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26 - Recomeçar


Louis tinha acordado e estava diante de mim. Lúcido e sem sequelas aparentes. Essa foi minha impressão naquele primeiro momento.

Ele sorriu, um sorriso encantador, sincero e franco do qual senti falta durante todos os dias em que ele dormiu. Eu me senti extremamente agradecida a Deus, aos céus e ao universo inteiro por ter a chance de vê-lo sorrir.

Eu o abracei mais uma vez, não dissemos uma palavra por longos minutos. Até ele quebrar o silêncio e perguntar o que tinha acontecido enquanto esteve fora do ar. Éramos apenas nós dois naquele quarto e eu precisei fazer um grande esforço ao contar cada detalhe do qual eu me lembrava e que ele não sabia. Falei do tiroteio, das mortes de Márcia, Flávio e meu pai. Falei da dificuldade que tive para reanimá-lo, sobre seu estado ao chegar ao hospital, sobre os riscos que correu antes e depois da cirurgia e da minha longa espera pelo seu despertar. Mas não disse o principal. Percebendo minha relutância ele me indagou.

- Não se esqueceu de me contar nada importante? - Eu neguei apenas com um gesto.
Ele perguntou novamente.

- Tem certeza ma chérie?
Pegando uma das minhas mãos me olhou nos olhos com expressão inquisidora.
E eu caí no choro. E pronto eu tirei a última dúvida da minha mente. Ele sabia e eu sabia que que ele sabia. Nós dois sabíamos e não havia nada a ser feito a respeito.

E como sempre ele me surpreendeu de um jeito maravilhoso. Ao me fazer a declaração de amor mais linda que eu já escutei.

- Senti sua falta!- Com nossos testas encostadas e sentindo o calor do seu hálito eu o ouvir dizer.

- Eu também a cada minuto e segundo desses três meses e meio!

- Preciso falar algo a você.

- Pode falar. Estou ouvindo.

- Allice, mon Amour. Je t'aime  mais que a mim mesmo, por você eu sou capaz de dar minha própria vida, porquoi tu es ma vie! Eu faria qualquer coisa para ver você sorrindo, para ouvir sua voz a cada momento do meu dia. Por você eu viveria uma vida inteira e esperaria uma eternidade por você. Porque cada minuto ao seu lado é mais valioso do que todas as horas restantes do meu tempo. Eu amei, amo e sempre a amarei pela eternidade. Me perdoe por ter ficado tanto tempo sem dar o meu carinho e minha atenção a você. A partir de agora eu sempre, sempre estarei com você. E quando nosso filho ou filha nascer eu estarei com você segurando a sua mão!

- Louis, não há como ter certeza se é seu ou não, mas eu não podia arriscar...

- Eu tenho absoluta certeza de que sim ele ou ela é meu. Só por você o estar gestando significa que eu o amarei porque é uma parte de você. E caso não se lembre nós fizemos amor na noite anterior ao seu sequestro. E sim, me lembro claramente que foi diferente das outras vezes. Eu não sei como explicar, mas tenho certeza que naquela noite esse bebê foi gerado. Além do mais pela contagem das semanas minha certeza só se confirma. São 14 semanas certo? Mesmo com a variações para mais e para menos ainda fica mais próximo desse número.

Fiquei pasma, porque realmente não recordava da nossa última vez. E a contagem dele estava exata com a previsão do último ultrassom. Ao recordar que tinha acabado de receber o exame eu o peguei de dentro da bolsa e entreguei a ele sem dizer nada.

- Ah, mon Dieu! Sacreblu! C'est magnifique!! Sont deux  bébés!

Como já sabia do hábito recorrente dele de misturar o francês ao português em momentos de nervosismo eu não estranhei nenhum pouco a comemoração efusiva por ver nas imagens as duas crianças fotografadas ainda dentro do meu ventre.

- Allice, venha até aqui, como você sabe não posso me levantar para ir até aí. -O olhei ainda conectado ao soro.

Me aproximei dele novamente e ele me segurou com seu braço livre enlaçando meu pescoço e me puxando para me beijar de forma intensa, como se ele desejasse aplacar toda a saudade que sentimos um do outro naquele beijo.

Depois de nos olharmos demoradamente. Ele simplesmente me abraçou com um único braço e foi assim que eu percebi que Louis havia perdido a mobilidade de parte de seus membros. Basicamente só podia mover o lado esquerdo do corpo. O que foi uma dádiva, pelo fato de ele ser canhoto. Caso contrário seria ainda mais difícil reaprender a fazer tudo sem a coordenação motora adquirida durante tanto tempo.

Demorou alguns dias para ele ser liberado do hospital. E demorou mais ainda para conseguir voltar a caminhar e fazer tudo sem depender de nenhum auxílio. Foram meses de sessões de fisioterapia e exercícios. Nesse período tivemos experiências valiosas e enriquecedoras nas quais adquirimos muito aprendizado.

E esse foi o nosso recomeço!!

Não foi fácil retomar nossas vidas. Muito menos ainda com os fantasmas das tragédias que tinham se sucedido. Foi especialmente difícil para Louis aceitar que Márcia era sua mãe biológica. Para ele, Marisa havia sido e continuaria sendo sua única mãe. A única vantagem encontrada por ele era o fato de ser irmão de Mia tanto por parte de pai como de mãe, algo que o deixou bastante feliz.

Já para minha cunhada foi terrível descobrir todo o passado sombrio de sua progenitora. Mas ela acabou entendendo que Márcia havia sido uma pessoa perturbada psicologicamente. E também, digamos que ela teve uma ajuda especial para deixar suas tristezas em segundo plano e seguir em frente.

Michel, mais conhecido como meu sogro, teve que deixar seu orgulho de lado e com o tempo fez as pazes com Louis. E posso afirmar que ele até ficou feliz quando soube que seria avô duas vezes ao mesmo tempo. No fundo ele provou ser apenas um homem magoado que se deixou manipular pela esposa e que pagou um alto preço por sua fraqueza de caráter e suas péssimas escolhas.

Meus irmãos e minha mãe se esforçam todos os dias para superar a perda do meu pai. Sua morte fez com que nos tornássemos ainda mais unidos do que antes.

Dizer adeus não foi fácil, muito menos ainda para uma pessoa que amamos durante toda a vida... Infelizmente é uma situação pela qual todos passamos em algum momento. Por isso devemos fazer todo o possível para amar e valorizar a vida a cada instante precioso em que ela durar. Amar nossos entes queridos como se não houvesse amanhã.

Com o passar do tempo Louis recuperou todos os seus movimentos e nós decidimos nós mudar para Paris. Finalmente ele resolveu aceitar a proposta de Pierre e se tornar diretor do departamento cardiológico do Hospital de Paris.

Nossa adaptação demorou um pouco mais do que o esperado. Depois de muito insistir mamãe decidiu nós acompanhar e viver conosco na capital francesa. Meus irmãos mais jovens também vieram passar um período e depois retornaram ao Brasil.

De tempos em tempos família se reúne. Sempre nas ocasiões especiais e no aniversário da morte do nosso pai. Eu sei que ele ficaria feliz por saber que seguimos com nossas vidas e que jamais o esqueceremos.

Agora eu e minha irmã Júlia observamos nossos filhos brincando e admiramos nossos esposos numa disputa acirrada pelo título de pai mais babão e homem mais apaixonado pela própria mulher.

É revigorante observar toda a alegria ao nosso redor e saber que apesar de tudo que aconteceu somos capazes de nos reerguer, dar a volta por cima e sermos felizes.

Eu guardo com muito carinho a lembrança do amor e do cuidado que meu pai sempre dedicou a mim e a meus irmãos. Sei que nunca vou esquecê-lo e que algum dia o verei de novo. E então ficaremos juntos para sempre no melhor lugar do mundo onde não haverá mais morte, nem tristeza, nem dor. Porque tudo isso já terá passado. Essa é a minha grande esperança.

                       Fim

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Salut!!!

Esse é o último capítulo. Eu espero que apreciem a leitura. Ainda teremos o epílogo, apenas para relatar mais alguns detalhes que talvez tenham sido esquecidos. Os agradecimentos oficiais sairão depois do epílogo. Mas acho necessário agradecer aqui também.

Obrigada, obrigada e obrigada pelos votos, comentários e leituras de cada um que acompanha essa história linda. Grande abraço e...
😘😘😘😘😘😘😘
À bientôt!!!

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