IX - A mulher misteriosa
Seguiram-se algumas apresentações prévias. O doutor Sulla tomou a iniciativa e estendeu a mão à mulher dos cabelos azuis, dizendo o seu nome, dizendo de seguida o nome da enfermeira, que se chamava Cornélia, introduzindo por fim o paciente que tinha originado toda aquela desordem, o senhor Miruku. Este reconheceu-a e comentou amedrontado:
- É um prazer, senhorita Briefs.
Vegeta crispou a testa e perguntou a Bulma:
- De onde conheces este miserável?
O homem encolheu-se atrás da enfermeira Cornélia, apartando o olhar. Tinha-lhe um medo terrível e o príncipe dos saiyajin, por momentos, saboreou essa sensação. Não por muito tempo, porém. O doutor Sulla, enfiando as mãos nos bolsos largos da bata branca, declarou com alguma animosidade:
- Gostaria que este assunto ficasse encerrado de uma vez por todas e que abandonassem a clínica com a celeridade que fosse possível. Julgo que esta tarde... inconveniente se prolonga por demasiado tempo e não tolero nem mais um minuto de publicidade negativa. Quero os jornalistas, exército e polícia fora daqui e que o assunto deste incidente seja rapidamente esquecido. Senhor – e interpelava Vegeta com alguma bravura, dado que falava com um poderoso guerreiro com pouca paciência e que tinha sozinho neutralizado quase um exército inteiro nos minutos anteriores –, a amostra de sangue do senhor Miruku já foi recolhida. Preciso da segunda amostra de sangue, para podermos fazer a comparação do DNA.
Vegeta apontou com a cabeça a garotinha que chorava nos braços de Bulma.
- A segunda amostra vem dessa pirralha.
A enfermeira avançou devagar, para não assustar ainda mais a bebê.
- Não precisamos de duas amostras de sangue, mas de três – corrigiu Bulma.
O doutor Sulla concordou, percebendo o drama que se desenrolava ali, para além do óbvio drama dos corpos desmaiados de polícias e soldados amontoados na receção. Cravou em Vegeta um olhar incisivo.
- Muito bem, senhor. Deverá acompanhar a Cornélia para obtermos a terceira amostra de sangue.
O príncipe fechou as mãos em dois punhos, dirigiu a raiva para Bulma.
- Nani?!! Ninguém me vai tirar sangue, mulher!
- Estás com medo, Vegeta?
- Medo de quê?
- Da verdade.
Ele afirmou categórico, com um laivo de perigo nas suas palavras:
- A verdade é só uma. Aquele miserável que treme por todos os lados é o pai dessa cria humana, um infeliz que não sabe assumir as suas responsabilidades, que se refugiou na sua mansão e no seu dinheiro, longe dos problemas que ele próprio criou, que não é homem suficiente para ajudar uma desgraçada qualquer a sustentar a própria filha.
Panty desfazia-se num pranto infernal. Bulma respondeu-lhe:
- Então se assim é... Não deverias ter medo que te retirassem uma amostra de sangue. Se estás inocente, a ciência apenas irá comprovar essa tua inocência.
Vegeta inspirou fundo, dilatando as narinas.
No exterior ouviu-se uma voz através do megafone. As palavras não foram percetíveis, mas Miruku encolheu-se atrás do balcão da rececionista, olhando para cima à espera do ver o teto desabar por causa de um qualquer ataque aéreo. O som dos helicópteros e dos jatos da força aérea a sobrevoar o local faziam um barulho assustador. Vegeta pediu num tom gelado:
- Médico, diz ao exército que retire. A situação está esclarecida. Como disse desde o início, só quero um exame de DNA. Se sequestrei esse miserável, foi porque sabia que ele não me daria a amostra de sangue de livre vontade. Não lhe farei nenhum mal. Ele regressa à sua mansão no fim disto tudo. Já viste do que sou capaz, não me poderão prender... Se queres manter a tua preciosa clínica inteira e de pé, faz o que te digo. Fala com o general que comanda estas operações e que fez um último aviso. – Voltou-se para Bulma. – Só depois, tirarei uma amostra de sangue.
O doutor Sulla primeiro analisou as palavras, processando-as uma por uma, olhos semicerrados. Depois desse curto momento de pausa e tensão, saiu da clínica. Voltou pouco depois explicando que tinha conseguido um acordo com o general, que Vegeta não iria ser julgado em nenhum tribunal, desde que propusesse um acordo razoável. Bulma acrescentou que não haveria qualquer problema, tranquilizava mais Vegeta do que o doutor Sulla, pois os advogados da Capsule Corporation iriam tratar dos aspetos jurídicos que aquele pequeno percalço tinha causado. O doutor Sulla, por sua vez, deu a entender que desejava uma indemnização bastante avultada por tudo o que tinha acontecido na clínica e para encerrar a questão Bulma deu a entender que essa indemnização iria ser paga até ao último zeni.
A enfermeira Cornélia acompanhou primeiro a garotinha, no colo de Bulma. Se já se tinha acalmado, tornou a abrir a torneira ininterrupta do choro quando levou a picada na pernita para que fosse recolhido um pouco de sangue, indispensável para a análise e para o exame pretendido. Depois, foi a vez de Vegeta, que seguiu arrogante a enfermeira Cornélia. Ao caminhar para o gabinete do doutor Sulla, onde estavam a ser recolhidas as amostras de sangue, a fotografia rasgada caiu-lhe do bolso. Bulma apanhou-a.
O barulho dos helicópteros e dos aviões cessou, ficou o ruído infernal dos tanques de assalto a retirar, sob o olhar atento do doutor Sulla que observava as movimentações no exterior por uma janela alta, de braços cruzados e uma sobrancelha franzida de desagrado. Os jornalistas e as carrinhas das várias estações de televisão que cobriam o acontecimento estavam igualmente a abandonar o local, desmobilizando com relutância, num ambiente de meia frustração por o sequestro não ter tido os desenvolvimentos dramáticos esperados.
Miruku saiu do seu esconderijo, atrás do balcão da rececionista, nunca soltando o mesmo, um náufrago agarrado ao pedaço de madeira que o salvava da tempestade. Continuava lívido como a farinha. Bulma comparou descaradamente o rosto do homem da fotografia rasgada com o rosto dele. Panty sonolenta, encostava a cabecinha no seu ombro e queria dormir, cansada de tantos acontecimentos na sua curta vida, especialmente naquele dia, especialmente nos últimos três dias.
Bulma inclinou a cabeça para o lado esquerdo e perguntou de chofre:
- Tu és o pai desta garotinha?
Miruku fez uma careta, como se tivessem falado com ele numa língua estrangeira. Depois, esticou o pescoço, perdeu a lividez e retorquiu afetado:
- Nunca vi esse bebê na minha vida.
Foi a vez de Bulma fazer uma careta. Não gostara do tom.
- Sabes que é por causa dela que estamos aqui.
- Imagino... Mas o que tenho eu a ver com os problemas que eventualmente a herdeira do império tecnológico da Capsule Corporation tenha com um louco baixinho?
O homem estava a ser desagradável e Bulma corou irritada.
- Escuta aqui! Existe uma forte probabilidade de esta garotinha ser a tua filha.
- Eu acho que não passa tudo de um enorme mal-entendido. No fim desta trapalhada toda, também vou exigir uma indemnização para reparação de danos morais.
- Ah, que descaramento! – exclamou Bulma indignada. – Eu é que te vou exigir essa indemnização, ouviste bem? Pois agora, depois de te conhecer, Miruku-san, acredito que tu serás verdadeiramente o pai de Panty.
O medo abandonava-o e o homem mostrava aos poucos a sua verdadeira natureza, que era asquerosa, intimidante, soberba e bastante antipática. Sorriu a Bulma mostrando uns dentes perfeitamente brancos e alinhados, como teclas de um piano.
- Minha querida, se essa criaturinha fosse minha filha não teria um nome ridículo como... Panty! – acentuou o nome com um desdém cruel.
Era também uma indireta ao nome ridículo dela própria, pensou Bulma e vociferou:
- Seu miserável! Vais engolir essas palavras!
O doutor Sulla olhou para eles, esquecendo por momentos o espetáculo proporcionado pela janela.
- Minha querida, não percas a postura – e Miruku analisou as unhas.
Bulma agitou-lhe a fotografia rasgada diante do nariz.
- Vamos reunir provas contra ti. Já temos a primeira, esta fotografia... E um tribunal irá determinar uma pensão milionária para que ajudes a mãe desta pobrezinha a dar-lhe uma educação decente, uma pobre coitada que sucumbiu aos teus encantos e que tu abandonaste com um bebê no ventre. Pois bem, vou encontrar essa pobre coitada que é mãe da Panty, que estava tão desesperada que teve de abandonar a sua filha, e vou ajudá-la a lutar contra ti. Vegeta tem razão. Não passas de um miserável que fugiu às suas responsabilidades.
Miruku arrancou-lhe a fotografia rasgada dos dedos. A garotinha já dormia no colo de Bulma.
- Devolve-me isso! – exigiu Bulma agastada.
Ele analisou a imagem do retrato. Alguns segundos apenas. Entregou-lho com um sorriso.
- E essa é a primeira prova?
Ela afastou-se dele, guardando a fotografia no bolso traseiro das calças de ganga, desconfiada. Aquele homem era perigoso. Assim que chegasse a casa e se a sua mãe também já tivesse regressado do shopping, iria perguntar-lhe informações sobre ele. A senhora Briefs conhecia toda a gente da alta sociedade de West City, até aqueles novos-ricos, como era o evidente caso de Miruku, que tinham subido a pulso na escada do estatuto social.
Ele resolveu esclarecê-la:
- Essa fotografia é uma falsificação, senhorita Briefs.
Bulma ofegou:
- Nani?...
- Efetivamente. Se julgas que é um original, estás muito enganada. Essa fotografia foi tirada num baile em que participei, uma angariação de fundos para a Associação dos Amigos das Artes... Foi amplamente noticiado, como um evento excecional e dos mais bem frequentados em West City. Creio que os seus paizinhos também estiveram nesse baile. Foram tiradas muitas fotografias, entre elas essa que guardas com tanto cuidado, como se fosse essa tal primeira prova de algo que não cometi. E sabes por que razão está rasgada?
- Porque a mãe da Panty estava no outro lado.
- Não, estás enganada. Porque ao meu lado estava o prefeito de West City e outras personalidades que não me recordo. O que a mãe dessa garotinha fez foi muito simples: recortou essa foto, digitalizou-a, imprimiu a cópia ilegal em papel fotográfico, rasgou-a e deixou-a... Onde encontraste essa fotografia?
Bulma respondeu contrariada:
- No cesto com a Panty.
- Perfeito! Eu não teria feito melhor. Uma prova incriminatória, a foto do pai juntamente com a bebê abandonada.
Para além de falar com a mãe, Bulma também iria procurar nas revistas antigas, nos arquivos dessas publicações sobre imagens desse baile que Miruku afirmava ter sido tão famoso. Se a fotografia existia como afirmava, o esquema ruía qual castelo de cartas. A cabeça de Bulma trabalhava rapidamente, raciocinando numa lógica que a permitisse solucionar aquele mistério que lhe estava a transtornar a vida. Mas ainda havia o exame de DNA... Esse seria infalível.
A porta do consultório abriu-se e Miruku tornou a encolher-se, vestindo o medo que o transfigurava num exemplar patético de homem. Nem parecia o mesmo na presença de Vegeta. O príncipe, no entanto, nem lhe dispensou um olhar de relance. Parou defronte de Bulma e anunciou seco, cruzando os braços:
- Está feito.
O doutor Sulla aproximou-se.
- Agradeço a vossa... visita – disse forçando a cordialidade. – Como tinha informado no início, os exames terão resultados daqui a três dias. Na próxima quinta-feira, portanto. Serão contactados pela clínica nessa altura. Tenham uma boa tarde.
Bulma achou por bem estender a mão ao médico que tinha aturado a imprevisibilidade e a impaciência de Vegeta. O doutor Sulla aceitou o cumprimento e apertou-lhe a mão. Ela disse:
- Obrigada, doutor. Ficaremos a aguardar os resultados.
- Tenha um excelente dia, senhorita Briefs. – Forçou-se a acrescentar: – E um bom dia também para si, senhor...?
Vegeta resmungou-lhe:
- O meu nome não interessa!
Bulma ficou incomodada com a indelicadeza de Vegeta. Abriu um sorriso que quis que fosse reparador de todas as faltas cometidas ali, naquelas últimas horas.
- Eh... E o senhor Miruku...? – perguntou atenciosa.
- Não se preocupe, senhorita Briefs. Cuidarei do senhor Miruku. Levá-lo-ei pessoalmente a casa, é o mínimo que posso fazer.
O homem encolhia-se atrás do balcão, como um rato amedrontado. Pelos vistos, Vegeta complicava-lhe seriamente com os nervos.
- Mais uma vez, obrigada. – Bulma retirou a mão do aperto decidido do médico.
Saiu da clínica atrás de Vegeta no preciso momento em que entravam maqueiros e paramédicos, vindos de ambulâncias que tinham estacionado junto à clínica, para recolher os polícias e os soldados feridos no segundo piso. Ainda viu o general que comandara a operação a falar com o sargento dos ombros quadrados que lhe barrara a entrada no início, mas não lhes prestou grande atenção. Não queria perder Vegeta de vista que se afastava a passos largos. Chamou-o.
- Vegeta. Espera!...
Deu uma corrida breve, aconchegando Panty adormecida nos braços, para não a despertar. Parou diante dele que concedera em se voltar para ela. Tinha o rosto sombrio.
Era uma cena surreal. Ela e Vegeta, um bebê nos braços dela, entre os dois.
Não lhe disse nada, pelo que foi ela que lhe falou:
- Onde vais?
- Isso interessa-te? – perguntou o saiyajin semicerrando os olhos.
Ela engoliu o orgulho, foi como se uma bola estivesse a passar pela sua garganta. Respondeu com uma declaração:
- Podes voltar para casa.
Não houve qualquer espécie de palavra, réplica, afirmação nos quinze segundos seguintes. O silêncio de Vegeta feriu-a, mas Bulma suportou com firmeza o ferimento. Ele insistiu no ataque mudo, esboçando um sorriso irónico. Mas antes que ele dissesse o que estava a pensar, ela engoliu a segunda dose de orgulho, a segunda bola pela garganta abaixo e revelou:
- Eu quero que voltes.
- Porquê? – indagou ele abruptamente.
- Porque... Porque este assunto estará brevemente... esclarecido.
E ainda mais abruptamente, Vegeta voltou-lhe as costas.
- Mas não por ti.
Ele ia levantar voo, partir, deixá-la. Ela já tinha admitido, embora indiretamente, que errara, não suportaria ficar sem ele mais aquela noite, aguentar novamente toda a mágoa por ter agido impulsivamente e estupidamente desde que aquela linda menina aparecera nas vidas deles. Agora, queria-o ao lado dela para combater pela justiça que seria devida a Panty. Tinha acabado de descobrir, na curta conversa com Miruku, que a história da bebê seria ainda mais sórdida e triste do que ela imaginara no início. Tinham um inimigo comum que precisavam derrotar para que a tranquilidade das tardes monótonas de primavera regressasse.
- Vegeta, volta para casa... Estou... a pedir-te. Quero agradecer-te por teres tido a ideia do exame de DNA, mas os resultados só serão conhecidos daqui a três dias, como disse o doutor Sulla. Podes esperar pelos resultados em casa... Prometo que não te vou incomodar até quinta-feira.
- E depois?
- E depois, acho que temos de dar uma boa lição ao Miruku. Esse miserável não se vai safar desta!
As costas de Vegeta distenderam-se quando ele expirou o ar que guardava nos pulmões.
- Tu também mereces uma boa lição, mulher.
Bulma mordeu o lábio inferior. Teve necessidade de um cigarro. Rendeu-se indecentemente a ele.
- Tens... razão.
Naquele ponto, já não tinha mais orgulho para engolir. Apertou a pequena Panty contra si e o seu coração bateu mais depressa. Possivelmente tinha perdido Vegeta para sempre.
Espantou-se quando sentiu o braço dele passar pela cintura dela, segurando-a com firmeza. Não lhe disse nada, mas Bulma sabia que iria viajar nos braços dele, pelos céus de West City, até à Capsule Corporation. Até casa.
Protegeu Panty e deixou-se carregar pelo príncipe dos saiyajin.
***
A campainha da Capsule Corporation soou de forma tímida. O doutor Briefs que passava perto resolveu ir ver quem era. O gato preto aninhava-se-lhe no ombro e tinha uma beata pendurada no canto da boca. Arrastou os pés até à porta, mãos unidas atrás das costas, cantarolando. Podia ser a sua esposa que regressaria do shopping, pois era tão distraída que nunca levava a chave que lhe permitiria entrar sem usar a campainha. Ou podia ser a filha, que tinha saído de repente com a garotinha, que também regressaria.
Agarrou na maçaneta e puxou-a, lançando um cumprimento cordial:
- Koniichi-wa!
Encontrou uma jovem mulher que se encolheu quando o viu. Enrolou os dedos das mãos, colou os olhos no chão e gaguejou:
- Ah... Desculpe, acho que me enganei...
- Esta é a Capsule Corporation – explicou o doutor Briefs simpático. – Estará mesmo enganada? Preciso de ajuda com alguma cápsula que não esteja a funcionar corretamente? As nossas oficinas estão disponíveis vinte e quatro horas por dia.
Sem levantar os olhos, a jovem mulher disse baixinho:
- Não preciso de reparar nenhuma cápsula... Eu queria saber...
Ela interrompeu-se, pois estava bastante nervosa. O doutor Briefs não a quis forçar e aguardou pacientemente que ela lhe contasse o motivo da sua visita.
Aquela mulher era mesmo muito jovem, não mais de vinte e cinco anos. Tinha os cabelos castanhos apanhados num rabo-de-cavalo e vestia-se de forma simples, uma blusa branca e umas calças de ganga velhas. Calçava sapatilhas com alguns buracos junto à sola. Podia ser um daqueles génios estranhos da universidade, uma moça que se isolava analisando e resolvendo equações matemáticas complicadas e que não tinha tempo para se preocupar com o que usava para cobrir o corpo, pois sempre teria de vestir qualquer trapo. O doutor Briefs recordou-se que, quando frequentava a universidade, tinha aquele estilo desmazelado e sorriu, arrebitando o bigode grisalho.
O gato miou e a jovem mulher levantou os olhos. Tinha um rosto redondo com umas feições agradáveis e uns olhos escuros sinceros.
- Eu queria saber quando irá acontecer o dia aberto da Capsule Corporation. Sabe? O dia em que abrem os portões da empresa à cidade e fazem uma demonstração dos novos inventos, visitas guiadas aos laboratórios e oficinas, oferecem um lanche aos convidados... Sabe?
- Ah, isso!
Seria certamente um geniozinho universitário, para se interessar por esse evento que ocorria uma vez por ano, por volta daqueles dias, na primavera, em que apareciam estudantes da universidade em busca da partilha de ideias e de desafios. Ele não era muito bom em datas e a organização desse famoso dia aberto ficava sempre a cargo de Bulma e da senhora Briefs. Coçou a cabeça com um dedo, olhando sobre as hastes dos óculos.
- Hum... Acho que deve estar quase a acontecer.
- Para a semana? – perguntou a jovem mulher ansiosa.
- Talvez, sim... Tenho de falar primeiro com Bulma.
- Mas vão anunciar esse dia por toda a cidade, não vão?
- Ah, com certeza! – O doutor Briefs sorriu, o gato miou.
A jovem mulher fez uma vénia.
- Arigato gozaimasu.
Depois, foi-se embora.
O doutor Briefs ainda comentou:
- Que garota tão misteriosa!
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