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Capítulo 6

— Hana, o que você tem? — Ethan disse quando paramos no posto de gasolina.

— Estou cansada de as pessoas me chamarem de vulgar, de garota fácil... O que eu fiz de tão errado?

— Você não é nada disso.

— Mas por que me denominam assim, então? — Virei o rosto para janela vendo a noite nublada.

— Hei, você não se importa com essas coisas, lembra?

Eu não me importava, era verdade. Mas desde que Jason se foi eu fiquei mais fragilizada. Meu irmão sempre me dizia que não importava o que falassem, eu era a melhor pessoa do mundo. Um tempo depois Ethan começou a usar essa frase, e foi a primeira vez que dormimos juntos.

O resto da reunião para animar o Natan foi apenas estranha, apesar de Theo e Will tentarem melhorar o clima. Peter parecia atordoado, e eu me senti mal. Apesar de saber que Natasha não era uma boa pessoa, suas palavras me feriram, como cortes feito de papel, que não matam, mas incomodam irritantemente. Ela disse que eu era vulgar, e não foi a primeira pessoa a dizer isso em minha vida. Ela também disse que Ethan estava comigo por pena, e eu só queria acreditar no contrário, mas eu sabia que namorar comigo não era um trabalho fácil para ele.

O rapaz bateu no vidro e o Ethan entregou o dinheiro, voltando a dirigir em seguida.

— Vamos para minha casa? — Ele disse.

— Pode ser. — Continuei olhando pela janela.

Holly só cumprimentou Ethan e me ignorou. Talvez ela me achasse vulgar também.

— Vamos tomar banho? — Ele disse escorregando seus dedos pelo meu braço até encontrar minha mão.

— Vamos. — Tentei sorrir e fui seguindo ele pela casa.

Ethan me deu um dos meus pijamas que já morava em sua casa. Eu abracei minha roupa sem muito ânimo.

— Podemos tomar banho separados hoje? — Perguntei enquanto ele procurava uma roupa para si.

— Você está doente? — Ele colocou a mão na minha testa.

— Estou sentindo meu corpo estranho hoje. — Seus dedos desceram até meu pescoço. Sua expressão parecia preocupada.

— Hana, você está tão fria. — Ethan tocou minhas bochechas. — O que está acontecendo?

— Eu me sinto apenas cansada. — Suspirei. — Vou primeiro, ok?

— Estou com medo de te deixar sozinha no banheiro.

— Que exagerado. — Ri fracamente. — Eu deixo a porta aberta.

Foi só eu virar para seguir o caminho até o banheiro e puff! Tudo apagou.

***

Quando entrei no quarto Jason estava brincando no meu tapete. Meu peito doeu insuportavelmente e comecei a chorar no mesmo instante.

— O que está fazendo, irmã? — O garoto me encarou.

— Como pode estar aqui? — Solucei e apenas me joguei no tapete.

Abracei o garoto o mais forte que consegui. Sua pele estava gelada e comecei a esfregar tentando esquentá-lo.

— Pare com isso. — Ele disse sem se mexer.

— Você está muito frio. — Continuei e escondi meu rosto em seu cabelo castanho ondulado. Jason parecia-se comigo, talvez fôssemos gêmeos se nascêssemos juntos.

— Não vai adiantar. — Ele murmurou.

Eu sabia que aquilo não era real, mas por um momento senti vontade de não voltar a realidade.

— Você já comeu? — Perguntei me afastando para ver seu rosto. Seus redondos olhos canelados me observaram ternos.

— Você vai perder se continuar desse jeito.

— O que? — Pisquei tentando afugentar as lágrimas que permaneceram em meus olhos.

— Você está errada. — Ele continuou falando, mas sorriu um pouco depois. — Parece que vai continuar errada por um tempo.

— Por que está dizendo isso?

Mas ele apenas levantou-se do tapete e caminhou até a porta.

— Jason, por favor, fique aqui com sua irmã. — Pedi fazendo-o olhar para trás.

— Mas estou morto, irmã. — Disse parecendo ressentido por mim.

***

— Hana? Hana? Está me vendo? — Ethan perguntou assim que abri os olhos.

Movimentei a cabeça afirmando.

— Já volto. — Ethan saiu correndo quando abri os olhos.

Logo pude identificar que estava no hospital e não me senti nenhum pouco aliviada. Ele trouxe o médico, que fez alguns testes para saber se eu estava lúcida.

— Estou grávida? — Perguntei enquanto o médico fazia umas observações.

— Não. — Ele sorriu. — Você se lembra de alguma coisa antes de desmaiar? Estava sentindo alguma coisa?

— Eu ia tomar banho. — Meus olhos encontraram os do Ethan, ele parecia exausto, mas continuou concentrado em me observar.

— Sua pressão caiu. — O médico disse. — Isso costuma acontecer com frequência?

— Não. — Ethan respondeu por mim.

— Como você estava se sentindo antes de desmaiar?

— Ela não bebeu nada alcoólico. Mas ficou triste e estressada. — Ethan continuou respondendo.

— Entendo. Hana, tenho para mim que é psicológico. Vamos esperar os exames, mas você já conhece algum psicólogo? É comum desmaio por trauma emocional. Você pode estar passando por alguma coisa estressante. Eu indico que procure tratar disso para não se agravar.

— Ela está tendo sessões com um psicólogo. — Ethan disse antes que eu pudesse responder. — Mas então, ela está bem mesmo?

— Sim. — O doutor colocou as mãos atrás das costas. — Vou dar alta já.

Quando o médico saiu eu fiquei sem saber o que dizer para o Ethan.

— Que horas são? — Murmurei.

— Quatro e meia da manhã. Você está se sentindo bem?

Assenti com a cabeça.

Logo a enfermeira chegou para tirar o acesso do meu braço e pudemos ir embora.

— Eu não contei para os seus pais, mas sinto que deveria. — Ethan disse dirigindo.

— Eles iriam ficar loucos. — Respondi finalmente observando seu semblante. — Que bom que você não contou. E desculpe por isso.

— Não se desculpe. — Ethan suspirou e meu coração doeu de tê-lo feito passar por aquilo. — Mas eu fiquei muito preocupado.

— Isso não vai se repetir! Eu prometo.

Eu vi o sol nascer enquanto ele dirigia, mas continuei me sentindo fria por dentro.

— Hana, você está me escondendo seu sofrimento? — Ethan estacionou o carro e olhou para mim.

— Não. Eu sempre apareço chorando por aí.

— ‎Mas parece que você está querendo sofrer sozinha.

— Eu já deveria ter superado. — Comecei a me sentir impaciente. — Não gosto de ficar te incomodando. Você é ocupado, logo vai se formar, precisa trabalhar... Eu estou apenas te atrasando.

— Por que está dizendo essas coisas?

Eu saí do carro querendo respirar, porém era um estacionamento dentro do prédio. Fui andando para fora em vez de ir para o elevador ou a escada.

— Hana! — Ethan segurou meu braço, mas já estávamos na rua. — Por que você está assim?

— Porque eu não estou bem. — Cocei o cabelo e comecei a rir. — Eu sou uma fracassada que tenta transformar as coisas em engraçadas. Mas tudo que eu ganho é um inimigo por dia. Eu não suporto mais te acordar porque tive um pesadelo, chegar te assustando porque tive uma crise de ansiedade...

— Mas... — Virei o rosto. — Vai discutir comigo por que você se sente doente?

— É! Eu me sinto doente. — Meus dentes estavam travados, e tinha uma lágrima escorregando pelo meu rosto. — E você é burro, Ethan. — Ele bagunçou o cabelo parecendo impaciente. — Pare de me suportar.

— Ai caramba. — Suspirou. — Que remédio te deram naquele hospital? Pare com isso, você passou mal noite passada. Precisa descansar.

— Burro. — Repeti e ele revirou os olhos. Eu odiava o quanto eu amava ele. Será que eu teria coragem de deixá-lo ir? — Me deixe sozinha.

— Eu mereço, meu Deus. — Ethan abraçou meus ombros e foi me puxando para dentro. — Largue de ser teimosa. Me chame de burro mais tarde, mas antes você vai tomar um banho, comer e dormir, ta bom?

— Não. — Tentei me soltar. — Me deixe ir.

— Mais tarde.

— Pior do que sofrer sozinha, é te incomodar com isso. — Continuei falando. — Natasha tem razão. Melhor terminarmos.

Ethan parou de andar, mas continuou segurando meus ombros. Nos encaramos naquele momento, e Ethan apenas pareceu descrente.

— Eu não vou levar a sério nada que você disser agora. — Respondeu.

Não disse uma palavra no elevador. Ele também não disse. Holly nem levantou para nos cumprimentar. Tudo bem, tinha acabado de amanhecer.

— O que você quer comer? — Ele perguntou jogando as chaves na mesa. Ethan às vezes me incomodava por não demonstrar suas reações.

— Não estou com fome. — Fiquei parada ainda atrás da porta. — Quero ir para casa.

Ele levantou uma sobrancelha. Eu adorava quando ele fazia aquilo. Mas quanto mais eu gostava dele, mais iria doer quando tudo acabasse.

Eu queria que o Ethan se cansasse de mim. Queria tanto que ele crescesse na vida e eu sabia que estar ao seu lado seria um problema. Eu tinha muitos problemas, e um dia aprenderia a lidar com eles, mas fazer alguém se envolver parecia muito errado, quer dizer, ele já estava muito envolvido.

— Você quer brigar comigo? É isso? — Ele disse me encarando depois de cruzar os braços.

— Eu quero ir embora.

- Hana, eu não sou vidente. Se você não me disser o que está acontecendo, como vou saber? — Suspirou. — Se você me disser, eu vou te ajudar.

— Pare de me ajudar, idiota!

Ele começou a rir. Talvez já estivesse perdendo a paciência.

— Te deram drogas, só pode. — Ethan continuou rindo.

Ele andou até mim e me abraçou.

— Não vou te largar. — Ele disse e eu quis chorar.

— Eu te odeio. — Falei correspondendo o abraço.

— Eu te amo, Hana. Mesmo que você queira ir embora, eu não posso deixar. Agora me diz, o que você quer comer?

Personalidade e sentimento são coisas diferentes. Ter uma personalidade engraçada e forte, não impede que uma pessoa sofra, e não impede que ela não saiba lidar com o sofrimento. Estar sorrindo não significa estar bem. 

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