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Recolhida

Minatozaki Sana.

Momo nunca me decepcionou. Quer dizer, ela não podia pagar meu aluguel, mas ela me deixaria ficar em seu sofá até o Juízo Final se eu precisasse.

Ela morava com o namorado, Hoseok, em um pequeno apartamento por isso não podia ter companheiras de quarto, mas ela sempre me acolheu.

Rapidamente arrumei minhas bolsas, o que não demorou muito tempo. Deixei os móveis de terceira mão onde estavam. Talvez eu fosse capaz de voltar para cá, talvez não. Não posso fazer nada sobre isso agora.

Na casa de Momo, chutei os meus sapatos e aceitei a Bud Light que ela me entregou.

Hirai Momo, era bonita, muito bonita, toda cheia de atitudes e curvas. O cabelo longo loiro, quase branco e olhos castanhos escuros.

Nós tínhamos sido melhores amigas desde o primeiro dia de faculdade, companheiras de quarto por dois anos, até que ela conheceu Hoseok e ficou sério o bastante para morar com ele.

Ele era ... legal. Inteligente, bonito, agradável ... e um pequeno traficante. Eu não desgostava dele e não conseguia ver o que encantava Momo. Hospital não era um cara mau, apenas não enchia a minha xícara de chá. Ela sabia disso e não se importava. Eles se gostavam e funcionava. Tanto faz.

Me sentei no sofá surrado, tomando metade da minha cerveja, e em seguida, entreguei o papel para Momo. Ou, como eu pensei nisso, 'O Envelope'.

- Eu recebi isto pelo correio hoje. Desse jeito mesmo. Abra-o. - Momo franziu o cenho para mim, então examinou o lado de fora.

- Caligrafia legal.

- Eu sei. Mas olhe dentro. E... sente-se. - Tomei outro gole da minha cerveja. Momo empoleirou a bunda dela no braço do sofá ao meu lado e retirou o cheque.

- Puta merda! - Ela me fitou com os olhos arregalados. Quase caiu do sofá. - Sannie, isto são dez mil dólares. Você sabe o que poderia fazer com isso?

- Sim. Eu sei. Mas... de onde vem? Quem mandou? Por quê? E o mais importante me atrevo a descontá-lo? - Ela suspirou.

- Eu entendo o seu ponto. Quer dizer, parte de mim diz: "duh, isso é dinheiro vadia ! ".Mas a parte desconfiada de mim diz 'segura ele por enquanto, irmã'.

- Exatamente. Eu nunca seria capaz de pagar isso de volta. Nunca. - Terminei minha cerveja, me levantei para pegar outra, encontrei uma caixa de pizza velha na geladeira. - Posso? - Levantei a caixa.

- Vá em frente. o que vai fazer? - Deu de ombros. - Então?

- Eu não sei, Momo. Gostaria de saber, estou no fim da linha. Se eu não tivesse você, estaria vivendo no meu carro agora. Apólice do seguro de vida do papai acabou há seis meses. Eu tenho pouca renda, e todas as minhas outras contas em atraso. Preciso pagar as aulas da Heejin e as minhas. Fora, tudo o que devo. E eu não tenho um emprego. Demorei semanas para encontrar esse trabalho temporário. Vai ser difícil encontrar outro. E agora ... bem, quando eu mais preciso, isto. - Peguei o cheque de sua mão e o sacudiu.

- Apareceu. Eu não vejo como não descontá-lo. Eu espero não ter que acabar devendo para alguém, como, Jungkook, o Fatiador ou algo assim. - Momo assentiu.

- Isso é um risco. Você não sabe quem é. - Ela bateu no cheque. - Você viu no Google esta KDE Inc.?

- Não tenho eletricidade, lembra? Eu não poderia usar meu computador. E também estou sem internet no meu plano do celular.

- Oh. - Momo caiu na cadeira em frente ao PC, que era quase tão antigo quanto 0 meu. Ela abriu o Google, digitou o nome e endereço, rolado através dos resultados.

- Nada. Quero dizer, há toneladas de empresas com esse nome, e o fato de que ela veio com uma Caixa Postal como remetente, significa que quem está mandando não quer ser encontrado.

- Não brinca, Sherlock. Minha grana tá curta para contratar um maldito investigador ou algo assim, eu não vejo como poderemos descobrir quem é.

- Então você desconta.

- Então, eu desconto.

[...]

Passamos a noite bebendo. Fiquei arrasada depois de oito cervejas e desmaiei no sofá, já que não tinha que acordar de manhã cedo.

Momo e eu teríamos uma aula à tarde, então dormimos até quase onze horas, o que foi bom.

Após café da manhã e uma chuveirada, nós fomos juntas ao banco. Eu estava na frente ao caixa, os cheques na minha mão, tremendo como uma vara verde.

Por fim, consegui entregá-los ao caixa. Pedi-lhe para depositá-los, e dar-me mil dólares em dinheiro.

Quando isso foi feito, a caixa me entregou um recibo e um envelope cheio de dinheiro que ela tinha contado para mim.

Coloquei duzentos dólares em notas de vinte na minha bolsa, e deixei os outros oitocentos no envelope.

Olhei para o saldo bancário no recibo: $ 9,658.67. Saímos do banco, entramos no meu carro, e fomos para a universidade.

Fiel como sempre, Momo não fez nenhuma menção ao dinheiro, sem dar indícios de quantas contas ela devia, o quanto ela poderia usar até mesmo algumas centenas de dólares. Um par de cem?

Merda, para meninas em nossa situação, mesmo vinte dólares seria uma dádiva de Deus. Ela não pediria, nunca, não importa quanto dinheiro eu tivesse. Assim como eu não iria perguntar- lhe se a situação fosse inversa.

Ela nunca pediu nada a não ser que estivesse em um grande apuro como eu estava agora. Antes de nós chegarmos para a aula, coloquei o envelope de dinheiro na mão de Momo.

- Aqui. - Cruzei os dedos sobre a borda.

- Eu sei que você precisa. - Ela me fitou.

- Hum. Não. - Balancei a cabeça.

- Hum, sim. Você acha que eu não iria compartilhar com minha melhor amiga?

- Sana. Você não pode me dar isso. Você precisa dele. - Eu sorri.

- Você também. Eu tenho o suficiente agora. Você não é apenas a minha melhor amiga, Momo. Você é como uma família. Então, basta levá-lo e dizer obrigado. - Ela fungou.

- Você vai me fazer manchar meu rímel. - Ela respirou fundo, piscou, e visivelmente forçou para que as lágrimas não caíssem. - Obrigada, Sana. Você sabe que eu te amo, né?

Foi um grande esforço para ela dizer isso, já que cresceu em uma casa resistente. Sem abuso, apenas fria e fechada, não o tipo de família que trocavam declarações de amor regularmente. Eu sabia que ela amava Hoseok, mas eu nunca a ouvi dizer isso.

Eu cresci num lar estável e feliz, mas não era aquele onde todos davam abraços frequentes ou diziam 'eu te amo'. Momo e eu tínhamos sido melhores amigas por mais de três anos.

Tínhamos passado por bons e maus momentos juntas, quase passamos fome, enfrentamos namorados imbecis, professores babacas e ex-amigos traidores, brigas de bar com lutas de gato e apartamentos arrombados.

Eu havia ficado lá com ela quando sofreu abuso sexual por um ex- namorado ciumento, e ela esteve comigo quando minha mãe sofreu um colapso, necessitando de hospitalização prolongada.

No entanto, apesar do fato de que nós levaríamos um tiro pela outra, não dizíamos o quanto nos amávamos. Foi então minha vez de piscar para conter as lágrimas.

- Eu também te amo.

- Agora cale a boca com as besteiras femininas. Eu tenho que ir para a aula.

Ela se inclinou e me abraçou, então deixei o meu carro, andando através do estacionamento em meus saltos.

Sentei em um banco. Minha aula era uma palestra, me escorreguei na parte de trás e peguei o que havia perdido, se eu precisasse.

Puxei o recibo do banco da minha bolsa e olhei para ele, perguntando se eu tinha acabado de fazer o maior erro da minha vida, quando saquei o dinheiro.

Quer dizer, eu precisava muito ... muito mesmo. Não há dúvidas sobre isso. Estava quase chegando no ponto, onde eu teria que tirar a roupa e me prostituir, o que não era um exagero.

E isso seria apenas para me alimentar e manter um teto sobre minha cabeça. Esse dinheiro era literalmente um salva-vidas. Mas era uma lição de vida que eu aprenderia, nada nunca era de graça. Algum dia, alguém viria procurar o que eu lhe devia.

Eu só tinha que aceitar isso, mantê-lo em mente, e tentar não ficar surpresa quando meu cobrador visse bater na porta. Meti o recibo no bolso e fui para a aula. Depois disso, fui ao escritório de matrícula para pagar minha conta, depois no caminho de casa parei na imobiliária, paguei o que eu devia, mais o aluguel do próximo mês. Foi uma sensação incrível saber que eu estava segura no próximo mês.

Enviei os cheques e passei a noite no telefone com as empresas de serviços públicos para fazer os pagamentos. Até o momento todas as minhas contas estavam pagas, a contabilidade do meu talão de cheques disse que eu tinha um pouco menos de dois mil dólares, incluindo o meu ultimo salário.

Meus freios custariam algumas centenas para serem substituído, o que me deixaria com uma pequena reserva para viver. Obrigada à quem me enviou esse dinheiro, mentalizei a frase, não pela primeira vez, e certamente não pela ultima vez, quem estaria por trás do cheque misterioso? E o que ele, ou ela, ou eles quereriam em troca?

[...]

No meio do mês seguinte, eu estava verificando a correspondência entregue em minha caixa de correio no caminho para casa, quando finalmente apareceu um trabalho.

Eu finalmente tinha conseguido algo depois de semanas de preenchimento de formulários, por horas e em todos os dias. Havia encontrado um emprego como anfitriã no Outback. Eca. Mas era pago. Não muito, mas era alguma coisa.

Eu tinha esticado a conta do grande cheque anônimo, o maior tempo possível, mas ele já tinha acabado.

Estava presa em minhas contas, apesar de não ter que pagar aluguel por mais algumas semanas, o pânico ainda estava lá.

Então, imagine minha surpresa quando, escondido entre uma conta de serviço público e uma circular de cupom, estava outro envelope. Mesma letra, sem remetente. E dentro? Outro cheque de dez mil.

Na linha de notas, outra única palavra: PERTENCE. Você pertence. Merda. Isso não era bom. Não era nada bom. Definitivamente não era bom.

Liguei para Momo, ela concordou que o significado poderia ser ameaçador, mas ela também concordou que desde que eu tinha sacado o primeiro, eu poderia sacar o segundo.

Já devia a quem quer que fosse, mais dinheiro do que eu jamais seria capaz de pagar de volta, então porque não cavar mais fundo? Se eles viessem cobrar eu já estaria fodida, então poderia muito bem me divertir enquanto durasse, né? Então descontei o novo cheque.

Contas pagas.

Consertei o ar condicionado do meu carro e substituí o rádio, que estava quebrado há algum a tempo. E voltei na Momo, paguei o aluguel.

Frequentei as aulas, fui trabalhar, implorei por turnos extras, implorei para ser treinada para atendente de mesa. E, finalmente, eu tinha a posição de atendente, o que ajudou muito. O mês passou, e logo já era o meio do mês seguinte novamente.

Conforme os dias passaram de um para o outro, tentei ignorar a esperança de que eu receberia outro envelope. E recebi.

Minhas mãos tremiam, como sempre acontecia quando o abria. Desta vez, haviam duas palavras sobre a linha de notas: A MIM.

Oh merda. Merda, merda, porra, merda. Você pertence a mim. Momo ficou justificadamente assustada, assim como eu.

Mas ainda assim, não havia nenhum indício a respeito de quem eu pertencia.Assim, com mais nada para fazer, eu continuei vivendo. Paguei minhas contas, escondi algum extra, ajudei a Momo.

[...]

Eu tive um dia livre, a aula foi cancelada e não estava escalada para trabalhar. Então, visitei a minha mãe. O que eu odiava. Era meu dever como sua filha, visitá-la de vez em quando, mas eu não via o porque na maior parte do tempo.

Estacionei fora do lar de repouso, fiz meu caminho passando pelos moradores, enquanto eles apaticamente assistiam TV na sala de recreação.

Passei pelas portas abertas com doentes, frágeis seres humanos em camas mecânicas, também passei por portas fechadas.

Parei em frente à porta da minha mãe, que sempre estava fechada. Respirei fundo, buscando força e entrei.

Mamãe estava sentada em sua cama, joelhos dobrados contra o peito, cabelo liso contra seu crânio, sujo e gorduroso. Ela odiava chuveiros.

Eles podem chegar a você através do chuveiro, ela alegava. Para fazer com que mamãe ficasse limpa geralmente seriam necessários vários enfermeiros e um sedativo.

- Oi, mamãe. - Dei um passo hesitante para perto, esperando para ver como ela estaria hoje antes de tentar abraçá-la.

Em alguns dias, a paranóia à tornava perigosa, não era seguro ficar muito perto.

- Eles estão rindo de mim. Eles estão mais perto hoje. Mais perto, estão vindo através das janelas. Feche as cortinas. E- Ela gritou de repente, se lançando para através das janelas. - Feche as cortinas. - Ela gritou de repente, se lançando para fora da cama arranhando a janela com as unhas, arranhando contra algo inexistente. Agarrei-lhe os pulsos e puxei-a para longe.

- Eu vou fechá-las para você, mamãe. Está tudo bem. Ssshhh. Está tudo bem. - Ela hesitou, olhando para mim.

- Sana? É você? - Segurei a respiração e respondi.

- Sim, mamãe. Sou eu. - Seus olhos se estreitaram.

- Como posso ter certeza de que é você mesma? Eles tentam me enganar, às vezes, você sabe. Eles enviam agentes. Sósias. Às vezes, são as enfermeiras nesta terrível prisão. Você me pegou em fingir ser você. Elas se vestem como você, falam como você. Diga-me uma coisa que só minha filha saberia. Diga-me. - Ela sussurrou, arreganhando os dentes para mim. Tentei manter a calma.

- Eu caí da bicicleta quando eu tinha nove anos, mamãe. Lembra? Eu cortei meu joelho e ele ficou aberto, tive que andar quatro quarteirões de volta para casa. Minha meia estava tão cheia de sangue que eu tive que jogar o sapato fora. Você me deu um picolé de uva. Só que eu estava chorando tanto que, eu deixei cair o picolé na banheira. Você me fez lavá-lo e comê-lo mesmo assim. Se lembra?

- Talvez seja você. O que você quer? Está aqui para cortar minhas rações? Tirar meus privilégios? - Eu senti meu coração quebrar um pouco.

- Eu só estou aqui para vê-la, mamãe. Você sabe que isso não é uma prisão. É uma casa de repouso. Eles cuidam de você.

- Bateram-me! - Ela puxou a manga, me mostrou hematomas impressões digitais em seus braços.

Eu me apavorei na primeira vez que ela me mostrou isso. Porra. Ela fez isso para si mesma, uma das enfermeiras me contou.

Não acreditei nelas no início, mas depois vi mamãe arranhando os dedos em seu próprio braço e tinha visto ela bater-se com tanta força que foi necessário sedá-la.

- Mamãe, eu sei que você fez isso para você mesmo. Elas não lhe machucariam. Eu prometo.

- Você iria prometer, não é? Eles me fazem me machucar. Me controlam. Está no remédio que me dão. Controlam minha mente, para que eu me machuque. Você diria qualquer coisa para se livrar de mim. Você me odeia. É por isso que você deixa nesta prisão. Você me odeia. Você sempre me odiou.

Seu lábio enredou e seus olhos ganharam um brilho frenético que eu já conhecia muito bem. Me preparei para o inevitável, senti uma lágrima descer do meu olho.

- Não, mamãe. Eu a amo. Você sabe que eu a amo.

- Você me ama? A minha filha nunca diria isso. Você é uma impostora! Uma falsa! Você é um agente! Sai fora! Fique longe de mim! - Mamãe correu até mim, tive que recuar rapidamente para evitar a sua mão. Eu empurrei a porta e caí, senti uma enfermeira me segurar.

- Nós a pegamos, querida. Ela vai ficar bem, está apenas tendo um dia duro. Ela não dormiu bem a noite passada. E não tomou os remédios, ainda temos que lhe dar banho. - A enfermeira me deu um tapinha no ombro. - Ela sabe que você a ama. Ela estava pedindo por você no outro dia, sabe. Perguntado se você viria visitá-la em breve.

- Ela ... ela perguntou? - Ouvi a pausa na minha voz.

- Sim, ela perguntou por você.

- Bem, se ela perguntar de novo, diga a ela que eu a amo. Diga-lhe. Diga que vou visitá-la novamente em breve.

Dentro do quarto, outra enfermeira estava falando com mamãe. Eu assisti por um momento e, em seguida, virei, acenando para a enfermeira que me ajudou.

Chorei no caminho de volta pra casa, como sempre fazia depois de visitar mamãe. Depois do assassinato do papai, ela tinha ido de mal a pior, e depois, de pior a impossível.

Ela sempre teve alterações de humor e crises de paranóia, mas era gerenciável, especialmente se ela tomasse os seus remédios.

Então, o papai foi morto, e a esquizofrenia assumiu o controle, nenhuma quantidade de medicação poderia manter o seu nível. A apólice do seguro de vida do papai tinha pago as contas por vários anos, mas o dinheiro acabou e isso me deixou em uma situação muito ruim.

Eu não poderia candidatar-me ao bem-estar, e meus pedidos de empréstimos estudantis e bolsa estudantil ainda estavam sendo processados. Enquanto isso, mamãe ficava cada vez pior.

Minha irmã Sullyoon se eximiu sobre tudo. Ela foi para a universidade em Chicago, nunca voltou para casa, nunca visitou mamãe, nunca me ligou.

Ela tinha sua vida, enquanto eu a ajudasse a pagar a mensalidade, ela estaria bem.

Trabalhava, também, pagando por sua própria casa e comida, mas eu sempre me responsabilizei em cuidar dela, não importava o quê acontecesse.

Cresci cozinhando e limpado, ela conseguiu o ingressar na faculdade, arrumou os almoços na Columbia College, ajudei-o a encontrar um apartamento e um emprego.

Ensinei-lhe como fazer o orçamento. Isso não queria dizer que ela não era grata a mim e por tudo, Sullyoon simplesmente não conseguia lidar com a mãe. Eu não a culpava.

Enviei-lhe algum dinheiro extra quando cheguei em casa após visitar mamãe, e, em seguida, enviei um e-mail rápido, perguntando como ela estava. A resposta viria depois de um dia ou dois, provavelmente.

[...]

Os cheques iam chegando. Um por mês, dez mil de cada vez. As notas terminaram depois da mensagem curta, enigmática e assustadora.

Continuei a descontá-los, mantive algum dinheiro guardado, tanto o quanto eu podia me dar ao luxo de poupar.

Nunca parei de pensar em quem estava os enviando, mas não tinha nenhuma pista.

Tentei verificar de onde vinha novamente, mas não consegui fazer qualquer progresso. Meses se transformaram em um ano, e eu estava a um semestre de terminar a minha licenciatura em serviço social.

Precisava de um mestrado para o que eu queria fazer, então ainda teria que gastar muito dinheiro com a faculdade ainda.

E agora eu devia ao meu benfeitor misterioso cento e vinte mil dólares. Então, no aniversário de um ano do primeiro cheque chegar pelo correio, ouvi uma batida na porta do meu apartamento.

Eu tinha acabado de sair do banho, estava com uma toalha enrolada no tronco e outra em volta do meu cabelo, então deslizei a corrente de segurança e abri a porta.

- Sim? Posso ajudá-la? - Perguntei. Havia uma mulher de estatura alta e magra, de idade indeterminada, em pé, no outro lado.

Ela estava vestida com um terno preto, camisa branca e uma gravata preta. Estava segurando o tipo de chapéu que usavam os motoristas de limusine.

Ela também tinha um par de luvas pretas de couro típicas de uma condutora, e, se eu não estivesse enganada, havia uma protuberância em seu peito que indicava que ela estava carregando uma pistola. Seus olhos eram castanhos, duros, frios e assustadoramente inteligentes.

- Minatozaki Sana. - Não era uma pergunta. Sua voz era baixa, suave e fria como aço.

- Sim?

- Vista-se, por favor. Use suas roupas mais bonitas.

- Desculpe-me?

- Se você possui qualquer lingerie, coloque-a. Um vestido de noite. O azul. - Fitei-a através da fresta da porta.

- O quê? Do que você está falando? - Seu rosto permaneceu impassível.

- Meu nome é Myoui Mina. Estou aqui para buscá-la.

- Me buscar? - Cuspi a palavra. - O que eu sou, uma caixa de pizza?

- Será que você não descontou doze cheques, dez mil dólares cada, para um montante total de 120 mil dólares? - Engoli em seco.

- Sim, eu fiz.

- Você tem os fundos disponíveis para pagar isso? - Balancei minha cabeça negando.

- Eu não tenho tudo isso.

- Então você vai obedecer. Agora. Por favor, vista-se. Use sua melhor lingerie, o vestido de noite azul, jóias. Penteie o seu cabelo. Aplique maquiagem.

- Por quê?

- Eu não estou autorizada a responder a todas as perguntas. mais perto da porta. Ela deu um passo - Posso entrar, por favor?

- Eu ... não estou vestida.

- Estou ciente disso. Vou embalar seus pertences enquanto você se veste.

- Arrumar os meus pertences? Para onde vou? - Ela arqueou uma sobrancelha.

- Embora. - Engoli em seco novamente.

- Por quanto tempo?

- Indefinidamente. Agora, sem mais perguntas. Deixe-me entrar, por favor. - Isso foi formulado como um pedido, mas não era.

Ela poderia facilmente quebrar a porta, e se eu estivesse certa tinha uma pistola. Seus olhos perfuraram os meus.

- Por favor, senhorita Minatozaki. Eu sei que esta é uma situação incomum. Mas você tem que entender. Estou aqui não só para recolher você, mas para protegê-la. Eu não vou lhe machucar, eu juro. Não vou tentar te ver se trocando. Vou arrumar suas roupas e outros pertences, e acompanhá-la em sua jornada. Eu não posso responder a mais perguntas.

- Eu só não entendo o que está acontecendo. - Mina piscou e soltou uma respiração curta.

- Tenho certeza de que você se lembra da mensagem dos três primeiros cheques. - Eu não conseguia respirar, não conseguia engolir o caroço de medo na minha garganta.

- Você pertence a mim. - Sussurrei.

- Sim. Isso é o que está acontecendo. Meu empregador me enviou para recolher o que é dele.

- Eu.

- Exatamente.

- O que ele quer comigo? Quem é ele?

Os olhos de Mina se estreitaram em irritação.

- Eu disse a você, senhorita Minatozaki, eu não posso e não vou responder a quaisquer perguntas. Agora, deixe-me entrar. Essa corrente é um incômodo, e meu trabalho inclui a remoção de perturbações. Não faça isso difícil, por favor.

Fechei os olhos, contei até cinco, e depois percebi que não tinha escolha. Eu sabia que ela estava armada, e sabia que não tinha como sair dessa.

Ela prometeu que não iria me machucar, mas isso não era um consolo. Ela era uma mulher fodidamente assustadora e eu era uma menina sozinha, em um não 'tão' grande apartamento em um bairro bastante obscuro. Ninguém, apenas Momo, iria sentir a minha falta se eu desaparecesse.

- Posso chamar minha amiga para lhe dizer estou indo embora?

- Depois que estivermos a caminho.

- O que você vai fazer se eu me recusar a cooperar? - Perguntei, Mina levantou o canto de sua boca em um sorriso que gelou meu sangue.

- Isso seria ... imprudente. - Segurei minha postura.

- O que você faria?

- Eu poderia abrir a porta, dominá-la, sedá-la e a levaria de qualquer maneira.

- E se eu chamar a polícia? - Mina suspirou.

- Senhorita Minatozaki. Isso é totalmente desnecessário. O que está acontecendo com você não é algo ruim. Eu não sou um capanga da máfia. Eu não vou quebrar suas pernas. Estou aqui para levá-la para conhecer meu empregador, que tão gentilmente manteve você no ano passado. Ele só quer arranjar ... o reembolso.

- Eu não tenho o dinheiro para pagar de volta. E nunca vou ter.

- Ele não está interessado em dinheiro.

- Ele. Você disse ele. Então, ele quer... a mim? - Mina lambeu os lábios, como se tivesse cometido um erro.

- Você vai cumprir voluntariamente. Nada vai ser forçado para você.

- Mas eu não quero ir com você.

- Não? - Ela levantou uma sobrancelha. - Certamente você deve estar curiosa.

- Não é o suficiente para ir com você. Você me assusta.

- Bom. Isso é parte do meu trabalho. Mas prometo a você, não vou prejudicá-la, e eu não vou permitir que sofra qualquer dano. Você está segura comigo. Mas o tempo é curto. Se você se recusar a ir, vou ser forçada a voltar para o meu empregador e relatar sua recalcitrância. O próximo passo iria, provavelmente, envolver métodos forçados de recuperação. Apenas venha comigo. Será mais fácil para todos nós. - Suspirei.

- Tudo bem. - Fechei a porta, destranquei a corrente e deixar Mina entrar. Ela escaneou meu apartamento.

- Devo dizer, esperava encontrar você em um lugar melhor com o dinheiro que você recebeu.

- Nada dura para sempre. Eu não tinha nenhuma garantia de que os cheques continuariam chegando. Posso pagar por esse lugar com os meus próprios recursos. Mais ou menos.

- Você é sábia. - Tentando atrasar as coisas, eu perguntei:

- Posso lhe pegar algo para beber? - Mina sorriu para mim. Ela sabia! Merda Não. - Obrigado. Nós não temos muito tempo. Vista-se, por favor.

Fui para o meu quarto, vasculhei meu armário até que eu encontrei o vestido azul que eu tinha usado em uma festa de gala para arrecadar fundos com meu último namorado.

Mina sabia que tinha um vestido azul, isso sim, era aterrorizante. Não era um vestido caro, mas se encaixava como uma luva, mostrava as minhas curvas acentuadas, minha pele e cabelo.

Olhei para Mina que já havia pegado as minhas duas malas. As velhas malas de bagagem de mamãe e papai estavam na minha cama.

Ela arrumando todos os meus jeans, calças de yoga, saias, blazers, vestidos e blusas com eficiência militar. Eu mostrei o vestido.

- Será que isto vai servir? - Mina olhou, examinou o vestido, então assentiu uma vez.

- Sim.

Cavei a um conjunto de lingerie que eu tinha em uma gaveta inferior. Não era cara, mas, novamente, era perfeita para mim.

Rendas vermelho escuro, o tom perfeito para compensar a minha clara e cabelos escuros. Entrei no banheiro, tranquei a porta e joguei a toalha. Me examinei no espelho.

Eu tinha uma estatura normal para minha idade na verdade um pouco mais de um metro e sessenta e quatro, a pele super clara e cabelo escuro, quase preto. Era cheia de curvas, pesava um pouco mais da média para a minha altura e tipo de corpo.

Eu me via bastante bonita na maioria dos dias, e sexy se eu tentasse duro o suficiente em um bom dia. Nada de especial, mas não era feia.

Coloquei a lingerie, então comecei a fazer o meu cabelo. Cachos soltos, em espiral, prendendo a franja para o lado.

Escorreguei no meu vestido, fechei a parte de trás, em seguida, apliquei a maquiagem. Não usava muita, apenas alguma base, blush, sombra e brilho labial. Nada pesado ou exagerado.

Coloquei um par de brincos de diamante de lágrima e um colar combinando, um presente de papai na minha formatura do ensino médio.

Finalmente, depois de cerca de trinta minutos, eu estava pronta. Olhei-me no espelho novamente.

- Não está ruim, Sana. Não está tão ruim. - Balancei a cabeça para o meu reflexo, controlei os nervos, e sai. Myoui tinha minhas malas prontas, estava fechando as gavetas da minha cômoda. Ela me olhou por cima.

- Você é muito bonita, senhorita Minatozaki - Abaixei minha cabeça, estranhamente satisfeita com o seu elogio.

- Obrigada, senhorita Myoui. - Ela acenou com a cabeça.

- Mina, por favor. Agora, se você estiver pronta?

- Tudo está embalado?

- Todas as suas roupas, lingeries, jóias e o carregador de celular. Eu assumo que tudo o que você precisa está na sua bolsa. - Ela ergueu as malas e rumou para a porta da frente. Segui-a, fiz uma pausa quando ela abriu a porta.

- E o meu apartamento? - Mina colocou as malas no corredor, esperando por mim para que pudesse fechar a porta.

- Tudo será cuidado.

- O que acontecerá com a Sullyoon? E mamãe? E...

- Eu repito, senhorita Minatozaki. Tudo será cuidado. Tudo que você precisa fazer é me seguir. - Ela me olhava, seus olhos castanhos escuros estavam calmos, pacientes. Deixei escapar um suspiro trêmulo.

- Tudo bem, então. Vamos. - Botei minha bolsa no ombro, desliguei as luzes e tranquei a porta.

Segui Mina para fora, já era bem depois do por do sol. Tinha um grande e elegante Mercedes-Benz preto estacionado longe dos outros carros, em um ângulo para ocupar duas vagas.

Ela botou as malas no chão e retirou um chaveiro do bolso. O porta-malas se abriu, e, em seguida, ela colocou as malas dentro. Ela tinha feito tudo isso antes que eu tivesse a chance de colocar a mão na porta.

Mina abriu a porta do passageiro, segurou-a para mim enquanto eu deslizava para dentro, depois fechou-a suavemente.

Em poucos segundos, ela estava no banco da frente, e o motor rugiu.

Ela nos levou para um pequeno aeroporto, passando por um posto de controle de segurança, e então estacionou na pista ao lado de um jato particular enorme.

Engoli em seco, enquanto olhava pela janela para o avião. Isso estava realmente acontecendo? Oh Deus, oh Deus, oh Deus. Eu estava muito apavorada.

- Se você quiser fazer uma chamada de telefone, agora é a hora, senhorita Minatozaki - Disse Mina. Procurei meu telefone na bolsa e liguei para Momo.

- O que há, Sannie? Quer me encontrar para beber? - Deixei escapar um suspiro.

- Eu não posso.

- Por que não? O que está acontecendo? - Pisquei duro.

- Estou indo embora.

- O quê? O que quer dizer? Onde? Por quê? Por quanto tempo?

- Eu não sei, Momo! Eu não sei! Os cheques. Todo aquele dinheiro. Estou prestes a conhecer quem os enviou.

- Quem é? - Momo exigiu.

- Eu não sei. Eu não sei de nada. Uma mulher apareceu na minha porta uma hora atrás e disse que estava aqui para me cobrar. Estou sendo conduzida para algum lugar que desconheço, Moguri.

- Será que ela sabe que você está me ligando? Você está em perigo? - Obriguei-me a respirar com calma.

- Eu não penso assim. Realmente não tenho escolha, mas não estou em perigo. Tipo, eu não acho que alguém vá me matar. No entanto, estou com medo. O que poderá acontecer comigo? -Sussurrei a última parte.

- Sana ... Jesus. Isso só poderia acontecer com você. - Eu a ouvia respirar, soando tão instável como eu estava.

- Onde você está?

- Aeroporto Internacional central de Seul. Indo à bordo de um enorme fodido Gulfstream ou algo parecido. Um grande jato particular. Agora estou sentada em um Mercedes-Benz.

- Oh meu Deus, Sana! Então, quem é esse cara, ele é rico.

- Sim.

- E você deve a ele, o quê, uns cento e vinte?

- Sim.

- Como é que você vai pagar? - Perguntou. Pisquei outra vez, lutando contra as lágrimas.

- Essa mulher, Mina, disse que meu benfeitor não está interessado em dinheiro. - Momo tragou uma respiração afiada.

- Ele está interessado em você, então. Algo me diz que você, vai ter que dar um inferno de um lote de sexo, para pagar esse tanto de dinheiro querida.

- Momo!

- Só estou dizendo, fedorenta. É verdade.

- Eu não sou uma prostituta. Não vou usar o sexo para pagar. - Minha voz tremeu.

- Talvez você não tenha escolha.

- Eu sei. É por isso que eu estou tão assustada. Quer dizer, eu não sou puritana. Você sabe disso. Mas ... e se ele tem, tipo, oitenta? Ou é algum tipo de... Sultão? Você sabe? Àquelas garotas que acabam escravas na Arábia Saudita?

- Estou com medo por você. - Uma batida na janela me assustou. Mina abriu a porta do carro.

- É hora, senhorita Minatozaki.

- Eu tenho que ir, Momo.

- Tenha cuidado, ok? Me ligue assim que puder, então saberei que você está viva.

- Eu ligarei.

- Então ... Eu vou falar com você depois, Sannie. - Ela tentou soar casual por não dizer, adeus. Eu a amava intensamente para isso.

- Até mais tarde, Moguri. - Usei o sotaque falso que sempre a fazia rir. Ela riu e então desligou na minha cara.

Funguei sorrindo, sentindo-me de alguma forma tranquila, por ter conversado com Momo. Mina fechou a porta atrás de mim e apontou para a escada móvel que levava até a porta do jato.

- Pronta? - Balancei minha cabeça em negação.

- Nem de perto.

- Compreensível. Há champanhe e outras bebidas no avião. Vamos? - Ela tocou a minhas costas com três dedos, dando um pequeno empurrão.

Subi os degraus, meus joelhos pareciam
geléia e entrei no jato. Era... deslumbrante. Como em um filme. Bancos de couro creme, televisão de tela plana, carpetes grossos, um balde de gelo de prata em uma bandeja especial perto de um conjunto de assentos, dentro havia uma garrafa que assumi ser um champanhe horrivelmente caro.

A comissária de bordo em um terno azul marinho já estava a bordo, pronta para mim. Olhei para Mina em choque.

- Você está entrando em um novo mundo, senhorita Minatozaki. Um com muitos privilégios. Sente-se, relaxe e tente acalmar-se. Você não será prejudicada e não vai entrar em qualquer tipo de escravidão. Está apenas em situação de mudança.

Eu balancei a cabeça, incapaz de falar. Sentei-me, curvada, e mantive os braços no assento enquanto o jato taxiava e decolava.

Quando estávamos no ar, a aeromoça me serviu uma taça de champanhe, que bebi devagar e com cuidado.

Eu precisava acalmar os meus nervos, mas também precisava estar em meu juízo para o que viria em seguida.

O vôo durou um pouco mais de três horas e, então, pousou suavemente em um aeródromo privado. Eu não tinha ideia de onde estávamos.

Saí do avião e segui Mina em direção a um carro que estava nos esperando, este era uma limusine.

Ela abriu a porta para mim, fechou-a e depois deslizou para o banco do motorista. Não falou nada, apenas esperou que alguém carregasse minhas malas para o porta-malas do carro.

Eu meio que esperava ver alguém sentado nas sombras da limusine, mas não havia ninguém.

Somente longas extensões de couro preto, luzes, rádio e mais champanhe. Cruzei as mãos no meu colo e esperei enquanto Mina dirigia. Foi uma longa viagem, parecia que havíamos chegado à Nova York. Fomos pela ponte do Brooklyn, para Manhattan.

Nós atravessamos o tráfego pesado, indo para Uptown.

Depois de quase uma hora de dirigindo, passando por arranha-céus que perfuravam o céu da noite ao redor, Mina entrou com a limusine em uma garagem subterrânea.

Meu coração estava disparando quando Mina levou-me sem as malas para o elevador.

O elevador subiu rapidamente, deixando meu estômago em meus calcanhares. Mina estava em silêncio, em pé, ao meu lado, com as mãos cruzadas atrás das costas.

As portas se abriram e saímos. Estávamos no vestíbulo do lado de fora, do que imaginei que fosse uma cobertura.

Grossos e escuros carpetes azul ardósia, paredes azul marinho, grandes portas francesas de mogno, uma árvore florida em um canto e uma janela do chão ao teto, revelando uma vista deslumbrante da cidade de Nova York. Mina parou junto às portas e se virou para mim.

- É isso. É até onde eu vou. - Ela enfiou a mão no bolso do paletó e retirou um pedaço de pano branco. - Se você concordar colocarei esta venda nos seus olhos. Ao permitir colocá-la, você estará concordando em seguir de bom grado todas as instruções dadas a você sem hesitação. Se você não concordar, vou levá-la para casa, e o reembolso dos fundos deverá ser feito imediatamente.

Ela me fitou, esperando. - Então você concorda? - Sua voz era formal. Tomei uma respiração profunda.

- Eu não tenho escolha, tenho? - Mina deu de ombros.

- Sempre há uma escolha. - Perguntei a mim mesma. Eu poderia fazer isso, mesmo sem saber o que seria esperado de mim? Levantei meu queixo e me deixei levar pela coragem.

- Eu concordo.

Mina assentiu, e, em seguida, moveu-se atrás de mim. Senti colocar a venda em meus olhos, o pano branco era dobrado várias vezes para que eu não conseguisse ver nada.

Ela amarrou com cuidado, mas com firmeza atrás da minha cabeça, e então senti sua mão nas minhas costas, os mesmos três dedos que ele tinha usado para me deslocar para o jato.

Ouvi a maçaneta da porta e o silêncio fraco de uma porta de correr em todo tapete grosso. Um empurrão, e eu fiz os meus pés me levarem para a frente. Dois passos, três, quatro, cinco.

- Até a próxima vez, senhorita Minatozaki. - Ouvi Mina dizer atrás de mim, e então o clique da porta se fechando.

Era o som decididamente final. Eu estava em pé, tremendo, tremendo, com os olhos vendados, esperando. Ouvi um passo na direção do meu lado esquerdo.

- Olá? - Perguntei com a voz trêmula e ofegante.

- Sana. Bem - vinda. A voz era profunda, suave, suave demais, lírica, hipnótica, retumbando em meus ossos e vibrando em meu ouvido.

Um dedo tocou minha bochecha, quente, um pouco áspera. As pontas dos dedos rasparam, sempre muito gentil em meu rosto, por cima da minha orelha, levando uma mecha de cabelo que se soltou para longe.

- Por favor, não tenha medo. - Ela estava perto. Eu podia sentir o calor que emanava do seu corpo. Eu podia sentir seu cheiro, refrescante, perfume ou sabonete. Sua voz, Deus, a sua voz. Isso me fez tremer. Confiante, quase gentil, quente. - Esperei muito tempo por este momento, Sana.

- Quem ... quem é você? Por que estou aqui? - Uma pausa.

- Você não precisa do meu nome ainda. Quanto ao porquê de você está aqui? - Sua voz baixou, silenciando para um murmúrio rosnado que fez meu estômago se apertar. - Você está aqui porque eu possuo você, Sana.

- O que ... o que você vai fazer comigo? - Odiava o quão fraca e com medo eu soava.

- Tudo. - Sua voz era firme, como uma promessa.- Mas nada que você não vá gostar.

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