𝐀𝐓𝐎 𝐗: os sinais da boneca suzy.
"Você quer um coração? Você não sabe o quão sortudo és por não ter um. Corações nunca serão práticos enquanto não forem feitos para não se partirem.
O mágico de Oz."
A cada vez que eu escutava a palavra beijo - ou até mesmo os seus sinônimos - eu queria fugir. Decerto que todos pensavam que havia sido técnico, mas eu, o alvo da vez, sentia um impacto diferente.
Era estranho de saber que mesmo não
suportando Sunghoon, eu havia beijado ele.
Eu ainda estou em êxtase, relevem.
A manhã de quinta feira se iniciou com o
sol chegando até mim pela janela. Eu havia deixado a mesma descoberta, estava tão ocupado que mal coloquei a cortina em seu devido lugar. Agora, antes das sete, o brilho levemente forte do sol vinha até mim.
Enquanto eu arrumava algumas coisas
mínimas em meu quarto, parei, e comecei a relembrar da minha atuação com Sunghoon.
Eu não sei porque Yeji concordou em colocar Sunghoon como meu par romântico, isso é uma ofensa para mim que é um bom ator.
Sim, eu ainda estou chateado sobre o fato
da minha pessoa ter, realmente, beijado o Sunghoon.
─ É, eu vou discutir com Heeseung essa
história. Mas, primeiro, eu vou me preparar pra dizer esse conto a ele. ─ murmurei comigo mesmo assim que arrumei as coisas. Passo alguns instantes e vou terminar de me arrumar para a escola.
( . . . )
Antes mesmo de pisar meus pés na escola, ela toda parecia eufórica. la desde altas conversas pelos corredores até mesmo murmuros baixos em alguns pontos do colégio. Tentei não me prender a tantos detalhes, afinal, não era algo que me interessava a esse ponto.
Bom, até ver Heeseung e Sunghoon -
aparentemente - falando sobre isso assim
que entrei na sala e ambos os meninos
estavam no local onde Heeseung senta
juntamente a mim.
Sunghoon esboçou um sorriso que eu não
saberia definir nesse instante, já Heeseung veio me abraçar. E, de repente, me senti mal por atuar com seu namorado enquanto eu era um misto de sensações.
Maldita hora que o destino me colocou nessa.
─ Você ficou sabendo? ─ Heeseung indaga assim que me solta. Balanço a cabeça em sinal de negação e ele continua: ─ Vai haver uma festa próximo daqui, você vem comigo?
─ Você sabe que não sou fã de festas. ─
respondo, em seguida, ocupando meu espaço na sala. Os dois fazem o mesmo - apesar de Sunghoon ser de outro local da sala - e Heeseung faz algumas caras e bocas diante da minha fala.
─ Vai ser legal. ─ ele disse tentando me
convencer a ir consigo para o meu sofrimento na Terra. Nego diversas vezes diante de tal pedido e o menino começa a segurar em meu braço, balançando-o em seguida. ─ Eu te pago algum lanche ou doce. Vamos comigo, Sunnie.
─ Eu não vou, Hee. ─ falei convicto a ele.
Nem mesmo Heeseung conseguiria fazer eu ir.
( . . . )
Retiro o que eu disse, até mesmo Heeseung conseguiu me levar nessa festa. Eu já conseguia escutar o som se fazendo presente e eu já desejava voltar, maldita hora que aceitei vir até aqui.
É final de semana e eu acabei vindo com o
casal do qual eu não sei se acho fofo junto ou se sinto remorso por algum sentimento não identificado.
─ A gente nem devia estar aqui, e se
descobrem que somos de menor? ─ perguntei a Heeseung assim que entramos na festa. Ele demorou um pouco para entender o que eu disse, e, em seguida, responde:
─ Eu acho que as carteiras de identidade
dizem o contrário. ─ diz de maneira séria. ─ Agora, aproveita um pouco. Mas, por favor, sem beber. Apesar de tudo, eu não vou deixar você beber até ser de maior, me ouviu?
─ Tá, Hee ─ resmunguei minutos depois.
Sunghoon não falava quase nada mas
mantinha sua mão juntamente a do namorado.
Olha, fácil não está sendo.
Nessa distração mínima sobre gostar ou não de Sunghoon sendo namorado de Heeseung, acabo perdendo os dois de vista. A música se tornou mais alta e havia pessoas demais perto de onde eu estava. Eu realmente não sou fã de coisas assim.
Se eu beber alguma coisa, Heeseung briga comigo. Escolha descartada. Agora, se eu ficar parado aqui também não será legal. Decido achar algum ponto para ficar e esperar os dois decidirem irem embora.
Algumas cadeiras se mantinham mais
afastadas de todos aqueles corpos juntos,
agradeço mentalmente por isso e fico
mexendo no celular para distrair a mente.
─ Está sozinho, amore? ─ uma menina
se senta ao meu lado. Vestia vestes mais
comportadas considerando todo o cenário em questão. O vestido cobria metade de seu corpo, era num tom azulado e sua maquiagem não parecia forçada como as demais pessoas que eu já vi.
─ Eu tô com os meus amigos, só que eles devem estar se pegando nesse momento. ─ respondo instantes depois. Guardo meu aparelho eletrônico e dedico minha atenção a ela.
─ Sei como é. Me arrastaram pra cá e agora eu fui largada por eles próprios. ─ disse-me tristonha. Atrevo-me a fazer um breve carinho em seu cabelo e a mesma deixa, parecia bastante perdida diante de tudo isso. ─ Sou Suzy, e você seria?
─ Sunoo. ─ não houve aquela troca de
mãos como as pessoas geralmente fazem,
acho que a situação não necessitava disso, precisamente. Ficamos ali por longos minutos, a música diminuiu um pouco e agora estava pelo menos aceitável.
─ Quer comer uma pizza? Eu pago. ─ ela
oferta assim que o silêncio entre nós dois é meio chato.
─ Desde que nada de mal aconteça, por mim, tudo bem.
( . . . )
Sei que não se deve aceitar convite de
estranhos - ou pelo menos, de pessoas assim - mas, o que eu descobri indo com Suzy, é que a mesma é uma pessoa bem legal. É humorada quando não está sendo obrigada a algo, sente-se bem agindo do seu próprio jeito e não ter vergonha de admitir coisas, digamos, mais pessoais.
─ Prometo te levar até seus amigos. Não
quero que pensem que te sequestrei. ─ a
mesma diz deixando o pedaço de pizza de
lado. Dou mais algumas mordidas minha e
escuto Suzy rir, ela pega um guardanapo e limpa o recanto de meus lábios.─ Estava sujo de molho, tenha cuidado na próxima.
─ Obrigado, noona.
Analiso as horas em meu celular dando-me conta de que estava bem atrasado e que possivelmente os meninos pensariam que eu havia sido sequestrado ou algo assim.
─ Como cortesia de minha parte, pode levar os pedaços restantes de pizza. ─ Suzy disse me olhando. Esboça um sorriso - lindo, devo dizer - e aos poucos vamos arrumando as coisas ali.
A noite estava bem clara e iluminada quando saímos do estabelecimento. Estendo meu braço como um cavalheiro para a mais velha e a mesma aceita rindo um pouco. As horas iam além das dez, o que realmente não era bom para nenhum dos dois.
─ Tem certeza de que não precisa de ajudar para ir até sua casa? Pelo visto seus amigos já foram. ─ pergunto assim que paramos em frente do estabelecimento onde foi realizado
a festa. Havia uma fraca iluminação vindo do mesmo e não havia nenhuma alma por ali.
─ Ah, eu dou um jeito. Me manda mensagem assim que chegar, você já tem meu número. ─ ela diz. Fico de frente para si e a mesma parece olhar para algum ponto atrás de mim. Me viro e entendo o porquê. ─ Acho que são
seus amigos.
A feição de Heeseung não era amigável. Sunghoon o acolhia em seus braços enquanto os dois vinham até mim.
─ Pra que você tem celular se não usa ele? Você tem noção do prejuízo que causou? Eu tava preocupado, cacete. ─ ele falava chegando cada vez mais perto de mim. E foi aí que ele começou a me bater, o que não era legal, Heeseung sabe bater bem forte quando quer.
─ Eu fui comer uma pizza com a Suzy. ─
me auto defendi. Heeseung parece perceber a menina ao meu lado e sorri sem graça. ─ Estes são Heeseung e Sunghoon, noona.
─ É um prazer conhecer vocês. Sun, agora eu tenho de ir e conversamos assim que você chegar em casa. Durma bem, meu anjinho. ─ a mesma deposita um selar meigo em minha testa, me abraça em seguida e depois vai embora.
─ O que você fez nesse espaço de tempo
em que te perdemos? ─ Heeseung indagou cruzando seus braços. Minha atenção ia desde um Heeseung confuso até mesmo a um Sunghoon preocupado.
Mesmo não entendendo os motivos de Sunghoon estar assim.
─ Te explico enquanto vamos para casa. ─ ditei. De repente, eu estava mais cansado que o normal e somente o meu quarto poderia me ajudar.
Heeseung ligou para Mark e sabendo que iria ouvir muito do mais velho, ele veio mesmo assim. Antes que eu entrasse no transporte com os meninos, escutei Sunghoon dizer rente à meu ouvido:
─ Eu fiquei preocupado. Não faça mais isso. ─ e simplesmente entrou no carro. E ao olhar para ele, o mesmo não esboça nada. Era como se ele não tivesse dito nada.
Uma certa vibração se faz presente no bolso de minha calça e percebo ser uma mensagem de Suzy.
Suzy: Esse menino, o moreno entre vocês três. Ele certamente sente algo por ti, você viu o olhar dele? Havia preocupação. Isso existe nas demais pessoas, toda via, há aquelas que sentem demais. Ele certamente é um deles.
E as mensagens da garota só deixaram minha noite mais confusa ainda.
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