11. lágrimas ressecam a pele
⚠ AVISO: este capítulo aborda temas podem vir a ser gatilhos; tais como: abuso psicológico, distúrbio alimentares, uso drogas, cenas de sexo e palavreado de baixo calão.⚠
(n/a: capítulo não revisado, podem haver muitos, muitos, muitooos erros)
Ela encarou a mãe surpresa, não esperava vê-la tão cedo e não pôde esconder o choque, já que a Hidalgo mais velha estava empenhada na expansão de suas lojas de departamento por alguns estados do México e Canadá, e não tinha previsão para voltar para LA. Sabina já imaginava o motivo da volta repentina da mãe controladora.
— Mama? — Ela se desencostou da parede e ajeitou a postura. — Você não deveria estar em Vancouver?
— Sim, mas Donna me ligou, ela disse que você abandonou um evento super importante e que pretende sair da agencia. Isso é verdade?
— Eu não quero mais fazer isso. Eu... eu não sinto bem naquele ambiente.
— Você não precisa que se sentir bem, você só tem ficar lá e tirar algumas fotos! Isso é um sacrifício para você? — Indagou exaltada. — Sacrifício foi o que eu e o seu pai fizemos para não deixar você manchar o nome da nossa família, e é assim que você nos agradece?
— Mãe... — Ela começou, mas o choro fez sua garganta fechar, impedindo que qualquer palavra fosse dita.
— Olha para mim, Sabina. — Sua mãe segurou o rosto dela, erguendo-o. — Eu falhei com Elena mas não vou cometer o mesmo erro com você.
Lágrimas silenciosas rolaram pelo rosto da garota ao ouvir a mãe falar o nome da irmã com tanta frieza.
— Oh, Dios. — a mais velha murmurou, se afastando dela. — Pare de chorar, lágrimas ressecam a pele. Vá para o seu quarto descansar, eu chamei Donatella para tomar o café da manhã aqui, precisamos decidir sobre o seu futuro na agência. Pelo o ela me disse Enrico Carter ainda quer você como garota propaganda da marca dele. Está vendo como você tem sorte?
A mulher procurou algo dentro da bolsa e por fim tirou um frasco de remédio de lá, ela colocou dois comprimidos na palma da mão e esticou para Sabina pegar.
— Tome isso aqui, ajuda a inibir o apetite.
— Mãe, isso é Xanax! —Exclamou incrédula. — Você já me fez tomar isso uma vez, não gosto do efeito que isso me causa.
— Você não precisa gostar, você precisa emagrecer! — Exasperou ela. — Foi essa a condição que eu lhe impus pra voltar para Califórnia; você vai ter voltar a modelar e ficar longe do filho dos Urrea, caso contrário, irei colocar o Samuel num internato na Suíça.
Sabina encarou a mais velha, em momento algum duvidava que ela fosse mesmo capaz de fazer o que havia dito, por fim ela pegou os comprimidos da sua mão dela e os engoliu em seco.
— Deixe-me ver. — Exigiu ela. Sabina abriu a boca mostrando que tinha engolido os Xanax. — Ótimo.
A garota virou de costas para sair, mas sua mãe a chamou.
— Amanhã pela tarde irei para a inauguração da nova gravadora de seu pai, em Nova York. Preciso me certificar de que você irá seguir a dieta e os compromissos de modelo, por isso deixarei Rosália de olho em você. — Anunciou ela, Sabina riu nasalado segurando o corrimão frio.
— Eu não preciso de uma babá.
— Então não se comporte como uma criança. — Rebateu ela, áspera, logo em seguida sua expressão se suavizou e aproximou dela. — Hija, tudo o que faço é para o seu bem, seu e do Sam. Entenda que tudo isso é por amor, eu os amo. Seus amigos, eles não te amam como eu e seu pai te ama. Aquele rapaz, que estragou a sua vida, não te ama como a sua família te ama...
Sabina fechou os olhos, lágrimas rolaram por seu rosto. Ela sentiu a exaustão tomar conta de seu corpo, sentia-se leve e pesada ao mesmo tempo, o efeito do Xanax sempre a deixava à par do mundo real, em um estado letárgico, era como se ela estivesse no fundo de uma piscina, ouvia longe as palavras cortantes de sua mãe que ecoava por sua cabeça e machucavam seu coração.
— Você não precisa deles, hija. Elena não tinha amigos, ela era focada na carreira dela, ela tinha um objetivo. Você precisa se espelhar na sua irmã.
Elena está morta.
O pensamento reverberava por sua cabeça, ela quis falar em voz alta, por um momento achou que tinha mesmo falado, não tinha certeza, parecia que sua língua estava embolada e ela não conseguia formular nenhuma palavra.
— Vem, irei te acompanhar até seu quarto. — Ela segurou o ombro de Sabina e a guiou escadas acima.
A garota entrou no quarto e sua mãe ficou parada na porta a observando, a garota tinha sensação de que o mundo estava girando, parecia que iria tropeçar nos próprios pés por isso andava com cuidado. Ela olhou para atrás para a mulher.
— Boa noite, hija. — Sussurrou antes de fechar a porta. Sabina ouviu o clique da fechadura, ela sabia que sua mãe havia trancado com a chave por fora mas mesmo assim foi até lá girar a maçaneta para se certificar e confirmar o óbvio.
Estava trancada no quarto, pra variar.
Sabina colocou os fones de ouvido e fechou os olhos para sentir melhor a música que parecia estar saindo de dentro dela, ela abriu os braços e começou a girar no meio do quarto escuro, sentindo a melodia irradiar pelos seus poros. Ela não se importava de estar presa naquele quarto, dentro de sua cabeça ela era livre, lá ela podia criar infinitos universos, não haveria paredes, grades e correntes que prendesse, lá ela tinha a liberdade que tanto almejava. Em um momento estava girando, dançando, rodopiando no centro do mundo, e em segundos estava numa praia, se ela imaginasse com mais afinco poderia até sentir o vento das ondas soprar em seu rosto e balançar seu cabelo.
Quando estava tonta demais para ficar de pé, ela se sentou em um banco estofado perto da janela. Olhou distraída para o casarão do outro lado da rua, mais especificamente para a janela do quarto de Josh, que estava aberta e lá dentro o loiro dançava formando passos meticulosamente elaborados. Sabina colocou os dois braços no parapeito da janela e descansou a cabeça encima deles, ela ficou olhando o canadense dançar. Não importava qual a música que ele estava dançando, a coreografia combinava perfeitamente com a que a mexicana estava ouvindo.
[n/a: para uma melhor experiência coloquem a música da mídia no início do capítulo (fake plastic trees - radiohead)]
That she bought from a rubber man,
in a town full of rubber plans,
to get rid of itself...
Ela observa os passos simétricos de Beauchamp, ele realmente era talentoso, não tinha como negar.
It wears her out...
Ele abriu os dois braços e girou num círculo perfeito.
It wears her out...
Parecia que a dança, assim como a música, emergia dele.
It wears her out...
Josh fazia passos compactos e extremamente elaborados, como quem demonstra tudo o que está sentindo através da expressão corporal.
It wears her out...
— O que achou? — Perguntou Josh, se debruçando sobre a cama para pegar o laptop. Any estava do outro lado da tela com a cabeça apoiada na mão e um sorriso bobo no rosto.
She lives with a broken man...
— Não preciso nem dizer que está perfeita, né?
A cracked polystyrene man...
— Acho que ainda preciso mudar algumas coisas. Tem umas partes muito repetitivas.
Who just crumbles and burns.
— Bem, de qualquer forma acho que vai continuar incrível.
Josh abriu um sorriso, ele adorava os elogios de Any, principalmente por saber que eram os mais sinceros.
Num bairro próximo daqui, na rua Fox número 38, Noah Urrea descia as escadas do porão apressado, logo tirou a jaqueta e a jogou encima do sofá de coro marrom. Ele sentou no chão e colocou o celular e a carteira na mesa de centro, tirou um pequeno pacote plástico de dentro do bolso da calça jeans e despejou o conteúdo branco na superfície da mesa de vidro.
He used to do surgery...
Noah usou o cartão de crédito para formar três carreiras com o pó branco.
For girls in the eighties...
Se inclinou sobre a mesinha e inalou uma carreira da cocaína.
But the gravity always wins...
Cheirou as duas carreiras restante, em seguida coçou o nariz com a palma da mão e se encostou no sofá, esperando o efeito desejado.
And it wears him out.
Era a primeira vez desde que saiu da reabilitação que Noah usava cocaína, ele realmente estava lutando contra a abstinência, mas naquele dia ele precisava de algo forte para aquietar a confusão que estava acontecendo dentro de sua cabeça.
It wears him out.
It wears him out.
It wears...
Do outro lado da cidade, na residência dos Loukamaa, a família estava reunida ao redor da mesa de jantar fazendo uma oração à Deus antes da refeição. A filha mais velha daquela família os observava orar de olhos fechados, ela se perguntava se eles continuariam amando-a se descobrissem sua orientação sexual.
She looks like the real thing.
Joalin sentiu o celular vibrar em seu colo, olhou para o brilho da tela e viu que se tratava de mais uma das inúmeras mensagens de Krystian, mas ela não estava afim de suas desculpas vazias. A amizade deles tinha acabado, ela decretou em seus pensamentos.
She tastes like the real thing...
— Amém! — Bradou o padrasto da loira, finalizando a oração.
— Amém... — disse Joalin, com os pensamentos cheios de certeza.
My fake plastic love...
— Ela não responde minha mensagens. — Krystian murmurou tristemente.
— Me surpreende ela não ter te bloqueado ainda. — Diarra disse, mordendo um pedaço da pizza.
— Você vacilou feio, Krys. — Comentou Hina, pela segunda vez naquela mesma noite.
— Se você não tivesse dito isso eu nem teria percebido. — Rebateu, ácido.
— Você tá sendo um babaca de novo, cara. — Disse Lamar, que estava sentando entre Diarra e Sofya, de frente para Krys e Hina.
A mesa deles era próxima da entrada do estabelecimento, e através da vitrine eles tinham visão do lado de fora da pizzaria.
— Desculpem... — O chinês disse baixo, olhando para o pedaço de pizza intocado em seu prato. — Eu ajo por impulso e quando percebo já tenho estragado tudo.
Sofya esticou o braço sobre a mesa e repousou a mão encima da dele.
— Vai ficar tudo bem, Krys. — Disse a russa, sorrindo docemente. — Você só precisa se redimir dignamente, Joalin sabe que você tem um bom coração, ela vai te perdoar.
— Estou com medo de perder a amizade dela. — Confessou ele.
Todos ficaram mudos diante das palavras do garoto. Ouvir Krystian Sylla-Wang pedir desculpas era algo novo; falar abertamente sobre seus sentimentos, era uma evolução. O silêncio se estabeleceu sobre eles, uma chuva fraca começou do lado de fora e o grupo de jovens ficaram olhando as gotas baterem no vidro enquanto uma música dos anos 90 saía dos altofalantes encima de suas cabeças.
But i can't help the feeling...
I could blow through the ceiling...
If i just turn and run...
Talvez se eles previssem o que aconteceria dali à uma semana não perderiam tempo com brigas bobas, apreciariam aquele momento simples com os amigos, apenas olhando a chuva cair.
And it wears me out...
Aquele breve momento de paz era o que podia-se chamar de a calmaria antes da tempestade.
It wears me out...
A amizades dos deles era forte o bastante para superar qualquer mágoa e ressentimento, todos sabiam disso.
It wears me out...
No entanto, em uma semana poderia mudar todo o ciclo de vida deles. Em uma semana eles não seriam quatorze por quatorze. Em uma semana eles estariam incompletos, para sempre.
. . .
O sinal indicando o início da primeira aula do dia tocou, Noah fez uma careta sentindo uma pontada de dor de cabeça, o falatório no corredor e os barulhos de armários se fechando contribuía para aumento de seu mal humor matutino.
— Sem óculos escuros dentro colégio, Urrea, e abaixa esse capuz, garoto! — Disse o diretor Simon Fuller passando correndo e quase esbarrando nele, já se preparando para gritar com outro aluno.
A menção de seu nome fez Sabina, que estava à alguns metros dali, em seu armário, olhar na direção dele. Mas ele estava de costas e não a viu.
— O que está acontecendo? — Indagou Bailey de braços cruzados, escorado no armário ao lado. — Você e o Noah brigaram?
Ela não respondeu, estava distraída procurando algo dentro de seu armário. Na verdade, ela parecia distante desde o momento em que pisou no prédio da escola, Bailey estranhou o seu comportamento.
— Sabina, estou falando com você!
— Desculpa, o que disse?
O filipino bufou e repetiu a pergunta.
— Ah, não... — Respondeu. — quer dizer, eu não sei, Noah está esquisito.
— Você também.
Houve uma pausa.
— Minha mãe voltou — Disparou ela, suspirando. — ela já viajou para Nova York, mas deixou Rosália no meu pé.
— Que droga!
— É... que droga.
Eles ficaram em silêncio, ambos escorados nos armários enquanto observavam os corredores se esvaziarem.
— Quando você vai contar pro Noah sobre o... você sabe.
— No momento certo.
— Talvez não exista momento certo.
— Talvez eu nunca irei contar, então. — Rebateu ela. — É melhor deixar as coisas como estão, eu já tenho problemas demais lidar.
— Você está sendo egoísta. A criança não tem culpa de nada Sabina, e Noah precisa saber...
— Bailey, aqui não é lugar para falarmos sobre isso. — Decretou Sabina, fechando seu armário no mesmo instante em que um frasco amarelo caiu das coisas dela.
— O que é isso? — Perguntou ele, pegando o frasco do chão.
— Não é da sua conta, me devolve! — Sabina tentou pegar os comprimidos mas Bailey escondeu a mão atrás das costas.
— Não! Sabina, que comprimidos são esses?
— Isso é coisa de mulher, Bailey, você não iria entender.
— Ah, para! Eu sou lerdo mas não sou burro. — disse o filipino, colocando o frasco na altura do rosto. — Minha mãe tomava esses remédios quando começou a ter crises de ansiedade, ela parou de usar por causa dos efeitos colaterais. Você não está tomando isso aqui, está?
— Claro que não, isso é da minha mãe. — Mentiu ela.
Em um momento de distração, Sabina pegou frasco da mão de Bailey.
— Agora vamos para a aula, não quero pegar advertência por sua causa.
. . .
— Pessoal, vocês não vão acreditar! — Exclamou Hina, entrando na sala de aula de braços dados com Shivani.
O professor ainda não havia entrado mas a japonesa conseguiu a atenção de quem estava lá, ela ignorou os olhares curiosos e se dirigiu para onde seus amigos estavam.
— Qual a fofoca da vez? — Krys se inclinou em sua carteira.
— O assunto é sério, Krys. — Disse Shivani, o sorriso do chinês se desmanchou.
— Alguém morreu?
— Cruz credo, vira essa boca pra lá, garoto. — Any se benzeu.
— Onde estão o restante do pessoal? — Hina perguntou.
— Josh, Noah, Sabina, Diarra e Bailey estão na aula de Cálculo. Joalin e Sofya estão na de espanhol, eu acho. Lamar está na aula de química avançada e a Sina... Bem, eu não vi Sina hoje. — Disse Any.
— Ela não veio para a aula porque está presa. — Disparou Hina.
— Presa no trânsito?
— Na delegacia. — Shiv quem respondeu. — A Sina foi presa hoje cedo.
— A Sina o quê? — Krys praticamente gritou, perplexo.
— Heyoon me ligou para pedir o número da minha mãe, que é advogada, para tirar Sina da cadeia. Ela estava aflita e não teve tempo de avisar a todos e pediu para que eu o fizesse. — A japonesa explicou, ela viu a cara de choque e interrogação dos amigos, então continuou:
— Parece que ela e um grupo de manifestantes estavam fazendo um protesto ilegal na frente da câmara dos vereadores de Los Angeles, e chamaram a polícia.
— Ai, meu Deus... — Any murmurou, levando a mão a boca.
— Gente, calma, espera aí... — Krys gesticulou com as mãos, tentando processar tudo. — Sina é estrangeira, podem a extraditarem se ela for presa?
— Só se ela fosse imigrante ilegal. — Respondeu Paliwal. — E, além do mais, ela tem residência fixa aqui a anos, acho que não vai ter problemas com isso se seu visto estiver em dias.
— Yoon deve está enlouquecendo agora, ela precisa de nós. O que acham de irmos pra lá apoiá-la? — Sugeriu Any.
— Eu topo. Vou avisar o restante do pessoal para nos encontrar no estacionamento. — Disse Krys, digitando no celular.
— A gente vai matar aula? — Shivani indagou, incrédula.
— Fala baixo, vamos logo antes que o professor entre na sala. — Hina puxou a indiana pelo braço.
— Eu nunca matei aula na vida.
— Shiu!
. . .
Todos se encontraram no estacionamento da escola, no fim das contas Hina foi persuadida por Any à não ir, afinal sua mãe estaria na delegacia e se a visse provavelmente a deixaria de castigo por ter matado aula. Já Joalin e Sofya não puderam ir por causa de um teste surpresa.
Ficou decidido do grupo irem em dois carros separados; foram no carro de Bailey; Shivani, Krys, Diarra e Lamar. No de Noah foram Sabina, Any e Josh. Nesse último o clima estava tenso entre o casal da frente, mas nem Any ou Josh pareceram notar, e se notaram, preferiram não comentar sobre.
Ao chegarem no LAPD, Noah estacionou do lado de Bailey, todos desceram e rumaram à entrada da delegacia, no entanto Sabina segurou o braço do namorado, fazendo-o interromper seus passos, ela esperou seus amigos tomarem certa distância para indagar:
— O que está acontecendo? Por que está me ignorando? Eu fiz alguma coisa de errado? Porque se eu fiz, você precisa me contar. — Começou falar rapidamente, com o voz embargada, atropelando as palavras e gesticulando com as mãos.
— Ei, ei... desacelera. — Falou suavemente, fazendo um leve carinho no cabelo dela. — Eu não estou te ignorando.
— Jura, Noah? Não é o que parece. — Ironizou ela. — Você está me evitando desde ontem, esse seu silêncio está me enlouquecendo, diga alguma coisa.
— Desculpa... — Suspirou alto, passando a mão pelo cabelo. — Desculpa, ok? Eu só estava estressado com algumas coisas, não é nada com você. — Mentiu ele.
— Tem certeza? — Indagou baixinho, se alinhando no peito dele.
— É claro. — Ele a envolveu pela cintura, puxando-a mais para perto e depositando um beijo no topo da cabeça dela.
— Então tem haver com suas crises de abstinência?
Noah contraiu o maxilar, de repente sentindo sua espécie de culpa tomar conta de si. Fraco. Era assim que ele se sentia por não ter conseguido resistir às drogas, tudo isso porque ouviu o final de uma conversa da qual estava deixando-o louco de ciúmes e fazendo sua cabeça paranóica criar vários cenários possíveis para o que ouviu, o que já era ruim piorou depois do que Kavinsky relatou e Noah se perguntava se ele realmente conhecia Sabina.
Por um momento, mesmo que jamais fosse admitir, ele sabia que Josh estava certo quando dizia que a mexicana iria destruí-lo; ela dava força para ele parar de si drogar ao mesmo tempo ela era o motivo.
Ele ponderou e forçou um sorriso antes de responder.
— A única crise de abstinência que estou tendo é de você. — Sussurrou em seu ouvido, os dedos traçando um caminho pelas as costas dela até a nuca, puxou os cabelos daquela parte, fazendo-a encará-lo. — O que acha de ir lá pra casa depois daqui?
— Acho uma ótima ideia. — Sabina respondeu com a voz falha, Noah sorriu e beijou seu pescoço exposto.
. . .
O interior da delegacia estava um alvoroço; uma bagunça de oficiais fardados, repórteres, familiares e amigos dos dezesseis manifestantes que foram presos, todos queriam que eles fossem logo liberados ou, ao menos, saber informações.
— Não acham que isso tá demorando demais não? — indagou Diarra, impaciente.
— A Sra. Yoshihara foi na prefeitura buscar os documentos que comprovam que esse protesto foi legalizado. Mas, vocês sabem, né, esses empresários e políticos odeiam manifestantes. — disse Heyoon, passando a mão pelo rosto, cansada.
Shivani, que estava sentada ao lado dela, a abraçou de lado, a coreana repousou a cabeça no ombro dela.
— Sabi, vem comigo no banheiro, por favorzinho? — Sussurrou Any, Sabina assentiu e deixou a brasileira guiá-la pela delegacia barulhenta até acharem a ala dos banheiros feminino.
— Você não vai acreditar, minha menstruação desceu! Ai, que ódio!
— Relaxa, larina, esse tipo de coisa acontece com toda garota. — Riu Sabina, procurando um absorvente dentro da bolsa.
— Já aconteceu com você? Ficar menstruada em lugar público?
— Não. Mas já faz tanto tempo que minha menstruação não vem que eu soltaria fogos se isso acontecesse. — disse entregando o absorvente à Any, que a olhou desconfiada.
— Sua menstruação está atrasada? — Indagou sugestiva.
A mexicana revirou os olhos ao entender o que o olhar da amiga sugeria.
— Eu definitivamente não estou grávida, Any.
— Como você pode ter tanta certeza? Vocês usam camisinha? Sabia que camisinha não é cem por cento seguro? — Any falava de dentro da cabine.
Sabina caminhou até a frente do espelho e olhou para seu corpo. Ela tinha ciência de que não era gorda, mas em sua cabeça ela sabia que não estava na medida “ideal”, e isso a deixava frustrada. Any continuava falando sobre meios contraceptivos, mas a mexicana já não ouvia, ela colocou dois Xanax na palma da mão e os levou a boca.
. . .
— Viu a cara daquele policial quando Sina e Heyoon se beijaram na frente de todo mundo? Homofóbico do caralho.
Sabina desceu as escadas do porão da casa de Noah cambaleando, ele a segurou pela cintura e a puxou para perto de seu corpo na intenção de ajudá-la se equilibrar. Ela riu e soprou o cabelo que caía no rosto, logo sentindo a boca quente de Urrea roçar seu pescoço e lhe causando arrepios.
— Você tá bem? — Ele sussurrou, sério, constatando que a garota estava mais animada que o normal, parecia até que ela havia bebido, o que obviamente não aconteceu.
Sabina apenas assentiu e tentou se virar para encará-lo, mas Noah a manteve firme naquela posição. Ele tirou a jaqueta jeans dela e a jogou encima da mesa de bilhar, logo seu dedo indicador deslizou pelo braço dela, enquanto a outra mão foi direto para seu seio, onde apertou de leve. Seus dedos se entrelaçaram, ele depositou um beijo molhado no pescoço dela e chupou o local, fazendo ela arfar.
Noah a girou e ela riu, tudo parecia muito engraçado. A mexicana segurou nos ombros dele para se manter de pé. Eles se encararam em silêncio, o único som a ser ouvido era o de suas respirações, o peito de Sabina subia e descia como se ela tivesse corrido uma maratona, os olhos de Noah estavam negros, as pupilas dilatadas, os maxilar cerrado, a garota o encarava com curiosidade.
— No que está pensando?
— Em todas as maneiras que irei te foder hoje. — Disse com a voz rouca, e tom sério, fazendo todos os pêlos do braço da garota se eriçarem, ela mordeu o lábio e sorriu.
— Você anda tendo pensamentos muito impuros, papi.
— Você não faz ideia, baby.
Ele segurou o queixo de Sabina com mão e passou o dedo por seus lábios, fitando-os com um desejo. Abriu a boca dela e a fez chupar seu polegar, ela o encarava de modo travesso enquanto sugava o dedo dele de modo obsceno, e Noah imaginou como seria linda a visão da boca dela envolta de seu pau. Ele levou o dedo até o seio dela e apertou o mamilo endurecido por cima do fino tecido do vestido, a outra mão desceu por entre as coxas dela e as separou para poder alcançar o local desejado.
— Você está molhada.
— Noah... — seu nome saiu da garganta da mexicana como um gemido entrecortado. Ele levou os dedos até o topo da calcinha dela e abaixou parcialmente.
— Tira a calcinha. — ordenou se afastando dela, mas sem parar de observá-la por um segundo se quer. Obedientemente ela o fez e quando terminou jogou a calcinha na direção dele, que a agarrou no ar.
A latina ficou parada no meio do porão encarando Noah que estava escorado na mesa de bilhar de braços cruzados, com o olhar indecifrável. Ele piscou e balançou a cabeça como se saísse de um transe, caminhou até uma prateleira, na extremidade do cômodo, voltou de lá com um baseado entre os dedos.
— O que... — Ela começou, mas ele a lançou um olhar cortante que a fez calar.
A luz amarela iluminou em seu rosto quando o americano riscou o isqueiro, ele deu uma tragada profunda no cigarro soltando pequenos flocos de fumaça pela boca, o cheiro de maconha preencheu o ambiente. Noah se aproximou lentamente e envolveu o braço pela cintura de Sabina, puxando-a para si, enquanto segurava o baseado entre os dedos da mão livre.
Ele a fez andar para atrás até que ela sentiu a mesa de bilhar atrás de si, então deslizou a mão pelas costas dela até a nuca, agarrando os cabelos negros de Sabina e puxando-os devagar e fazendo com que a cabeça da mesma ficasse ligeiramente inclinada para trás dando livre acesso para que ele pudesse beijar sua mandíbula, pescoço e ombros. Ela suspirou pesadamente e fechou os olhos ao sentir os lábios quentes dele mordiscar a curva de seu pescoço.
Urrea tragou o baseado novamente e segurou firmemente o queixo de Sabina com uma mão, ela abriu os olhos e o encontrou fitando-a, os olhos dele estavam avermelhados fazendo o verde de suas íris se destacarem. Ela pôde se ver refletida neles, e percebeu que gostava disso; era como a sensação de pertencer a algo, alguém.
Ele usou o polegar para separar os lábios dela e os roçou com os seus para conseguir passagem para a fumaça que saía lentamente de sua boca entrar na dela. Sabina inspirou sentindo o vapor quente e espesso trilhar caminho até seus pulmões, um arrepio desceu pela sua espinha com a excitação de todo aquele ritual provocante, ela levou a mão até a nuca dele e colou seus corpos, puxando-o para um beijo urgente.
As mãos dele agarraram a parte de trás das coxas dela e a ergueu, colocando ela sentada na mesa de bilhar. Noah parou o beijo por falta de ar e desceu até o ombro onde deixou uma mordida, ela soltou gemido alto de dor. Ele voltou a atenção pra morena, puxou um trago e soprou a fumaça de maconha no rosto dela, ela fechou os olhos e tossiu, ele apenas riu.
— Experimenta. — Disse levando o baseado até os lábios dela.
— Noah, eu... — Ela começou, meio receosa. Mas ele a interrompeu:
— Cala a boca. — falou pausadamente, e tratou de colocar o cigarro entre os dentes dela . — Só puxa a fumaça, prende e traga. Mas acho que não preciso explicar, você já sabe.
— Por que você...
— Eu falei pra você calar a porra da boca! — falou alterado, apertando o queixo dela com uma raiva contida. A garota não conseguiu esboçar nenhuma reação. Novamente ele insistiu para ela fumar até que ela o fez.
— Vem aqui — Noah a desceu da mesa e guiou até sofá, ela sentou e se encostou nele, sentindo seu corpo leve como uma pluma. Se agachou entre o sofá e a mesa, a mexicana colocou as pernas no móvel de modo que ele ficasse preso entre elas.
— Porra... — Sussurou rouco e umideceu os lábios ao ter a visão da intimidade dela totalmente exposta a centímetros dele. Urrea levou o polegar ao clitóris e o pressionou, ela soltou um gemido entrecortado, logo massageou o mesmo, a fazendo se contorcer no sofá.
— Gosta disso?
Ela balançou a cabeça, os cantos dos lábios dele se ergueram em um sorriso travesso, em seguida beijou a parte interna de cada coxa, separou as pernas dela e se posicionou entre elas, mordiscou seu clitóris antes de chupa-lo enquanto seu dedo entrava e saía dela.
— Oh meu De-... merda, Noah! — Sua cabeça tombou para trás, ela fechou os olhos emaranhando os dedos no cabelo dele e os puxando com força.
Logo ele tirou os dedos de dentro dela e colocou a língua, ela levantou o quadril na direção dele buscando mais contato. As pernas de Sabina tremiam, ela sabia que o orgasmo estava próximo e Noah também pois parou de estimulá-la apenas adiar o inevitável.
— Por que raios você parou? — Indagou ofegante. Suas bochechas estavam vermelhas, seu cabelo bagunçado, seus olhos levemente avermelhados e furiosos por ele ter interrompido o orgasmo.
— Relaxa, baby, temos o dia todo pela frente, até você não aguentar mais. — Sorriu perverso, fazendo a intimidade da garota se contrair em espectativa.
Noah pegou o baseado na mesa e puxou a fumaça para dentro de seus pulmões, os olhos dele estavam o tempo todo em Sabina que o observava silenciosamente, ofereceu o cigarro e ela o aceitou sem hesitar.
Ele assistiu a morena levá-lo a boca e o sugar fortemente, pôde ouvir a folha seca da erva chiar em contato a brasa que queimava na ponta do baseado, enquanto a mexicana o tragava concentrada. Aquela, sem dúvida, era a cena mais linda, sexy e excitante que Noah já tinha visto; a falsa inocência no rosto de Sabina enquanto fumava o deixou completamente duro.
Ela deitou a cabeça no estofado e jogou a fumaça pra cima. O americano levantou até o rosto dela e começou a beijá-la lentamente, sua língua explorava cada canto da boca dela, ambos chapados; absortos pelo desejo lascivo que lhes queimavam a pele e causava arrepios a cada simples toque.
A mão da mexicana trilhou caminhou por baixo da camisa dele e arranhou seu peitoral, em seguida desceu até a barra da calça e tirou o cinto dele. Noah desceu o beijo pelo pescoço de Sabina, deixando rastros de mordidas pelo caminho, baixou o vestido dela de modo que seus peitos médios ficassem expostos, ele os apalpou com as duas mãos e logo começou a chupar o seio esquerdo da garota enquanto massageava o outro com a mão, ela gemeu alto ao sentir o contato da língua quente circulando sua auréola e os dentes dele se fecharem em torno do bico de seu seio, mordendo-o levemente.
De repente tudo ficou mais intenso, Sabina não saberia dizer se era por causa da maconha ou do Xanax, ou a combinação dos dois, era como se a sensação de cada toque, beijo e lambida se multiplicassem mil vezes ao quadrado, os arrepios e formigamentos se alternavam pelo corpo da morena ansiando por o momento em que Noah parasse com aquela tortura e a fodesse duro.
Ela segurou nos ombros dele e o afastou de seus peitos, ele a encarou confuso.
— Não vai me dizer que você quer parar agora.
— Eu quero chupar você. — Sussurrou olhando diretamente nos olhos vermelhos de Noah, fazendo seu membro pulsar dentro da calça. — Eu quero que você foda a minha boca, eu quero provar o seu gosto, quero sentir sua porra quente na minha pele.
— Cacete, Sabina... você conseguiu me deixar mais duro ainda falando igual uma puta. — disse ofegante, segurando os fios da nuca dela.
— Eu iria adorar que você me fodesse igual uma puta. — sussurrou provocante e Noah jurava que poderia gozar apenas com as coisas sujas que ela falava em seu ouvido, sem antes mesmo dela tocá-lo, ele precisou de muita concentração para que isso não acontecesse.
— Cuidado com o que deseja, babe.
Com um movimento rápido eles inverteram as posições, agora Noah estava sentado no sofá e Sabina estava de joelhos entre as pernas dele como uma fiel devota. Ela desabotuou a calça do americano e o ajudou a tirá-la por completo junto com a boxer, o pau dele saltou na frente de seu rosto, a morena mordeu o lábio inferior encarando o comprimento dele, seu ventre se contraiu de excitação, sua boca salivava. Ela levou sua mão até o membro extremamente duro, fez movimentos lentos subindo e descendo com a mão por toda a extensão dele, Noah gemeu e fechou os olhos, sentindo a mão pequena o masturbar.
Sabina lambeu a cabeça rosada do pênis dele como quem lambe um sorvete, saboreando o pré-sêmen se deleitando com o delicioso gosto dele. Ela chupou forte a glande, fazendo-o soltar um palavrão entredentes e puxar os cabelos dela, logo ela o colocou todo na boca e fez movimentos de vai e vem com os lábios enquanto sua mão masturbava o restante que não cabia. Ela parou de chupa-lo para recuperar o fôlego mas continuou masturbando com avidez, encarando os olhos vidrados do namorado que a encarava com a boca entreaberta, respirando pesado.
Ela o abocanhou novamente, sentindo a cabeça do pau dele ir até sua garganta, e o sugou com voracidade.
— Caralho, Sabina... — Noah gemeu ensandecido, ele pegou o cabelo dela e deu duas voltas em torno de sua mão e começou a empurrar o quadril contra ela, fodendo sua boca com intensidade.
— Eu vou gozar. — Avisou, com a voz falha de prazer, ela continuou chupando seu pau pulsante com mais rapidez. Não demorou muito para que ela sentisse o jato de líquido quente preencher sua boca e escorrer pelos cantos da mesma, ela o lançou um olhar sacana e o engolindo em seguida.
— Você é delicioso. — Disse limpando os cantos dos lábios.
Ela se levantou em seguida e sentou no colo de Noah, de lado, envolvendo os braços em torno do pescoço dele, que a olhava como se estivesse hipnotizado. O cabelo dele estava grudado no suor da testa, as bochechas ruborizadas, os olhos entorpecidos totalmente chapado; assim como ela. Sabina suspirou alto, entrelaçando os dedos nos fios da nuca dele e admirando cada detalhe de seu rosto, porra ele ficava absurdamente lindo pós-orgasmo, a forma como seus olhos vermelhos encaravam a boca dela a deixava molhada só de imaginar o que se passava na cabeça dele.
— O que você quer de mim, Sabina? — Indagou rouco, levando a mão ao pescoço dela.
— Tudo o que você estiver disposto a mim dar.
— Então, tudo bem se eu te foder nesse sofá ou naquela mesa de bilhar como se você fosse uma puta?
— Eu sou sua, Noah. Me fode onde quiser, como quiser, contanto que você me foda...
Sabina sentou de frente para ele, com uma perna de cada lado, fazendo suas intimidades roçarem uma na outra. Ele segurou em ambas as nádegas e a faz ir para frente e para trás no colo dele, seu pau endurecido separou os lábios dela tocando em seu ponto sensível, fazendo-a estremecer e abafar um gemido no ombro dele. Noah puxou vestido dela pra cima, ela levantou os braços para ajudar retirá-lo por completo, em seguida levou dois dedos para a intimidade encharcada dela.
— Choveu aqui embaixo foi? — mordeu os lábios em um sorriso travesso, então sussurrou no ouvido dela: — Você está prontinha pra mim receber, baby.
— Pare de falar e come logo. — Sabina disse ofegante, ansiosa para tê-lo em seu interior.
Noah a levantou pelo quadril, segurou a base seu pau com a outra mão e encaixou na entrada completamente molhada dela, então a puxou para baixo fazendo-a sentar com força, ela gritou ao senti-lo entrar bruscamente dentro dela. O ar deixou seus pulmões enquanto seu interior pulsava e apertava ao redor do membro duro dele. A mexicana apoiou a palma da mão no peito dele e começou a cavalgar intensamente, seus peitos subiu e desciam junto com ela, dando à Noah a visão privilegiada, vulgar e inteiramente erótica. Ele apertou a bunda dela e deixou um tapa sonoro na mesma, sua mão subiu até o seio dela e o apertou deixando o mamilo preso entre seus dedos, levou a boca até o mesmo e mordiscou o bico. Sabina gemeu alto puxando os fios da nuca dele, arqueando as costas, e pendeu a cabeça para trás, começando a rebolar lentamente apreciando cada centímetro do pau dele enterrado fundo dentro dela.
— Caramba, você é tão gostosa. — Divagou ele ofegante, investindo contra ela e indo mais fundo a cada estocada. Subiu a mão pelo o pescoço dela e traçando caminho até a nuca, puxando os cabelos do local com força, obrigando Sabina o encarar.
— Eu quero que você olhe para mim enquanto eu te fodo. — disse ele, de forma profunda e agressiva. O aperto firme em seu cabelo e o calor que formigava na raiz fizeram a dor se transformar rapidamente em prazer. Sabina gemia, com a boca pairando sobre a dele, uma das mãos de Noah voltou para o quadril dela e apertou afundando os dedos no local, ela tinha certeza que deixaria hematomas.
De modo rápido e preciso, ele se levantou do sofá com as pernas dela entrelaçadas em volta de sua cintura, caminhou até a mesa de bilhar e a colocou sentada nela. Ele continuou estocando contra ela só que agora mais rápido e forte, seu membro atingiu um ponto perfeito dentro dela, levando-a a um orgasmo violento. Sabina abafou um grito no ombro do moreno e fincou suas unhas nas costas dele, arranhando o local.
Noah desceu ela, e a virou de costas pra ele, segurou a nuca dela e a inclinou sobre a mesa de modo que o rosto dela ficasse prensado contra a mesma. Com experiência admirável, ele pegou os dois braços dela e os segurou firme sobre as costa, em seguida desferiu um tapa seguido de outro na bunda dela.
— Noah... — Sabina gemeu com a voz falha, a posição desconfortável e a maneira agressiva como ele batia na bunda dela deixava-a mais excitada ainda. A ardência estava se transformando em dor, e a dor, em prazer.
— Quieta.
Então, ele penetrou fundo nela, fazendo-a gritar ao ser preenchida bruscamente, ela apertou o pau inchado em seu interior, um gemido rouco escapou pela garganta do americano, que deu outro tapa na bunda dela, ela deu um sorriso safado e gemeu manhosa.
— Gostosa do caralho. — Ele a puxou para cima, trazendo-a para perto de si e beijou a nuca dela.
— Porra, Noah...
— Gosta quando eu te pego por trás? — Sussurrou no ouvindo dela, com o tom enrouquecido, carregado de tesão, ela gemeu em resposta.
Ele continuou a meter rápido, forte e fundo nela. Os barulhos de seus corpos se chocando e os gemidos predominavam o ambiente, a fumaça de maconha ainda flutuava sobre eles deixando o porão com um clima afrodisíaco.
— Goza pra mim, baby. — Ele exigiu, entrando e saindo da boceta com a lentidão agonizante, e desferiu outro tapa na bunda dela. Os espasmos do corpo dela denunciaram a aproximação do orgasmo, Noah levou os dedos ao clitóris dela e os estimulou.
— Mais rápido, Noah. — Implorou, com a respiração desregular.
Noah intensificou o ritmo, fazendo-a atingir o orgasmo com um gemido agudo, ela contraiu suas paredes ao redor do membro pulsante dele e o levou ao ápice em seguida, preenchendo o interior dela com seu líquido quente.
— Caralho... — murmurou com a boca no ombro dela.
Sabina terminou de pentear os cabelos e se encarou no espelho a sua frente, partes específicas do seu corpo ainda latejava e ela estava dolorida. Ela levantou a camisa branca de Noah, na qual estava vestida, e encarou uma mordida acima do ventre, virou de costas e olhou por cima do ombro e se deparou com marcas na parte de trás da cintura, a julgar pela dormência não precisou olhar suas nádegas para saber que estavam vermelhas.
— Eu que fiz isso?
Noah estava escorado na porta do banheiro, de braços cruzados encarando a namorada, ela o olhou através do espelho e assentiu. Ele estava sem camisa, vestindo apenas uma calça de moletom cinza, seu cabelo ainda estava molhado do banho recente, deixando-o perturbadoramente atraente.
— Eu tenho que fotografar amanhã, Noah, e olha o que você fez comigo — Ela mostrou os chupões no pescoço e as mordidas no ombro.
— Por que você não disse? Eu teria pegado leve. — Ele a abraçou por trás e beijou seu pescoço.
— Não, você não teria. — Sabina virou o rosto para ele, sorrindo, Noah a beijou.
— Olha pela parte boa, pelo menos você não vai fotografar pelada.
Ela fez uma careta.
— Eu nunca fotografei nua. — Disse o óbvio.
— Lingerie, pelada, nua... é tudo a mesma coisa. — Ele se afastou e voltou para o quarto, ela o seguiu.
— Está com ciúmes, Jacob?
Ele colocou um cigarro entre os dentes e sentou na cama, acendendo-o em seguida e dando uma longa tragada.
— Você sabe que eu não tenho ciúmes, é o seu trabalho... — Disse soprando a fumaça pra cima, depois voltou seu olhar para ela. — Mas, seja bem, não é legal ver sua namorada só de calcinha num outdoor para caminhoneiros se masturbarem olhando.
— Noah! Ew! — Ela exclamou, fazendo uma careta, ele gargalhou alto.
— Mas que é verdade, é.
— Homens são nojentos. — Comentou Sabina, Noah balançou a cabeça, concordando. Seus olhos pairaram sobre ela de uma forma felina.
— Para com isso.
— Com o quê? — Sorriu, cínico.
— Para de olhar pra mim desse jeito... — Ela caminhou até a cama e subiu na mesma. — Sabe que eu não resisto.
— Eu só estava reparando que essa camisa fica melhor em você do que em mim. — Noah colocou o cigarro mesa de cabeceira e puxou Sabina para o seu colo, afundando seu rosto na curva do pescoço dela. — Amo sentir seu cheiro nas minhas roupas, na minha cama, na minha pele. Amo sentir você em mim.
Ele a beijou lentamente, aproveitando cada segundo do beijo, eles se beijaram numa sincronia perfeita, suas línguas dançaram em harmonia no céu de sua boca dela, ele a beijou até seus pulmões implorarem por ar, a beijou como se fosse seu último beijo.
Sabina quebrou o beijo e saiu do colo dele, deitando ao seu lado, o garoto gemeu em protesto. Ela olhou para janela notando que já tinha escurecido; havia ficado tanto tempo com Noah que, por um momento, esqueceu que existia um mundo lá fora.
— Já escureceu, tenho que ir. — Ela tentou se levantar, mas Noah a impediu, jogando uma perna sobre as dela e abraçou apertado de lado.
— Não vai. Fica... fica comigo. — Sussurrou com sua voz rouca e manhosa.
Sabina suspirou derrotada, Noah tinha um poder absurdo sobre ela, mesmo que tentasse, ela nunca conseguia dizer não. O fato era que ela não queria voltar para casa, o clima de lá era pesado e melancólico, aquelas paredes escondiam segredos e seus fantasmas a assombravam a noite em sua cabeça, e perturbavam seus sentidos.
Estar com Noah a fazia sentir-se bem e acolhida. Ele era seu lugar favorito, seu lar, seu abrigo, porto seguro; onde ela se sentia protegida, onde o coração dela estava, à quem o coração dela pertencia.
Eles ficaram em silêncio, lado à lado, encarando os planetas e estrelas incandescente no teto do quarto, que estavam ali desde que Noah tinha quatro anos de idade, quando sua família mudou de Orange para Los Angeles. O sistema solar estava incompleto, pois Noah deu Saturno para Sabina em aniversário de doze anos; o dia em que eles deram o seu primeiro beijo. Ela sorriu com a lembrança, e fez uma nota mental de procurar Saturno quando chegasse em casa.
— Estava pensando aqui... — Começou ele, depois de um longo e reconfortante silêncio, a mexicana esperou ele dizer algo tocante e profundo, entretanto: — Não usamos camisinha.
Ele olhou para ela, aflito.
— Vamos na farmácia comprar pílula do dia seguinte?
— Relaxa, eu uso anticoncepcional. — Mentiu ela.
— Ah, menos mal. — Respirou aliviado, então disparou:
— Não quero ser pai tão cedo.
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