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Capítulo 20

Papai estava bem entretido mexendo no celular sentado no sofá. Se ele olhasse para mim iria se assustar com a minha cara. Eu tinha algo para dizer, várias coisas na verdade, mas depois de enrolar por uma semana, eu me vi engasgada com minhas próprias decisões.

Era uma noite comum no meio da semana. Tínhamos jantado e estávamos indo bem, sempre contávamos sobre nossos dias. Não é como se tudo estivesse nos seus devidos lugares e sentimentos equilibrados, mas estávamos indo bem. E eu tinha medo de sair e tudo desmoronar outra vez.

— Pai. — Falei chamando sua atenção.

— O que foi filha? — Ele disse bloqueando a tela do celular.

— Consegui um estágio. — Falei um pouco séria. Na verdade essa não era a principal notícia.

— Que maravilha, Hana! — Ele sorriu.

Mamãe apareceu na sala distribuindo um café. Ela sentou no braço do sofá e ficou comemorando com o papai.

— Preciso conversar com vocês sobre uma coisa. — Falei sorrindo, mas estava um pouco nervosa. — Esse ano que passou foi muito difícil para gente, não é?

— Não vamos falar sobre isso. — Mamãe se apressou em dizer já parecendo um pouco chorosa. — Temos que comemorar a boa notícia.

— Mas precisamos falar sobre isso. — Retruquei. Me sentei na mesinha de centro de frente para eles e enchi meus pulmões de ar. — Quando o Jason morreu eu senti vontade de ir junto.

Mamãe colocou a mão no rosto e papai me encarou parecendo magoado.

— Eu fiquei muito doente e sei que vocês também. — Continuei falando. — Mas acho que agora é a hora de procurar nossa felicidade. Nós podemos nos resconstruir, não foi culpa nossa.

— Por que está falando sobre isso? — Papai resmungou. — Estamos bem. Estamos nos virando.

— É. — Suspirei. — Se vocês querem bancar os durões, tudo bem. Mas vou contar a minha história.

— História? — Mamãe perguntou parecendo confusa.

— Quando achei que meu mundo tinha acabado, eu conheci o Ethan. — Falei e percebi a cara feia do papai. — Pai, me escute, por favor.

— É que você parece muito iludida por ele.

— O Ethan se aproximou de mim num momento muito complicado e aceitou a minha pior versão. Ele sempre parecia saber o que me dizer e eu encontrei um conforto na sua companhia. Eu o amo. E... Não quero mais ficar longe dele.

Mamãe pareceu um pouco comovida e até enxugou uma lágrima, enquanto papai me encarou com os olhos espremidos.

— Eu gostaria que vocês voltassem a sair, que procurassem alguma coisa para se divertir. — Falei me levantando. — Precisamos um do outro.

— Ah, Hana... — Mamãe choramingou. — Estamos fazendo o possível.

— Vamos tentar um pouco mais. — Insisti. — Precisamos ser felizes e fazer o que nos deixa feliz.

— O que você quer dizer com essa conversa toda? — Papai me fuzilou com os olhos.

— Eu vou morar com o Ethan. — Falei e ambos se assustaram. — Porque eu não quero mais evitar fazer o que quero. E vocês deveriam fazer o mesmo.

Não foi tão simples, é claro. Apesar do "você que sabe" do papai, eu soube que eles ainda precisavam digerir aquilo.

***

Quando encontrei Theo na universidade outra vez não foi coincidência. Eu caminhei até o departamento de Música, aproveitando o ar livre e pressentindo o inverno chegar pela brisa fria. Era difícil não notar Theo entre as pessoas, e eu nunca tinha o visto segurando o violino, parecia estar saindo de um ensaio em grupo, já que muitas pessoas o acompanhavam.

— Hana? — Ele murmurou ao me ver e percorreu o caminho até mim sem se despedir de seus colegas. — O que está fazendo aqui?

— Vim te convidar para almoçar comigo! — Sorri esfregando minhas mãos que estavam frias.

— Por que? Quero dizer, assim de repente? — Ele sorriu sem jeito. — O que Ethan andou te contando?

— Ele não disse nada. — Resmunguei. Mas Ethan não precisava dizer que Theo precisava de amigos. — Mas somos amigos... Pensei que quisesse passar tempo comigo.

— Claro que sim. — Ele sorriu mais.

Na multidão de alunos de música decidindo sobre onde almoçar, vi Miranda. A garota usando um boné preto passou entre seus colegas e pareceu se assustar quando me viu. Acenei sorridente, mas ela recuou como um cervo assustado na floresta.

Theo olhou para trás e no mesmo instante a garota seguiu outro caminho.

— Isso é muito estranho. — Murmurei pensativa. — Qual a treta de vocês?

— Bom, eu não sei... Mas estou começando a ficar curioso. — Theo respondeu.

— Interessado? — O cutuquei. — Gostei. Vamos! Onde você estacionou?

— Não falei isso! — Ele disse tentando me acompanhar.

Eu sabia que Ethan tinha realmente ligado para Theo e que os dois haviam tido uma conversa séria, mas meu namorado disse que era algo entre eles e não quis me dizer nada. Não deixei de ficar preocupada, porque eu pensava realmente que Theo era minha versão masculina, e eu queria vê-lo bem.

— Você está bem? — Perguntei observando o garoto mastigar seu almoço. — Tenho ficado preocupada com você. Naquele dia...

— Me desculpe por aquele dia. — Ele disse depois de engolir. — Estava muito estressado.

— O que anda te estressando? Se me lembro bem, você disse que nada faltava em ti... Que era bonito, rico, inteligente... Por que parece tão insatisfeito com a vida?

— Me sinto só. — Ele encolheu os ombros se afastando do prato ainda cheio. — Há anos atrás eu me sentia completo, meus amigos estavam comigo, mas agora todos estão tomando seus rumos e se apaixonando. Eu não consigo mais acompanhá-los ou fazer parte. Sou um fardo para todos eles.

— Não é um fardo. Você pode se apaixonar também, Theo. — Apoiei o rosto nas mãos. — Você é perfeito, nada difícil conquistar uma mulher.

— Tudo acontece meio errado comigo. — Ele massageou suas têmporas. — Só me apaixonei de verdade uma vez, mas ela não era para mim.

— O que aconteceu com ela? — Perguntei sem pensar, ansiosa para saber das coisas.

Theo suspirou um pouco e voltou a comer.

— Ela é feliz sem mim. — Disse apenas. — Melhor você comer em vez de ficar me enchendo de perguntas. Estou bem.

Torci a boca e comi um pouco observando o rapaz.

— Você também age como se seus amigos não gostassem de você. — Acusei. — Está se isolando sozinho.

— Eles têm prioridades agora.

Theo não quis a sobremesa e apenas me observou comer a torta de chocolate enquanto olhava pela janela.

— O que a Miranda toca? — Perguntei chamando sua atenção.

— Piano.

— Ah verdade! Você a chamou de pianista da última vez. E vocês tocam juntos?

— Ela é a estrela da orquestra.

— Sério? Ela parece tão tímida.

— Ela é muito talentosa.

Assenti com a cabeça.

— Na verdade ela tem um gênio bem forte. — Ele continuou falando. — Ela fica rapidamente vermelha no nariz quando vem brigar comigo, e só me faz querer continuar discutindo.

— Do que tanto brigam?

— Sei lá. — Theo acabou rindo. — Mas sempre tem um motivo novo.

— Ela namora alguém?

— Não sei. — Theo deu de ombros. — Por que estamos falando dela de novo?

— Porque eu perguntei. — Sorri. — Acho a relação de vocês divertida e isso me faz querer ser cupido.

— Não podia pensar numa pessoa mais fácil? — Theo resmungou.

— Tá, que tal a moça daquela mesa que não pára de olhar para você? — Murmurei fazendo Theo olhar para o lado.

A menina virou o rosto no mesmo instante e dei uma risadinha.

— Você está demitida. — Theo disse e fiz uma careta. — Chega de ser cupido para você. Seu sensor está falhando.

— Quem disse? Ele está apitando alto esses dias. O seu que está com defeito!

Theo cruzou os braços e torceu a boca. Bom, melhor chateado do que deprimido.

— Está chateado comigo? — Murmurei. — Só quero te ver feliz, Theo. Sinto falta do meu amigo bagunceiro.

— Não se preocupe comigo. — Ele sorriu um pouco, não tão sincero quanto eu gostaria que fosse. — Estou bem.

Não satisfeita, liguei para o James ainda naquela noite. Meus pais tinham ganhado ingressos para o teatro em Londres de um amigo do papai, o que foi um marco nos nossos dias. Eles nem queriam ir, mas eu insisti tanto que acabaram gostando da ideia. Me joguei no sofá com o celular no ouvido enquanto eles se arrumavam.

— Oi anjinho. — Falei assim que James atendeu. — Como você está?

— Estou bem, Hana! Pensei em você esses dias... Desculpe não ter ligado antes. — James respondeu do outro lado com sua voz suave e agradável.

— Não tem problema. Tem falado com Theo?

— Às vezes... Ele parece chateado comigo ultimamente.

— Vocês brigaram?

— Não, é que... Acho que estou gostando de alguém, e quero passar mais tempo com essa pessoa.

— É a Mindy? — Perguntei empolgada e James riu do outro lado. — É ela, não é?

— É. — Ele riu um pouco mais. — Mas não temos nada, eu só gosto dela. Bom, acho que Theo ficou chateado quando conversamos...

— Ele está se sentindo sozinho. Será que não pode passar um tempinho com ele também?

— Nossa, ele não responde minhas mensagens. Aquele idiota. Vou ligar para ele, Hana. Obrigado por avisar.

— Ele é chegado no drama. — Brinquei.

— Sabemos. — James riu.

Me despedi do James quando mamãe apareceu na sala eufórica. Ela estava linda num vestido esquecido no guarda-roupa.

— Estou desarrumada? — Ela perguntou ansiosa.

— Está linda. Vão se divertir.

Foi um cerimônia eles saírem, era como se eu estivesse cuidando de dois adolescentes ingênuos e paranóicos.

— Vamos tentar voltar antes da meia noite. — Mamãe avisou colocando a cabeça para fora da janela do carro.

— Não tem toque de recolher, Cinderela. — Brinquei. — Se divirtam.

— Tranque todas as portas. — Papai falou. — Não abra para estranhos.

— Meu Deus, saiam logo para eu ligar para meu namoradinho. — Continuei brincando.

— Isso, chame o Ethan! — Mamãe disse.

Continuei na varanda enquanto o carro partia. Quando olhei para o céu, percebi que uma estrela estava brilhando mais que outras, era como se ela estivesse piscando para mim.

— Maninho. — Murmurei sentindo aquela luz refletir em meus olhos. — Estou fazendo meu melhor. Vou ajudar todos que amo. 

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