"Ache belo tudo o que puder, a maioria das pessoas não acha belo o suficiente.
Van Gogh."

Após ser deixado em casa por Mark, eu acabei indo dormir bem tarde, até. Iniciei uma conversa com Suzy que, por ventura, rendeu em várias assuntos. Desde conhecimento sobre nossos gostos pessoais - o que ajudava muito já que a mesma queria entender algumas coisas das quais não me falou de primeira - até mesmo as pessoas que viviam com a gente.

Soube que Suzy é a mais nova dentre suas quatro amigas mais próximas. Aparentemente, a menina gosta de uma das amigas, toda via, ela não deu mais detalhes sobre. Quis saber sobre os dois meninos que estavam comigo e queria entender que letra eu era naquela equação. Se Sunghoon era o Y e Heeseung o tão famoso X, quem eu era diante destes?

"Talvez você seja o A." Suzy falou quando a madrugada chegou. Aos poucos, eu ficava com sono, mas esperei ela finalizar seu raciocínio. "Sunoo, eu não sei tudo da vida e apenas deduzi que o altão estivesse preocupado contigo. O que existe nesse triângulo amoroso que você está metido?".

Ela não obteve uma resposta direta pois
eu acabei dormindo. Acabei respondendo
ela horas depois, porém, estas palavras
perduraram por muito tempo em minha mente. Tanto que mesmo estando em plena aula, estou pensando nisso.

Prometi a mim mesmo que comentaria com Heeseung a respeito das minhas dúvidas. Falaria tudo com delicadeza e calma, apenas para que ele não venha a brigar comigo. Apesar de tudo, eu prezo muito pela amizade que tenho com Heeseung.

Quando eu cheguei na escola, Heeseung
passou mais tempo comigo do que com seu namorado Comensal da morte de tamanho exagerado.

─ Tá tudo bem entre você e Sunghoon? ─ perguntei quando a professora deu uma pausa e me virei na direção de Heeseung. Ele rabisca algumas coisas em seu caderno, me evita por alguns segundos, e, em seguida, diz:

─ Claro. Por que não estaria? ─ apesar de dizer tal coisa, havia algo por trás de suas palavras.

Tinha acontecido alguma coisa entre eles,
eu não saberia dizer o que poderia ser - me assustava a possibilidade daquele menino discutindo com meu amigo, partindo seu coração ou até mesmo derivados. - Esboço um sorriso meio forçado, e vendo que eu não manteria o mesmo, logo paro.

─ Preciso te contar uma coisa. ─ chamo
sua atenção assim que seu silêncio me
deixa incomodado. Eu não gostava de vê-lo tristonho, isso não combina com o Heeseung que conheço. ─ É um palpite sobre o seu namorado.

─ Sun, depois. Agora eu não quero saber.

Murmuro um "ah" meio baixinho e decido
esperar um tempo para lhe contar o que
aconteceu. Detesto guardar segredos perante a Heeseung, além de me deixar mal em tantos aspectos, pode vir a ruir a amizade.

E, sem sombra de dúvidas, essa é a última
coisa que desejo fazer com Heeseung.

( . . . )

Fui deixado sozinho por Heeseung no intervalo. Ele disse que precisava conversar com Sunghoon - o que somente aumentou minhas suspeitas diante do casal - então eu acabei indo ficar na biblioteca. Vejo Chaehyun sentada em uma das cadeiras juntamente a Yuna e Lia, todas mantinham uma conversa animada e quando uma delas me viu,
rapidamente me chamou para ficar ali.

─ Oppa. ─ Chaehyun fala assim que me sento ao seu lado. Bagunça meus fios de cabelo e dá algumas risadinhas. Ela devia ter ganhado alguma coisa para estar assim, mas ela não fala sobre. Pelo contrário, ela indaga algo que me deixa confuso por alguns segundos. ─ Heeseung oppa me disse que você conheceu uma menina na tal festa, quem é ela?

─ Ela se chama Suzy, Chae. É mais velha que eu. ─ falei para ela.

─ Chaehyun é uma menina muito intrometida. ─ escuto Yuna reclamar ao lado de Lia. A menina ao seu lado deposita um breve tapinha como se tivesse medo da reação de Chaehyun diante de tais palavras. ─ Sempre curiosa demais.

─ E você é uma chata. ─ rebateu Chaehyun perto de mim. ─ Ignore ela, oppa, então você e a tal Lucy ficaram?

─ O nome dela é Suzy, sua projétil de Hyunjin do loona. ─ a respondo. Ela deixa alguns tapas em meu braço, e, devo dizer, que mão pesada. ─ E não, a gente não ficou.

─ Ainda bem. Imagine só como o Sunghoon oppa ficaria. Certamente, de coração partido. ─ a menina começa a se lamentar. Desvio minha atenção de sua feição - não acredito que com simples palavras eu consegui corar, que droga – e os dedos da mesma viram meu rosto. ─ Ai que bonitinho, ele sente algo pelo Hoon oppa.

─ Chae, calada. Eu não sinto nada por ele, ok? Pare de achar que somos como o seu conto yaoi onde tal personagem ficará com o outro.

Chaehyun se assemelha muito com Heeseung. Ambos adoram aqueles contos yaoi, falam muito sobre e vivem achando que eu sou como eles.

─ Oppa, será que você e Hoon oppa são
aquele caso? ─ ela pergunta me olhando
com dúvida. Atrevo-me a indagar que caso? e ela prontamente responde: ─ Aqueles que transam agressivo e dormem fofinhos. Será?

─ Chaehyun! ─ acabo gritando ao ouvir tal coisa e recebo uma bronca da mulher da biblioteca. Yuna e Lia riam amplamente enquanto eu me encolhia naquele local. Viro meu rosto na direção de Chaehyun e a mesma ria sem graça. ─ Menina, eu não vou te responder, e se
continuar com isso, vou dizer a sua mãe. E pare de achar que eu sinto algo por Sunghoon, ele namora meu amigo e eu prezo pela amizade que tenho.

─ Eu ainda acho que seu amigo não combina com o Hoon oppa. ─ seu tom de voz entregava uma visível birra. Eu não entendia as razões dela de sempre apertar na mesma tecla, ela própria sabia que eu não ficaria com Sunghoon. ─ Embora os dois sejam lindos, ainda acho que não são o melhor casal.

─ Deixe só sua namorada saber disso, hein, senhorita. O que ela diria?

─ Que eu tô certa e que você tá fazendo cu doce e que não quer admitir que gosta do Sunghoon. Ela provavelmente diria isso. ─ Chaehyun rebateu séria. ─ Xiaoting é sensata diante dessas coisas.

A menina acaba por me deixar sem resposta e logo esboça um sorriso presunçoso. Odeio quando ela banca o grilo localizado na história do Pinóquio e dá uns conselhos que perduram por horas em minha mente.

O intervalo toca, fazendo com que eu tenha de voltar para a sala e, consequentemente, ficar cansado pelas últimas aulas serem de exatas.

Segundas, tão boas e tão ruins ao mesmo
tempo.

─ Sunoo. ─ sou chamado pela voz grave
de Sunghoon e paro onde estava. Não por
uma ordem muda, e sim por conta de sua
presença. Respiro fundo ao mesmo tempo que esboço meu melhor sorriso.

─ Fala cria do mal. Tudo certo aí em baixo, digo, tudo certo aí em cima? ─ pergunto calmamente. Eu não me canso de usar a altura dele contra ele próprio. É divertido, embora errado.

─ Eu sou mais velho que você, então me
respeite. ─ mal percebi que estávamos bem perto um do outro. Opa, espaço pessoal, onde tu habitas?

Sunghoon adora passar dos limites, ele
certamente desconhece o conceito desta
palavra pois sempre passa dele.

─ Desculpe sênior, não foi minha intenção. Mas, o que você quer comigo? ─ ele se afasta um pouco - até porque estávamos muito perto, ou perto demais para duas pessoas que não se gostam - arruma sua blusa no pretexto de demorar mais e eu fico lá, esperando a madame terminar. ─ Vai falar ou não? Temos aula daqui a pouco, canudo.

Antes que ele possa bater em mim ou cogitar tal ideia, rapidamente me afasto. Seu olhar entregava o quanto estava irritado, toda via, a vida é assim mesmo.

Mentira, é não. Eu que adoro irritá-lo mesmo.

─ Como vamos ter de ser o par um do outro, é necessário o ensaio. Eu vou passar na sua casa mais tarde e vamos ensaiar. ─ disse simplesmente. Analiso sua feição em busca de algum registro de mentira ou brincadeira e não há nada disso.

Ele realmente quer ir lá em casa. Olha só o atrevimento da cria do mal.

─ Tá. De que horas?

─ Duas horas.

E dizendo tal coisa se foi. Esse menino adora bancar o misterioso às vezes, o macho alfa de um determinado contexto sobre esse ponto eu não posso opinar nada - e, às vezes, ele é só um chato mesmo.

Sunghoon, por que você é assim, Google
pesquisar.