Uma Promessa
Minatozaki Sana.
Acordei com a luz do anoitecer como ouro líquido se espalhando pelo mundo. Eu estava sozinha na cama do nosso iate, mas havia evidências de Dahyun.
O travesseiro ao lado do meu, ainda quente, os lençóis amarrotados ainda com marcas do seu corpo.
Me sentei, piscando e lá estava ela, em pé junto à janela, uma mão sobre o vidro, a outra dobrada graciosamente no bolso de suas calças.
Ela estava vestida para matar. Um terno preto, feito especificamente para o seu físico, o paletó abotoado, calça perfeita em seus quadris marcando deliciosamente sua bunda e saltos também pretos.
Dahyun se virou ao som do meu despertar e meu coração parou. Ela estava gloriosa, vestindo na verdade um smoking.
Seu cabelo estava com um novo corte e um pouco abaixo dos ombros, preso em um coque desarrumado. A maquiagem leve,destacando seus traços, a pura perfeição. E os seus olhos? A cor castanho estava vibrante.
Eu já vi várias tonalidades de marrom e castanho mas, percebi agora que os olhos de Kim tem um tom muito específico, uma cor vibrante.
Quando me viu, um sorriso se espalhou em seus lábios, começando no fundo da sua alma e brilhando com o Sol, cheio de amor e requintada ternura.
- Deus, você é linda. - Falei. - Por que está tão chique? - Perguntei, esfregando meu olho com a palma da mão.
Ela caminhou vagarosamente em minha direção, seu sorriso foi se tornando misterioso, o polegar coçando o queixo.
- Uma surpresa.- Levantou um dedo. - Eu queria estar aqui quando acordasse, tenho uma coisa para você. Espere, amor.
Mexi minhas pernas, meu joelho continuava imobilizado. Estava rígido por causa das ataduras mas, não dolorido. O médico disse que vai demorar alguns meses para que eu possa me recuperar totalmente.
Minha cabeça girava com curiosidade. O que ela poderia estar planejando? Por que estaria vestindo um smoking? Eu sabia que com Kim, não tinha jeito de especular.
Ela voltou em segundos, carregando um pacote de tecido envolto em plástico sobre um braço, carregando uma grande caixa preta de veludo em sua outra mão.
Colocou a caixa na beira da cama e puxou o plástico do vestido, em seguida, ergueu-o para que eu pudesse admirar.
- Eu escolhi para você quando voltamos à Nova York. Já o tinha antes de tudo acontecer.
Era de seda preta com uma gola alta, aberto na parte de trás, com recortes nos meus quadris, longo o suficiente para a bainha escovar meus dedos.
- É lindo, Dahyun. - Negou com a cabeça.
- É apenas um vestido. Você é linda. E vai ficar linda nele.
- Para onde vamos? - Olhei pela janela e não vi nada, apenas o mar e o Sol se pondo como uma bola carmesim descansando no horizonte à nossa esquerda. Ela sorriu.
- Eu nunca vou dizer. Por que você não toma banho e se arruma, está bem? Estarei na sala, se precisar de ajuda.
Eu queria fazer mil perguntas, mas não fiz. Em vez disso, decidi confiar e fazer o que ela me pediu.
- Eu poderia precisar de ajuda para descer as escadas. - Admiti ao me levantar e sentir meu joelho oscilando, antes de pegar as muletas.
Kim pegou minha mão e colocou seu outro braço em volta da minha cintura, segurando firmemente em mim enquanto eu usava o apoio do outro lado.
- Espero que não tenhamos que andar muito, porque você vai acabar tendo que me carregar. Já faz quase um mês mas andar com essas muletas fazem meus braços doerem.
Sua única resposta foi descer vários degraus, enrolar suas mãos enormes na minha cintura, me levantar e me firmar no patamar da escada.
Seus lábios tocaram meu ombro, meu pescoço e então ela estava atrás de mim, com as mãos deslizando em torno de minhas costelas e pela minha barriga, me puxando de volta contra o seu peito.
- Chuveiro, Sana. Antes que eu decida que não aguento esperar mais.
Me entregou as muletas. Saí dos seus braços me afastando para o banheiro, sorrindo.
- Se você acha que vou desencorajá-la sobre isso, então está com a garota errada. - Passei minha mão pelo meu corpo, levantando os meus seios e deixando-os cair pesados, provocando-a. Ela rosnou, agarrando o batente da porta e se inclinando para mim.
- Sana... - Meu nome foi um estrondo feroz em seus lábios. - Vá para ... o chuveiro.
Fui me afastando devagar de Dahyun, segurando seu olhar, abri o chuveiro. Eu esperei até que a água estivesse quente, o vapor entre nós.
Sentei no vaso e comecei a tirar minhas roupas lentamente, ela entrou e me ajudou a retirar as ataduras, a cicatriz cirúrgica estava lá, sem os pontos mas ainda vermelha.
Me levantei com sua ajuda e entrei no box, sentando na cadeira de rodas colocada ali especialmente para mim, sibilando quando a água escaldante bateu em minha pele.
Ajustei a temperatura para que pudesse aguentar e deixei a água molhar minha cabeça, mantendo meus olhos em Dahyun.
- Certeza que você não quer vir comigo? - Ela abaixou a cabeça entre os ombros, segurando o batente da porta como se estivesse fisicamente e, literalmente, se segurando.
- Você não pode imaginar como eu quero.
Eu me ensaboava lavando toda a minha pele. Kim se inclinou outra vez, como se estivesse se esforçando para ficar longe de mim.
Mesmo sentada fiz um show pra ela, ensaboando lentamente os meus seios e entre as minhas coxas.
Dahyun rosnou quando encontrei seus olhos, deslizando dois dedos dentro de mim, mais para provocá-la e torturá-la do que para qualquer outra coisa.
Ouvi o batente da porta crepitar sob suas mãos. Ela resistiu, até eu terminar. Peguei uma enorme toalha preta grossa que estava na beirada do box e a abri, cobrindo o meu rosto.
Momentaneamente cega, não a vi se mover, apenas senti quando ela me levantou, a toalha entre nós, porque a agarrei enquanto era levada para cima, ela subiu os degraus de dois em dois.
Encontrei seus olhos quando chegamos à cama, bem a tempo dela me jogar no colchão.
Dahyun não disse nenhuma palavra, apenas fez um barulho com a garganta quando tirou o pano do meu corpo, secando a água da minha pele e em seguida, a jogou de lado.
Lhe fitei e tentei fugir para trás na cama, mas Dahyun caiu de joelhos, pegou minhas coxas em suas mãos e abriu as minhas pernas.
- Dahyun? O que você...? - Seus polegares abriram minhas dobras, sua língua me encontrou e as minhas palavras foram roubadas. - Oh. Ohhhh...
Dois dedos deslizaram dentro de mim, sua língua circulou minha carne sensível e em um instante eu estava arqueando na cama, me contorcendo e gemendo, seus lábios me sugando, sua língua se movendo em círculos tentadores.
Ela não prolongava e não me provocava. Dahyun me devorava como se estivesse faminta, e realmente estava.
Quase um mês sem sexo, ela estava louca rosnando baixo enquanto eu balançava meus quadris contra sua boca, movendo minha boceta contra o seu rosto.
Gozei com um grito e ela continuou me devorando, montando o meu clímax até que eu estava mole, implorando para parar e me deixar recuperar o fôlego.
Dahyun se inclinou para trás em seus calcanhares, enquanto eu me recuperava.
- Caramba, Dahyun - Limpei minha testa com a mão. Ela se levantou lentamente, passando a mão em seus lábios.
- Você tinha que me provocar, não é?
- Rugiu, ajustando-se com uma mão. - Agora eu vou ficar dura durante todo o jantar e a culpa e sua.
- Desculpe? - Agarrou meu calcanhar e me arrumou na beira da cama.
- Não, você não está desculpada. - Ficou em cima de mim, tive que estender o meu pescoço para olhar diretamente em seus olhos, e então seus lábios estavam nos meus, provei meu gosto na sua língua.
Limpei os resquícios de sua boca com a palma da minha mão.
- Você tem meu gosto agora.
- Bom.- Murmurou e depois recuou. - Você está me distraindo, Sana.
Arrancou um pedaço de renda preta da cama, uma pequena e furtiva, calcinha.
Pegando um dos meus pés em suas mãos, Dahyun deslizou-a na minha perna de um lado e depois do outro, levantou meu quadril para que pudesse colocá-la em mim.
Mantive meus olhos nos dela enquanto eu terminava de arrumar um pouco, e então Dahyun estava colocando meu braço na alça de um sutiã combinando.
Não pude deixar de rir quando ela se enrolou tentando fechar o sutiã nas minhas costas.
- Nunca fiz isso em outra pessoa antes.- Murmurou. - Era mais fácil colocá-lo em mim e tirá-lo de você.
- Não é assim que eu os coloco. - Falei. - Primeiro fecho, encaixo nos seios, e depois passo os braços.- Mostrei como eu fazia e ela observava extasiada, conforme meus seios encaixavam na seda macia, fresca e rendas do sutiã.
Quando terminei ela me ajudou a imobilizar meu joelho e depois abriu a parte de trás do vestido colocando-o em mim.
Dei um passo esquisito, para Kim fechar o zíper. Ela me deu as muletas e vários passos para trás, ficando longe de mim, passando a mão na boca tentando achar as palavras.
- Você... Sana, é tão linda. Você tira meu fôlego. Sabia disso? - Passei minha mão sobre meu couro cabeludo, autoconsciente.
- Dahyun, eu não me sinto... - E de repente lá estava, com uma mão na minha cintura, a outra cobrindo minha bochecha, em seguida se movendo sobre minha cabeça.
- Eu gosto, bastante. - Ri, sem acreditar.
- Está bem, claro. - Respondi, minha voz cheia de sarcasmo. Já não dava para ver as cicatrizes, mas meu cabelo era uma sombra castanha tampando minha cabeça. Ela negou.
- Estou falando sério, Sana. - Seus lábios tocaram minha testa, em seguida minha têmpora, colocou meu rosto sobre seu peito e beijou o topo da minha cabeça. - Acentua o quão perfeito o seu rosto é. Deixa seus olhos tão grandes e assim, tão
verdes.- Ri outra vez.
- Você só diz isso porque me ama. - Deu de ombros.
- É verdade. Eu te amo. Mais do que poderia dizer, ou tenho a esperança de fazer você entender. - Seus dedos tocaram meu queixo, levantando meu rosto, eu estava sob seu olhar intenso e vulnerável. - Mas Sana, você é linda. Mais do que linda. É deslumbrante. Perfeita. Maravilhosa. Não acho que posso encontrar todas as palavras para descrever como você é de tirar o fôlego.
- Você realmente acha isso? Mesmo assim? - Não pude deixar de passar a mão onde meu cabelo costumava estar.
- Você pensa que eu poderia achá-la menos incrível apenas por causa do seu cabelo? - Franziu a testa para mim, segurou meu rosto com as duas mãos. - Você não se olhou no espelho, não é?
Dahyun me puxou em direção à escada e desceu na minha frente, assegurando que eu não caísse.
Consegui descer sozinha desta vez, ela me levou através do banheiro para uma porta dupla, que abriu em um enorme closet.
Me guiou até o centro do cômodo e me girou de modo que dei de cara com um espelho de corpo inteiro. Eu ainda não tinha me visto no espelho, mas percebi.
Talvez tenha sido porque eu tinha Dahyun atrás de mim, ou talvez fosse porque tinha as suas palavras soando em meus ouvidos. Ou talvez fosse porque eu realmente estava linda.
Tudo o que eu sabia era que, me olhando no espelho, me senti bonita. Ela estava certa. Meus olhos estavam enormes, nitidamente claros, se destacando em meu rosto, mais agora do que quando eu tinha uma cabeça cheia de cabelos.
Minha cabeça era uma curva redonda e lisa, minhas bochechas altas e meu maxilar forte, mas ainda feminina e delicada. Parecia indestrutível. Impressionante.
- Está vendo? - Sua voz ressoou em meu ouvido. - Você nunca poderia ser nada menos do que perfeita.
Enfiou a mão no bolso do paletó e tirou a caixa de jóias, segurando-a na minha frente com uma das mãos, colocando em volta do meu corpo o outro braço.
Quando levantou a tampa, a minha respiração falhou. Era o mesmo conjunto de brincos de diamantes e colar que eu tinha usado para ir ao Met, há muitos meses atrás.
Pelo menos parecia ser em outra vida. Kim colocou a caixa em minhas mãos e ergueu o colar, colocou-o em meu pescoço e fechou.
- Eu acho que não consigo colocar os brincos. - Falou, sorrindo envergonhada. Coloquei um e depois o outro. Ela pressionou seu rosto junto ao meu.
- Você se vê, Sana? Vê como é linda? - Segurei minha respiração, lutando para falar de maneira uniforme.
- Tudo o que vejo é o seu amor, Dahyun.- Ela beijou minha bochecha.
- Isso funciona, também. -. Pegou meu ombro e me puxou para longe do espelho. - Venha. Há mais. - Havia um elevador, felizmente. Era todo em vidro com os cabos zumbindo ao nosso lado.
O Sol tinha afundado no horizonte, banhando as ondas com coloração laranja, púrpura e vermelha, a escuridão nublando rapidamente.
O elevador deslizou até parar suavemente, as portas de metal polido se abriram e Kim me levou pelo convés do barco.
As cabines ficaram atrás de nós, uma extensão de elegantes vidros fumês pretos e paredes brancas entre cada nível.
O convés era uma ponta de lança longa, a proa deveria ter uns vinte e quatro metros à nossa frente.
Na própria proa do barco havia uma única mesa redonda, coberta com tecido preto, várias velas brancas grossas aglomeradas no centro, iluminando, cintilantes chamas dançando.
Um carrinho com balde de gelo prata estava de lado, com uma garrafa gelada de champanhe. Dahyun me tomou uma muleta e enlaçou seu braço na minha cintura, me levou pelo convés, voltando-se pra olhar para mim a cada passo, com os olhos brilhando de felicidade, emoção e amor.
Meu coração martelou em meu peito, enquanto me derretia por ela. Kim ficou atrás de uma das cadeiras, puxou-a e deslizou de volta quando me sentei.
Uma vez que estávamos sentadas, uma porta se abriu em algum lugar e um jovem homem atraente se aproximou vestido de preto, com avental também preto amarrado na cintura.
Ele pegou a garrafa de champanhe do balde e habilmente abriu sem dizer uma palavra, servindo nossas taças.
Curvou-se em um aceno, e se retirou, no mesmo momento, outro homem quase idêntico apareceu, carregando uma bandeja com os nossos pratos.
Ele os arrumou sobre a mesa, tirou as tampas e listou os pratos com forte sotaque inglês. Porém, eu não prestei atenção em nada, estava muito ocupada olhando para Kim, o barco e para a incrível beleza do mar.
Estávamos ancorados com a vista da costa, embora eu não tivesse ideia de onde estávamos. O convés balançava suavemente com as ondas.
O Sol tinha desaparecido totalmente e a escuridão a nossa volta já era densa, estrelas pontilhavam o céu, uma a uma.
Ouvi alguém dedilhar um violão e me virei para ver Jeon em pé, em uma varanda com vista para o convés.
Ele sorriu para nós, olhos escuros brilhando à luz da Lua dedilhou novamente, e então começou a cantar.
Suas palavras eram em russo, uma melodia lenta e triste, sua voz suave e rica, um poderoso barítono.
- Isso é incrível, Dahyun. -. Falei.
- O que? - Tomei um gole de champanhe e depois respondi, gesticulando amplamente a nossa volta.
- Tudo. O iate. Você. Este jantar. - Ela pegou a minha mão.
- Você merece romance, Sana. - Eu não tinha resposta para isso.
Nós conversamos ociosamente enquanto comíamos, mesmo que eu não pudesse por causa dos remédios, bebemos champanhe e discutimos onde visitaríamos em seguida, relembramos os lugares que já tínhamos ido.
Na varanda acima de nós, Jeon estava encostado no parapeito, tocando seu violão com magistral falta de esforço, cantando, ainda que as letras fossem incompreensíveis para mim, eram cheias de romance e significado.
Quando terminamos de comer, um dos jovens apareceu e limpou tudo sobre a mesa, exceto as velas e as taças de champanhe.
Kim mexia a haste da taça entre os dedos, sua outra mão estava no bolso da calça. Ela parecia perdida em pensamentos.
- O que você está pensando? - Perguntei. Seu olhar mudou das chamas das velas para os meus olhos.
- Você.
- Eu? - Assentiu.
- Depois de tudo o que aconteceu, eu só acho incrível que você possa sentar aqui e olhar para mim do jeito que está agora. - Inclinei minha cabeça questionando.
- Como estou te olhando, Dahyun?
- Como se eu fosse tudo o que existe.
Arranquei a taça dela e a coloquei sobre a mesa, deslizando meus dedos pelos seus do outro lado.
- Porque você é tudo para mim. - Acenei com a mão mostrando a nossa volta. - O barco? É maravilhoso. Incrível. Tão surpreendente quanto a sua torre, tão incrível como o castelo e o vinhedo e qualquer lugar nas ilhas. Eles são todos incríveis. Mas, Dahyun? Nada disso importa. Tudo que eu preciso é você. - Ela se sentou para frente, com os olhos sérios e intensos.
- Eu estive pensando sobre esse momento desde que a vi pela primeira vez no hall de entrada da minha casa, com os olhos vendados, amedrontada e linda. - Kim deixou sua cadeira, não soltando a minha mão, se afastando da mesa, ajoelhando-se diante de mim.
Não em um joelho, mas em ambos. Pegou minhas mãos nas dela, esfregou os nós dos meus dedos com seus polegares.
Eu sabia que faria isso. Só não imaginava o que seria necessário para chegar até aqui. E ainda não sei o que vou dizer, apesar de ter roteirizado isso na minha cabeça umas mil vezes.
Meu coração estava na minha garganta, pulsando rapidamente. Minhas mãos tremiam nas suas.
Jeon havia desaparecido, deixando seu violão encostado no parapeito da varanda. Kim soltou a minha mão e colocou a sua mão direita no bolso.
- Você me pertence, Minatozaki Sana. Isso é verdade agora e talvez será para sempre. - Abriu a pequena caixa preta, revelando um anel simples, mas de tirar o fôlego, um diamante de dois quilates em um círculo concêntrico. Levantou o anel e me fitou. - Seja minha. Para sempre, seja minha.
Aceitei suas palavras com um nó na minha garganta, estendendo minha mão esquerda para ela.
- Dahyun... eu sempre... - Minha respiração me deixou quando o anel deslizou no meu dedo, e eu tinha que tentar falar novamente. - Eu sempre fui sua. E sempre serei.
O violão soou e Jeon estava cantando novamente.
Kim se levantou me puxando para o meio do convés, dançando comigo enquanto a alta Lua cheia brilhava sobre o mar ondulante.
Eu não poderia estar mais feliz.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro