua áspera sai pra fora, passando pelo meu lábio inferior onde a presa deve ter me machucado, a dorzinha mínima passa na hora. O que não passa é meus batimentos cardíacos cavalgando no meu peito como se fosse sair da minha caixa tórax.

— Humana quente.

— O-o que? — Sussurro, gaguejando.

— Já está quente, em toda parte. O sangue concentrado aqui.  — Ele toca o dedo com a garra no meu peito, acima do seio. — E aqui. — Ele leva o dedo pela minha barriga rechonchuda até parar no centro das minhas pernas.

— Atrevido! — Dou um tapa em sua mão e volto a me de debater, tentando sair do seu colo. Quem diria que ia achar alguém mais forte do que eu, esse cara provavelmente era o único macho que poderia aguentar meu peso.

Macho, céus, agora eu já estava até falando como eles!

— O cheiro ficou mais forte também. — O idiota ri e grunge, evidenciando a infeliz da minha excitação que eu não pude evitar, como se meu corpo não estivesse recebendo os comandos do meu cérebro.

— Preciso de um banho!

— Você é pequena como um filhote, e damos banhos em filhotes com a língua. – Khalil tem a ousadia de continuar me provocando, o rosto não mais sério, e sim com um humor que me deixa ainda mais possessa, esquecendo que ele é um monstro que me mataria em um piscar de olhos.

— Essa língua asquerosa?

— Que você iria gostar muito de ter passando por seu corpo, isso eu garanto ele voltou a ficar sério, como se eu o estivesse ofendendo. Mas que achasse!

— Está muito enganado, Alfa de merda!

— Está me desafiando, fêmea?

— Me solta e não me chama assim, eu não sou um animal! – Bati em seu peito de punho fechado, mas não causou nada naquele peitoral duro de penugem preta.

— É melhor manter a boca calada se não quiser me ver perdendo o controle com alguém tão frágil como você.

— Frágil? Já viu o meu tamanho?

Isso o fez rir, a risada dos lobos era diferente dos humanos porque eles rosnavam quando tentavam nos imitar, mas os lábios imitavam os nossos, como se também fossem descentes de humanos. Os misturados, como cachorros, eles deviam ser vira-latas, mestiços.

— O seu tamanho nem se compara com o meu, fêmea, mas devo admitir que da sua espécie você é o que tem de mais bonito e suculento em fêmeas.

— Como assim?

— Você tem o que tocar. — A mão do lobo moveu para a minha coxa e ele deu uma apertada, quase me furando com as garrafas. Soltei um gemido involuntário e o lobo me encarou.

— O que foi? Você que me apertou! Não coloque mais essas garras em mim.

— As fêmeas da minha espécie gostam das garras  — Ele ergue as sobrancelhas peludas.

— Já reparou que não sou da sua espécie?

— Pode acreditar que sim, fêmea, ou você já estaria presa embaixo de mim por tanto atrevimento.

— Qual o problema?! Por eu ser uma humana, acha que sou mais frágil que as suas fêmeas? —  Eu cruzo os braços, sem saber qual era o meu problema pra perguntar isso.

— Não acho, fêmea... — Ele aproximou o rosto do meu novamente, tão perto que me deixou sem fala. —  Eu tenho certeza de que não me aguentaria.

— Por ser Alfa, se acha tanto assim?

— Acho que está pedindo uma prova.

— Você não me assusta, Khalil. — Menti, tentando soar o mais debochada possível.

Bom, se arrependimento matasse, eu estaria morta, pois nada me preparou para os próximos passos do lobo lelé da cuca. Ele simplesmente me jogou pro lado, em cima da cama, caí como uma boneca molenga e antes que pudesse processar e até xingar ele, Khalil já estava por cima de mim, pressionando somente o quadril na minha barriga e as mãos seguravam os meus pulsos acima da minha cabeça. Arfo surpresa e assustada, e sem esperar por uma reação minha, a sua língua um pouco maior do que a de um humano se desenrola e ele lambe o meu rosto, do meu pescoço até a minha têmpora.

O pior de tudo? Eu senti esse “carinho” por toda o meu corpo, até os meus bicos ficaram eriçados dentro do sutiã de pano. Continuo sem voz, do jeito que ele me queria, então o lobo desce a língua molhada pelo meu pescoço e leva até o vão entre meus seios, empurrando o vestido pra baixo. Que língua forte, nunca pensei que uma língua pudesse fazer tantas coisas.

— Me solta! — Consegui dizer, mas com a voz fraca.

— Calada, humana. — Ele também estava falando baixo. Então suas garras passearam na frente do meus vestido rapidamente e me vi respirando pesado quando vi os pedaços de pano caindo pro lado. Até meu sutiã ficou com alguns cortes de suas garrafas, meus bicos saíram pra fora desses cortes e os bicos ficaram ainda mais duros.

Eu estava excitada, mas nunca admitiria isso pra ninguém, muito menos para esse lobo abusado.

— Você é toda farta, diferentemente das fêmeas da minha espécie. Khalil segura meus pulsos com uma mão só e com a outra segura um seio meu, como se estivesse medindo o peso. Fecho os olhos e mordo os lábios para reprimir o gemido. — Por que está se contendo, humana atrevida? Não gosta das sensações que um lobo te dá?

— Eu não permiti que tocasse em mim! — Abro os olhos, tentando voltar um pouco ao controle da situação.

— Em nenhum momento ouvi você me pedindo para parar, e minha audição é muito boa. — Ele chegou o ouvido para perto do meu rosto e eu o xinguei. Khalil riu daqui jeito rosnando, o que fez meu corpo e o dele vibrar, já que estávamos conectados, e o peso dele no meu estômago estava me assustando.

O peso e tamanho daquilo, na verdade, não parecia real. Não podia ser!

— Me deixa te provar, fêmea. — Voltou a me provocar, enfiou as pernas no meu sutiã e o arrancou com a boca, o puxão fez meu corpo e meus seios fartos balançarem, diante do rosto atento dele. Eu fiquei com tanta vergonha por estar exposta assim que virei o rosto pro lado.

— Khalil...

— Diga, humana, é só você implorar. O seu cheiro está tão forte que minha boca está salivando. — Ele voltou a lamber o meio dos meus seios e tinha realmente muita saliva, ele estava realmente me dando um banho com a língua. Eu estava prestes a jogar o bom senso pro alto e pedir uma lambida nos meus peitos e entre as minhas pernas.

— Isto é tão errado... Um lobo e uma humana... Você pode me matar se acabar se descontrolando, ainda mais hoje!

— Vou encarar isso como uma confirmação.
Assustada, ergui a cabeça a tempo de ver aquela língua grande e molhada lamber os meus seios, indo de um até o outro, depois ele colocou um peito todo na boca e o sugou. Gemi alto, quase um grito, e eu mesma virei o rosto pro lado e mordi o braço dele para não gritar. Apertei uma coxa na outra, não imaginava que pudesse ficar ainda mais molhada, e nem que o lobo fosse dar uma fungada forte no ar e rosnar, então ele soltou meus bolsos e desceu a língua pela minha barriga exposta até alcançar a minha calcinha branca e de vovó.

Nem precisei me preocupar muito com ela, já que Khalil também passou as garrafas e a deixou em pedaços, então erguei minhas pernas, abrindo elas, e coloquei as mãos na boca. Nem queria ver aquilo, depois de tudo o que falei pra ele, agora me encontro pingando e toda aberta, e pior; na expectativa do banho que me dará na boceta.

— Tente não gritar, pequena fêmea. — Khalil soou sério, mas com humor ao mesmo tempo. Então o primeiro contato de um macho na minha intimidade veio, ele não encostou delicadamente a língua em mim, o lobo fungou o meu cheiro e depois passou aquela língua grande de cima a baixo, lambendo toda a minha lubrificação.

— Ohhh! — Gemi e agarrei os pelos da sua cabeça, com a outra mão eu alcei um pano em cima da cama e o coloquei na minha boca para não gritar. Khalil me lambia sedento, como se estivesse no deserto e eu fosse a única fonte de água, só que estava bebendo a minha lubrificação, e logo mais a minha goza.

Ainda com a mão agarrada em seus pelos macios, ergui o quadril e me esfreguei mais naquela língua grande e em sua boca, mas gemi de dor quando as presas arranharam minha carne macia.

— Sossega o facho, fêmea, deixe que eu controle tudo!

Obedeci e voltei com o quadril pra cama, mas era meio impossível continuar parada quando ele estava fincando as garrafas na minha coxa a ponto de machucar, pude até sentir algo escorrer e tive certeza que era meu sangue. Porém, senti alívio quando sua língua passou pelas marcas e machucados no meu quadril, ele estava bebendo meu sangue. Khalil gemeu de satisfação e depois voltou para a minha boceta, onde sua língua achou o caminho pra dentro de mim. Arregalei os olhos e gritei abafado ao morder o pano, o macho estava me fodendo com a língua! Entrando e saindo com ela da minha boceta, lambendo meu clitóris e esfregando ele com a mão peluda, isso foi o meu ápice.

Gozei com tanta força que achei ser possível desmaiar tamanho foi a intensidade do meu gozo. Logo que segurei a orelha felpuda do lobo para acariciar, ele saiu de perto de mim e se jogou de costas na cama ao meu lado. Achei que era a minha vez de fazer algo, que fosse um convite, então me pus de joelhos e coloquei a mão no seu cinto, desabotoando.

— Eu não faria isso, pequena humana. — Suas mãos tentaram me parar, mas bati nelas e continuei meu trabalho de abrir o fecho e engolir em seco com todo aquele volume.

Não podia ser só pau aquilo. Seria um segundo rabinho? Mas grosso daquele jeito?

— Eu não me chamaria mais de pequena, se fosse você. Muito humanos me consideram... Grande, até de mais.

— Para o meu tamanho, você é pequena, fêmea, e muito.

— Veremos! — Puxo sua cueca com a calça pra baixo e abro a boca em um grande “O” com o que vejo bem na minha frente. Meu Deus!

O pênis dele, se é que podíamos chamar assim, tinha a grossura do meu braço! E era tanta informação que fiquei alguns minutos para analisar tudo aquilo, sendo a primeira vez que via um pênis de um lobo.

A base era peluda, muito mesmo, como seus braços e pernas. As bolas devia depilar igual os humanos, pois estavam lisas, mas eram grandes, muito mesmo! E o pau parecia com os dos humanos, mas as veias saltadas eram grosas mais do que o normal, a cabeça tão grande que devia ser meu punho fechado e tinha piercing na glande, o que me chocou ainda mais.

— Essa reação é toda pelas joias? Somos adeptos a essa cultura humana, achamos divertidos ver humanos gritarem de dor enquanto colocamos as joias sem dor alguma, pois nós somos os machos de verdade.

— Não é bem uma cultura... — Eu ainda fitava aquele pau duro pro alto e com uma gota generosa do líquido pré-ejaculatório na ponta. — E não é só com o piercing que estou impressionada. É impossível vocês transarem com humanos.

— Realmente não fomos feitos para entrar em humanas. Somos feitos para as aberturas maiores das fêmeas de nossa espécie, que é só uma.

Ergo a cabeça rápido na direção do seu rosto que agora consigo ver um pouco melhor por ter me acostumado mais com a escuridão.

— Isso mesmo, elas têm traseiro, mesmo que gritem com a nossa invasão, ainda assim elas aguentam.

— Nossa, então elas só tem cu? Caralho, isso é muito engraçado! Sério. — Eu caio na gargalhada e ele fica sério.

— Tenho certeza que na sua boca grande cabe muito bem. — Me engasgo com a sua fala e paro de rir na hora. Eu teria que ser uma guerreira para fazer um boquete nesse macho.

— Enfim, como isso vai rolar?

— O que, fêmea? — Ele desce os olhos para os meus seios e passa a garra levemente por cima de um mamilo.

— Oh! — Arfo e me afastado. Caralho, isso é tão delicioso que podia muito bem pedir para ele arranhar meu corpo todo como já fez com minhas coxas. — Isso entre nós, como posso te retribuir?

— Já disse que sua boca atrevida aguenta.

— Minha mãe sempre dizia que se a gente nunca tentar, não vamos saber se vai dar certo. — Me ergo e subo em cima do lobo, é a vez dele ficar sem reação. O pau está tão duro e pra cima, que só abaixo e consigo encostar a cabeça na minha fenda. Tão gorda que cobre o espaço todo, é bem maior que meu buraco virgem, quando tento força um pouco, percebi que é algo impossível, ele toma consciência novamente e me puxa pelas coxas pra cima do seu peitoral.

— Porra, ficou maluca?! Ia te arrebentar toda, fêmea!

— Mas eu preciso me aliviar! — Me esfrego um pouco em seu peito peludo que fazem cócegas na minha boceta.

— Minha língua pode te ajudar de novo, vem, senta na minha cara, fêmea.

— Meu nome é Karol, e preciso de algo mais grosso dentro de mim, Khalil! — Revirou os olhos, mesmo sendo virgem, eu estava muito necessitada, e o pau dele era tão lindo que estava me dando água na boca.

— Só tem um jeito que eu posso caber em você, fêmea Karol... Já ouvi essa profecia e não sei se é verdade, nunca foi testada. É claro que não quero te pôr em perigo...

— Diga de uma vez!

— Eu posso te transformar em loba. Pela profecia, um humano transformado só muda em lua cheia, pela imagem no pergaminho escondido com líderes, você ficaria peluda, continua com suas duas entradas, nasceria caninos afiados e garras. Os seios ficariam peludos como de nossas fêmeas lobas, mas você se transforma em humano quando a lua mudar.

— Isso é sério? — Parecia loucura.

— Eu não tenho como saber se é verdade, é arriscado, você poderia não voltar à sua forma humana.

— A escolha é minha, então? — Eu seria por um tempo como os monstros que tanto odeio, como isso seria? E se eu não voltasse a forma humana?

— Toda sua, fêmea Karol. Mas sinceramente, eu gosto do seu corpo humano, é tão macio e suculento, o gosto não será o mesmo, e já posso dizer que estou viciado no seu. — Ele aperta minha cintura e puxa meu corpo para o seu, na verdade os meus seios na direção da sua boca, que ele suga e volta a me deixar molhada e necessitada.

— Vamos logo com isso!

Afasto meus seios da boca dele e aproximo meu pescoço dos seus caninos... Não acredito que eu ia mesmo tentar aquilo, virar uma aberração somente para ter um pênis introduzido dentro de mim.

Um pênis, não, aquela tora de cabeça rosada e com piercing!



Parte 3 ( e última)

Sinto a língua de Khalil no meu pescoço e fecho os olhos com a sensação maravilhosa que me causa, um rosnado vem do fundo de sua garganta e novamente sou jogada na cama e o tenho por cima de mim. Khalil segura meu queixo pro lado e sua boca encontra meu pescoço, bem na minha jugular, a ponta afiada das presas tocam minha pele e fecho os olhos, ainda extremamente excitada.

— Vai doer, pequena humana.

— Khalil! — Eu solto como um gemido pois nem consigo gritar quando suas presas perfuram meu pescoço e sua boca começa a sugar meu sangue. Na mesma hora a minha mente fica vazia e não enxergo nada, sou só sensações.

O meu corpo se debate embaixo dele, sinto dores por todo lugar, mas principalmente nas orelhas, nas mãos e nos pés. Meus ossos parecem se alargar e minha garganta começa a queimar. Quando tudo acaba e sinto que Khalil se afasta, meu corpo permanece imóvel, mas eu ouço tudo a minha distância e é surreal, e sinto o cheiro forte que Khalil tem, que me dá sede.

— Sede, estou com sede! — Consigo virar Khalil com uma força surpreendente e então ele está embaixo de mim, monto em seu corpo e cheiro seu peito até chegar em seu pescoço, onde o mordo com vontade. O seu sangue flui para a minha boca e a sensação é maravilhosa, parece que eu estava com fome há dias e agora estou recebendo um banquete.

— Sabia que... Esse compartilhamento é como um acasalamento e que agora pertencemos um ao outro? — Diz, parecendo ter dificuldade, mas suas garrafas apertam minha cintura e não sinto nenhuma dor.

— Eu não sou uma dos seus — digo, quando me sinto saciada.

— Agora você é, olha só esses belos pelos. — Ele me ergueu com facilidade e ficamos de pé.

Olho pro meu corpo e me assusto, enxergo tudo como se a cabana estivesse toda clara. Vejo como meus pés estão horríveis, grandes e com garras, peludos. Assim como minhas pernas, meus braços e minha cabeça, passo as mãos nos meus cabelos curtos, que na verdade são pelos. Eu tenho até orelhas de lobo, só não consigo ver meu rosto, porém sinto minha boca e meu nariz como de humanos. Somente tenho as presas no lugar dos dentes normais.

— Como estou? — Dou uma volta e sorrio.

— Peluda, linda, mas ainda prefiro a Karol humana. — Ele me puxa para a cama de novo e o vejo totalmente nu, então aproveito para testar a teoria anterior e monto nele.

— Agora eu aguento, tem certeza?

— Com qualquer um dos dois buracos que foi abençoada em ter. Nem consigo processar como a profecia estava certa. — Ele passa as mãos peludas pelo meu corpo e alcança meus seios fartos e peludos, é tão estranho que evito olhar.

— Será que vai mudar a sensação, te sentir como loba e como humana?

— Vai, mas vai ser bom mesmo assim. — Ele segura seu pênis grande e grosso e o guia para o meio das minhas pernas, evito pensar nos meus buracos diferentes agora e o sinto começar a me penetrar. Sinto um pequeno incômodo, totalmente diferente de como seria se ele tentasse comigo ainda humana, como eu desejava.

Ele consegue entrar aos poucos e eu uivo, o som até me assusta, mas ele uiva também e então nós dois estamos uivando enquanto ele termina de me penetrar por inteiro. Sinto seu piercing nas minhas paredes internas e arfo por ter conseguido receber ele todo dentro de mim.

As lobas são mesmo flexíveis, como isso era possível? Ainda bem que não sofriam muito.

— Me monte, fêmea – Khalil agarrou meu pescoço e apertou de leve, segurei no seu braço peludo para me movimentar em cima dele e me surpreendi por conseguir sentar com rapidez e sem sofrer muito por ser a minha primeira vez.

Passo um bom tempo em cima dele, pulando como uma loba vadia, mas absorvendo todas as sensações, enquanto ele solta alguns uivos de prazer, que me excitam ainda mais. Sinto o seu rabo roçar minha outra entrada e fito seus olhos, ele questiona sem abrir a boca e eu não digo nada, só me empino mais para saber qual seria a sensação.

Nada me preparou para ter um rabo maleável e peludo entrando no meu traseiro, que agora era peludo também, mas eu nunca conseguiria fazer dupla penetração com dois humanos sendo uma humana. Agora, aqui estava eu fazendo dupla penetração com apenas um macho que estava me fodendo com seu pau enorme e seu rabo habilidoso.

— Eu vou gozar!

— Vou te encher de porra! — Khalil puxou meu rosto para o dele e nos beijamos com vontade enquanto nós dois gozamos, ele tinha tanta porra que ficou gozando pelo que parecia ser minutos inteiros, e quando saiu de dentro de mim sua porra grossa e leitosa escorria por entre minhas pernas e caía em cima dele.

— Caramba, pensei que era um exagero, mas você realmente me encheu de porra! — Tombo pro lado e acabou deitada em seu peito e ele me abraça apertado.

— E tem muito mais de onde veio, a noite é uma criança, fêmea Karol.

Ele estava certo, a noite foi longa e fodemos várias vezes pela cabana toda, até no chão, mas o mais inusitado foi transar em uma das vigas do teto, parecíamos no cio, mas Khalil diz que o cio não acontecia com os Alfas, pois o compromisso de um Alfa não cabia filhotes para distração.

Dormi quando estava quase amanhecendo, nos braços de Khalil, o macho que xinguei e briguei tanto a poucas horas atrás, o mesmo que me transformou em um animal só para nós transarmos. Que loucura, eu provavelmente precisaria passar por um psicólogo quando fosse pra casa.

Acordei me espreguiçando e sorrindo, me lembrando que perdi minha virgindade, meu sorriso foi se desfazendo quando senti Khalil tentando sair da cama de fininho. Choraminguei e Khalil pediu silêncio, sem entender, abri meus olhos e fitei o lobo a minha frente.

— Fica na cama comigo, macho!

— Você é uma humana muito insolente! Alguém está batendo à porta, preciso atender. Também preciso que arrume algo para tampar sua nudez, fêmea.

Me sento rapidamente, mas me arrependo por conta da pequena dor na região entre minhas pernas, porém me assusta mesmo é ver meu corpo humano pelado ao lado do lobo peludo. Eu tinha certeza que tinha dormido como uma loba maior do que estou agora e cheia de pelos, com presas!

— O que aconteceu comigo?

— A lua cheia se foi, estamos nos aproximando do meio-dia...

— Khalil! — Ouvimos um grito vindo de fora da cabana, então ele saiu rapidamente da cama e se vestiu com suas roupas. Me enrolei no único lençol que forrava a cama e deixei que ele abrisse a porta, enquanto eu esperava sentada para ver quem era. A voz era feminina, o que me causou certo desconforto.

Khalil tirou todos os móveis da frente da porta e arrumou a roupa novamente antes de abrir e ser recebido por uma loba de pelos azul escuros, quase preto, que pulou em seu pescoço.

— Alfa! Não te vi a noite toda. — A fêmea loba tinha olhos brilhantes amarelos, não tão acesos, mas o que me incomoda não foi isso, e sim o jeito que sorria mostrando as presas e enfiava o nariz no pescoço peludo do meu lobo!

— Lena, não posso conversar agora...

— Que cheiro horrível é esse?! — Ela solta o pescoço dele e me enxerga na cama, então rosna e se prepara para me atacar, mas o corpo de Khalil nem dá espaço para isso, mesmo assim ele a segura pela cintura. — O que essa... Coisa está fazendo na sua cama, Khalil!

— Preciso que vá embora, eu cuido disso. — Ele diz, sério, mas não parecia tão preocupado com o olhar furioso nos olhos, agora mais acesos, daquela fêmea.

— Me solta, Khalil! Tira essa fêmea humana da sua cama agora! E que cheiro é esse de acasalamento? — Então ela arregala os olhos e volta seu rosto em choque para ele.

— Eu mandei você sair!

— Alfa. — Os ombros da garota se curvam pra baixo e ela baixa os olhos também. —  Não posso acreditar que acasalou com uma fêmea humana, isso é impossível!

— E isso não é da sua conta, Lena, preciso que saia daqui antes que perca seu controle!

— Sim, Alfa. — Ela da um passo para trás, me olha com ódio mais uma vez e vai embora, permitindo que Khalil feche e tranque a porta novamente. Fico de pé enrolada no lençol e cruzo os braços.

— Quem é essa, Khalil?

— Lena — diz, caminhando tranquilamente até a lareira e colocando lenha para acender ela e aquecer a casa fria.

— Eu não sou idiota! Por que ela se acha no direito de questionar quem está na sua cama ou não?! — Eu bufo, me sentindo territorialista e sem me reconhecer, mas nem paro pra pensar melhor.

— Pois achava que seria minha fêmea fixa.

— Sua esposa?

— Minha companheira.

— E por que ela achava isso? Você deu a entender que sim?

— Nos deitamos com frequência — responde simplesmente, como se não fosse nada. Eu sinto vontade de gritar e quebrar coisas, mas apenas bato o pé no chão e encontro uma camisa sua enorme.

Eu a pego e coloco, fica tão grande que cai na frente, expondo meus seios, mas seguro com uma mão e calço meus sapatos. Depois pego minha bolsa e me encaminho para a porta.

— Ei, aonde pensa que vai, fêmea? — Ele chama, já vindo na minha direção.

— Vou embora! Independente da espécie, vocês são todos iguais!

Não consigo abrir a porta, pois sou pega pela cintura e erguida do chão, o macho peludo se vira e me leva de volta para a cama, mas não me coloca nela, se senta comigo em seu colo.

— Isso é o que os humanos chamam de ciúmes?

— Me deixa sair ou vou arrancar suas orelhas com meus dentes! — Bato em seu peito, mas ele nem se mexe.

— Vou encarar como um “sim” e isso me excita pra caralho, o modo como seu cheiro fica misturado com o meu também.

— Que ela entenda mesmo que você é meu! — Cruzo os braços acima dos seios nu.

— Eu sou seu, fêmea? Não me avisaram que humanas eram tão territorialistas como as fêmeas das minhas espécies. — Ele mordeu meu lábio inferior e eu volto a socar seu peito.

—;Eu não a quero aqui de novo!

— É impossível com seu cheiro por toda parte, nenhuma outra fêmea chegará perto de mim, pequena humana Karol. — Me põe de pernas abertas em seu colo e sinto sua ereção na minha boceta sensível.

— Espero que esteja falando a verdade.

— E estou, fêmea, e você não vai sair daqui sem me chupar antes. Então ajoelha e abre a boquinha atrevida.

— Por que não me pediu para fazer isso quando eu era loba? — digo, sorrindo excitada, e me coloco de joelhos.

— As presas não deixariam você fazer um bom trabalho.

— Com medo que eu pudesse arrancar seu pau com elas?

— Do jeito que você é agressiva, com toda certeza.

Ele abre a boca surpreso quando abaixo sua calça e tento envolver seu pau com minhas mãos que parecem de boneca no seu pau. Coloco a cabeça na minha boca e forço pra baixo, mas é realmente humanamente impossível. Ainda assim, passo a língua por sua extensão, aja baba para deixar ele bem molhado, e uso as duas mãos para masturba-lo. Chupo a pontinha da sua cabeça gorda enquanto movimento as duas mãos pra cima e pra baixo, fico sugando quando ele solta uns uivos mais baixos por se conter e também uns gemidos e grunhidos.

— Isso, minha pequena, humana, quero minha porra dentro de ti para nenhum macho se aproximar de você, vai estar com meu cheiro por toda parte!

— Hmm...— Solto um gemido longo com a boca na pontinha da cabeça e ele segura meus cabelos, então uiva mais alto quando goza jatos e jatos na minha boca. É tanta coisa que eu me engasgo, engulo o máximo que consigo, mas minha boca fica cheia demais e uma boa parte escorre pelo meu pescoço, molhando meus seios e a camisa dele que está em meu corpo.

— Porra, quero gozar na sua boca todos os dias!

Nem respondo, fico de pé e retiro sua blusa gigante para me limpar.

Penso que me deixará ir para minha casa ver minha mãe e meu irmão preocupado, mas ele não deixa, quer me manter aqui. Permito-me ficar só por mais uma hora, porém a fome bate e preciso ir embora. Antes disso, ele me avisa que a noite preciso estar com ele na floresta, pois não posso estar perto da minha família quando me transformar.

Consigo manter um relacionamento com Khalil sem minha família descobrir, passo os dias normais, indo trabalhar e fazendo janta para minha mãe, e quando dá a hora do toque de reconhecer, saio escondida e encontro Khalil na floresta. Ele diz que a cabana não é a casa dele, mas que podemos ficar lá por ser mais perto da minha casa, então passamos as noites transando feito coelhos enquanto estou transformada. Até o final da lua cheia, conheço alguns lobos da alcateia, que me rejeitam logo de cara, mas nunca na frente do Alfa, eles tem o maior respeito por ele. Mas mesmo comigo transformada, sabem que sou uma humana, ainda mais depois da fofoqueira da Lena ter lançado a fofoca pelos quatro cantos.
***
Meses se passaram até o final da lua cheia, e quando chegou o dia, eu não me transformei e passei a noite deitada sem querer Khalil próximo de mim. Não queria transar, não queria conversar com ele, o que o deixou muito preocupado.

No fim da lua cheia, quando o sol apareceu, Khalil saiu e voltou rapidamente com um médico de sua espécie, eu não queria deixar ele tocar em mim, mas não foi preciso, quando os dois entraram pela porta, pararam juntos no meio da sala e ficaram me encarando. Khalil com os olhos arregalados e o médico só parecia surpreso.

— Por que estão me olhando com essas caras de bocós? — Me sentei na cama, pronta para dispensar o médico e pedir para Khalil me trazer outro prato de comida para eu almoçar de novo.

— Isso é impossível! – Khalil exclama, os olhos verdes começam a brilhar.

— Pode ser possível ser de um humano? — O médico se vira para Khalil, que me assusta ao agarrar o outro pelo pescoço.

— Ficou maluco?

— Khalil, me solta! Não quis insultar, Alfa, você disse que era impossível.

— Mas está batendo, o coração dele está batendo, posso ouvir muito bem. – Khalil fica de joelhos e vem engatiando até a cama.

— Meu lobinho? O que está acontecendo? — Me aproximo da beirada da cama e seguro sua mão, que agora não tenho o menor problema em tocar.
— Tem um coraçãozinho batendo na sua barriga — o médico diz, colocando sua maleta em uma cadeira próxima e se abaixando ao lado de Khalil.

— É o que? Como não estou ouvindo nada?!

— Você está na forma humana, minha fêmea, às vezes você esquece. — Khalil se aproxima e beija minha barriga, o que me faz dar um pulo e ficar de pé.

— Que porra é essa, Khalil? Por que minha barriga chutou quando você me beijou? — Colo as mãos em minha barriga, assustada.

— Porque meu filhote me reconhece, minha luz. — Khalil ainda está de joelhos, então segura minhas mãos e nós dois começamos a chorar, eu até soluço. O médico ri e começa a me examinar, tentando se aproximar até onde Khalil permitia.

— Você já vai dar a luz, aparentemente foi gerado durante a lua cheia, o que fez crescer ainda mais rápido, e pela velocidade, posso dar a certeza de que será um filhote da nossa espécie.

***

Muito tempo depois que o médico foi embora, Khalil continuou grudado na minha barriga, apesar de ter chorado, ainda não me sentia confortável em estar grávida e muito menos de ser um lobo, como será que os lobos nasciam? Será que ia doer? Alfas não entravam no cio, então quem tinha se enganado? Será que foi por causa da tal profecia?

E o principal, meu irmão ia me matar, ele achava que eu não tinha namorado e que era virgem ainda, minha mãe também não sabia de nada. E além de não ser mais virgem, sou praticamente casada com um lobo e ainda me transformo em uma na lua cheia. Minha família não ia aguentar uma notícia dessas, principalmente minha mãe, que estava aos poucos perdendo a coincidência devido a doença.

— Meu lobinho. — Eu o chamo ao fim do dia, meu toque de recolher, preciso ir para casa.

— Sim, minha luz?

— Será que podemos criar essa criança escondida depois que ela nascer?

— Esconder meu filhote? Mas por que, pequena?

— Não quero que minha família descubra.

— E se você entrar em trabalho de parto em casa?

— Nem fale uma coisa dessas! As pessoas não vão aceitar que sou uma humana grávida de um lobo, vão querer fazer testes no meu filhote e não quero isso.

Ele sorriu, e eu bati em seu peito.

— Qual motivo do riso?

— Você o chamou de filhote. — Ele beijou minha barriga pela milionésima vez. — A mamãe te chamou de filhote, linda, ela já aceitou você como a lobinha linda que é!

— Não fale assim, e se for um menino?

— É uma menina, meio que ela se conecta comigo, e posso sentir o seu sexo, é uma menina. — Ele se concentra e eu quase surto.

— Querido! Não acredito que vamos ter uma menina. — Volto a chorar e ele me abraça.

— Mais uma atrevida para as nossas espécies!

Ele me beija na boca, tomando cuidado com as presas e depois se senta, me colocando aconchegada no colo, o lugar que eu mais amo ficar, e que tenho certeza que nossa filha amará se aconchegar também.

FIM....

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