O meu nome é Morte. Sim, exatamente isso que você leu, e a minha mãe não estava bêbada quando me registrou assim, ao menos foi o que ela me disse.

Amo o modo como as pessoas ficam intrigadas ao ouvir o meu nome, consigo enxergar a interrogação em seus rostos como quem tenta descobrir que tipo de pessoa se chama assim. É diferente, náo é? Mas eu acho incrível.

A morte é um processo natural admirante, mesmo que quase todas as pessoas do mundo a temam tanto. Seu mistério cativa qualquer um, sempre com a mesma dúvida em mente: "Existe vida após a morte?". Bem, se existe eu não me importo, às vezes é bom saber que tudo tem seu fim, a vida pode ser cansativa depois de muito tempo vivendo e não é tão assustador compreender que uma hora vamos descansar.

O que eu mais gosto de fazer é observar as pessoas, tentar adivinhar as histórias que escondem os rostos que vejo passar na rua. Onde quer que eu esteja, a minha curiosidade em desvendar os momentos que alguém passou sempre fala mais alto; não é questão de querer ser interesseira, mas a de ter consciência de que todos possuem um livro magnífico dentro de si.

E é isso o que eu vou contar, irei descrever as histórias já passadas pela minha mente.

Em um processo incessante, a morte observa a vida enquanto o tempo passa.