26 | Coração Partido
┊𝐇𝐀𝐍 𝐉𝐈𝐒𝐔𝐍𝐆┊
Minho acordou na manhã seguinte, vagando com a mão pelo local ao lado dele, tentando procurar aquele calor familiar da pessoa que ele amava... Mas sem sucesso, a cama ao lado dele estava fria.
Ele lentamente abriu os olhos, já sabendo que não veria as lindas bochechas inchadas, nem o lindo sorriso em forma de coração que pertencia a Han Jisung.
Minho mordeu o lábio, tentando não chorar mais. Em vez disso, ele afundou o rosto no travesseiro ao lado dele, onde Jisung havia deitado, sentindo o cheiro fraco que ainda permanecia.
Quando o cheiro familiar atingiu seu nariz, ele não conseguiu conter as poucas lágrimas que escaparam de seus olhos. Ele tirou o rosto do travesseiro e se sentou na cama. Ele levantou as mãos para correr e jogar seu cabelo para trás enquanto respirava fundo.
Assim que finalmente acordou, ele saiu da cama e esticou os músculos doloridos. Depois de estralar o pescoço, ele olhou para a mesinha de cabeceira para pegar seu celular, mas havia um pedaço de papel dobrado ao lado dele. Ele pegou a nota e a virou para ver a escrita elegante.
De: Jisung
Para: Minho
Minho sentiu seu peito apertar e sua respiração engatar. O que é isso? Ele pensou enquanto segurava o bilhete com as duas mãos. Ele estava com medo de olhar para o conteúdo dentro, porque ele sabia que seria de partir o coração.
Depois de respirar fundo, ele lentamente começou a desdobrar o pedaço de papel para ver o mesmo preenchido com as palavras finais de Jisung para ele.
Minho,
Por favor, me perdoe por dizer isso em um papel e não na sua cara... Mas eu não acho que seria forte o suficiente para dizer nada disso a você.
Enfim... Antes de dizer mais alguma coisa, preciso falar que nunca amei alguém como amo você, Lee Minho. Você se tornou a pessoa que me ensinou o que significa amar e ser amado, a pessoa que me fez mais feliz em
toda a minha vida.
Você nunca deixou de me surpreender. Você sempre foi atencioso, de mente aberta e brilhante. A luz que você trouxe para minha vida nunca será esquecida. Você preencheu um vazio dentro do meu coração que eu nunca percebi que tinha, até que você apareceu e me mostrou
o que é amor verdadeiro.
Não importa qual fosse a situação, você sempre se manteve forte por nós dois e eu não poderia estar mais grato a você...
E embora nosso relacionamento não fosse aceite e fosse um segredo, eu o escolheria acima de tudo. Mas, como nossos futuros estão em jogo, escolherei amá-lo o suficiente para respeitá-lo
e manter sua vida unida.
Só concordei em terminar ontem à noite porque não suporto a ideia de arruinar sua carreira como professor. Eu sei o quanto você adora e como você está feliz em saber que está ajudando os alunos a se formarem e a realizarem seus sonhos. Essa é uma das muitas coisas que admiro em você.
Por favor, nunca esqueça o quanto você significa para mim e o quanto eu te amo. Eu nunca vou deixar de te amar, e talvez... Talvez ainda cheguemos a ter nosso final feliz em uma próxima vida.
Te amo, Lee Minho.
Adeus.
- Han Jisung
Minho leu a carta, palavra por palavra, deixando que cada letra fosse absorvida. Nem na metade da carta, ela já estava encharcado de lágrimas.
Ele soluçou alto enquanto amassava o papel entre as mãos. Minho começou a gritar quando jogou o papel no chão e começou a bater na parede ao lado de sua mesa de cabeceira, uma vez e outra... Repetindo.
— Porra! Porra! Porra! — Ele gritava quando seus punhos encontravam a parede novamente e novamente com cada grito que ele soltava.
Logo, ele não tinha mais energia para socar e se encostou na parede, apoiando a testa contra ela enquanto seus gritos começavam a ficar mais baixos. O choro fez seus joelhos cederem e ele caiu no chão, mantendo a testa e as mãos pressionadas contra a parede.
Seus soluços se transformaram em fungadas e ele fechou os olhos, visualizando o sorriso grande e pegajoso de Jisung.
Eu gostaria que não tivéssemos que terminar assim...
Minho sabia que era decisão deles acabar com isso e ele teria que viver com isso... Mas mesmo assim, ele ainda estava com o coração partido. Ele amava Jisung com tudo e eles foram forçados a se separar.
Ele também sabia que nunca deixaria de amar Jisung também. Mas agora, ele tem que continuar sem ele.
ꗃ
Jisung caminhou vagarosamente até a porta da frente com os olhos inchados e lágrimas secas nas bochechas inchadas.
Depois que ele saiu da casa de Minho, ele caminhou por algumas horas, tentando envolver sua cabeça em torno de tudo. Aceitar a realidade como ela era não era fácil.
Assim que entrou em casa, ele ouviu dois pares de passos vindos da cozinha e da escada. Ele olhou para cima para encontrar sua mãe e os olhos de Chan enquanto eles olhavam para ele com decepção, mas também preocupação.
Nenhum deles pensou que Jisung ficaria assim por causa de uma separação. Porque ele nunca tinha ficado assim antes quando saía com outras pessoas. Foi o suficiente para fazê-los deixar de lado o fato de que ele teve um caso com seu professor e se aproximar dele, dando-lhe um grande abraço familiar.
O contato repentino foi uma grande surpresa para Jisung e ele não conseguiu conter as lágrimas que escaparam de seus olhos mais uma vez.
— V-vocês e-estavam certos... Me- Me d-desculpem... V-vocês provavelmente me o-odeiam agora... — Jisung soluçou.
Isso absolutamente esmagou o coração de sua mãe e de Chan. Eles nunca poderiam odiar Jisung, não importa qual fosse a situação em questão. Claro que eles ficaram desapontados, mas também sabiam que você não pode escolher por quem se apaixonar, e odiavam admitir isso. Eles também odiavam admitir que nunca tinham visto Jisung mais feliz do que quando ele estava com Minho, e eles arruinaram tudo.
Rosie deixou algumas lágrimas caírem de seus olhos enquanto silenciava Jisung.
— Não, querido... Não diga isso. Eu nunca odiaria você, eu te amo, não importa o que aconteça.
Chan acenou com a cabeça enquanto apertava com mais força seu irmão mais novo.
— Eu é que deveria pedir desculpa, Ji... Eu disse todas aquelas coisas desagradáveis para você e fui insensível o suficiente para dizer que não estaria lá para você... Mas eu estou. Eu sempre estarei aqui.
Jisung ficou sem palavras, ele honestamente pensou que seria jogado de lado por seu 'erro'. Mas sua família estava vendo como realmente era. Um coração partido de um relacionamento amoroso.
— Obrigado... — Jisung sussurrou, sentindo sua garganta doer de tanto chorar.
Chan e Rosie se afastaram e sorriram docemente para Jisung, tentando confortar o menino. Mas tudo o que ele fez foi manter a cabeça baixa, não conseguia fazer contato visual com a mãe.
Ele ainda conseguia ver em sua cabeça a expressão de decepção no rosto dela quando eles estavam em seu escritório ontem, embora ela estivesse sendo doce e preocupada agora, ele sabia que ela ainda o via de forma diferente. Ele também não podia deixar de ficar chateado com ela, ele não queria culpá-la pela separação, mas era mais fácil para ele colocar a culpa em outra pessoa do que em si mesmo ou em Minho.
Jisung logo pediu licença para ir para seu quarto para que pudesse se esconder e ficar sozinho. Ele só queria se enrolar sob seus cobertores e chorar de dor. Mas ele sabia melhor, chorar não ia resolver ou mudar nada, mas ele sentia que era tudo o que podia fazer agora.
ꗃ
Jisung estava deitado na cama e não iria se levantar a menos que precisasse usar o banheiro, que felizmente estava conectado ao seu quarto. Então ele não teria que enfrentar ninguém ou se forçar a falar com as pessoas.
Infelizmente, isso não durou muito. Porque no dia seguinte, parecia o inferno para ele, ele ouviu alguém batendo na porta de seu quarto. Ele soltou um rouco 'vá embora' antes de se enfiar de volta nos cobertores que o seguravam.
Quem quer que tenha batido na porta ignorou a tentativa de Jisung de dispensá-los e entrou.
— Jisung?
Jisung ficou tenso com a voz. Ele sabia quem era, e era a última pessoa que ele queria ver agora.
— Vá embora, Hyunjin.
Hyunjin soltou um suspiro trêmulo enquanto se aproximava da cama do garoto, ajoelhando-se ao lado dela para que seu rosto ficasse no mesmo nível de Jisung. Mas Jisung se virou, tendo suas costas voltadas para Hyunjin.
Hyunjin sabia que ele merecia esse tratamento, como um merda, ele revelou seu melhor amigo para toda a escola por ciúme e mesquinharia. A culpa o estava matando e ele passou as duas últimas noites xingando a si mesmo e chorando pela perda de Jisung.
Perda, como em sua amizade. Hyunjin finalmente aceitou na noite anterior que não seria a escolha de Jisung, então ele aceitou isso e decidiu seguir em frente. Seria o melhor para ambas as partes. Mas ele ainda esperava que Jisung quisesse ser seu amigo novamente, porque ele ainda amava o garoto de uma maneira amigável e eles eram amigos íntimos de já muito tempo.
— Por favor, Jisung... Deixe eu pedir desculpas. — Hyunjin implorou enquanto sua voz ligeiramente falhava.
Jisung se mexeu na cama, mas não respondeu nem se virou para Hyunjin, mas Hyunjin sabia que ele ainda estava ouvindo, então ele falou.
— Jisung... Eu só quero começar dizendo que estou realmente além de desapontado comigo mesmo... O que eu fiz foi completamente errado. Eu estava sendo imaturo e com ciúme de algo que deveria ter aceitado, já que era seu amigo. Nunca quis que escapasse daquele jeito, mas escapou e eu estraguei tudo...
— Eu faria qualquer coisa, e quero dizer qualquer coisa para você me perdoar. Mas eu também entendo se você quiser um tempo ou nunca mais quiser falar comigo... Eu só precisava que você soubesse o quanto eu sinto muito e o quanto eu me arrependo de ter feito o que fiz com você... E-e eu quero que você saiba que eu vou superar você.
Jisung tinha lágrimas escorrendo pelo rosto e uma vez que ouviu Hyunjin terminar, ele começou a soluçar. Isso surpreendeu Hyunjin, que gentilmente colocou sua mão no ombro de Jisung.
— Ji?
Jisung se virou para enfrentar Hyunjin com os olhos inchados e lágrimas caindo por suas bochechas rechonchudas. Ele se levantou e passou os braços em volta do pescoço de Hyunjin, continuando a chorar no ombro do mais velho.
— P-promete nunca mais fazer isso de novo? E fique comigo, por favor...
Hyunjin deixou escapar um suspiro de alívio, tomando essa interação como um passo em direção ao perdão. Ele traçou círculos nas costas de Jisung para acalmar o menor.
— Eu prometo... E eu não vou te deixar, Ji.
Jisung se afastou e deslizou em sua cama para convidar Hyunjin para se sentar com ele. Os dois se sentaram de costas na cabeceira da cama, voltados para a frente.
— Quer conversar sobre a situação? — Hyunjin perguntou, ainda olhando para a frente.
— Eu gostaria...
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「 𝐚𝐮𝐭𝐡𝐨𝐫 • mInMiNcutieguy 」
「 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐥𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧 • 𝐦𝐢𝐧𝐦𝐢𝐧𝐬𝐜𝐞𝐧𝐭𝐭 」
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