42. Eles estão aqui
— O que o senhor acha? — Jeongin perguntou, mostrando ao outro o brinquedo que havia terminado de fazer.
Jisung olhou na direção no menor e então sorriu minimamente, pegando de maneira cuidadosa a pequena raposa de madeira que o adolescente havia esculpido.
— Você é talentoso. — Elogiou, colocando o brinquedo ao seu lado enquanto segurava as mãos do menor somente para checar se ele não se machucou enquanto fazia o brinquedo.
O adolescente sorriu constrangido, admirando em silêncio a maneira cuidadosa que o comandante o tratava. Jisung era carinhoso consigo sem sequer perceber, aquilo era fofo.
Teve o corpo virado com cuidado e finalmente o Han começou a desemaranhar o cabelo do adolescente, iniciando algumas trancinhas finas. Jeongin estava concentrado em fazer alguns reparos no brinquedo, sentindo seus fios serem puxados levemente.
Jisung dedilhou o cabelo solto do menor, vendo as trancinhas se misturarem aos fios finos e cumpridos. Não trançou o cabelo inteiro, Jeongin não deixou porque não parava quieto.
— Eu queria saber... — O adolescente começou a murmurar, virando levemente o corpo para o outro que havia acabado de se recostar na cama para descansar. — Será que posso aprender com os outros na arena?
— Aprender o que?
— É que aparentemente vão organizar um torneio de lutas para escolher algumas pessoas e colocar na liderança dos nossos soldados, mas antes vai haver um treino e eu quero participar e-
— Não, Jeongin. — O mais velho o cortou com calma, negando. — Isso é uma péssima ideia, você pode se sentir mal com os exercícios e causar uma confusão. É mais seguro você se manter longe, observando e apoiando os outros.
O adolescente fez bico e abaixou o olhar, visivelmente emburrado com a negativa que recebeu. Jisung suspirou e olhou para o lado, voltando a olhar o Yang logo depois, chamando-o para se sentar ao seu lado.
Jeongin se levantou do chão onde estava sentado e foi até o mais velho, sentando de maneira receosa na cama ao lado dele.
— Não quero que você ou o Minho se arrisquem dessa forma, surgindo um ataque ou não vocês vão estar sempre seguros aqui. — O comandante falou calmamente, apertando a bochecha do menor. — Promete não fugir nem fazer nenhuma besteira?
— Prometo... — Jeongin murmurou, ouvindo o riso baixo do mais velho antes dele lhe abraçar de maneira carinhosa. — E o Minho, onde ele está?
— Ele saiu cedo para ajudar os outros a trazer os idosos e enfermos com os dragões, deve chegar logo. — O comandante respondeu, suspirando.
— Alguma coisa lhe preocupa?
— Eu não sei dizer, mas estou com um sentimento estranho... — Respondeu em um resmungo levando a mão ao peito e a batendo levemente ali. — Não deve ser nada demais.
O adolescente o olhou desconfiado, mas acabou concordando enquanto passava as mãos no cabelo que havia recém trançado. Jeongin se levantou somente para se deitar no chão próximo do filhote de dragão que dormia em cima de algumas almofadas, fechando os olhos para cochilar.
Jisung também se deitou na cama e esticou as pernas, estava costurando uma camisa que havia comprado para presentear o Lee, porém como era um tamanho muito maior que o dele precisava fazer alguns ajustes.
A todo momento ele olhava inquieto para a sacada, tentando ver se algum dragão sobrevoava por perto ou não. Pele horário que o grupo havia saído já deveriam ter voltado com os outros.
Noite passada naquele mesmo dia da visita dos meio sangue ele convocou seu povo e fez uma reunião, expondo o plano que havia comentado com Jackson e o colocando em prática. Ocorreu tudo bem durante os dias que eles se locomoverem nas sombras e o último grupo que faltava eram da tribo que anteriormente Yoongi liderava.
Um grito fino e extremamente alto soou, assustando o comandante que por puro impulso se levantou rápido, fechando os olhos com força ao sentir uma tontura enquanto levava as mãos até a barriga inconscientemente. Respirou fundo e então abriu os olhos novamente, caminhando devagar até a sacada enquanto olhava o grande tumulto na frente da arena.
Olhou para trás percebendo que o adolescente havia acordado assustado do cochilo, indo até onde ele estava e segurando seus braços, atraindo sua atenção para si.
— O que aconteceu? Quem gritou?
— Eu não sei, mas fique aqui no quarto e não saía. — Mandou o olhando nos olhos. — Irei verificar.
— Mas vo-você não pode ir s-sem saber o que acon-aconteceu.
— Jeongin, respire. — Pediu, segurando o rosto do menor. — Não deve ser algo grave, prometo que volto antes de você se dar conta que saí.
O adolescente não pareceu muito certo daquilo, mas ele não conseguiria impedir o outro ou ir contra a sua palavra. Jisung foi até o canto da parede onde guardava suas armas, pegando uma espada e a segurando de maneira firme, saindo do quarto antes de olhar uma última vez para o mais novo e novamente o mandar ficar dentro do quarto.
Caminhou apressado para fora, desviando das pessoas que corriam para o mesmo lugar na tentativa de verem o que aconteceu. Quando chegou na arena empurrou algumas pessoas, indo até a frente do enorme círculo que os curiosos fizeram vendo o corpo de uma garota.
— O que aconteceu? — Questionou, olhando para o rapaz que estava ao seu lado.
— Ela se matou. — Ele respondeu. — Estava com um cipó amarrado no pescoço.
Jisung elevou o olhar encarando o enorme tronco que ficava preso ao chão da arena, normalmente eles amarravam as pessoas ali para as punir durante um julgamento. Não tinha como alguém utilizar daquele lugar para se matar enforcado.
Se aproximou e se abaixou próximo do cadáver, checando o corpo aparentemente intacto e ainda quente, não havia tanto tempo que tinha acontecido. Levou suas mãos até o rosto da garota observando sua expressão, abrindo os olhos dela com os dedos e fazendo o mesmo com seus lábios, antes de resolver checar seu pescoço.
Enquanto olhava o pescoço ele tirou os longos cabelos dela da frente, jogando para o lado e percebendo que sua orelha estava cortada. Novamente virou o rosto dela olhando o outro lado, concluindo que haviam arrancado suas duas orelhas.
— Ninguém entra e ninguém saí. — Falou alto se levantando, caminhando apressado até Christopher que havia acabado de chegar ao local. — Eles estão aqui.
——
Olá! Acredito que finalmente entramos na reta final da fanfic. Consegui escrever e desenvolver ela ate aqui da maneira que imaginei e espero que vocês não tenham a impressão de que as coisas estão acontecendo tão rápido.
Na verdade, nunca imaginei que ela teria 42 capítulos somente para contar a metade dos acontecimentos ate porque eu não queria que ela fosse tão longa quanto as outras, mas fazer o que né kkkk
Agradeço a todos que ainda leem ela, espero que vocês estejam gostando do desenrolar dessa trama. Não se preocupem quanto a reta final porque ainda tem muito chão pela frente. Kisses.
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