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15-Liberdade


Ao recordar tudo que eu passei nem consigo acreditar que consegui chegar até onde cheguei não que eu possua algum mérito nisso ao contrário hoje sei que foi Deus quem me sustentou em todas as ocasiões e em especial nos momentos mais difíceis. Nas horas mais sombrias nas quais eu só pensava em desistir, me entregar...

Após meses de fervorosas orações de Ana e de constantes consultas com a psicóloga finalmente eu me sentia realmente melhor, mais disposta e motivada. O amor, a misericórdia e o perdão de Deus me mantiveram de pé.

Com a proximidade do início das aulas eu me comprometi que me esforçaria para estudar com mais afinco ainda e me tornar uma enfermeira tão boa quanto Ana. Ela era meu melhor exemplo dentro da área.

Quando as aulas iniciaram eu fiz todo o possível para agir discretamente. Eu não queria chamar atenção para mim mesma e temia que de algum modo isso me trouxesse problemas. Na realidade eu tinha a sensação de que se eu me expusesse algo ruim pudesse acontecer. Talvez fosse devido ao antigo trauma do passado e não propriamente por conta da situação atual. Eu me sentia como uma fugitiva. A culpa sempre me assombrava.

Com a rotina exaustiva de um curso integral eu me sentia muito cansada e era um cansaço satisfatório, pois sabia que estava construindo meu futuro e de minha filha. Nosso tempo juntas havia se tornado menor, muitas vezes eu chegava quando já era quase noite ou era mais tarde e ela já estava dormindo. Júlia cuidava dela enquanto eu estudava. Ana era minha salvação quando minha irmã não podia ficar com ela.

E assim os meses passaram rapidamente. As reuniões de família agora vinham até nós pelo fato de eu não me sentir segura de retornar ao Rio. Depois do desastroso encontro com Mia eu preferi evitar ir até lá. Natal e demais datas comemorativas eram realizadas na casa de Júlia e Marcos. Nós tínhamos muito a agradecer. Foi um período bastante conturbado, mas no final superamos todas as adversidades. Inclusive Isa completara seu primeiro ano de vida saudável e cada vez mais linda e esperta. Ela já possuía alguns dentinhos, caminhava e falava várias palavras e eu me sentia muito orgulhosa de cada uma de suas conquistas infantis.

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Um ano depois...

No ano seguinte depois de concluir três semestres da faculdade eu já estava retornando do período de férias e me preparava para a terceira festa da minha princesa quando recebi uma notícia preocupante. Por um golpe do destino ou melhor dizendo, providência divina. Pois nenhuma folha cai de uma árvore sem a permissão de Deus. Marcos fora transferido para uma filial da empresa de contabilidade em que trabalhava no Rio de Janeiro. Ele fora também promovido de cargo e passaria a exercer a função de gerente. Por morar com eles eu teria que acompanhá-los.

Muitas vezes pensei em permanecer por um tempo na casa de Ana que me ofereceu hospedagem. Porém depois de uma longa conversa na qual ela mesma me aconselhou a seguir a vontade de Deus que parecia ser que eu voltasse para junto de meus pais acabei tomando minha decisão. Se Ele estava me guiando novamente para o lugar do qual tentei me afastar de todas as formas, o melhor que eu tinha a fazer era seguir os planos divinos. Deus sempre sabe o que fazer para nosso benefício. Então, eu decidi confiar nas promessas bíblicas que dizem que o Senhor jamais desampara os que creem Nele. Reuni toda a minha confiança e parti junto com Isa, minha irmã e meu cunhado.

Até nos organizarmos eu e Isa ficaríamos na casa de meus pais, eu não pretendia permanecer por muito tempo porque  ainda temia que ao saber sobre meu retorno o pai de Louis tentasse fazer algo contra nós...

Como ainda estava no recesso de carnaval eu pude transferir o curso por se tratar de duas instituições federais os trâmites legais foram realizados relativamente de maneira simples. Restava só aguardar o retorno das aulas. Eu me angustiava cada vez mais ao pensar como eu faria para conviver na mesma cidade em que estavam pessoas que eu não queria que sequer sonhassem com a existência de minha filha. Como eu faria para escondê-la?

Algumas semanas depois eu não resisti à tentação de caminhar por aqueles caminhos extremamente familiares. Fui sozinha. Além do fato de eu precisar de um pouco de privacidade que eu não possuía desde que voltei a morar na minha antiga casa. Senti a necessidade de recriar na minha memória tudo de bom que eu vivi no passado. Cada passo dado em direção aos locais que foram palco para alguns dos momentos mais felizes da minha vida. Fazia meu coração galopar dentro do peito numa ansiedade frenética cada vez maior.

Estar ali sentindo o vento esvoaçar meu cabelo, mover as copas das árvores e criar ondas nas águas turvas do rio. Era como estar sonhando, revivendo as cenas mais doces da minha vida...

Era inacreditável como parecia que o tempo não havia passado, parecia tudo exatamente igual ao que era anos atrás. Entretanto dentro de mim parecia que havia transcorrido uma eternidade...

Devido às muitas coisas que eu vivi nos últimos tempos.Ouvir o som das ondas lambendo a areia da praia, os cantos dos pássaros, ver a diversidade de cores por entre as flores com a suavidades de seus perfumes...o azul intenso do céu sem a presença das nuvens brancas...

Cada detalhe me fazia sentir como se tudo continuasse igual, mas era apenas um engano nem eu mesma permanecia como antes...

Percorrer novamente lugares especiais era extremamente doloroso tanto quanto era reconfortante. Era como reviver o que passou...tudo que eu senti um dia voltou com uma força avassaladora... De repente toda a distância que existia entre Louis e eu parecia significar menos que nada!
E assim eu passei um certo período anestesiada da dor que sempre me consumia por dentro. Por fora eu aparentava estar bem, tranquila, feliz. Mas por dentro havia um vazio tão grande, uma falta imensa e inexplicável...

Minhas aulas recomeçaram e por isso eu saía de casa cedo depois de cuidar de minha filha. Algumas vezes ela ficava com papai até Júlia ir buscá-la para passar o dia com ela. Agora ela e Marcos moravam num apartamento alugado pago pela empresa em que ele trabalhava. Eles estavam construindo uma nova casa porque finalmente minha irmã havia decidido tentar ser mãe...

Eu planejava ir morar com eles quando a casa estivesse pronta. Desse modo nós duas nos ajudaríamos e também reduziria os riscos de que Isa e eu fôssemos descobertas pela família do pai dela. Outras vezes minha princesa ficava com Lúcia que cuidava dela como se fosse uma boneca. Mas a maior parte dos dias Marcos passava para buscar a nós duas. Me deixava na faculdade e depois levava Isa para ficar com minha irmã que se tornou a tia mais babona que já existiu na face da terra.

Minha vida parecia ter adquirido certa estabilidade. Mas no fundo eu sentia que esse clima de tranquilidade não duraria muito tempo. Dito e feito! Poucas semanas depois do início do semestre eu comecei a receber bilhetes anônimos de alguém que dizia me amar e que sentia minha falta. Por não conter assinatura eu pensei se tratar de um trote de algum colega ou uma pegadinha. Mas as mensagens evoluíram de conteúdo passaram a relatar detalhes pessoais de minha vida passada e depois da atual.

Ao conversar com meus pais nós descartamos a possibilidade de ser algum tipo de brincadeira e passamos a tratar como algo sério. Fomos à polícia, porém não continham assinatura nos bilhetes ou ameaças explícitas o que me impedia de mover um processo judicial. Mesmo assim registramos um B.O. e entregamos todas as mensagens na delegacia.

Diferente do que pensei eu não me sentia nenhum pouco aliviada por ter procurado as autoridades. Pelo contrário pensava o tempo inteiro que eu não sabia quem era a pessoa que me escrevia e parecia me conhecer muito bem. Isso me causava um medo terrível.... Passei a andar sempre acompanhada. Não ia nem à esquina sem que alguém estivesse comigo.


Certo dia saímos, eu e meu irmão para comprar algumas coisas básicas para casa. Era um domingo e toda a família estava reunida para o tradicional almoço. Como estava próximo do terceiro aniversário de Isa eu convenci Tiago a me acompanhar na aventura de pesquisar preços dos itens básicos para uma festa infantil.

Depois de andar em várias lojas paramos num supermercado para comprar o que mamãe havia descrito numa pequena lista. Uma qualidade típica dos homens é ter pressa e nenhuma paciência quando o assunto é compras no geral. Portanto, deixei meu querido irmãozinho na fila do caixa que por sinal estava gigantesca e fui buscar os últimos itens que faltavam para concluirmos nossa tarefa. Na seção infantil eu me distraí escolhendo um estojo de lápis coloridos para a razão da minha vida quando fui tomada pelo susto e surpresa ao ouvir uma voz bastante familiar que não escutava a anos.

Aquele sotaque carregado e a entonação da voz eram absolutamente inigualáveis...

Minha reação foi não ter reação nenhuma, fiquei estática diante da surpresa. A primeira coisa que pensei foi se existia a possibilidade de ser ele o autor dos bilhetes. Mas existiam detalhes que eu nunca lhe revelara. Que ele não poderia saber. Se não era ele só podia ser outro o dono das mensagens anônimas!

O pavor que me tomou foi incontrolável eu tremia, suava, sentia uma dor forte no peito... Eu só conseguia pensar em fugir, correr, me esconder...sumir...evaporar como a poeira. Eu preferia morrer a passar por tudo aquilo outra vez... A partir do instante em que eu obtive essa certeza eu também soube que que meus dias de liberdade haviam terminado. Eu seria novamente prisioneira do medo, da tristeza, da dor, da angústia... Fiquei em choque! Eu apenas conseguia derramar lágrimas silenciosas...

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Voila!!! 

Aqui está o que prometi... Essa é a primeira parte desse capítulo a segunda só virá daqui a alguns dias.

Talvez no próximo domingo. Ele é o meu dia especial e quero dar de presente a segunda parte. Espero que gostem e comentem. Até breve 😘😘😘😘😘😘😘😘😘

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