Onde está?
HELLO! Vocês viram o MAMA? Eu adorei as performances, principalmente as das gatinhas e o do meu ORGULHO. Que ganhou os 2 prêmios mais importates de lá!
S.E.V.E.N.T.E.E.N
Tô com saudade do Hannie... Cês viram o cabelão do Jun?
E a Rosie? Amor, você É a minha garota número em meus olhos.
Sofro demais sendo Rosé Utt e JeongHan Girl 🤧.
Boa Leitura.
Fazia dois dias que o senhor Choi não aparecia na escola.
JeongHan não queria dizer que estava preocupado, mas estava. SeungCheol nunca havia faltado desde que começou a dar aulas para sua turma, mas o restante da escola não parecia preocupada. O diretor Wonwoo se limitou a um pequeno recado, de modo muito frio, de que o senhor Choi não comparecia na escola. Nem JeongHan e nem ninguém sabiam quando iria voltar. Ao ser questionado, o senhor Jeon simplesmente deu as costas e saiu.
- Por que você está tão preocupado?
JeongHan ergueu seus olhos para Mingyu, que reclamava enquanto desfrutava de um pedaço de frango. Jisoo estava dormindo na mesa do refeitório, escutando música nos fones tão alto que todos podiam ouvir junto com ele.
- Eu não estou preocupado, é só que-
- Loirinho temos paz! Não é maravilhoso?
Hannie mordeu os lábios. Ele não sabia porque, mas não sentia que estava tudo bem por o senhor SeungCheol ter faltado ao trabalho. E algo no jeito que o senhor Jeon evitava tocar no assunto lhe dizia que era sério.
- Vocês realmente não acham estranho? É só que... Ah, não sei! Mas é estranho, por favor, tentem entender.
- O que nós entendemos é que agora temos paz e não temos que nos preocupar com tanto abuso de poder de uma única parte da escola. Qual é, aproveite um pouco isso.
Hannie se afundou na cadeira e ficou em silêncio. Ele não queria e não podia julgar seus amigos e seus outros colegas de classe. SeungCheol não era uma boa pessoa para eles e nem para sua reputação na escola, mas sua cabeça estava um caos.
Ele ainda pensava no toque da mão dele sob o seu braço, no jeito carinhoso que o professor lhe encarava. Mas não! Era loucura! Estava falando de um educador, não podia estar com a mente tão acelerada por isso. Pensava que poderia ser mais feliz se SeungCheol sumisse e lhe deixasse ter uma boa vida acadêmica em paz, mas agora que, indiretamente havia conseguido, se sentia desnorteado.
A verdade é que JeongHan não sabia se poderia odiar a senhor Choi com tanto fervor por ter, em partes, destruído sua vida. Ele não tinha culpa de tanto favoritismo, e culpava o senhor Wonwoo por não ter tomado medidas cabíveis em relação a seu melhor amigo quando Hannie denunciou o comportamento de SeungCheol em sala de aula. Aquilo só pareceu aumentar o ódio sob si. Os alunos o culpavam por não ter conseguido que o diretor da escola agisse como adulto e tomasse decisões corretas, ao invés de proteger seu amigo. E como sempre, JeongHan foi quem pagou por isso.
Ele suspirou. Tudo seria diferente se SeungCheol agisse como um ser humano. A turma poderia fazer atividades de cunho acadêmico fora dos muros da escola. Era decepcionante ver os passeios que outras turmas faziam enquanto a sua ficava presa com seun6 em sala de aula durante todo o tempo. Seria pura hipocrisia pedir compreensão.
Mas Hannie também não sabia o que sentia. Ele só tinha 17 anos e faria 18 em alguns meses. Tinha toda uma pressa com notas escolares e para seguir uma carreira que lhe desse dinheiro, os pais esperavam isso dele, a irmã esperava isso dele. Com toda essa situação de seun, sua cabeça só parecia mais vulnerável e passível de outra crise nervosa.
Ela não queria chegar lá por ter perdido aquilo que a fez conhecer o inferno.
**
No dia seguinte, JeongHan pediu licença ao professor substituto de física e saiu da sala para ir ao banheiro. Mingyu e Jisoo já haviam notado o comportamento estranho do amigo, mas queriam dar um tempo para que ele falasse, mesmo estando preocupadas.
Andando pelos corredores, Jeon ainda pensava na situação que levou SeungCheol a se ausentar por, agora, três dias. Era impossível não pensar. Toda a escola comentava sobre isso, fofocas sobre o Diabo de Dior ter se metido em problemas com o governo ou ter sido deportado para Taiwan. As más línguas até mesmo diziam que ele havia pedido demissão.
JeongHan não acreditava em nenhuma delas. Achava impossível que qualquer coisa do tipo acontecesse com SeungCheol, mas ela não era ninguém para julgar os pensamentos de seus colegas. SeungCheol tinha mais inimigos dentro do que fora.
Ele ouviu passos no corredor e levantou a cabeça, dando de cara com o senhor Wonwoo vindo na direção contrária. Como sempre, estava muito bem arrumado e elegante. Carregava pastas na mão e sua bolsa Prada na outra. Os olhos castanhos de Wonwoo encontraram os de JeongHan e ele parou por um momento, a encarando de forma intimidadora.
Hannie respirou fundo. Suas mãos formigavam e suas pernas eram gelatina. Ele nunca tinha recebido um olhar tão frio em sua vida, mas estava decidida a tirar a história do que acontecia a limpo. Não era uma pessoa de confrontos, então, quando viu Wonwoo desviar o olhar e voltar a caminhar para seu escritório, ele fechou os olhos e contou até três.
- Senhor Wonwoo?
O Jeon parou perto da porta de sua sala e virou a cabeça para o menino caminhando em direção a ele. Ergueu as sobrancelhas, se virando e a encarando de frente. O loiro mordeu os lábios.
- Sim, senhor Yoon?
Hannie mordeu os lábios, estremecendo com a voz fria do diretor, mas respirou fundo e a encarou.
- Pode me dizer se há algo errado com o senhor Choi?
Diferente de JeongHan, Wonwoo se manteve muito neutra e sua feição não se alterou.
- Não.
O mais novo segurou o braço do diretor quando ele colocou a mão na fechadura. Os olhos de Wonwoo passearam desde a mão em seu pulso até os olhos de JeongHan e o menino gaguejou momentaneamente.
- Pode me dizer o que significa isso, senhor?
- O senhor precisa me dar uma explicação. Por favor!
- Não preciso fazer nada, senhor Yoon. A figura da autoridade desta escola ainda sou eu.
- Então que tivesse agido assim quando precisei de ajuda na primeira vez, se era tão importante assim para o senhor.
Wonwoo ficou em silêncio, olhando profundamente para JeongHan. Por fim, cruzou os braços.
- SeungCheol simplesmente não está disponível.
- Isso não é algo que o senhor Choi faria e nós duas sabemos disso, senhor Jeon.
- Eu sei o que SeungCheol faria, você não sabe.
- Então me explique!
Wonwoo passou a mão pelo cabelo e bufou. Era por isso que ninguém suportava adolescentes.
- Olhe Yoon, SeungCheol está passando por alguns processos lentos em sua vida e desistências fazem parte dela. Sua turma ou sua performance acadêmica não serão prejudicadas de forma alguma. Em algum momento, SeungCheol retornará. Por enquanto, ele mesmo selecionou substitutos que confia para que o aprendizado continue no ritmo que ela estabeleceu. Está bom para o senhor ou deseja ver os arquivos de nascimento dele também?
Aquilo deixou Hannie em alerta e ele arregalou os olhos, sua boca formando um 'O' perfeito. Wonwoo observou sua reação e se virou para abrir sua porta, mas foi parada pela mão do menino em seu pulso novamente. Contou até três mentalmente.
- Ele não pode fazer isso! O senhor Choi não é de desistir!
Vendo o desespero do garoto, um leve pensamento passou pela mente de SeungCheol e ele resolveu baixar a guarda um pouco. Olhou fundo nos olhos abalados de JeongHan.
- As vezes, desistir é continuar lutando, senhor Yoon. Mas lutar por si e não pelos outros. Em algum momento, você vai entender.
E dizendo isso, soltou seu pulso da mão fina de JeongHan e entrou em seu escritório.
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