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11 | Ninguém Pode Saber

┊𝐇𝐀𝐍 𝐉𝐈𝐒𝐔𝐍𝐆┊

— Chan? O que você está fazendo aqui? — Minho falou antes que eu pudesse. 

— O que estou fazendo aqui? Essa é a porra da minha casa! Por que diabos você está aqui? Segurando meu irmão? Pelado? — Eu podia escutar a raiva crescendo na voz de Chan. 

Estava começando a me assustar. 

Minho ficou parado em silêncio, ainda me segurando em seus braços. Ele olhou para mim quando comecei a tremer com o frio e a voz de Chan. 

Minho percebeu e rapidamente me segurou mais perto.

— Ei, você está bem?

— S-sim, estou bem.

— Então? Vai me responder? Por que você está aqui, Minho?

Depois de ouvir Chan dizer o nome de Minho novamente, fiquei confuso.

— Como vocês se conhecem? — Eu olhei para Minho. 

— Uh. A gente andou na mesma escola.  

— Sim. O que faz de você 24 anos, Minho! Então por que diabos você está no quarto do meu irmão de 19 anos? E eu pensando que você era professor na escola dele.

A cabeça de Minho continuou baixa.

— Eu sou..

Chan olhou para nós dois sem acreditar.

— Ji? Você está mesmo transando com seu professor?!

Eu olhei para Chan com lágrimas brotando em meus olhos.

— M-me d-desculpe...

Chan balançou a cabeça enquanto começava a andar pelo meu quarto.

— Minho, você precisa sair. Agora.

Minho acenou com a cabeça e foi me colocar na cama. Eu balancei minha cabeça para ele todo o caminho.

— N-não. Não vá! Por favor, fique... — Agora as lágrimas estavam escapando dos meus olhos. 

— Eu tenho que ir, Hannie... Eu não deveria estar aqui.  

Ele foi até o final da cama, vestiu suas roupas e voltou para mim, deslizando uma camiseta pela minha cabeça e colocando cueca em mim também.

Ele colocou a mão na minha bochecha e me deu um sorriso triste antes de ir para a porta do quarto e sair. Reuni toda a força que pude para me mover em direção a ele e agarrar seu pulso. 

— Não! Você não pode ir... Eu preciso de você aqui, por favor. — Minhas lágrimas caíam rápido.

Senti como se nunca mais fosse poder estar com ele. Que voltaríamos a ser apenas aluno e professor. 

Eu não queria isso. 

Mas aqui estava ele, se preparando para sair e apenas sendo segurado pela minha mão em seu pulso. 

— Sinto muito, Minho. Só, por favor, não me deixe. Por favor, por favor.

Essa situação estava começando a me lembrar de quando meu pai foi embora, o que começou a me assustar. Minha respiração estava começando a ficar pesada e eu me encontrei com falta de ar entre meus soluços. Meu corpo estava tremendo e minhas unhas começaram a cravar no pulso de Minho. 

— Jisung? O que há de errado?

A voz de Minho soou alarmada e cheia de preocupação.

Ele rapidamente se sentou ao meu lado na cama e segurou minhas mãos. 

— Ele está tendo um ataque de pânico. — Chan parecia igualmente preocupado e estava começando a se aproximar de nós. 

Minho levantou a mão para parar Chan.

— Dê-lhe espaço.

Antes que Chan pudesse responder, Minho começou a falar comigo.

— Hannie, olhe para mim... Ei, olhe para mim, bebê... — Ele colocou a mão na minha bochecha e a acariciou. 

Eu logo olhei em seus olhos com lágrimas borrando minha visão, mas eu ainda podia ver seu sorriso brilhante.

— Ei, amor... Você pode respirar comigo?

Mordi meu lábio e senti lágrimas quentes caindo em minha bochecha e em suas mãos, mas concordei. 

— Okay, me imite. — Ele segurou minha mão e a colocou em seu peito enquanto colocava sua outra mão em meu peito.

— Para dentro...

Minha mão se levantou com seu peito...

— ...e para fora...

E caiu com seu peito. 

Eu fui capaz de seguir suas ações e respirar. 

— Aí está, bebê, você está indo muito bem. — Ele manteve contato visual comigo o tempo todo e o sorriso em seu rosto permaneceu.

Minha respiração ficou estável e minhas mãos não tremiam mais. As lágrimas secaram em meu rosto e pude sentir meu coração desacelerar. 

— Você está bem?

Fechei meus olhos e inclinei-me em sua mão, balançando a cabeça.

Ele moveu o polegar na minha bochecha e logo moveu a mão para a parte de trás da minha cabeça, puxando-me para seu corpo. 

Eu passei meus braços em volta dele com força e encostei minha cabeça em seu peito. 

— Por favor, não me deixe...

┊𝐋𝐄𝐄 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐎┊

A dor em sua voz partiu meu coração mais do que já tinha partido por vê-lo em estado de pânico.

Eu lentamente movi minha mão em círculos em suas costas e coloquei meu queixo em sua cabeça.

— Está tudo bem, bebê, estou bem aqui... Eu não vou deixar você. — Eu podia sentir minha camisa sendo umedecida com suas lágrimas enquanto ele chorava. 

Eu olhei para Chan para perguntar se eu poderia ficar, mas quando me virei e o vi, ele estava com a boca aberta e os olhos cheios de lágrimas. 

— O que você tem?

— Minho... Você entende o que você acabou de fazer?

Eu senti que fiz algo errado, pelo jeito como ele usou suas palavras.

— O que eu fiz?

— Minho... Ninguém jamais foi capaz de acalmar o Jisung assim antes.

— O que você quer dizer? Isso já aconteceu antes? — Eu ergui os olhos para Jisung, que gentilmente se sentou na minha frente e enxugou as lágrimas com uma das mãos enquanto a outra agarrava minha camisa. 

— Ele os tem tido com frequência nos últimos 7 anos. — Chan se sentou do outro lado da cama. — E eu nunca vi ninguém acalmá-lo assim. Nunca.

Jisung olhou para mim com olhos inchados. 

— É verdade... Eu nunca me senti tão... Calmo.

Eu agarrei a mão de Jisung e esfreguei a palma com meu polegar. 

— Por que você começou a ter isso?

— M-meu pai... Ele me deixou quando eu era pequeno. E-então quando você começou a sair... Parecia que meu peito estava sendo aberto... E-e eu pensei que você fosse embora como ele fez e nunca mais v-voltaria...

Ele começou a chorar mais uma vez enquanto me explicava sua dor.

Senti lágrimas brotando em meus olhos quando vi que Jisung estava magoado. Eu nunca quis assustá-lo assim.

Eu não sabia que minhas ações o machucariam tanto.

Eu sei que eu e ele concordamos em não acabar cuidando um do outro e apenas ter uma relação sexual... Mas não posso deixar de sentir algo diferente por ele. Eu me pergunto se ele sente algo diferente por mim também. 

Eu funguei minhas lágrimas e segurei seu rosto.

— Jisung... Eu não vou deixar você assim. Nunca. Okay? Eu não seria capaz de viver comigo mesmo se eu causasse a você uma dor desse tipo.

Ele acenou com a cabeça quando começou a parar de chorar. Logo se inclinou para mim, conectando nossas testas.

Suspirei e fechei os olhos, deixando minhas mãos em seu rosto e nossas testas conectadas.

— Ahem...

Paramos e olhamos para Chan, que olhou para nós por um minuto, mas depois suspirou.

— Olhem... Eu não estou dizendo que apoio o que está rolando entre vocês dois. Honestamente, essa é a pior ideia de todas... Mas eu também não quero ser o único a separar vocês... — Ele respirou fundo antes de continuar.

— Minho... Isso é tão arriscado para vocês dois, então por favor. Eu imploro. Não deixe que ele se machuque. Não deixe ninguém descobrir sobre isso, especialmente minha mãe e a do Jisung. Quero que vocês sejam felizes. E posso ver você fazendo isso pelo Ji, também presumo que ele faça isso por você... Mas quero deixar isso o mais claro possível para vocês dois. Se vocês forem pegos, não posso fazer nada, exceto dizer que avisei que era uma má ideia. Entenderam?

Eu e Jisung acenamos com a cabeça.

— Entendemos completamente... Não seremos pegos e faremos questão de manter isso escondido.

— Okay, então. Não façam me arrepender de deixar isso passar.

— Não vamos! Channie hyung... Muito obrigado. — Jisung rastejou pela cama e deu um grande abraço em Chan enquanto eu apenas observava. 

Chan o abraçou de volta, mas logo o empurrou.

— Okay! Sai!

Eu e Jisung rimos quando Chan se levantou e caminhou até a porta.

— Chan! — Ele se virou para olhar para mim. — Obrigado.

— Eu não fiz isso por você. E se você o machucar, eu acabarei com você. — Chan ergueu o punho para mim antes de sair do quarto.

Eu me virei para olhar para Jisung com o maior sorriso no rosto. Eu não pude deixar de sorrir para ele e adorar o quão adorável ele parecia.

Ele saltou em meus braços e me deu um abraço na cama. Passei meus braços em volta dele e o puxei para mais perto de meu corpo, então agora ele estava deitado em meu peito. 

Depois de alguns momentos de nós dois deitados lá e eu brincando com seu cabelo, ele moveu a cabeça para descansar o queixo no meu peito, fazendo contato visual comigo. 

— Minho...?

— Sim?

— Eu...




















— Eu acho que estou me apaixonando por você...

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「 𝐚𝐮𝐭𝐡𝐨𝐫 • mInMiNcutieguy

「 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐥𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧 • 𝐦𝐢𝐧𝐦𝐢𝐧𝐬𝐜𝐞𝐧𝐭𝐭 」

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