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14-Flashback 3- Louis


Quando eu deixei Allice e junto com ela o meu coração, meus sonhos de felicidade, minha maior alegria ficaram para trás...

Depois de uma longa viagem de mais de onze horas e meia eu estava exausto...

Ao chegar ao aeroporto minha irmã me aguardava e foi nos braços dela que finalmente eu desabafei toda a minha tristeza contida. Ao sentir que Mia me abraçava eu não pude mais segurar as lágrimas que estavam represadas como numa barragem. Eu e ela sempre fomos muito unidos. Para mim ela era mais do que uma meio irmã.

Nunca aceitei esse termo meio imã/irmão como se pode ser um irmão ou irmã pela metade? Ou se é por completo ou não é nada. Ela com sua meiguice sabia me entender e me consolar. Apesar de ser muito mais nova, ela tinha o dom de me acalmar e me fazer enxergar as coisas com mais clareza. Como ela gostava de falar: os dois lados da história. Eu sempre usando mais a racionalidade e ela com sua habilidade de ser positiva e extremamente ferverosa via além dos fatos palpáveis. Através do véu da impossibilidade. Crendo que o impossível poderia tornar-se possível. Dependendo de nossas escolhas, atitudes e força de vontade. Ou como diria Mia, fé e confiança no Criador.
Depois de abrir meu coração a minha irmã ela fez seu papel de apaziguadora. E como sempre conseguiu acalmar o meu coração.

- Ah, Louis vocês dois se amam e não será esse tempo longe que fará o amor de vocês ter um fim!

- Mia, eu não duvido do que sentimos, disso eu tenho certeza. Eu tenho medo do modo como isso pode nos afetar. Allice é uma garota frágil eu não sei se ela vai suportar toda essa situação.

- Irmão, ela ama você e talvez ela seja mais forte do que você pensa!

- Não sei Mia  alguma coisa dentro de mim me faz ficar apavorado só de imaginar que ela possa me esquecer, deixar de me amar...

- Ela não vai fazer nada disso, afinal onde ela encontraria um partido melhor do que você. Um belo francês com lindos olhos verdes e ainda para completar médico. Não se encontram espécimes raros como você pelas ruas do Rio de Janeiro todos os dias!

Com isso nós dois rimos. Ela realmente sabia me animar. Mia já sabia sobre meus planos de desistir de Strasbourg e adorou a ideia de nós dois morarmos em Paris. Só havia um problema, ela estava dividindo o apartamento com uma amiga e colega de faculdade. Eu não conhecia a moça, mas temia que ela pudesse ser mais um problema caso Allice descobrisse nosso estranho arranjo. Mas ponderei que não seria justo fazê-la sair do apartamento levando em conta que meu tempo em Paris seria limitado e que tirá-la da companhia de Mia e depois deixar minha irmã morando sozinha não seria justo.  Por isso fiquei imaginando mil formas de tocar no assunto quando Allice e eu nos falássemos por telefone.

Cada vez que conversávamos eu tentava falar sobre essa novidade. Mas formava um nó na minha garganta que me impedia. Tudo o que eu menos desejava era magoá-la. E sabia que faria isso de um modo ou de outro. Eu odiava mentiras e para mim o que eu estava fazendo era exatamente isso. Mentindo ou melhor omitindo um fato bastante sério. Fato esse que poderia acabar com qualquer chance minha de permanecer junto dela.

Os dias seguintes eu passei me organizando e acabei optando por estudar na Sorbonne. Não somente por ela ser uma das melhores faculdades de toda a França, mas também pela proximidade. Se era para eu ficar tanto tempo longe de casa, porque para mim meu lar era no Brasil. Apesar disso, mesmo contra minha vontade eu teria que tornar esse lugar minha casa pelo menos por um tempo. Ainda me restava uma vantagem em ter minha irmã perto de mim. Mia era a única pessoa além de Allice que me fazia realmente feliz só em estar no mesmo ambiente. Ambas eram as pessoas a quem eu mais amava em todo o mundo.

Assim como diz a célebre frase
" Porque onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração". E definitivamente Allice era meu maior tesouro portanto, meu coração estava com ela há exatamente 9.162 Km ou 5.697 Mi de distância.

Eu decidi tentar conseguir uma bolsa de estudos, pois depois de todos os problemas com meu pai eu deixaria de depender totalmente dele. Como imaginei, não foi nada fácil. O processo demorou mais tempo do que eu previra também foi bastante complexo. Por pouco eu não perco o período inicial das aulas. Além de meu histórico os administradores da universidade pediram um projeto de pesquisa que eu já tinha pronto e mais uma carta de recomendação. Além dos documentos de praxe como comprovação de renda. Quanto a isso eu estava certo, eu não teria empecilhos. Com o recente rompimento com senhor Michael Beaufort eu ficara livre não somente para fazer minhas próprias escolhas, mas também para me declarar total e completamente sem rendas extras a não ser minhas poucas economias herdadas de minha querida mãezinha. Que talvez prevendo as atitudes intransigentes do meu progenitor me deixou uma pequena quantia que me auxiliava nos momentos de extrema necessidade. Era um valor bem pequeno, porém suficiente para que eu arcasse com minhas despesas até resolver minha situação.

As dificuldades não vieram do fato de precisar desses documentos, eu desconfiava que meu pai estava causando alguma interferência sem mencionar a velha burocracia francesa que dependia em muitos aspectos do serviços públicos que operavam de modo independente uns dos outros. No qual cada órgão trabalhava baseado num determinado tipo de andamento.

Por fim depois de cerca de três meses finalmente eu consegui a aprovação para receber a bolsa.  E melhor, a tempo de recuperar as aulas perdidas. Porque diferentemente do Brasil o ano letivo na França começa em Abril. É possível imaginar o quanto eu perdi e como teria que me esforçar para alcançar meus colegas que estão acompanhando o cronograma acadêmico desde o princípio. Pude respirar um pouco mais aliviado depois de resolver parte dessas questões que me perturbavam.

Apesar de estar contente eu me preocupava com o afastamento entre Allice e eu devido aos problemas que tive para organizar minha estadia na faculdade eu quase não podia falar com ela. Eu senti que isso nos afetou porque nas raras vezes que nos falávamos ela estava sempre distante, dizia pouca coisa e não se parecia em nada com a garota doce e apaixonada que eu deixei...

A colega de minha irmã Maxine Clark era uma bela moça no auge dos seus 24 anos, a típica mulher independente e decidida esbanjava charme e simpatia a ponto de incomodar.

Ela vivia me convidando para sair nas poucas vezes em que nos esbarrávamos em um dos cômodos do apartamento que por sorte era muito grande ou nas demais dependências do prédio. Se fosse em outros tempos eu não a dispensaria com tanta facilidade, porém na minha vida não havia lugar para outra mulher, meu amor era somente dela... Allice minha musa!

A localização privilegiada de nossa moradia era vantajosa tanto para mim como para minha irmã... A Rue Mofettard nos oferecia ótimos restaurantes, era bem próxima dos Les Jardins de Luxembourg , ficava a quinze minutos de Sorbonne e ainda havia a possibilidade de usar o metrô que ficava também muito próximo. Todos esses fatores representavam uma grande vantagem considerando minha situação no momento e também minhas decisões. Ao rejeitar a ajuda financeira do meu pai eu sabia que teria que me adequar à minha nova condição. A bolsa de estudos que eu recebia garantia a cobertura dos gastos com o curso, o estágio e das necessidades básicas como alimentação. No entanto eu deveria pensar no futuro. Um futuro no qual eu esperava reencontrar Allice e torná-la minha querida esposa.

Eu realmente tinha sido atingido por um raio* não havia como negar. Amar Allice era minha maior certeza entre tantas dúvidas especialmente em relação ao nosso futuro juntos...

A intenção era economizar o quanto eu pudesse e portanto, eu evitava todo e qualquer gasto desnecessário. Até mesmo os apéros**entre colegas de equipe eu sempre me mantinha distante. No hospital me apelidaram de "monge" por jamais me virem com nenhuma garota ou sair para as baladas. Eu nem mesmo participava das soirées*** promovidas por Mia com suas amigas no apartamento. Na verdade a única companhia que me interessava estava a milhares de quilômetros de distância. Do outro lado do oceano...

Quando pensei que havia acabado minha odisseia particular e teria um tempinho extra com minha princesa, ao menos através do telefone ou e-mails meus horários de estudo e estágio acabaram de  tornar em vinagre****ainda mais minha vida. Porque quando estava de folga de um tinha que me apresentar no outro. Além da inconveniência do fuso horário que dependendo da época do ano poderia ser de quatro  a cinco horas de diferença devido ao horário de verão que tinha iniciado no fim de março e iria durar até o fim de outubro. Dessa maneira foram meus primeiros meses passados rápidos como uma flecha. E ao mesmo tempo monótonos como uma eternidade...

Eu devia muito ao meu salvador Pierre Dupré que foi essencial para que eu conseguisse a bolsa eu não podia reclamar, pois haviam centenas de outros candidatos que almejavam uma vaga como a que eu tinha. Minha única opção era me dedicar o máximo possível para que quando surgisse uma oportunidade eu pudesse requerer uns dias de folga e poder rever ma princesse. Pierre, era o direitor do departamento de medicina de Sorbonne e chefe maior do departamento de cardiologia de um dos maiores e mais renomados hospitais de Paris. Ele tornou-se meu mentor e um homem digno de grande admiração.

                                ......

Nem mesmo toda a exuberância da famosa Torre Eiffel, a imponência dos Champs-Élysées ou a grandeza das fachadas estruturais dos prédios da grande Sorbonne me tiravam da mente a minha linda e maravilhosa Allice. Ela vivia constantemente presente em meus pensamentos. Ela era meu norte e meu sul. Nossa vida juntos era meu alvo principal. O grande objetivo da minha existência era trabalhar arduamente e terminar minha especialização para poder voltar o quanto antes e dedicar meus dias a minha amada e à família que formaríamos juntos. Eu sonhava com o dia de meu retorno e do reencontro com ela como alguém que está no meio do deserto no calor escaldante sonha com um copo de água fresca...

O tempo parecia se arrastar quando eu já tinha me acostumado com a nova rotina e as coisas pareciam que encontrariam um rumo certeiro eu conservava minha amada como sempre na mente e no coração.

Durante o dia eu não conseguia deixar de lembrar do lindo sorriso dela, do brilho do seu olhar enquanto andávamos pelo parque, pela praia, pelas ruas da nossa cidade ou em qualquer outro lugar onde estivemos. Seu sorriso iluminava meus dias e minhas noites. Nos meus sonhos nós nos jogávamos no ar*****. A voz dela embalava meu sono enquanto eu dormia. A recordações de nossos momentos davam- me o fôlego que eu precisava para continuar.

Eu não precisava de uma foto para lembrar de cada detalhe do rosto dela mesmo assim algumas vezes eu me pegava olhando embasbacado as inúmeras fotos que haviam na memória do meu celular. E todas as noites a imagem dela sempre aparecia em meus sonhos. Ela era a primeira pessoa em quem eu pensava e a última que me passava na memória.
Eu ansiava por nossas conversas por mais curtas esporádicas que estas tivessem se tornado pouco a pouco. Estas foram rareando e se extinguindo até que por fim acabaram.

Nossas conversas cessaram completamente e eu não compreendia o que poderia estar acontecendo... No meu íntimo eu sentia que havia algo errado. Mas não sabia o que poderia ser. Não fazia o menor sentido que em tão pouco tempo ela pudesse ter me esquecido e deixado de me amar... A distância, a falta de comunicação e minha insegurança me tornavam neurótico. Minha mente criava teorias mirabolantes nas quais eu sempre me taxava como vilão. Talvez fosse a culpa por tê-la deixado.

As semanas e os meses passaram rapidamente. A chegada do inverno apenas me fez lembrar ainda mais dela. A imagem do chão, dos telhados das construções cobertos de neve e as árvores com seus galhos secos e vergados pelo vento faziam meu coração se despedaçar. Ao pensar como Allice adoraria estar no meio de toda a imensidão branquinha da neve e sentir o clima frio e ar gelado causavam mais saudades ainda. Eu sentia o desespero invadir meu ser gradativamente. O pavor de perdê-la me fazia sentir uma dor quase palpável. Era algo surreal. Inacreditável. Quem diria! Eu que sempre me considerei muito racional fui apanhado pelo sentimento mais extraordinário e indecifrável que existe no mundo conhecido. O amor. Aquele que pode nos elevar aos céus ou nos extraditar para as profundezas mais longínquas dependendo das nossas atitudes. Se nos apegarmos a ele nos elevamos. E se o desprezarmos cairemos no mais profundo abismo escuro e distante capaz de haver em todo o universo. Para meu desgosto eu o tinha deixado parcialmente de lado...



Minha rotina permanecia quase inalterada e igualmente promissora. Eu aprendia cada vez mais. Porém me sentia sufocado pelo imenso vazio dentro de mim e pela saudade. Eu não compreendia o que estava acontecendo para Allice não retornar nenhuma de minhas ligações nem responder as mensagens ou e-mails que enviei. Procurei ajuda entre meus amigos, entre as amigas dela e até mesmo entre os parentes. Ninguém me dava informações precisas. Os pais dela se negavam a falar comigo e as amigas me diziam não saber de nada. Eu estava desesperado. Até que Rodrigo, meu amigo e ex-colega de faculdade trouxe uma luz no fim do túnel. Ao contar que Allice não era vista pela sua vizinhança há meses e que parecia que ela havia ido morar em outra cidade. Sem os pais e os irmãos mais novos. Isso me preocupou ainda mais. Pois fiquei pensando o que teria acontecido para ela sair da cidade a qual afirmou inúmeras vezes que amava profundamente apesar de não ter nascido nela. Lembrei que ela possuía uma irmã mais velha que não tive a chance de conhecer. Concluí que ela deveria ter ido morar com ela.

Mas por qual motivo? Rodrigo prometeu investigar mais e depois me passar informações. Mas em todas as demais vezes que falamos sobre o assunto ele sempre dizia que não tinha nenhuma novidade. E assim foi meu martírio até que Mia aproveitando as férias de seu curso foi para casa. Eu não pude me ausentar porque minha carga horária era muito diferente da dela e dadas às circunstâncias financeiras eu não poderia arcar com uma viagem que seria muito curta e de valor exorbitante para um recém-renegado- filho o qual o pai quis manipular de todas as formas e por não conseguir, praticamente cortou todos os laços e qualquer ajuda que eu mesmo rejeitei ao manter minha escolha pela faculdade a qual ele não considerava tão boa como a que ele escolhera. Eu desconfiava que no fundo ele apenas queria me afastar ainda mais de Allice, evitando até mesmo o contato com minha própria irmã, se fosse possível fazê-lo.

Durante a viagem Mia encontrou Allice casualmente no lugar onde nos conhecemos. Cerca de um ano depois de nossa separação. Por telefone minha irmã apenas me relatou o encontro e como ma princesse parecia...diferente não apenas fisicamente e sim em todos os aspectos. Mesmo eu a enchendo de perguntas Mia não me deu maiores detalhes. Somente depois de seu retorno eu pude averiguar outros fatos. Fiquei sabendo que toda a família que antes me recebeu de braços abertos agora me detestava e  me culpava por algo que eu nem sabia o que era. Imaginei que isso era devido à minha decisão de vir estudar tão distante apesar de eles não conhecerem meus motivos eu aceitei que quando pudesse voltar eu me explicaria e todos entenderiam minha ação. Afinal sempre demonstraram gostar de mim e eu lembrava de ter me comportado de modo adequado. Ao pensar nisso eu recordei mais uma vez da noite em que eu me embriaguei por ter recebido a triste notícia que abalou as estruturas do meus mundo.

Me perguntei então se haveria a possibilidade de ter acontecido algo grave. E por mais que eu tenha me esforçando ao máximo eu não conseguia me lembrar. A não ser dos pequenos fragmentos de memórias que para mim eram apenas fruto da minha imaginação. Uma doce fantasia, um sonho! De repente já não tinha mais tanta certeza se eram somente isso mesmo ou se significavam alguma coisa a mais...

E se eu tivesse cometido uma loucura?

Não! Allice não seria capaz de mentir para mim. Eu insisti na mesma pergunta por mais de uma vez e ela negou categoricamente. Eu precisava encontrá-la urgentemente. A questão agora tonara-se inadiável.

                       .........................

Voila!

Aqui está mais um pouquinho da nossa história. Em comemoração ao dia dos Namorados celebrado hoje em toda a Europa e na América do Norte eu lhes sou esse presente. Espero que gostem, que comentem e votem bastante! Perdão pelos possíveis erros. Garanto que fiz o melhor para evitá-los. Esse capítulo é grande para compensar pela demora nas postagens.

Como podem verificar no corpo do texto existem algumas frases 'meio estranhas' sinalizadas com (*) asteriscos e preciso esclarecer que estas são expressões e frases que  têm origem francesa e que podem não fazer muito sentido na nossa língua. Eu optei por encaixá-las por causa do personagem em questão ser originário desse país e portanto, possui uma cultura e um modo de falar um tanto peculiar. Enfim, eis os significados delas:

* atingido por um raio: jeitinho francês de dizer que está apaixonado, amando.

**apéro: literalmente, aperitivo, nome dado às pequenas festas informais na casa de amigos.

***soirée: festa francesa, geralmente realizada na casa de amigos, conhecidos ou colegas de trabalho e estudos. Com ou sem música. Se tiver música, esta é tocada num volume médio ou baixo. E também são bastante comuns e rotineiras.

**** tornar em vinagre: dificultar, tornar a vida difícil, ter problemas.

***** nos jogávamos no ar: (se jogar no ar) expressão referente à intimidade física, fazer amor, manter relação sexual.

Pois bem, são apenas estas! Qualquer dúvida, podem perguntar. Eu ficarei imensamente feliz em responder, caso eu saiba!

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