43. O inicio do ataque
Quando percebeu a situação a primeira ordem do comandante foi que fechassem os portões do recanto que davam acesso a floresta.
O portão principal foi o primeiro a ser trancado, logo depois os do fundo do mercado. A notícia não demorou a se espalhar e agora todos os terráqueos estavam nervosos e apreensivos, sentindo que a qualquer momento um ataque aconteceria.
— Mantenham a calma e a frieza habitual, somos guerreiros e mais uma vez iremos ganhar essa batalha! — O comandante bradou alto na língua deles, ouvindo seu povo gritar em concordância. — Peguem suas armas e fiquem preparados!
As pessoas começaram a se dispersar com certa rapidez e alvoroço, Jisung iria sair da arena também para voltar onde Jeongin estava, mas parou ao sentir um chute forte em sua barriga a olhando, sentindo o bebê se mover enquanto chutava com certa força.
Gemeu de dor com o chute, sentindo certo incomodo com a sensação, suspirando pesado enquanto olhava ao redor. Estava sozinho na arena já que os outros haviam ido buscar suas armas, Christopher também se separou dele e foi com os outros enquanto levava o corpo da mulher. Jisung se apoiou no tronco e manteve a cabeça baixa tentando regular a respiração, mordendo com força os lábios para não fazer barulho.
Minho encarava com os outros os portões trancados, ouvindo os passos apressados das pessoas que corriam de um lado para o outro do lado de dentro dos muros de Tears.
— Vamos entrar por cima, algo deve ter acontecido. — Falou sério, subindo na carona de um dos dragões ao lado de uma senhora que se deitou em seu colo.
No momento em que os dragões deles bateram as asas, ouviram um enorme estrondo enquanto os muros pareceram tremer. Gritos altos soaram e o Lee se desesperou imaginando o pior.
Quando conseguiram entrar ele desceu apressado das costas do dragão, vendo a multidão correr de um lado para o outro enquanto gritavam algo na língua nativa. Novamente um estrondo foi ouvido, quando um enorme pedregulho foi arremessado na torre e se quebrou.
Jisung olhou da porta da arena, vendo algumas pedras caírem com força no chão, enquanto outras entravam para dentro de seu quarto pela sacada.
— Jeongin... — Murmurou alarmado, apertando com um pouco de força a espada em suas mãos enquanto corria na direção da torre.
Durante o caminho esbarrava com algumas pessoas que corriam para o sentido contrário, sem conseguir desviar o olhar da torre que parecia estar sendo evacuada as pressas. Parou de correr somente quando viu outro pedregulho voar por cima do muro, sentindo que seu corpo havia parado de lhe obedecer já que não conseguia mover seus pés.
— Jisung! — O adolescente gritou desesperado, correndo com o dragão em seus ombros, puxando o comandante pela mão na direção da arena novamente.
Os dois fecharam a porta da arena apressados, se afastando totalmente da entrada um tanto que ofegantes. Jisung mais uma vez se apoiou no tronco que havia no meio do lugar, sentindo sua cabeça doer assim como sua barriga.
— Você está b-bem? — O menor questionou preocupado, segurando a mão trêmula do outro. — O que você está sentindo?
— Eu não sei! — Ele o olhou quase que desesperado, puxando a camisa para cima enquanto mostrava a barriga para o outro. — Não para de mover e está chutando forte, sinto que meus órgãos estão sendo esmagados e mal consigo respirar.
Jeongin olhou horrorizado para a barriga do comandante, conseguindo ver a pele espichar e ficar mais alta a cada chute. O adolescente o ajudou a sentar no chão enquanto o dragão ficava ao lado deles, olhando ao redor sem saber o que fazer.
— Você precisa ver o curandeiro, mas está um caos lá fora. — Falou alarmado, tentando respirar findo e não ficar tão nervoso para evitar gaguejar.
— Me desculpa. — Jisung falou enquanto agarrava o pulso do adolescente, olhando nos olhos dele. — Não consegui voltar, nem te proteger como prometi.
— Não se preocupe nem pense nisso agora, estamos bem e é isso que importa.
Barulho de gritos e espadas soaram do lado de fora, Jeongin se afastou do comandante somente para espiar pela fresta da porta o que estava acontecendo, percebendo que os inimigos haviam invadido o recanto e atacava seu povo.
Tentou trancar a porta afoito, sendo impedido por alguém que chutou a madeira tão forte que a quebrou. O adolescente caiu no chão assustado, rastejando para trás enquanto encarava a mulher que estava com o rosto pintado com sangue e um machado em mãos.
Ela suspendeu o machado pronta para o acertar, mas o pequeno dragão voou na direção do adolescente e se colocou em sua frente, soltando uma rajada de fogo forte na mulher que largou a arma e gritou ao sentir sua pele queimar, enquanto se debatia tentando refazer seu caminho, mas caindo no chão carbonizada.
Jeongin se levantou e correu até o comandante com o machado da mulher em mãos, tentando o ajudar a se levantar. Olhou ao redor procurando por uma saída, sem conseguir pensar em nada.
— Ele está aqui! — Um dos homens gritou, atraindo mais inimigos para onde estavam. Ele havia ido encontrar a garota e os achou.
Eles correram na direção dos outros dois com suas armas em punho, Jisung rapidamente tomou o machado das mãos do menor e o empurrou para trás, erguendo sua espada com a outra mão enquanto a manuseava.
Enfiou o machado na cabeça do primeiro homem vendo o corpo cair no chão, desviando por um fio de outro ataque, enfiando a espada na barriga da mulher e a puxando para cima, retirando-a e girando o corpo para trás, cortando com o movimento a cabeça de um outro homem que tentou se aproximar.
Arfou com as mãos no joelho sentindo sua visão ficar turva, pulando para trás quando um minīmaru apareceu tentando o ferir. O comandante não conseguiu atacar ele, tentava apenas se defender dos ataques rápidos, tendo dificuldade em mante-lo longe. Jeongin correu até o machado e o retirou da cabeça do outro homem, atraindo a atenção do canibal que rapidamente correu até ele para o atacar.
Jisung arremessou sua espada na direção do homem, vendo-a cravar em sua cabeça e o prender pendurado na parede da arena. O adolescente tremeu levemente, olhando horrorizado para os cadáveres no chão da arena.
Ouviu os passos calmos ecoarem e conseguiu ver com dificuldade Hendery, Felix e outros homens se aproximarem de onde estavam. O comandante se apoiou na parede e os encontrou, percebendo que havia sido encurralado e agora estava desarmado.
— Jeongin. — Sussurrou, puxando o adolescente para trás de si. — Saía pelo lado esquerdo, eles não vão perceber se você for com o corpo colado na parede. — Sussurrou.
— Eu não vou deixar você aqui. — O menor falou choroso. — Eu posso ficar e você pode tentar fugir.
— Não vou me sacrificar, chamarei meu dragão. — Murmurou, gemendo baixo. — Confia em mim.
O adolescente o olhou e tentou se afastar da maneira que o comandante mandou, porém acabou se batendo em um homem com rosto totalmente desconfigurado, vendo-o apontar a faca para si, obrigando-o a parar.
Jisung arrumou a postura encarando o líder dos meio sangue que o olhava com um sorrisinho satisfeito ao ve-lo naquele estado que para si era deplorável.
— É sempre bom vê-lo, Jisung. — Falou, sorrindo.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro