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Capítulo 13

meus amores, peço logo desculpas adiantadas pelo horário e pelo capítulo, mais uma vez, pequeno(minúsculo). recentemente eu passei na faculdade e tô tendo que resolver um monte de coisa de matrícula e etc, comecei um curso e tô prestes a começar meu primeiro trabalho, então eu tô cheia de coisas pra fazer e resolver. só não queria deixar vocês na mão mesmo

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Lalisa encarou a janela do consultório que visitava havia pouco mais de uma semana e acompanhou uma única gota de chuva que escorreu pela janela.

— Ainda se sente desconfortável de falar sobre ela?

Sua terapeuta, a senhora Oh, perguntou com a mesma voz calma e melosa que fazia os nervos de Lalisa se exaltarem. A tailandesa finalmente se virou para ela, negando e se sentando no divã preto.

— Quem é ela, Lalisa? Sei que a senhorita veio até aqui por conta disso, mas se ficarmos nesse impasse, não poderei te ajudar e sabe disso.

Lisa se manteve em silêncio. Ela ainda podia ouvir a voz de Jennie dizendo que era loucura, mas Lisa não queria voltar atrás. Sabia que a terapia era o caminho certo e foi difícil tomar essa decisão. Afinal, teve que admitir que estava errada, mas ela precisava colocar sua mente em ordem e esquecer aquela loucura.

— A senhora acredita que amar também é deixar ir?

A senhora Oh arqueou as sobrancelhas. Para a velha mulher, Lalisa Manoban era uma incógnita difícil de ser decifrada. Por trás daqueles olhos verdes, havia uma grade de prisões que mantinham a tailandesa presa nas correntes do que tinha medo. E Lalisa não parecia disposta a deixá-la achar a chave para ser liberta. Batucou a caneta na prancheta e suspirou.

— Sim, acredito. — Uma pausa. Lalisa assentiu. — Foi Jennie quem lhe disse isso?

— Jennie me daria um tapa se me ouvisse agora.

Senhora Oh sabia que senhorita Jennie Kim era a melhor amiga da incógnita a sua frente, a única pessoa sobre quem ela falou e que lhe dizia o que os pais de seus pacientes adolescentes geralmente concordavam: era uma perda de tempo.

— Jennie não pode lhe ouvir agora, Lalisa. O que quer me dizer?

— Nada.

A velha senhora suspirou. Ela sabia que teria que ter muita paciência e fazer seu caminho para dentro da mente de Lalisa, mas a tailandesa parecia conhecer cada um de seus truques.

— O que você faz, Lalisa?

Lalisa a encarou sem expressão, como se ela fosse a psicóloga e estivesse lhe analisando. A senhora Oh se mexeu desconfortável.

— Sou professora do ensino médio.

— E gosta dos seus alunos?

Um sorriso irônico surgiu nos lábios da tailandesa e ela encostou no divã, dando de ombros.

— Não sei se vai gostar da resposta pouco educada que darei.

— Certo. — Ela falou receosa. — Mas todo professor tem seu aluno favorito. A senhora com certeza não é excessão.

— Não acho que será necessário falar desse assunto.

— O que Jennie-

— Jennie não tem nada a ver com isso.

Algo na postura de Lalisa fez com que a senhora Oh ficasse desconfiada.

— O que pode me dizer sobre sua rotina no trabalho, Lalisa?

— É normal. — Ela deu de ombros. — Adolecentes idiotas, colegas de trabalho burros, alunas tentando conseguir outros meios de passar, suborno dos pais para que seus filhos não sejam reprovados para não mancharem a reputação da família.

— Considera isso normal? — Perguntou um tanto estupefata.

— É Seul, a senhora não via disso quando estava na escola?

Senhora Oh limpou a garganta. Era difícil tratar de alguém que a fazia se sentir intimidada e interrogada. Lalisa sabia usar seu poder de intimidação para fugir do que não lhe agradava.

— Continue falando do seu trabalho, Lalisa.

— Por que quer falar tanto do meu trabalho?

— Porque foi a única coisa que se abriu comigo.

— Não me abri. É algo que a senhora facilmente faz dando uma olhada nas minhas redes sociais.

— Não tem informações nas suas-

A senhora imediatamente se calou, mordendo os lábios. Lalisa arqueou as sobrancelhas, um certo olhar de malícia em seus olhos.

— Viu? — Sorriu com escárnio enquanto a terapeuta ruborizava. — A senhora já sabia.

— Como eu disse, você não se abre.

— Achei que cada pessoa tivesse seu tempo e era o dever da sua profissão esperar.

— Então deixemos de ser hipócritas. Quem é a menina que você segue?

A expressão divertida sumiu do rosto de Lalisa imediatamente. Ela encarou a velha senhora com cuidado e lentamente começou a estalar seus dedos.

— Por que quer saber de Roseanne?

— Bem, ela é a única pessoa que a senhorita segue. Nem mesmo sua melhor amiga-

— Repito o que lhe disse alguns segundos atrás sobre tempo.

— Repito o que lhe disse no início da sessão sobre te ajudar.

— Talvez ter vindo aqui tenha sido perca de tempo.

Enquanto a tailandesa se levantava e pegava sua bolsa, a mente de anos da senhora Oh começou a funcionar e as peças se encaixaram como um quebra cabeças digital. Assim que Lalisa se virou para colocar o dinheiro da consulta em sua mesa, a mão enrugada da terapeuta segurou com delicadeza o pulso dela. Erguendo as sobrancelhas, Lalisa a encarou seriamente.

— Lalisa, Roseanne é a menina que está apaixonada, não é?

Silêncio. A Manoban apenas a encarou, dando-lhe uma certeza muda.

— É ela, não é? A senhorita não quer falar sobre isso porque está apaixonada por uma aluna.

Lalisa soltou sua mão com brutalidade e desviou o olhar.

— Por isso Jennie acha que é loucura o que está fazendo? Ela ainda não tem 18 anos? Pelo que eu vi no perfil, está próxima.

A tailandesa se virou, possivelmente envergonhada. Suspirando, a velha senhora se levantou e caminhou até ela, pondo a mão em seu ombro.

— Olhe, sigilo confidencial existe e não sou juíza, eu estou aqui para lhe ajudar e julgamentos não estão inclusos. — Ela apertou seu ombro e se preparou para virá-la. — Por favor, se abra comigo.

Para sua surpresa, quando a virou, viu aquela grande e poderosa e imponente mulher em um estado que não esperaria ver nem em mais de 10 sessões de terapia. Lalisa Manoban estava longe de estar como estava há cerca de 2 minutos atrás.

Para sua surpresa, Lalisa Manoban estava chorando.

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novamente, desculpas pelo capítulo pequeno

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