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24_ Se a canoa não virar olê olê olá

A sala estava vazia propositalmente. O único objetivo ali dentro era um espelho na parede, um grande espelho na parede. A chuva ainda caía e isso era facilmente notado pelos vidros das janelas.

Era noite. A luz da sala estava apagada enquanto a luz do poste e da lua iluminavam o necessário. Observei a mim mesmo no espelho e senti um aperto no peito.

A música tocava no meu fone fazendo tudo parecer ainda mais sombrio. A melodia triste apenas me trazia à mente as recordações daquela noite. Aquela horrível noite. A pior noite da minha vida.

Comecei a dançar ao som da voz da Melanie Martinez ao passo que uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

Lembro daquele dia como se fosse hoje. Ele estava lá... No palco. As luzes brilhavam na direção dele, a mesma música tocava, o teatro estava lotado, como sempre ficava quando ele estava presente no espetáculo. Era fácil notar o orgulho nos olhos da minha mãe que o observava ao meu lado na plateia. Também era fácil notar a felicidade dele de estar fazendo o que mais amava.

Parei de dançar no momento em que caí ajoelhado no chão. Era tão fácil lembrar cada detalhe daquela noite...  Me lembro do que almocei, da roupa que estava vestindo, da bronca que levei da minha mãe, até de que sapatos ela estava usando. Lembro de tudo e revivo tudo quase todos os dias.

Por que ele precisou ir? Ele ainda tinha tanto a oferecer ao mundo. Eu ainda tinha tanto o que dizer a ele.

Dói em mim lembrar de outro enorme detalhe daquela noite...

Minhas últimas palavras para ele foram: " Eu não queria que você fosse o meu pai "

A dor me tomou novamente e eu chorei feito criança. Chorei sentindo o arrependimento amargo atravessar a minha garganta. A escuridão do quarto me tomou no instante em que a música terminou e o silêncio pairou por tudo.

Deitei no chão e encarei o teto azul escuro. Talvez eu fosse frio como essa cor hoje. Talvez eu vivesse em completa escuridão se não fosse por ele e por suas últimas palavras em palco, que tenho certeza que foram lada mim.

ㅡ Me desculpa, pai. ㅡ Choraminguei em meio a soluços.

( NARRADO POR SOPHIA )

Se a canoa não virar, olê olê olá! ㅡ Íris, Kevin, PK, Vitor e Léo cantavam no carro. Sim, estávamos todos indo no Doblô do pai da Íris.

ㅡ Escuta, como você convenceu o seu pai a deixar um bando de malucos usar o carro dele? ㅡ Perguntei alto para que ela conseguisse escutar em meio a bagunça que estava aquele carro.

ㅡ Porque você é está junto. ㅡ Arqueei a sobrancelha com a resposta dela. ㅡ Já falei que eles confiam de eu fazer qualquer coisa se você estiver presente.

ㅡ Ó, eu não vou me responsabilizar por carro nenhum não, em! Ainda mais com o PK dirigindo.ㅡ Patrick olhou para mim pelo espelho retrovisor com uma careta.

ㅡ Relaxa, vai dar tudo certo. ㅡ Íris sorriu completamente despreocupada. ㅡ Já está tudo dando certo. Olha só esse tempo maravilhoso! ㅡ Indicou a janela. Realmente, estava um dia lindo de sol. ㅡ Ainda bem que choveu tudo o que tinha para chover ontem. Falando nisso, o que vocês fizeram ontem quando acabou a luz?

ㅡ Eu já estava na CA quando acabou a luz. Fiquei preso lá até a chuva passar. ㅡ Kevin disse com uma careta.

ㅡ Trouxa! ㅡ Íris gargalhou. ㅡ Eu estava em casa. Nunca fiquei tão feliz de ter me atrasado.

ㅡ Eu estava no trabalho. Alagou tudo lá. ㅡ PK respondeu virando uma esquina.

ㅡ Nós dois também. ㅡ Vitor ou Léo respondeu. Ainda não consigo diferenciar um do outro.

ㅡ E tu, Sôsô? ㅡ Íris virou-se para olhar para mim. Novamente ela fez a onda com a sobrancelha como se já imaginasse tudo o que aconteceu.

ㅡ Eu... ㅡ PK me interrompeu.

ㅡ É aqui que o playboy mora? ㅡ Todos olharam pela janela para encarar a mansão que brilhava com o sol que iluminava todas as portas e janelas de vidro.

Tive que me segurar para conter o sorriso, pois só de olhar para a casa, me lembrei da tarde de ontem.

ㅡ Sim, ele é podre de rico. ㅡ Íris assentiu.

PK buzinou algumas vezes e logo ouvimos os latidos de alguns cachorros. Após alguns segundos, Trevor apareceu na porta de sua casa com uma mochila nas costas.

Meu coração deu uma acelerada, mas me aquietei antes que ele entrasse no carro e se sentasse ao meu lado.

ㅡ E aí, playboy, bora? ㅡ PK foi o primeiro a falar com ele quando a porta se fechou ao seu lado.

ㅡ Bora. ㅡ Trevor sorriu e cumprimentou o pessoal que estava no carro. Não demorou para que seus olhos parassem em mim e eu sorrisse feito uma boba. ㅡ O Robin sentiu sua falta depois que você foi embora. ㅡ Trevor sussurrou perto do meu ouvido, se referindo ao dálmata.

ㅡ Ó, é mais ou menos uma hora e meia até o sítio dos meus avós, então se acomodem. ㅡ PK anunciou e deu a volta no carro.

ㅡ A gente vai cantando. Passa rápido. ㅡ Kevin comentou abrindo a janela ao seu lado.

ㅡ Ai nãaaaao... ㅡ Resmunguei.

ㅡ Vamo lá! ㅡ Kevin gritou. ㅡ Lá vem o pato
Pata aqui
Pata acolá!
Lá vem o pato para ver o que é que há! ㅡ Ele começou a cantar e, surpreendentemente, todos entraram na onda e começaram a cantar junto, menos Trevor, ele parecia nunca ter escutado aquela música na vida.

Os minutos dentro do carro foram se passando enquanto eles não paravam de cantar um segundo se quer. Senti vontade de conversar com Trevor, mas senti que ele estava um pouco para baixo. Talvez fosse impressão minha ou talvez ele quisesse pular fora do carro por não aguentar mais aquela gritaria. Ou talvez só não fosse um dia bom para ele.

Fui no mercado comprar shampoo, e a formiguinha subiu no meu... ㅡ Kevin começou uma nova música do nada.

ㅡ Kevin! ㅡ Íris gritou.

As músicas continuaram e eu não tenho ideia como esse povo tinha tanto fôlego. Eles cantaram e berraram durante uma hora e meia. Só pararam quando PK disse que estávamos chegando.

ㅡ Cheiro de roça... ㅡ Íris abriu a janela e colocou i rosto para fora.

De fato, parecíamos estar bem longe da cidade. A estrada era de terra e em volta só víamos mato baixo. As vezes passavamos por algumas casinhas simples e já tínhamos visto dezenas de bois.

ㅡ Ó, deixa eu avisar logo. ㅡ PK chamou nossa atenção. ㅡ Meus avós pensam que eu sou um garoto bom, de igreja, que está conquistando muitas coisas na vida e que não faz nada errado. Então nada de ficar falando palavrão ou mencionar que eu faço alguma merda lá, ok? E nada de falar que tentei roubar uma galinha.

ㅡ Awn, seus avós pensam que você é decente? Que bonitinho. ㅡ Íris sorriu. ㅡ Não se preocupe,  não vamos falar que você é um cretino.

ㅡ Ou, que isso? Já está me ofendendo! ㅡ Pk a olhou e ela apenas riu. ㅡ Outra coisa, lá não é só sítio. Também é... Fazenda.

ㅡ Fazenda? Tipo, tem animais? ㅡ Kevin perguntou.

ㅡ Não, ETs! ㅡ Íris quem respondeu.

ㅡ Tem tudo que um sítio tem e tem até uma cachoeira no final do terreno, mas é uma fazenda. Então tem galinha, porco, vaca, ganso e etc.

ㅡ Morro de medo de ganso. Quero ele longe de mim. ㅡ Íris balançou a cabeça.

ㅡ O ganso fica solto dentro de casa. ㅡ Um dos gêmeos disse já morrendo de rir.

Observei Trevor mais uma vez. Ele não disse muito durante o caminho, apenas riu das palhaçada que os meninos estavam fazendo.

Entramos por um portão de madeira enorme e de longe já podíamos ver a casa mais bonitinha que já vi pessoalmente. Ela era grande, parecia ter uns dois andares com sótão. Era toda de tijolos aparentes e tinha trepadeiras por toda parte. Sem contar as flores e plantas que enfeitavam a varanda.

À esquerda já podíamos notar um cercado com bois ou vacas, não sei diferenciar muito bem e muito menos estava enxergando direito. À direita tinha uma piscina cercada por árvores. Também notei algo que me pareceu um lugar para fazer fogueira. O lugar era enorme, então não consegui olhar tudo de dentro do carro enquanto nos aproximávamos da casa.

PK parou o carro em frente ao carro e não levou nem dois segundos para uma senhora aparecer na varanda. A varanda era gigante e tinha várias poltronas com estofado laranja. Quis pular fora do carro quando vi um cachorro vir correndo de dentro da casa e parar ao lado da senhora.

A mulher tinha pele negra, assim como PK, seus cabelos pretos, mas alguns fios grisalhos eram facilmente notados. Ela era baixinha e vestia um vestido florido por baixo do avental branco.

ㅡ Aquela é sua avó? ㅡ Íris olhou pela janela. ㅡ Ela parece ser um doce!

ㅡ Ela é. ㅡ Ele desligou o carro e nós saímos. O ar puro daquele lugar logo tomou minhas narinas. O sol ainda estava um pouco fraco porque viemos cedo, então o clima estava praticamente perfeito. ㅡ Vovó! ㅡ Pk abraçou a senhora.

ㅡ Patrick, meu filho, como você está? Está se alimentando direito? Está se cuidando? Como vai os estudos? ㅡ Ela encheu o Patrick de perguntas e eu sorri, mas voltei a focar meus olhos no lugar.

Não reparei quando subimos o morro, mas ali era um lugar alto. O que nos dava uma vista de montanhas repletas de árvores lindas. Fazia tempo que eu não saía da cidade.

ㅡ Isso aqui é tão diferente do que costumo ver... ㅡ Trevor parou ao meu lado e olhou a mesma vista.

ㅡ É bonito, né? Gosto de lugares assim. Saio daqui com as baterias recarregadas. ㅡ Sorri e fechei os olhos sentindo a brisa bater no meu rosto. ㅡ A propósito... ㅡ Voltei a olha-lo. ㅡ Você está bem? ㅡ Trevor olhou para mim já desmanchando parte do sorriso que tinha. ㅡ É que senti você um pouco para baixo.

Trevor voltou a olhar para a vista e fechou os olhos também. O vi puxando o ar com força e soltar com alívio.

ㅡ Vou ficar bem. ㅡ Abriu um sorriso fraco, como se quisesse acreditar no que disse. ㅡ Eu sempre fico. ㅡ Tive a impressão de que disse a última frase para si mesmo.

•••
Continua...

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