" O Primeiro Tchan"
Resolvi fazer essa mini parte para vê se vocês gostam.
Uma pequena explicação: Taehyung nesse capítulo tem dez aninhos, somente. Jungkook tem quatorze!
Então é isso, boiolem a vontade!
Comenta bastante! Eim? Dá uma estrelinha pq necessito de amor, hehe.
e CARA, DESCULPA PELOS ERROS, OU QUALQUER COISINHA. Não foi betado, haoskdjd
Enfim,
Boa leitura~
⛱️🌟
Era três de dezembro.
Neste mesmo dia, nevava sem parar. As pequenas e geladas bolinhas brancas deslizavam sobre o ar e pousava delicadamente no chão, deixando-o cristalizado.
Este acontecimento aconteceu e, acontecia, no Hawaii. E mesmo que Moloka'i - uma ilha, a quinta mais grande - seja na maior parte do tempo, a mais quente, era visível que nos tempos frios de inverno era coberta por uma camada de alvura.
Nesta ilha, muitas pessoas cantavam e dançavam. Porém, justamente nesta noite, uma alma se encontrava triste. Esta figura tão pequena e com bochechas redondinhas, chorava num canto da beira-mar.
Essa criança chamava-se Taehyung, Kim Taehyung. Um pequeno havaiano que nasceu nos dias quentes e ensolarados da grande ilha.
O mesmo continha um bico emburrado em seus lábios, estava agachado e seus braços abraçavam suas duas pernas. Seu rosto estava escondido entre os seus joelhos. Ele fungava profundamente, pois tamanha tristeza rondava o seu pequeno coraçãozinho.
O motivo pela qual a criança se encontrava triste, era porque sua mãe não concordava com o seu sonho de ser um cantor. Dizia que este "hobby" não tinha futuro, não conseguiria se estabelecer na vida e que nem tudo era uma grande diversão.
“ Está na hora de crescer, Taehyung!”, sua mãe gritou em seus ouvidos, fazendo com que ele se assustasse e corresse de casa, levando-se a um caminho que sequer conhecia.
Sabia que estava na praia e, mesmo que estivesse frio, as ondas batiam e voltavam com energia. Pingos de água iam no rosto de Taehyung, assim como na areia, que cobria o seu pé gordinho e tapado pelo chinelo.
Ele não queria ter tido aquela reação tão infantil. Estava se sentindo tão estúpido. Mas não conseguia aceitar tais palavras que sua progenitora desferiu. Seu amor pelo canto era algo tão grande.. Sentia-se tão bem quando abria a boca para produzir notas tão suaves e confortáveis. Amava seu timbre, ainda mais as músicas que conhecia.
Contudo sua mãe não concordava. A mais velha lhe amava muito, porém queria um futuro "certo" para seu filho. Sempre desconfiada e ranzinza quando escutava que seu pequeno andava cantando nas aulas, onde devia apenas estudar! E então, por isso, resolveu desde cedo colocar um ponto final nessa situação.
E bem, deu nisso.
ㅡ T-todos são bobos! ㅡ o pequeno Tae sussurrou na hora da raiva. Sentiu um aperto em sua barriga, uma ansiedade ruim. Então, esticou o seu braço e alcançou uma pequena pedra, pegando-a e atirando-a para frente, fazendo com que acertasse a cabeça de algum ser que se escondia nas ondas bravas do mar. ㅡ hein!?
Exclamou assustado, levantando-se de imediato. Deu alguns passos para trás e averiguou atrás de si, vendo se alguém o viu cometendo tal atrocidade.
"Mas bem, não foi de propósito!", pensou decidido, porém um pouco nervoso.
Ouviu-se um arfar fino e furioso. O atingido, então, saiu do fundo do mar e, por baixo dos fios molhados e escuros, fitou Taehyung com raiva, seus lábios finos e roxos - por conta do frio - esticados por pura frustração.
ㅡ Mas que coisa, hein! Me falaram que essa parte da praia era o próprio kanaloa, abençoado por ele mesmo. Mas posso ver que aqui, eu não sou bem vindo. ㅡ ele colocou suas mãos na cintura, gotas d' água caíam de sua roupa aquática molhada. ㅡ e quem é você?
Taehyung estava com a boca aberta em puro pavor. Seria ele uma assombrações da praia? Ele nem tinha feito nada demais! A pedra era pequena, sequer daria um arranhão.
O desconhecidos esperava respostas do agressor.
Porém por alguns segundos, Tae pode avaliar o mesmo, observando seus cabelos castanhos escuros e ondulados. Seus músculos pequenos, porém visíveis, estavam presentes abaixo de sua roupa; seus traços eram orientais, seu nariz era estranhamente adorável e gordinho. Havia também uma pontinha preta perto de seus lábios, era estranho pois logo acima continha rugas leves.
Ele era extremamente lindo. Uma beleza do mar. Parecia até uma sereia de tão encantador e formoso! Mas, calma, porque Taehyung estava achando um homem lindo!? Céus! Precisava parar com esses pensamentos estranhos.
Então, o pequeno, assustado, engoliu a seco e olhou para os lados, brincando nervosamente com os seus dedos entrelaçados, lambendo os lábios secos.
ㅡ F-foi sem querer! E-eu n-não.. Hun, vi você aí… Ele também, é…Eu…, ㅡ Estava ofegante, gaguejando que nem o seu papagaio de estimação. ㅡ eu não te vi moço, desculpa…!
Entre as confusões de palavras do garoto, escutou-se então no local uma gargalhada alta e engraçada. O menino atingido estava rindo horrores, de sair lágrimas de seus olhos puxados. Taehyung franziu a testa, emaranhado.
ㅡ Eita, calma! Eu não vou te bater não. Nem doeu, meio que eu estava na água, moleque. ㅡ acalmou-o, caminhando até margem, entre o seu braço direito havia uma prancha gigante e bonita, decorada com desenhos.
ㅡ Está brincando com a minha cara? ㅡ Taehyung o questionou já bravo, batendo o pé na areia.
O estranho sorriu, achando tal reação fofa. Deu de ombros e após estar em terra firme, lhe lançou um sorriso maroto e divertido, fazendo com que a pose de Tae fraquejasse.
Poxa, seus dentinhos eram graciosos e exuberantes de fofos. Eram lindos, pois eram tortinhos e continham o mesmo formato do que as dos coelhos. Eram iguaizinhos.
ㅡ To sim. Mas fica de boas, eu sou da paz! ㅡ assegurou, tombando a cabeça levemente pro lado, ㅡ se eu não fosse uma pessoa legal, essas ondas faria de mim um petisco, hein.
Taehyung arregalou os olhos, um pouco assustado pelo comentário do mesmo.
ㅡ C-como assim!? ㅡ disse, ainda mais espantado.
ㅡ É que nós surfistas temos uma ligação com o mar, saca? Surfamos por cima delas, deslizamos nossa prancha por elas. Por isso, meu pai disse que se fossemos até lá com o coração podre e coberto por maldade, iríamos nos afogar na nossa própria crueldade. ㅡ Ditou, com orgulho.
ㅡ Meu Deus… ㅡ Taehyung estava sem palavras, sentou novamente por um momento, pois sentiu suas pernas bambearem em alerta.
ㅡ Legal, né? Aprendi isso aqui também, se liga.. ㅡ O menino largou sua prancha com cuidado na areia e andou até o garoto. Sentou-se perto dele e fez uma posição de indígena, continuando: ㅡ Somos protegidos pelo nosso grande Deus kãne. Ele criou o mundo para que seguíssemos o seu passo com pudor e amor. Papai disse que Kamapua'a me abençoou para que eu surfasse por essas ondas desde bebê.
ㅡ Você é abençoado por Kamapua'a!? ㅡ Taehyung sentiu seus olhos brilharem, eufórico. ㅡ wah! Que legal!
ㅡ Não é? ㅡ Ele empinou o seu nariz, convencido. ㅡ Sou dos mares! Farei a minha história nessas ondas, irei domar a natureza.
Tae após escutar essas palavras, murchou preocupado, lembrando-se das duras palavras de sua mãe.
ㅡ Mas mamãe disse que não se pode mexer na natureza… ela é sagrada! ㅡ Taehyung lhe alertou, curvando suas sobrancelhas.
ㅡ Não irei machucá-la! De modo algum, mas pelos deuses, eim! ㅡ petelecou-o na testa, revirando os olhos quando escutou gemidos de dores exagerados soltados pelo outro, ㅡ Não escutou quando eu disse que, se eu fosse um pessoa ruim, eu seria o lanche dos tubarões?
ㅡ Sim…ㅡ Tae concordou, massageando o local atingido.
ㅡ Irei conhecer a natureza e irei guiá-la para o caminho certo. Pois mesmo que ela seja independente e imprevisível, ela é um ser frágil, uma alma confusa e solitária, que precisa de um Lono!
ㅡ Você vai ser tipo um guardião?
ㅡ Yep! ㅡ estufou o seu peitoral, ㅡ Serei conhecido como: Jungkook, o salvador de Moloka'i!
ㅡ Jungkook? ㅡ repetiu, confuso.
ㅡ Oh… é mesmo, não me apresentei! ㅡ ele sorriu, virou para Taehyung e esticou sua mão, ㅡ Sou Jungkook, da família Jeon. Então, é Jeon Jungkook.
Taehyung esticou um sorriso amarelo e pegou em sua mão, comprimentando-o de volta.
ㅡ S-sou Taehyung.. ㅡ Apresentou-se de volta.
ㅡ Eu sei. ㅡ Jungkook deu novamente de ombros.
ㅡ Como sabe!?
ㅡ Sua mãe gritou bem alto lá do outro lado da ilha. Tem até carros atrás de você, garoto! ㅡ Jungkook disse, rolando os olhos pela milésima vez, ㅡ deveria ir até a sua mãe. Ela está preocupada!
Taehyung negou de imediato. Voltando com o seu bico de lábios. Sentiu seu coração apertar novamente. Queria mesmo voltar até a mulher, porém sua luta interna de seguir com os seus sonhos e desistir era grande.
Jungkook encarou-o com as sobrancelhas arqueadas por algum momento e logo após suspirou.
ㅡ E por que?
ㅡ Ela… ㅡ Taehyung hesitou, contudo se entregou pelo desabafo: ㅡ…Não quer deixar eu ser um cantor! Eu amo cantar. Eu preferia morrer do que deixar de cantar!
O pequeno Tae novamente sentiu suas lágrimas voltarem. O seu amor pelo canto era demasiado, contudo sua mãe com certeza estava acima de qualquer coisa.
Estava a ponto de desistir.
ㅡ Oras, e o que a sua mãe tem haver com isso?
ㅡ O-oque? ㅡ Taehyung franziu a testa.
Jungkook desfez sua posição e esticou suas pernas longas, se endireitou e olhou para cima, encarando as estrelas que lá brilhavam sem parar.
ㅡ Você pode estar com sua mãe ao mesmo tempo que segue o seu sonho. Quando você crescer, converse com ela, e ela verá que, o canto, faz parte de você! ㅡ disse, balançando as pernas levemente, ㅡ então se ela dissesse para que você desistisse de cantar, seria a mesma coisa de desistir de você mesmo.
Taehyung esbugalhou os olhos, concordando com o mesmo. Sorriu grande e novamente a alegria voltou. Olhou para Jungkook com seus dentes brancos à mostra.
ㅡ Você tem razão! E-eu devo…Sim! ㅡ Levantou-se, decidido.
Jungkook soltou uma risada, negando com a cabeça.
Então, antes mesmo de se virar, Taehyung olhou para o garoto de cabelos escuros, este que lhe encarava de volta. Sua barriga começou a borbulhar. Um frio se apossou de seu corpo, assim como um arrepio e uma sensação gostosa.
Suas bochechas ficaram que nem tomates. Não só elas, como seu rosto todo ficou com uma coloração vermelha. Mordeu os lábios e, disse:
ㅡ Aloha Jungkook. Que o mar lhe sele com suas espumas de esperanças…E que Karmapua'a continue abençoando o seu coração de futuro Lono!
Jungkook por algum momento sentiu também seu coração palpitar. Mas se reafirmou e balançou a cabeça. O vento soou pelo ar e seus cabelos estavam juntos com o mesmo. E, assim, ele sorriu verdadeiramente.
ㅡ Aloha, Taehyung. Que você cante para todo o sempre. E que sua voz seja comparada com as sereias que um dia habitaram esse mar.
E assim, o pequeno fujão assentiu, olhando uma última vez para Jungkook e, logo após, se virando e correndo até a sua vila, sendo recebido por sua mãe, que chorava e lhe dava beliscões por sumir assim, dizendo-lhe coisas como: "não faça mais isso!", "para onde foi!?".
Porém Taehyung não ligou.
Só tinha um sorriso bobo em seu rosto vermelhinho. Por isso, desde então, Tae apaixonou-se pelo surfista que brincava com as ondas do Havaí. E isso durou até que crescesse.
Mal sabia esses dois que essa história acabara de começar.
⛱️🌟
Jakamaksks que fofo.
Ansiosos? Comentem bastante, compartilha...
Até a atualização completa~
Beijinhos da Bruh™
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