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20- Preciso de você!

Escutei ao longe uma discussão um tanto acalorada, no início eu não consegui identificar o assunto muito menos as pessoas que estavam faltando. Depois de alguns instantes ficou óbvio de quem se tratava. Confesso que não era nada agradável ser despertada por uma briga, a única vantagem era que eles estavam do lado de fora do quarto.

- Você é o culpado por tudo que está acontecendo, se você não a tivesse abandonado ela estaria bem... - Era minha mãe falando pelo choro eu pude entender que ela estava preocupada. Mesmo não entendendo direito o que estava acontecendo pude perceber que eu era o assunto principal daquela conversa.

- Senhora, eu já lhe disse que não sabia de nada...eu não tive nenhuma intenção de magoar Allice...eu a amo! - Era Louis, e ele parecia muito emocionado.

Só nesse momento eu me dei conta de que estava no hospital e não era capaz de imaginar a extensão dos meus machucados. Pareciam graves, pois eu não conseguia me mover, por mais que forçasse minha mente meus membros não se moviam bem mesmo meus olhos se abriam, além das dores que eu sentia por todo o corpo... Ainda pude ouvir um choro abafado que julguei ser de Louis, mas não havia como confirmar, pois uma sonolência muito forte se apoderou de mim e eu sucumbi mergulhando num sono profundo.

                  ...

Na próxima vez que eu acordei pude ouvir outro diálogo, mas desta vez com conteúdo bem diferente do último, esse tanto me tranquilizou como deixou apreensiva na mesma medida... Era Isa e seu pai.

A conversa estava bastante animada. O tom de Louis era leve e descontraído, ele parecia se divertir com as histórias de Isa.

- Você gosta de morar na casa da sua vovó?

- Sim, minha vovó é muito boazinha, ela me dá biscoito com leite antes de dormir.

- Muito bem, e sua mãe também é boazinha?

- Sim, Ela é a melhor mamãe do mundo todo, mas eu também gosto da mamãe Júlia e do papai. Eles me dão presentes e sorvete.

- Seu papai, e como é o nome dele Isa?

- É Marcos, mas eu tenho outro papai que eu ainda não conheço e que mora bem longe...

Quando ouvi essa parte da conversa entrei em estado de alerta. Eu desconfiava que ele deveria saber de parte da história, mas queria que ele ouvisse os detalhes da minha própria boca. Por isso resolvi interferir na conversa.

Desta vez eu me sentia bem melhor e já até conseguia abrir os olhos sem maiores problemas. Tentei formular uma frase, mas nada me veio a mente. Assim sendo reuni toda minha força e limpei minha garganta para demonstrar que havia acordado e ambos imediatamente me olharam surpresos e se dirigiram a mim. Isa tentou subir na cama sem sucesso devido a sua pouca estatura. Percebendo sua intenção, Louis a ergueu nos braços e colocou do meu lado sobre a cama. Ela então me abraçou forte enquanto cobria meu rosto com beijos. Eu tentava retribuir seus carinhos da mesma forma, contudo por alguma razão eu não conseguia, meus movimentos eram limitados por algo desconhecido e eu parecia meio entorpecida. Me limitei a abraçar minha pequena e chorar por tudo o que passei, pelo que estava passando e também pelo que ainda passaria, pois na minha opinião não seria possível ser perdoada pelo que fiz...

Eu evitava a todo custo chorar diante de Isa, mas naquele momento era muito difícil conter a emoção. Eu me encontrava machucada, com medo e insegura diante de tudo. Ela na sua inocência tentava me consolar, secava minhas lágrimas e pedia que eu não chorasse mais. Eu afundei meu rosto nos seus  cabelinhos e irrompi um pranto ainda mais forte do que antes. Louis permanecia parado apenas nos observando, porém quando direcionei meu olhar a ele percebi que ele também chorava apesar de tentar secar o rosto discretamente.

Eu procurava as palavras certas para iniciar a difícil revelação sobre nosso passado e não conseguia encontrar a maneira correta de começar a falar e explicar tudo que aconteceu.

Existem ocasiões nas quais as dificuldades para tomar certas atitudes se revelam tão difíceis que chegamos a beira do desespero. Por mais que tentemos postergar não é possível.

Entre a cruz e a espada, literalmente. Era dessa forma que eu me sentia. Eu já tinha noção de que Louis sabia da verdade, mas senti que mesmo assim eu precisava explicar as coisas, contar todos os detalhes. Era importante ele saber como eu me sentia principalmente porque eu precisava exteriorizar minha angústia, minha mágoa...

Todos esses pensamentos fervilhavam e criavam um grande conflito interno que  causava uma ansiedade muito forte. Eu me sentia ofegante, com o coração palpitante, amedrontada... E para piorar tudo ainda tinha a questão Flávio, como eu eu poderia dizer a Louis que eu tinha escondido dele todo o meu passado, como contar tudo que me aconteceu, como encarar o único homem que eu amei e dizer que eu menti...???

Eram muitas perguntas a serem respondidas e eu não possuía resposta para nenhuma delas... Por algum tempo eu desejei que Flávio tivesse conseguido seu objetivo e nesse caso eu não estaria sofrendo e sentindo toda essa aflição... Estaria livre e em paz....sem mais dor ou tristeza para sentir.
Mas então recordei da razão da minha vida, minha princesa linda. E me forcei a seguir em frente e continuar...enfrentando minha realidade e as consequências das minhas escolhas e erros. Apesar de tudo, eu esperava ter a chance de mudar as coisas...

Foi um momento de tensão, até que consegui me controlar e perguntei a Isa se havia alguém da família aguardando do negou com um movimento de cabeça. Eu pedi a Louis que a levasse  para casa para que pudéssemos conversar, eu não diria nenhuma palavra diante da minha filha. Afinal o assunto era delicado e não desejava confundir sua cabecinha. 

Ele a levou depois de nos despedirmos com beijos e abraços. Mas não sem antes me dizer que poderíamos ter essa conversa em outra ocasião. Porém eu fui irredutível, precisava encerrar esse assunto definitivamente. Eu precisava me lembrar de questionar como ele conseguiu que o deixassem ficar com Isa, especialmente considerando a discussão ouvida anteriormente.

Porém isso era assunto para depois da nossa conversa. Apesar de estar ansiosa eu esperava que ele não demorasse a retornar, eu senti que ele estava me dando um tempo a mais para pensar, nesse intervalo eu tentei me levantar e não consegui, apesar de apreensiva resolvi deixar esse detalhe para depois e me concentrei no que diria a Louis quando ele retornasse.

Ao ver a porta abrir e a imagem dele surgir através dela meu coração martelou meu peito com força. Eu comecei a suar frio e tremer parcialmente, temi que ele percebesse, mas felizmente ele manteve uma distância segura. Fechou a porta e afastou um pouco a poltrona da cama e olhou nos meus olhos com atenção redobrada. Eu permanecia nervosa e apreensiva. Não suportando a intensidade daquele olhar eu abaixei minha cabeça envergonhada...

Louis levantou meu queixo com delicadeza me fazendo encará-lo e me perder na imensidão do brilho dos olhos mais lindos e doces já vistos por mim. Ele aproximou nossos rostos até  nossas testas se tocarem, eu senti a respiração dele fazer cócegas na minha pele criando sensações maravilhosas...
Ficamos assim por longos minutos e eu desejava ficar ainda mais tempo, afinal não me sentia pronta para iniciar uma conversa com um tema tão difícil, eu só queria poder ficar uma eternidade sentindo o cheiro dele e sua proximidade inebriar todos os meus sentidos e não ter que admitir que eu fui covarde e egoísta guardando um segredo tão importante. Eu queria não precisar dizer em voz alta todas as coisas pelas quais passei. Mas ele me poupou esse vexame... Louis me abraçou e nesse abraço eu senti que apesar de tudo que houve nós conseguiríamos superar os problemas e dificuldades. E para comprovar minha opinião Louis me beijou, um beijo profundo e arrebatador carregado de saudades e cheio de amor. Logo depois sussurrou em  meu ouvido.

- Non diga nada, apenas me deixe ficar perto, eu cuidarei de tudo...preciso de você!! Je t'aime! E vai ficar tudo bem!!

 As poucas palavras ditas foram as mais lindas que eu ouvi nos últimos tempos...foi tudo que ele disse, o bastante para me acalmar e deixar pensativa durante todo o tempo... E essas poucas palavras ameaçaram fazer ruir cada uma das paredes que eu havia erguido para me proteger. Esse era o poder que Louis exercia sobre mim mesmo depois de tanto tempo distante... Parecia que nada havia mudado entre nós, ainda existia um sentimento muito forte nos unindo e atraindo.
Naquele momento eu desejava que pudéssemos esquecer tudo o que aconteceu e que nada nos separasse outra vez...

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Salut, quanto tempo. Mil perdões pela espera excessiva que os fiz passar. Espero que não tenham desistido de mim. Desejo a todos que apreciem o capítulo e manifestem suas opiniões. Um forte abraço, À bientôt!!!

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