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Ópera

Minatozaki Sana.

Segui Mina pela porta, que nos levou a um pequeno hall de entrada e um elevador.

Ela apertou o botão e ficou ao meu lado com as mãos cruzadas atrás das costas, uma postura nitidamente militar à vontade, que parecia natural.

As portas do elevador se abriram, ela fez um gesto para eu entrar primeiro. Entrou e apertou um botão para alguns andares abaixo.

Meu coração estava começando a bater um pouco mais rápido, sabendo que estava prestes a encontrar Kim mais uma vez.

Chegamos no nosso andar e saímos em uma sala pequena iluminada por fracas luzes vermelhas, escondidas atrás de estandes grossos de bambu, plantados diretamente no chão de cada lado da sala.

Em frente ao elevador estava um conjunto de portas duplas, laca preta e grossa, pareciam pesadas, com faixas de ferro preto martelado e puxadores em forma de anéis grossos.

Em frente ao elevador estava um conjunto de portas duplas, laca preta e grossa, pareciam pesadas, com faixas de ferro preto martelado e puxadores em forma de anéis grossos.

Mina se moveu para ficar ao meu lado, olhou para a porta e depois para mim. Enfiou a mão no bolso do blazer e tirou uma longa tira de tecido verde, do mesmo tom e material do meu vestido.

- Pronta? - Inalei, prendi a respiração por um momento e soltei.

- Sim. Acho que eu estou. - Mina amarrou a venda em torno de minha cabeça e colocou a mão no meu ombro.

Ouvi o barulho da porta quando uma das alças foi levantada. Senti a mudança de equilíbrio, os dedos apertando levemente no meu ombro quando ela abriu a porta, obviamente pesada.

O cheiro de comida invadiu minhas narinas, provavelmente asiática. Arroz, carne assando, legumes. Ouvi labaredas,vozes baixas. Mina me guiou através da porta.

- Eu a vejo mais tarde, Senhorita Minatozaki. - Falou se afastando.

- Espera você está me deixando aqui? Eu não sei para onde vou, estou com os olhos vendados, lembra? - Me senti em pânico. Mina agora era familiar para mim.

Eu não queria ser deixada sozinha em outro lugar estranho. Não estava mais na casa da Kim ou em um veículo.

Estava em um restaurante. Havia pessoas me assistindo, olhando querendo saber quem era esta estranha senhora de olhos vendados?

Fiquei envergonhada, odiando a venda, odiando a vulnerabilidade, odiando que as pessoas que eu não conhecia podiam me ver, quando eu não podia vê-las.

Hesitei com um toque fresco no meu ombro, ouviu uma voz feminina suave com sotaque chinês fraco.

- Senhorita Minatozaki. Por favor, meu nome é Kahei. Vou levá-la a Senhorita Kim - Ela instruiu.

- Você está bem, senhorita Minatozaki. - Disse Mina - Tenha uma boa noite. - Ouvi as portas pesadas se fechando.

- Por aqui, por favor. - Senti a mão de Kahei tomar a minha, colocando meus dedos em seu braço. - Siga-me, por favor.

Me movi com cuidado, passos precisos, minha anfitriã parecia entender a limitação do meu vestido, enquanto ela se movia lento suficiente para que eu não me sentisse apressada ou sem equilíbrio.

Ouvi as vozes de novo, eles estavam à minha direita, todos pareciam estar falando a mesma língua. Chinês, talvez? Não tinha certeza.

- Existem outras pessoas aqui, Kahei?
- Perguntei.

- Não, não. Só a Sra. Kim, eu, você e os chefs.

- Ok! Obrigada.

- Certo. - Kahei parou, ouvi uma porta, o leve chiado de dobradiças lubrificadas e uma abertura de trinco. - Por aqui, por favor - Outra dúzia de passos seguida de outra pausa, outra porta se abrindo.
- Senhorita Minatozaki, senhora. - Disse Kahei, colocando uma mão no meu cotovelo me pedindo para ir em frente.

Ouvi uma cadeira sendo arrastada e as mãos ásperas de Kim em meus pulsos, tomando minhas mãos nas dela.

- Sana. Bem-vinda.

- Obrigada. Onde estamos? - Ela me levou por quatro passos, puxou uma cadeira, me guiou para ela e retomou seu próprio assento.

- Este é Wong Palace. É um restaurante chinês que eu tenho. - Seus dedos fortes emaranharam com os meus. - Você está simplesmente arrebatadora, Sana. Sabia que o vestido iria servir quando eu mandei fazê-lo, mas não tinha ideia de como positivamente deslumbrante você pareceria ao usá-lo. - Corei.

- É incrível, Kim. Obrigada. - Abaixei minha cabeça. - Pelo vestido e por toda a experiência até agora.

- Você gostou das joias? - Deixei escapar uma bufada incrédula.

- Gostei!? Kim, é incrível. Essa não é a palavra certa ... não há quaisquer palavra para descrever. Nunca usei nada parecido.

- Esse é o ponto, minha deusa. Não mesmo. Esse conjunto foi projetado para você, para o vestido.

- O quê? - O polegar de Kim acariciou meus dedos.

- Você merece o melhor, Sana. E eu pretendo dar-lhe.

- Eu só ... nem sei o que dizer, Kim Tudo é tão, muito. Não posso sequer imaginar o quanto você gastou no que estou vestindo.

- Você quer saber? - Ela parecia divertida. - Se quiser saber, então vou lhe dizer. Ao todo, o que você está vestindo custa mais de cem mil dólares. - Minha mente girou.

- Por quê? - Ela riu.

- Não é nada, Sana. Nós não vamos ser vistas hoje à noite, também. Não no sentido público, quando o que vestimos seria julgado.

- Você faz aparições públicas como essa?

- Muito raramente. E só se for absolutamente necessário.

- Então tudo isso.-  Fiz um gesto para mim com as mãos. - É apenas para o quê, por diversão?

- Pela emoção? - Senti dúvida em sua Voz - Quer saber por quê? Não. Nem um pouco. Você é a mulher mais linda que eu conheci, Sana, apesar de tão jovem, você é simplesmente espetacular. Você deve ser enfeitada para mostrar sua beleza. Mandei fazer esse vestido para que se sentisse bonita, por isso, gostaria de desfrutar de olhar para você ainda mais esta noite. - Sua voz baixou, tornou-se íntima, próxima e retumbante. - Você se sente bonita, Sana? - Me dei um tempo para pensar antes de responder.

- Sim. Eu acho. Sim, muito. - Não podia me permitir acreditar no seu comentário de a ' mais bela mulher que eu conheço'. Ficaria louca se o fizesse.

- E depois, esse foi um dinheiro bem gasto. Uma pausa. Pare de pensar no custo das coisas. Essa é uma preocupação minha. Eu gasto o que quero, quando quero. Tudo que você precisa fazer é ser você mesma e tentar confiar em mim.

- Eu estou trabalhando nisso.

- Eu sei. Agora, se não me engano, Kahei já esta vindo com o primeiro prato. - Naquele exato momento, uma porta se abriu e senti o cheiro da comida.

Desta vez, depois de ter comido com Kim antes, simplesmente esperei.

Senti Kim levantar minha mão e colocar um copo nela. Levei aos meus lábios, cheirei, parecia vinho branco.

Ouvi utensílios tilintando, tigelas sendo colocadas e depois, a porta se fechando.

- Este é Beef Sichuan.-  Disse Kim. - Um pouco picante. Abra.  - Abri minha boca, senti pauzinhos tocarem meus lábios e sua mão no meu queixo.

Mordi, ela retirou os pauzinhos. Um pouco picante, disse ela. Parecia fogo, eu tive que piscar tentando controlar a queimadura.

- Deus, Kim! Isso não é apenas um pouco picante, é p..., uma loucura de quente! - Mal me lembrei do seu desagrado por xingamentos. Tomei um gole de vinho para lavar o calor na minha boca. Kim riu.

- Não é picante para mim. Mas, suponho que aprecio as coisas um pouco mais picantes do que a maioria. Passei vários anos na China e nos países vizinhos, desenvolvi um gosto por comida picante.

- Deixe-me tentar outra mordida, agora que estou pronta para isso. - Separei meus lábios, mordi quando ela me alimentou um bocado de carne e arroz, com algum tipo de vegetal. Desta vez, pronta para o calor, fui capaz de provar e gostei. - Então, o que você estava fazendo na China? - Ela respondeu enquanto mastigava.

- Eu estava, desenvolvendo contatos comerciais, por assim dizer.

- Isso é vago.

- De propósito. Talvez, eventualmente, eu conte mais sobre o que faço a você, como fiz minha fortuna. Mas não agora. Não é relevante neste momento.

Eu mantinha a mão no meu copo, assim não teria que encontrá-lo novamente, ou ela teria que me dar o tempo todo.

Tomei um gole, farejando a mordida pelo tempero. Nós comíamos e conversávamos.

Era o tipo de coisa que eu geralmente odiava, mas também era exatamente o que precisava, a aparência de normalidade, para compensar a estranheza de estar com os olhos vendados.

Havia vários pratos para a refeição, cada um melhor que o anterior, quase todos muito picantes. No momento em que terminou, minha língua estava formigando.

- Comida não tão picante da próxima vez, hein? - Falei tomando um gole de meu segundo copo de vinho. Kim riu.

- Claro. Para você, não. Mas é apenas a maneira que Kahei cozinha. Ela é uma mestra com LaJiao.

- La o quê?

- LaJiao. - Repetiu. - As pimentas que fizeram a comida picante. É a assinatura de Kahei.

- Você quer dizer que Kahei é o chef?

- Este é o seu restaurante. Eu entrei com o capital e direção, mas ela administra e faz a comida. É muito exclusivo, muito caro. Normalmente, você não seria capaz de conseguir uma mesa aqui, a menos que tivesse reservas de seis meses.

- Mas para você - Insinuei.

- Eu tenho o meu jeito.

- Claramente. - Ouvi sua cadeira raspar, senti seus dedos passarem sobre os meus ombros e costas.

- Se importaria de pular a sobremesa? Ou gostaria de prosseguir para a apresentação?

- Estou cheia. Nós podemos ir se você estiver pronta.

- Boa resposta.- Ela pegou minha mão e me levou de volta da mesma maneira que vim.

Ouvi as pesadas portas sendo abertas, os sons da cozinha e a baixa vibração das vozes retrocederam. Ouvi o zumbido do elevador.

Depois um curto passeio, estávamos nos movendo através do que parecia ser um grande hall de entrada, meus saltos ecoando com cliques afiados.

Outra porta se abriu e a mão de Kim nas minhas costas me conduziam através dela para fora. Os sons de Nova York me agrediram, buzinas, vozes, calçados, veículos correndo, sirenes.

Era uma noite quente, em contraste com o frio do restaurante e do lobby que tinha acabado de sair. Ouvi vozes nas proximidades.

- Olha ela está com os olhos vendados. Me pergunto por quê?

- Olhe para esse vestido!

- Você viu o colar?

- Esse é um Maybach! Um Carro da Mercedes-Benz

- Puta merda, quero uma gostosa dessa também... garota vendada sortuda.

Então, ouvi a porta do carro se abrir e Kim me ajudou a entrar no carro, empurrando suavemente minha cabeça.

Deslizei para dentro, sentindo o couro por baixo das minhas mãos. A porta se fechou e Kim sentou ao meu lado, o motor ronronou, estávamos nos movendo. Pude sentir a tensão que saía de Kim.

- Você está bem? - Perguntei.

- Eu preferia uma entrada privada, mas isso não foi possível, infelizmente.

Ela pegou minha mão e me encontrei naturalmente entrelaçando meus dedos nos seus. Nós temos uma entrada privada no Met, felizmente.

- O que vamos assistir? - Perguntei, ignorando o meu próprio embaraço sobre as coisas que tinha ouvido e o fato de que não iria realmente ver nada.

- La Bohème. Uma apresentação muito agradável. Esta performance de Jeon Somi, seu canto é maravilhoso e você não vai perder muito em estar vendada. A música é a única coisa.

Eu tinha ouvido falar dela, mas não sabia nada sobre o assunto. O resto da viagem foi tranquila, mas a tensão de Kim ainda era palpável.

- Você realmente não gosta de estar perto de pessoas, não é? - Não poderia deixar de perguntar.

- O que faz você perguntar isso? - Sua voz era suave e nítida. Dei de ombros.

- Posso sentir como está tensa. Toda aquela cena lá realmente a incomodou.

- Você pode sentir tudo isso? - Balancei a cabeça com outro pequeno elevar de um ombro.

- Sim. Está vindo de você em ondas. - Ela respirou fundo

- Você é muito perspicaz, Sana. Especialmente considerando que não tem o uso de pistas visuais. - Seus dedos apertaram os meus.

Eu não sabia o que dizer sobre isso, então não disse nada. Ouvi buzinas de carros e a sensação de movimento cessou, indicando que estávamos parados em um semáforo ou ficamos presos em um engarrafamento.

- Você está certa, é claro. - Disse Kim, depois de alguns minutos de silêncio. - Não gosto de multidões. Não é que eu não goste de pessoas, por si só. Simplesmente prefiro que minhas interações sejam um para um, nos meus termos. Há tantas coisas que não se pode controlar em um ambiente público, lotado. E a minha experiência de vida me ensinou a fugir de tais situações, sempre que possível.

O veículo voltou a andar e nós continuamos em um silêncio sociável. Depois de vinte minutos, que foi pontuado com conversa esporádica, Mina parou o carro e ela saiu para abrir nossa porta.

Kim deslizou para fora, eu estendi minha mão. Ela me ajudou a sair do carro. As vozes sobrepostas me bateram do lado esquerdo, as câmeras clicando, perguntas sendo gritadas.

Ouvi outra porta abrir, desta vez na nossa frente, a mão de Kim nas minhas costas me convidou para ir em frente.

Me movi o mais rápido que pude em cima dos saltos de quinze centímetros e vestido apertado, sabendo que Kim gostaria de entrar antes que os fotógrafos nos vissem.

Depois de uma dúzia de passos, a porta se fechou atrás de nós, isolando o murmúrio da rua.

- Por aqui, por favor, Senhorita Kim - Ouvi uma voz feminina suave e reverente, dizer.

Seguimos a recepcionista, eu assumi. Kim me guiou para um elevador e saímos em uma espécie de corredor. Um camarote privado. Eu podia ouvir a orquestra aquecendo, a cacofonia dissonante de instrumentos.

Agora mais do que nunca eu odiava a venda. Queria ver. Era minha primeira vez no New York Met e estava com os olhos vendados.

Não podia ver o palco, a arquitetura do teatro, os assentos. Não podia ver as pessoas que chegavam e tomavam os seus lugares, ajustando estolas e paletós. Eu não podia olhar para os rostos famosos.

Kim me ajudou a encontrar o meu lugar, senti ela se estabelecer ao meu lado.

- A apresentação deve começar em breve. Gostaria de tomar uma bebida? - Dei de ombros.

- Claro. O que você achar melhor.

- O que há de errado, Sana? Você parece chateada.

- Eu nunca fui à ópera, nunca entrei no Met e só queria ver tudo. Esta venda é frustrante. - Seu polegar patinou sobre o meu ombro, ela se inclinou para perto de mim.

- Eu sei, Sana. Eu sei. Tenho um telefonema para fazer. Você pode olhar ao redor enquanto eu estiver fora. - Seus lábios tocaram o meu ombro e pescoço. Eu tremi, senti minha pele arrepiar, Meu sangue disparar.- Estarei de volta em breve. Vou mandar alguém com um copo de vinho.

- Tudo bem. Obrigada, Kim.

- É claro. - Ouvi ela sair, agora eu estava
sozinha. Estendi a mão por trás da minha cabeça e desatei a venda, piscando enquanto meus olhos se adaptaram para o súbito efeito de luz.

Oh... oh, meu Deus! Eu tinha visto fotos do Met, é claro, então meio que sabia o que esperar, mas nada poderia ter me preparado para a realidade.

Era enorme. O camarote que eu estava era em frente ao palco, no topo, para que todo o teatro estivesse em exposição para mim. Claro que Kim teria o melhor lugar da casa.

Os assentos estavam sendo ocupados rapidamente, a cortina do palco estava fechada, os casais andando pelos corredores, liderados por condutores, para encontrar seus lugares.

Um par de binóculos de ópera estavam no assento ao meu lado, recentemente desocupado por Kim. Os usei para obter um olhar mais atento às pessoas na platéia e verificar rostos familiares.

A porta do camarote se abriu e um garçom entrou, carregando uma bandeja com um único copo de vinho branco.

- Há algo que eu possa fazer por você, senhora? - Ele perguntou.

- Não, estou bem. Obrigada. - Esperei que ele saísse, mas não o fez. Ele deu de ombros e me deu um sorriso de desculpas.

- Tenho instruções para esperar aqui com você, até a volta da Senhorita Kim - Fiz uma careta.

- Bem, então lhe faça feliz. - Voltei a observar a multidão e beber meu vinho, ficando o maior tempo possível sem a venda.

Poucos minutos depois, as luzes começaram a escurecer e a orquestra atingiu uma única nota. Uma batida na porta e o servidor me fez pular no lugar, mas ele parecia estar esperando por isso.

- Eu tenho que ... errrr, amarrar uma venda nos seus olhos agora. Senhora. Sinto muito, mas essas são as minhas instruções. - O garçom era um rapaz muito jovem, mal saído da adolescência e estranho, cheio de cicatrizes de acne. Ele deu um passo em minha direção e lhe entreguei a venda.

- Ah, isso explica por que você teve que esperar aqui. - Fechei os olhos quando ele colocou o pano em volta da minha cabeça e amarrou.

Estava muito apertado, mas eu podia sentir suas mãos tremendo, estava seu nervoso e por isso tive pena.

- Isso é suficiente, obrigada.

- Desculpe, minha senhora. - Balancei a cabeça.

- Não é culpa sua.

- Posso, perguntar por que? O porquê da venda? - Não tinha certeza do que dizer.

- Ah... ahm. É uma longa história, na verdade. É ... um jogo que minha namorada e eu estamos jogando. - A porta se abriu, ouvi o andar de Kim atrás de mim.

- Isso não é da sua conta, Yugyeom. Mais vinho para a senhorita e seu melhor Scotch single malt para mim, por favor. Obrigada.

- Agora mesmo, senhora.- Yugyeom parecia aliviado por ter alguma coisa para fazer que o levasse para longe de mim, da venda e de Kim. Ouvi uma risada ao meu lado.

- Pobre garoto estava prestes a molhar-se, eu acho.

- Ele parecia um pouco nervoso. Especialmente quando teve que amarrar a venda em mim. Toquei o nó. Falando nisso, acho que estou perdendo a circulação, ele amarrou tão apertado. Você pode soltá-la para mim? - Dedos fortes trabalharam no nó, soltaram a venda e ela a amarrou.

- Ele não conseguia tirar os olhos de você. - Disse Kim enquanto mexia com o meu cabelo, os dedos passaram através das extremidades. - Eu não o culpo, mas ele estava abertamente cobiçando.

- Cobiçando? Eu não acho que ele estava cobiçando.

- Ele estava cobiçando. Olhando para os seus seios, na verdade. - Ela traçou a linha da minha clavícula e depois para baixo, cada vez mais perto da abertura do meu decote. - No entanto não é culpa dele. Não inteiramente. É impossível desviar o olhar de você. Mas você não está aqui para ele olhar.

- Não?

- Não.

- Então, para quem estou? - Sabia a resposta, mas queria ouvir a reação dela.

- Minha, Sana. Você é minha. Você pertence a mim. Só à mim. Não vou compartilhar, nem mesmo com crianças inocentes, como o nosso amigo Yugyeom, o garçom. - Naquele momento Yugyeom voltou e Kim substituiu meu copo vazio por um cheio.

- Obrigado, Yugyeom. Isso vai ser tudo até o intervalo. Aqui está.

- O... obrigado senhora. Isso é muito generoso de sua parte, senhora. - A voz de Yugyeom ficou surpresa, atordoada, imaginei que Kim havia lhe dado uma gorjeta enorme. Uma nota de cem dólares, talvez.

A porta se fechou e a orquestra começou a tocar. Nos primeiros cinco minutos, eu já estava viciada. Não conseguia entender nada. Não conseguia ver nada, mas não me importava.

A música, o canto, era arrebatador hipnótico, não necessitando de mais nada para ser mágico. Por um tempo, Kim e eu nos sentamos lado a lado, apenas ouvindo, até eu sentir sua mão no meu joelho.

Fiquei tensa, mas permiti que a mão permanecesse. Então sua mão deslizou para cima. Apenas alguns centímetros, mas o suficiente para fazer a minha frequência cardíaca aumentar.

Mais alguns centímetros e agora eu sabia que ela estava jogando algum jogo. Até onde eu iria deixá-la ir? Cada terminação nervosa do meu corpo estava em chamas, seus dedos estavam na minha coxa.

Engoli em seco e tentei sintonizar a sensação na minha coxa. Tentei ouvir o canto, a orquestra, mas foi em vão. Eu senti sua respiração no meu pescoço.

Me obriguei a manter minha cabeça erguida, apesar de todo instinto pra inclinar a cabeça para o lado e lhe oferecer a garganta.

Sua boca estava quente e úmida no meu pescoço, beijando logo abaixo da minha orelha. Eu mal podia ouvir, meu coração parecia um trovão nos meus ouvidos.

A mão dela estava deslizando mais e isso estava se tornando íntimo, perigoso. Estava tremendo agora.

Não podia me mover, estava dura, congelada.

A música desapareceu ao fundo. Sua mão quente segurou meu rosto e virei a cabeça.

- Um beijo, Sana.

Deixei escapar um suspiro que eu não percebi que estava segurando, me inclinei. Sabia que não devia lhe negar um beijo.

Ela tinha gosto de Scotch, enfumaçado, ardente e sua respiração estava um pouco fria do gelo, seus lábios macios e úmidos nos meus, movendo-se com força e confiança.

Sua mão estava no meu quadril agora. Sua língua correu ao longo dos meus lábios, uma vez, duas vezes. Provando, convidando. A terceira vez, exigindo.

Abri meus lábios e senti sua língua roçar os meus dentes, a minha própria língua sacudiu para tocar a dela, foi quando eu soube que estava perdida.

Os beijos que tínhamos compartilhado antes foram delicados, exploratórios. Eles tinham sido uma apresentação. Lento, suave e fácil.

Este não. Estava quente, com fome. Ela exigiu a minha atenção, exigiu que eu intensificasse, que eu desse de volta. A beijei e fiz isso porque queria. Eu queria seu beijo.

A mão dela. Estava descansando em meu quadril, dedos pressionando minha carne através do tecido do vestido. Apertando, segurando.

Nosso beijo continuou intacto, tive que girar o meu corpo para encará-la. Estendi a mão e me agarrei a ela, enredei meus dedos no tecido de seu paletó e camisa, puxando-a para mais perto. Ela gemeu, uma vibração em seu peito, uma aprovação.

A palma da mão deslizou, por cima do meu quadril, sobre a minha barriga. Apertei as minhas coxas juntas, quebrando o beijo. Queria perguntar o que ela estava fazendo, mas estava com medo da resposta.

Seus dedos rastejaram sobre minhas coxas, roçando o material do meu vestido, um toque de pluma. Eu estava tremendo, minha testa contra a dela, respirando com dificuldade, minhas mãos em punhos em sua camisa.

- Kim? - Foi a única pergunta que consegui dizer.

- Sana. Não faça nenhum som. Ok? Fique quieta por mim.

- Ficar... quieta?

- Sim. Vou fazer você gozar.

- Você vai? Ela não respondeu. Pelo menos, não com palavras.

Sua boca encontrou a minha e fui levada de novo, transportada pelo poder hábil de seu beijo.

Sua mão repousava sobre o espaço entre as minhas coxas, por cima do vestido, um centímetro do meu centro.

Senti seus dedos contra as minhas coxas, deslizando para cima. Minhas pernas estavam pressionadas juntas e o vestido estava apertado.

Mas, ainda assim quando as pontas dos dedos roçaram sob meu centro através do vestido, eu senti e estremeci.

Outro roçar no alto das minhas coxas e minhas pernas desmoronaram ligeiramente.

Seus lábios nos meus, eram exigentes, implacáveis, roubando minha respiração, sua língua passando sobre os dentes e enroscando com a minha, saboreando os meus lábios. Seus dedos pressionaram e fiquei ofegante em sua boca.

- Oh, Sana. Tão linda. E eu ainda não toquei realmente em você. - Sua voz era um murmúrio, seu hálito quente em meus lábios. - Você quer que eu a toque?

Não podia responder. Não sabia como. Eu queria, mas temia deixá-la fazer. Sabia que se dissesse, se eu deixasse ela me tocar, deixasse que me fizesse gozar, estaria ainda mais perdida nela, no seu jogo.

Mas eu já estava, não estava? Tinha me dado para ela. Deixei que ela me vendasse. Beijasse. Ela tinha me visto sem sutiã, com uma camiseta e calcinha. Eu já estava doendo por seu toque.

- Eu lhe fiz uma pergunta, Sana. - Seus dedos deslizaram para baixo da minha coxa, para o meu joelho.

Senti ela se inclinar para baixo, segurar meu tornozelo e levantar meu pé. Ela segurou a barra do meu vestido. Puxou suave e implacavelmente, deslizando o tecido para cima, expondo minhas panturrilhas, joelhos e as minhas coxas.

- Você quer que eu a toque? É uma questão simples. Sim ou não. Você quer um orgasmo? Bem aqui, agora? Neste teatro? Cercada por milhares de pessoas? Provavelmente já está molhada para mim, não é? Alguns toques com o meu dedo e você gozará, eu aposto. Só tenho que deslizar para dentro e você estaria choramingando. Aposto que seu clitóris está sensível, tão suave. Você está apertada, também. Muito apertada. Quando eu entrar, você vai se apertar em torno de meu dedo e terá que morder para não gritar. Você quer isso, não é, Sana?

Deixei escapar um suspiro trêmulo e minha cabeça bater no encosto do assento.

- S... sim. Sim. Eu quero, quero muito isso. - Meu vestido foi agrupado sobre minhas coxas, sua mão estava apertando suavemente ali, acariciando o músculo redondo e deslizando para cima.

- Diga. Diga-me o que quer que eu faça. Preciso ouvir você, Sana. Diga-me o que quer que eu faça com você.

- Hm... - Eu não conseguia formar palavras na minha cabeça, ou em meus lábios. Tudo o que eu podia fazer era ofegar e respirar, enquanto seus dedos derivavam entre as minhas coxas ainda fechadas. Ela roçou o pedaço de seda sobre minhas dobras. - Eu... quero que me toque, Kim.

- Estou tocando em você. Vai ter que ser mais específica. - Seus lábios mordiam minha orelha, sobre a volta, beijou por trás dela, para baixo e ao redor. Foi descendo até minha garganta.

Eu mexi minha bunda no banco, querendo abrir minhas coxas, mas ainda com medo.

- Oh, Deus... eu quero ... não posso dizer isso.

- Então não terá. - Seu toque se afastou de volta para o topo da minha coxa.

Ela traçou o comprimento da perna, do joelho ao quadril com um dedo e voltou para baixo. Moveu um pouco, traçou o mesmo caminho do joelho para o ápice ao longo do interior da minha coxa. Eu gemia de frustração, presa entre o desejo e o medo.

- Deus, Kim...

- Em sua vida, neste momento, essas duas palavras poderiam ser consideradas sinônimos.- Ela beliscou minha garganta, beijou até debaixo do meu queixo e então sua língua sacudiu para fora, provou o canto da minha boca.- Você sabe o que quer. Não tenha medo, Sana. Não vou lhe machucar. Eu vou fazer você se sentir bem. Vou fazer você se sentir melhor do que jamais sentiu em sua vida. Tudo que você tem a fazer é me dizer o que quer. Sussurre, tão suave como quiser. Vou ouvir.

Senti seu dedo deslizar e descansar na costura da minha calcinha, no limite do meu centro. Seu toque moveu para baixo e retornou em seguida. Tremi dos pés à cabeça, agitada, ainda não conseguia realmente respirar.

- Toque-me. Toque-me lá.

- Onde? - Hesitei.

- Na minha vagina. - As palavras eram quase inaudíveis, mas eu sabia que ela ouviu. Coloque seus dedos dentro de mim. - Faça-me gozar. Por favor, Kim.

- Ah, isso não foi tão difícil, foi?

- Sim, de certa forma sim. - Falei. Ela riu, uma risada suave.

- Nunca fala sujo, Sana?

- Não. Na verdade não.

- Bem, você vai aprender.- Ela traçou a linha da minha abertura com o dedo. - Está pronta?

- Estou pronta.

- Eu não acho que esteja. Não na verdade. Não para o que eu vou fazer com você. - Ela beijou um caminho até meu peito e seus lábios vieram descansar acima de um dos meus seios. - Lembre-se, sem barulho.

Concordei com a cabeça, seu dedo deslizou por baixo do elástico na parte interna da minha coxa. Eu não conseguia engolir, respirar e me mover.

Cada sentido estava em sintonia com o seu dedo, uma vez que se aproximava de minha entrada.

Deixei minhas coxas abrirem um pouco, senti que tremia. Respirei fundo, segurei, esperei. Eu senti seu toque em minhas dobras.

- Tão suave, Sana. Não posso esperar para sentir você. - Suas palavras foram sentidas mais do que ouvidas, faladas apenas alto o suficiente para ser audível.

Seu dedo deslizou na minha abertura, traçou, deslizou de volta para baixo e parou. Três vezes ela fez isso, cada vez que a ponta do seu dedo ia um pouco mais fundo.

Eu remexi no meu lugar pelo tempo que ela esteve com o dedo dentro de mim até a primeira junta. Não era muito, mas era o suficiente para me ter tremendo toda, antecipando, precisando.

Fiz uma careta, gemi, incapaz de me impedir de contorcer meus quadris para obter mais do seu toque.

- Sem nenhum som, Sana. Nem um gemido.

- Ok, me desculpe.

Eu estava doendo, quente e latejante, molhada. Precisando do seu toque e que ela cumprisse a sua promessa. Isso era tudo que eu necessitava.

Ela estava ali, mas não se movia, não me tocava. Então, quando estava prestes a lhe pedir para me tocar de novo, ela fez.

Seu dedo escorregou um pouco mais fundo. Ela o arrastou entre minhas dobras, tive que morder o lábio inferior para manter o silêncio, quando o seu grande e áspero dedo roçou o meu clitóris.

Fiquei tensa, minhas mãos ainda agarravam em sua camisa. Suspirei e deixei minha mão cair, liberando a sua roupa.

Uma das minhas mãos descansou no braço da cadeira e a outra no antebraço dela, segurando sua carne firme.

Sentia seus músculos em movimento, enquanto seu dedo circulava meu clitóris. Meus quadris levantavam e caíam, movendo-se com o ritmo lento do seu dedo. De repente, ela mergulhou totalmente em meu canal, para a minha umidade e calor.

- Nossa, Sana. - Murmurou. - Você está molhada. Muito molhada. Eu amo o quanto está molhada. Também é apertada. - Suas palavras me fizeram corar.

Ela retirou o dedo para apertar contra o meu clitóris, me fazendo recuar e me contorcer, mordendo meu lábio. Ela circulava meu nervo inchado com o dedo, eu queria gemer, gemer, suplicar, dizer o seu nome. Qualquer coisa. Mas não podia.

Em algum lugar, além da bolha do camarote, alguém estava cantando.

Sua voz era poderosa, subindo e descendo, exuberante, rica, a canção era cada vez mais alta e mais rápida, outras vozes se juntaram a ela.

A canção estava atingindo um crescendo, as vozes se sobrepondo e competindo.

Seu dedo deslizou em mim bem fundo, saindo lambuzado com meu prazer.

Ela ia sobre o meu clitóris, mergulhando, movendo, circulando uma, duas, três vezes, nunca me deixando encontrar um ritmo, nunca me deixando ficar muito perto da borda.

Ela acrescentou um segundo dedo, eu desejei que pudesse lhe dizer o quanto gostava disso, mas não me atrevi, porque se fizesse um barulho, ela pararia e eu morreria.

Agora estava me contorcendo, levantando meus quadris do assento de pelúcia, em busca da liberação, mordendo o meu lábio inferior tão forte que senti o gosto de sangue.

Minha respiração estava curta, curtos suspiros afiados, ralavam entre meus dentes, deixando a minha garganta áspera.

Manter o silêncio estava provando ser impossível, e o fato de que havia pessoas a poucos metros de distância, nos camarotes adjacentes, fazia isso mais assustador, arriscado e emocionante, tornando a minha necessidade de ficar em silêncio mais imperativa.

No entanto, eu não podia.

Simplesmente não podia. Ouvi um leve, quase inaudível gemido deslizando da minha garganta e o dedo de Kim parou imediatamente.

A ondulação crescente do iminente orgasmo retrocedeu, me fazendo entrar em pânico, frenética. Me contorci, segurei a sua mão na minha e tentei fazê-la se mover.

- Eu não posso ... não posso segurar ... não posso...

- Eu sei, meu doce hamster. Eu sei. - A voz de Kim estava no meu ouvido, áspera e baixa. & Você está muito perto, não é? Quer gozar. Você precisa gozar. Mas não pode. A não ser que eu deixe.

Ela queria que eu pedisse. Eu não faria isso. Queria gozar, mas não estava preparada para implorar por isso. Joguei a minha cabeça para o lado, apertei as minhas coxas em torno da sua mão, prendendo-a.

- Oh, Sana. Você não vai implorar, não é? Muito orgulhosa para isso. - Seus dedos, ainda estavam dentro de mim, enrolados, se contorcendo e estremecendo, meu corpo que tinha espasmos enquanto roçava o meu clitóris. - Você está certa, Sana. Um pouco mais disso. - Ela roçou meu clitóris de novo, senti o calor e a pressão em minha barriga.- E você vai gozar em minha mão. Tudo o que tem que dizer é 'por favor, Kim'. Três pequenas palavras. Não vai estar realmente implorando. Estará me pedindo.

Eu estaria reconhecendo o seu controle e poder sobre mim, nós sabíamos disso. Mas então, era o ponto inteiro do jogo, não era? Eu tinha uma venda nos olhos.

Estava jogando o seu jogo. Então por que não este também? Eu queria e estava ali tão perto.

Estava prestes a ferir meu lábio nesse  ponto, meus quadris vibravam em desespero, eu não conseguia controlar. Três palavras. Deixe-a ter seu controle.

- Por favor Kim. - Quem precisa de dignidade quando pode ter orgasmos em público?

Naquele momento, quando as palavras saíram da minha boca, a música que vinha do palco atingiu o seu auge, culminando justamente quando os dedos de Kim beliscaram meu clitóris inchado e enviou foguetes de éxtase disparando através de mim.

Cerrei os dentes e deixei meus quadris rolarem violentamente com seus dedos circulando.

Assim como a pressão no meu núcleo alcançou a massa crítica, os dedos de Kim mergulharam no meu canal.

Escorregaram, mergulharam e retornaram, circulando. Foi o suficiente, uma interrupção no ritmo me puxou para trás, de onde eu estava na borda.

Ela estava me deixando louca, me fazendo selvagem. Rosnados estavam na minha garganta, mal contidos, sons primitivos de frustração pelos seus jogos. Ela poderia me fazer gozar quando quisesse, eu sabia disso. Ela estava me provocando.

Mais uma vez, deslizou seus dedos profundamente em mim, assim eu estava prestes a explodir. Cravei minhas unhas em seu braço com toda a força, um apelo e um aviso. Agarrei minha outra mão em sua camisa, a puxei para mim, senti sua boca contra a minha.

Eu joguei o jogo. Rosnei. Agora me dê a merda do gozo.

Seu riso era baixo e estrondoso, quando eu estava prestes a fazer algo muito louco, como morder-la, ela cobriu minha boca com a dela, enfiou a língua entre meus lábios e me tocou por cima da borda.

- Goze, Sana. - Era um comando.- Goze agora. Agora, gracinha. Agora.

Nunca tive tanta boa vontade em obedecer antes.

Ela devorou o meu gemido desamparado com a boca.

Me beijando com fome, passando rapidamente a língua contra a minha esfregando meu clitóris latejante, beliscando e rodeando, empurrando meu clímax cada vez mais, até que fiquei ofegante.

Meu coração parou e meu corpo estava se arqueando, apenas meus calcanhares tocando o chão, meus ombros contra a cadeira.

Foi muito, muito, muito difícil, muito explosivo, me arrancando pedaços, mas ela não cedeu, continuou a devastar a minha boca com a sua, circulando meu clitóris e deslizando os dedos em mim, me conduzindo às alturas que eu não conhecia ou considerava ser possível.

Quando meu corpo não podia mais receber prazer, caí de volta a cadeira, ofegante, devastada. Eu tirei uma mecha de cabelo da minha boca e deixei a minha mão cair para o lado.

Em vez da cadeira, meus dedos encontraram Kim. Mais especificamente, encontrei a sua coxa e então seu zíper. Senti uma massa dura como ferro. Ela tinha uma ereção forçando por trás dele!?

Antes que eu pudesse fazer mais do que registrar o que havia tocado acidentalmente, ela estava imobilizando meu pulso e puxando minha mão.

- Ainda não, Sana.

- Não dói? - Eu ainda estava processando o fato de Kim ter um pênis mas, não consegui controlar as palavras que escaparam.

- Sim.

- Você vai, cuidar dele? Ou, me deixar cuidar? - Perguntei realmente curiosa. Sinceramente eu não esperava por isso, mas agora sabia o que estava chegando e era parte do jogo.

- Não. Nada disso.

- Você só vai ficar dura assim? - Uma pausa.

- Sim. Ela vai embora, eventualmente.

- Mas não pode, causar problemas? - Meu Deus, realmente não controlo minha língua. Saber que Kim tinha um pênis não era ruim, na verdade tornou tudo mais interessante.

- Essa é uma preocupação minha não sua. - Sua voz não admitia discussão. Pena que não planejei ouvir isso.

- Eu não entendo, Kim. Pensei que isso estava funcionando.

- Não pense que sabe como vai ser, Sana. Você não sabe. Não se trata de sair. Para mim ou para você. - Sua voz era baixa, quase inaudível sobre o som de vozes conversando através de intervalo.

- Quando me tocar, você estará olhando nos meus olhos. Não se lembra do que lhe prometi quando discutimos o nosso acordo? - Balancei a cabeça confirmando. - O que foi? Diga-me, Sana.

- Você me disse que não faria sexo, a não ser que eu pedisse por ele. A não ser que eu implorasse por ele.

- Correto. E agora está começando a acreditar em mim?

- Sim, eu acho que estou.

- Bom. Agora, arrume seu vestido, antes que Yugyeom chegue com nossas bebidas.

Puxei a saia para baixo pelos meus quadris, em seguida me levantei e a deixei cair no chão até que ele estivesse no lugar.

Senti os dedos de Kim puxarem o tecido, ajustando-o ligeiramente e então sua mão se moveu para descansar no meu quadril, possessiva e familiar. Me sentei de novo e senti o seu ombro no meu.

- Pensei que você deveria saber, Sana. Eu nunca vi nada tão bonito como o seu rosto quando você gozou para mim.

- Acho que nunca gozei tão forte em toda a minha vida. - Adimiti, corando ligeiramente. Seus lábios tocaram minha orelha.

- Ah, querida Sana. Foi apenas o começo. As coisas que vou fazer com você quando estivermos sozinhas, não sei. - A promessa em sua voz me fez tremer, apertando minhas pernas juntas na onda de calor que me inundou tudo de novo.

[...]

Mal consegui me concentrar no resto da ópera, perguntando se ela iria me tocar de novo, se me beijaria, me perguntando o que mais ela poderia fazer para mim.

No entanto, ela não o fez. Simplesmente segurou minha mão, seu polegar ocasionalmente acariciando meus dedos.

Durante toda a ópera e a viagem no carro, eu fiquei pensando no seu pênis extremamente duro e meio que esperei sentir seu toque no meu centro outra vez, mas ela nunca o tocou.

Fiquei fora de equilíbrio, querendo mais, querendo tocá-la, tirar a venda ver seu rosto e se a sua ereção havia diminuído, imaginando o que ela faria em seguida.

Ela segurou a minha mão na viagem de elevador até seu apartamento, todo o caminho até a porta do meu quarto.

Kim pegou as minhas duas mãos na sua, pressionando as costas contra a porta. Inclinei a cabeça para cima, pronta para qualquer coisa.

- Boa noite, Sana. - Seus lábios roçaram os meus, rápido e seco.

Era isso? Me fez gozar no meio da ópera e então nada? Apenas, boa noite?

- Boa noite, Kim. - Estava frustrada, confusa.

Sua mão esquerda abriu minha porta, dei um passo para trás, ficando longe dela. Ela desamarrou minha venda, mas em vez de pegá-la como tinha feito da última vez, colocou-a em minhas mãos.

Então eu vi suas mãos, elas eram grandes. Coloquei a minha mão contra o sua, comparando. As pontas dos meus dedos chegavam no meio da dela, Kim quase conseguia envolver minha mão com a sua.

Eram mãos ásperas, calejadas, grossas e fortes. As unhas cortadas rentes. Cuidadas e polidas, cobertas apenas com uma base transparente.

Ela ainda estava congelada atrás de mim, enquanto eu segurava sua grande mão na minha menor. Virei sua palma para baixo. Até pele na parte de trás era grossa.

- Suas mãos são ásperas.

- Sim.

- Fiquei com a impressão de que você cresceu, rica.

- E cresci.

- Mas, ainda assim suas mãos. - Ela não respondeu de imediato, mas não puxou a mão da minha. Não pude deixar de deslizar meus dedos pelos seus.

- Eu cresci muito, muito rica. Meu pai é, ainda é, um dos empresários mais ricos e bem sucedidos do mundo. Você não teria ouvido falar dele, porque ele mantém o perfil oculto, fica fora dos noticiários. Mas sim, você está certa cresci rica. Estragada. Nunca fiz coisas como uma criança normal. Minha comida era feita para mim, servida à mim. Minha cama sempre era feita. Fui conduzida em todos os lugares por um motorista. Tinha guarda-costas e assistentes pessoais, professores particulares. Cresci recebendo o que queria, sempre que eu quisesse. - Sua voz estava perto, era apenas um murmúrio, cada palavra era hesitante, como se ela não pudesse acreditar que estava dizendo tudo isso. Eu não ousava respirar, por medo que ela fosse se calar. - Essa foi a minha vida até que completei dezoito anos. Passei muito tempo com meu pai. Ele era o meu herói. Eu o idolatrava. Queria ser como ele. Vi tudo o que ele fez, passei a trabalhar com ele, perguntar e tomar notas, aprendi tudo o que podia sobre o negócio. Estava sendo preparada para ser sua herdeira e sucessora. Ou assim eu pensava. Então, no meu aniversário de dezoito anos, meu pai me levou até as portas de nossa propriedade na Japão rural, onde um novo BMW M5 estava esperando. Ele me entregou uma mala, me disse para abri-la. Dentro dessa mala estava o meu passaporte e cem mil libras esterlinas. Nela também havia uma Beretta M9, três carregadores e uma caixa de munição. Meu pai me entregou as chaves do carro. Eu vou lembrar de suas palavras para o resto da minha vida. Ele disse. "Você está por sua conta agora, minha filha. Essa é a sua herança e é tudo o que vai ter de mim. Vai. Ganhe sua própria fortuna. Você pode voltar para visitar sempre que quiser. Mas se ficar mais de um mês, eu vou te cobrar aluguel e todo o dinheiro que pedir, vou esperar ser pago com juros. Ganhei o que tenho com as minhas próprias mãos e assim, você também vai. Adeus, eu te amo. " E então ele se virou e foi embora, fechando a porta atrás de si.

- Isso é, muito frio. Quero dizer, ele só te chutou para fora, assim?

- Desse jeito mesmo. Eu tinha as roupas do corpo, o carro e o conteúdo da mala. - É isso aí. Eu tinha amigos é claro, lugares que poderia ir, dinheiro suficiente para comprar meu próprio apartamento ou ficar em um hotel. Mas eu conhecia o mundo suficiente, para saber que cem mil desapareceriam rapidamente se não tivesse cuidado. - Kim tirou a mão finalmente. - A história de como eu acabei onde estou agora é longa, muitas vezes desagradável, escura e não vou lhe contar agora.

- Uau, Kim. Isso é ... uma loucura. - Ela não respondeu de imediato.

- Sim, suponho que é. - Suspirou. - Você sabe, o que acabei de dizer é mais do que eu já disse a qualquer um.

- Suspeitava disso. Obrigada.por me dizer.

- Boa noite, Sana. - Senti ela se afastar e então a porta se fechou atrás dela. E, pela segunda noite, eu levei muito tempo para adormecer.

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