Capítulo VI
25 de dezembro de 2227
− Fica comigo, Eve – pediu Landon apertando com força a mão da mulher deitada sobre a cama. Dos olhos castanhos, caiam-lhe algumas lágrimas.
− Chegou a minha hora, meu amor. – A voz dela era serena, tranquilizadora. – Quero que você continue festejando o Natal, me ouviu?
− Vai ser difícil.
− Eu sei. Nós sabemos, mas já superámos antes. O Natal sempre continuou lá para nos dizer que havia uma esperança. Não esquecendo quem partiu, mas nos agarrando precisamente a essas pessoas, a essas memórias, para seguir em frente e nos sentirmos protegidos e amados, até estarmos prontos para amar um outro alguém.
− Você foi minha luz, depois do evento.
− E você a minha, mas agora terá o Bobby. Ele cuidará de seu coração ferido.
Landon nunca desejou que o filho deles, nascido à cinco anos, tivesse tal nome. Mas Eve conseguia ser persuasiva quando queria. A jovem não sabia como, porém, o nome sempre lhe ficara a martelar na memória. Ela gostava de pensar que era um amigo de uma outra vida, já que acreditava em reencarnação. Por vezes, ponderava se seria esse o nome do homem que a procurara naquele fatídico dia. As palavras do bilhete nunca lhe saíram da memória:
"Quando doer muito e você não tiver ninguém, procure o príncipe Landon. Os dois juntos serão mais fortes. Não se separe dele!
Te ofereço o Natal,
Um amigo"
Nessa noite, Evelyne morreu abraçada ao marido, feliz e grata pela vida que lhe havia sido concedida, ainda que breve. O seu espírito partira leve ao saber que o Natal continuaria sempre a ser celebrado, mesmo ela estando longe. A luz de esperança continuaria no horizonte, eternamente.
284 palavras
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