Marshela
Saiu o primeiro vídeo do canal de ligação de Twice da minha namorada!
Por favor dêem uma olhada, o link está na minha bio e no meu mural.
Boa Leitura <33
Minatozaki Sana.
Mina nos levou a Marselha e chegamos ao final da tarde. Ela parecia ter um destino específico em mente, porque dirigiu pelas ruas estreitas sem hesitação.
Parou em uma que descia vertiginosamente em direção ao mar, estacionou o Aston Martin puxou o freio de mão e saiu do carro.
Foi até o porta-malas pegou nossa bagagem e com a minha mochila sobre um ombro, ela apontou com o queixo para mim, indicando que deveria segui-la.
Em outras circunstâncias, eu teria gostado de ter alguns momentos para apreciar a beleza de Marselha.
Era o melhor do Velho Mundo, edifícios antigos desde as colinas até o Mediterrâneo, banhados pela luz dourada do sol.
O mar cobalto brilhava ao longe, velas brancas pontilhando a baía. Naquela circunstância, apenas olhei por um momento, e segui Mina através de uma entrada baixa e estreita para um café escuro.
Havia um pequeno balcão em uma parede, com um tampo envelhecido, riscado, marcado, manchado e pés de madeira polida com trilho de bronze embaixo correndo na altura do tornozelo.
Algumas pequenas mesas redondas estavam espalhadas aleatoriamente, todas elas vazias. Uma mulher alta e bonita estava atrás do balcão, com um cigarro na boca, a fumaça tinha um cheiro doce.
Ela tinha cabelos azulados na altura do ombro, olhos escuros e pele bronzeada, e um sorriso travesso nos lábios.
Seu olhar passou me avaliando e ela disse algo em um rápido e baixo francês.
- Apenas o tempo suficiente para fazer alguns arranjos. - Mina respondeu em Coreano. - Duas horas, se demorar. Obrigada, Tzuyu. - Ela pronunciou seu nome com seu sotaque japonês.
Tzuyu acenou com a cabeça, e Mina me entregou a minha mochila apontando para um banquinho.
- Sente-se, Senhorita Sana. - Me sentei e ela se inclinou contra o balcão ao meu lado. - Eu tenho que resolver algumas coisas. Ver algumas pessoas. Você vai ficar aqui com Tzuyu. Eu não vou ficar fora mais do que uma ou duas horas se tiver sorte, e depois vamos seguir nosso caminho.
- Espere, você está me deixando aqui? Sozinha, com ela? - Eu odiava como parecia em pânico. - E se ... eles nos seguiram? Ou me encontrarem?
- Nesse caso, Deus as ajude. - Disse Mina, com o fantasma de um sorriso em seus lábios.
Tzuyu segurou o cigarro entre os dentes, soprou uma nuvem de fumaça em direção ao teto enquanto se abaixava atrás do balcão e pegava uma espingarda enorme.
Eu não entendia muito sobre armas, mas sabia que isso não era uma espingarda típica de caça. Era longa e preta, com um cano de boca larga sua forma me lembrava, uma metralhadora ou rifle de assalto.
Com a outra mão Tzuyu pegou uma caixa de cartuchos e começou calmamente a inseri-los na espingarda, em seguida, começou a colocar os cartuchos em um cinto de munição, e engatilhou a arma. Então ela alinhou mais uma dúzia de cartuchos sobre o balcão.
- Oh. Tudo bem. - Engoli em seco e olhei para a arma de má aparência. Tzuyu contraiu o canto de sua boca em um flash de sorriso.
- Você está segura. Não se preocupe. - Seu sotaque era tão forte, que as palavras saiam torcidas e enroladas.
- Eu volto logo. Apenas aguente firme, ok? Não saia da vista de Tzuyu - Mina foi até a porta, parou e se virou para mim. - Você tem um telefone celular?
- Sim, é claro. - Levantei meu ombro para indicar a mochila. - Na minha mochila.
- Desligue-o e dê a Tzuyu.- E ficou parada, esperando, percebi que ela quis dizer imediatamente.
Coloquei minha mochila no meu colo, abri o zíper e procurei o meu iPhone. Eu segurei o botão para desligar e entreguei a Tzuyu, que se virou e o atirou na pia, que estava cheia de água e sabão.
- Hum. Tudo bem. - Suspirei melancolicamente.
- Rastrear um telefone celular é a coisa mais fácil do mundo. A maioria das pessoas acha que é um fato abstrato, já viram em filmes e programas de televisão ou em qualquer outro lugar, e para elas, na maioria das situações, não tem importância. Você não tem nada a esconder, não há razão para se importar. Mas, nestas circunstâncias? Importa. Son tem recursos para rastreá-la, e confie em mim. Espero que ele já não tenha feito.
- Oh. Sim, acho que faz sentido. - Mina saiu, e eu a assisti com uma pontada de apreensão.
Me sentei no banco do bar em silêncio enquanto Tzuyu fumava seu cigarro, aparentemente satisfeita em simplesmente esperar.
Depois do que pareceu uma meia hora em um silêncio de morrer, em um bar, sem TV, sem música, sem conversa, Tzuyu me fitou.
- Bebida? - Dei de ombros e assenti com a cabeça.
- Claro. Obrigada. - Tzuyu se virou e pegou uma garrafa marrom empoeirada da prateleira e duas taças de vinho.
Tirou a rolha da garrafa e derramou uma medida generosa do líquido de cor rubi profundo em cada uma delas, deslizou uma na minha direção com o dedo.
Ela levantou sua taça em direção a mim num brinde silencioso e tomou um gole. Retribuí o brinde e bebi o meu, senti a rica e lenta queimadura de um merlot seco caro.
Bebemos em silêncio. Eu tentei não pensar ou, me preocupar ou, fantasiar. Mas foi inútil. Meu cérebro girava e o vinho, mesmo em uma pequena dose, me deixou inebriante e solta.
Imaginei Dahyun amarrada a uma cadeira, sendo espancada ou torturada. Quanto mais eu tentava bloquear a imagem, mais ela continuava voltando, até que era tudo que eu conseguia pensar. Tudo o que eu podia ver toda vez que piscava.
Dahyun estava desaparecida e supostamente sequestrada, se Mina estivesse certa, por um Chefão criminoso e violento. Enquanto eu estava sentada em um bar, em Marselha, bebendo vinho?
De alguma forma se passou uma hora. E outra. Tanta espera. Eu odiava esperar. Sempre odiei. Pneus cantaram do lado de fora, na rua, sons de uma freada brusca, um motor rugindo.
Instantaneamente, Tzuyu estava em movimento, me agarrando pela manga e me puxando para trás do balcão, me empurrando para baixo me obrigando a agachar.
Sua mão no meu ombro, me segurando, era enorme e forte, áspera como o concreto. Eu podia ver a prateleira por baixo do balcão, e estava abastecida com todos os tipos de coisas.
Um telefone giratório verde. Várias caixas de cartuchos de espingarda. Uma pistola prata enorme. Um facão. Uma pistola menor preta, várias outras caixas cheias de balas para as armas, presumi, assim como um monte de pentes extras, alguns brilhando com os cartuchos, outros vazios.
Garrafas de álcool, um maço de cigarros, caixas de fósforos e cinzeiros e um pacote de tabaco para cachimbo.
Tzuyu tinha a espingarda apoiada no ombro, apontando a arma para porta com cigarro entre seus dentes.
As portas do carro bateram, e olhei para cima a tempo de ver quando ela saiu de trás do balcão, se movendo lentamente agachado como alguém que teve algum treinamento tático.
Tzuyu se moveu para ficar ao lado da porta para que quando ela se abrisse, ela fosse capaz de acertar quem estivesse entrando.
Abaixei novamente atrás do balcão. Meu coração martelava no meu peito, meu estômago estava na minha garganta. Dobradiças rangeram lentamente. Um pé arrastou no chão de madeira.
BOOM! BOOM! BOOM!
Três barulhos ensurdecedores das explosões dos tiros, seguido pelo som de respingos. Corpos batendo no chão.
- Fique aí. - Tzuyu falou. - Não se mexa.
Fiquei abaixada. Meus pulmões não estavam funcionando. Eu estava perto de hiper-ventilar, puxando respirações curtas e superficiais e exalando com um gemido em minha garganta.
- Eles estão mortos. Está tudo bem. Você está segura agora. - Ouvi o som de alguma coisa sendo arrastada pelo assoalho de madeira. - Mas, mesmo assim, fique agachada. Não é bom para você ver isso.
Nem pensei em argumentar. Abracei meus joelhos e esperei, sem querer ver, apenas ouvindo enquanto Tzuyu arrastava três corpos pesados pelo chão e pelas escadas abaixo.
Eu continuei sentada atrás do balcão por mais meia hora, enquanto Tzuyu esfregava e limpava o chão. Por fim, ela apareceu por trás do balcão.
Tudo feito. Vá se sentar, agora. Ela lavou as mãos na pia, as enxugou, pegou uma caixa de fósforos, acendeu o cachimbo e tomou um gole de seu vinho.
E assim, tudo voltou ao normal. Sentada no bar com uma taça de vinho pela metade. Como se os três homens não tivessem acabado de morrer. Eu abri minha boca para fazer uma pergunta, mas Tzuyu balançou a cabeça.
- Não pergunte. Você não quer saber.
- A polícia? - Perguntei mesmo assim. - Eles não vão ...
- Não. Não aqui. Eles não virão. - Essa foi uma resposta mistificadora, uma que eu não tinha certeza se queria saber mais.
Meu coração pulou para minha garganta novamente quando a porta se abriu de repente e Tzuyu apoiou a espingarda no ombro. Mina entrou.
Ela tinha trocado o seu terno por uma calça jeans e uma camiseta preta com o decote V, com as mangas levantadas até os cotovelos.
- Sou eu. Sou eu. - Cheirou o ar, os olhos rastreando o chão dos seus pés até porta e depois para Tzuyu e a espingarda. - Aconteceu alguma coisa?
Tzuyu colocou a arma no balcão, falando em francês rápido, apontando para uma porta na parte de trás do bar.
- Filhos da puta persistentes. - Mina murmurou. Tzuyu soltou uma risada.
- Son Seunghyun? Ele não desiste.
- Você sabe alguma coisa sobre a sua filha, Chaeyoung? - Tzuyu cuspiu no chão, um gesto irritado e rancoroso.
- Diabólica. Pior do que o pai. - Ela me fitou, especulação em seu olhar. - Ahhh. Agora eu entendo. Isso é sobre a garota, não?
- É o que eu estou achando. - Mina fez um gesto para a porta na parte de trás do balcão, ostensivamente, ou seja, os corpos por trás dela. - Eles são homens de Seunghyun? - Tzuyu assentiu.
- Sim. Tenho certeza absoluta sobre isso. Quem mais poderia encontrá-la aqui, e se arriscar com a minha ira?
- Bom ponto. - Tzuyu fez um gesto com os dedos para que eu a acompanhasse. - Obrigada, Tzuyu. Estarei em contato. - Ela colocou a mão no bolso de trás da calça jeans, e não escapou do meu conhecimento que Tzuyu ficou tensa com o movimento, a mão apoiada sobre a espingarda.
Mina levantou um envelope branco e grosso, que continha claramente um maço de Euros, colocando-o no bar perto de Tzuyu.
- Eu não preciso disso. - Tzuyu disse, balançando a cabeça.
- Pelos seus problemas. - Ela piscou para mim.
- Proteger uma mulher bonita nunca é problema. - Empurrou o envelope para longe, um gesto que continha uma forte determinação. - Devo a minha vida a Kim. Isso foi uma honra. - Mina concordou e colocou o envelope no bolso da calça.
- Tudo certo. Sabe como me contatar. Você não ouviu e não viu nada, se encontrar alguma coisa, me avise ok?
- Claro. - Tzuyu ergueu um dedo.
- Espere. Um momento. Espere.- Se abaixou sob o balcão até encontrar a arma, colocando a pequena pistola preta sobre o balcão, dois pentes e uma caixa de balas.
- Para ela. A ensine. Você e eu não vamos estar sempre por perto, certo? - Neguei com a cabeça.
- Eu não posso. Eu não conseguiria - Tzuyu ergueu a mão, olhando para mim e fiquei em silêncio.
- Você pode. Você vai. Aqueles homens? Misericórdia é uma coisa que eles não conhecem. Melhor morrer do que deixá-los colocar as suas mãos imundas em você, não é? Melhor ainda, se matá-los primeiro. Aprenda. Por Kim aprenda. - Peguei a arma. Era mais pesada do que imaginei que seria e fria ao toque.
- É seguro? Para colocá-la na minha mochila, quero dizer. - Tzuyu bufou.
- O que adianta deixá-la na sua mochila? Você conseguiria pegá-la rápido? Não. Olhe. Sua primeira lição.
Ela segurou o cigarro entre os dentes e bufou, então pegou a arma das minhas mãos, apertou um botão na lateral e o pente saiu. Puxou a parte de cima da arma para trás ate que fez um clic. Balas caíram no balcão.
- Agora, está seguro. - Ela recolocou o pente, puxando e soltando novamente a parte de cima da pistola, e depois segurou para que eu pudesse ver como ela travava um botão perto do gatilho. - Trava de segurança. Puxe o gatilho para disparar. E se você disparar? Você dispara uma vez, apenas uma vez, e mata. Só atire para matar.
Engoli em seco e me afastei. Isso era um absurdo. O que estava acontecendo comigo? Como isso aconteceu na minha vida?
Alguns meses atrás, eu era uma garota sem dinheiro e morrendo de fome, sozinha no mundo. E então, fui coletada por Kim, e tudo mudou.
Me tornei dela, de bom grado. Ela me levou para longe de tudo. Estava me mostrando o mundo. Nós tínhamos visitado mais ou menos uma dúzia de países até agora, e eu descobri exatamente quão grande o mundo era, e quantos lugares haviam para serem vistos, e percebi que queria ver todos eles.
Mas só com Kim.
E ela se foi. Meu pequeno mundo idílico viajando com minha Dahyun, comendo, bebendo, transando, velejando, caminhando e vivendo, tinha sido quebrado.
Eu tinha sido alvejada. Perseguida. Tinha me escondido atrás de um balcão de bar como em um filme de Hollywood, com armas e facas em volta de mim.
E agora eu deveria pegar uma arma e atirar nas pessoas? Nunca tinha tocado em uma em toda minha vida. Nem em uma arma de chumbinho.
- Pegue a arma, Senhorita Sana. Não temos tempo para que você resolva suas dúvidas sobre isso agora. Pegue-a e a coloque na parte debaixo das costas, assim como nos filmes. - Mina estava ao meu lado, falando baixinho comigo.
Ela pegou a pistola de Tzuyu e a colocou na minha mão. O peso dela era o peso frio e duro da realidade. Isto não era um brinquedo.
Era uma arma, a intenção era matar. A levei até as costas, colocando-a entre a minha calcinha e o cós da calça.
Parecia que estava com um alienígena pesado lá, o frio contra a minha pele. Eu puxei minha camisa para baixo sobre ela. Será que as pessoas perceberiam que eu estava armada?
Eu ficava puxando a minha camisa, tentando disfarçar o incômodo. Era muito mais desconfortável do que pensei que seria.
Minhas calças jeans eram apertadas, assim que adicionei o cano da arma ficaram ainda mais, tanto que marcava contra minha barriga. E como é que eu iria sentar? Não deixar cair, ou me tornar ainda mais óbvia?
- Coloque o suéter. - Mina instruiu. Coloquei e ele pegou os pentes, entregando um para mim e depois enfiou o resto e a caixa de balas na minha mochila, reorganizando as coisas dentro para que não ficassem em cima. - Ponha isso no seu bolso e pare de ficar remexendo com a arma. Com o suéter, ninguém esta percebendo.
- Eu posso perceber.
- Bom. Esse é o ponto. Vou lhe dar algumas lições, assim que começarmos a nos mover.
- Eu me sinto estúpida. Nunca atirei nem com uma arma de chumbinho, Mina.
- Então, não toque nela, a menos que eu mande. A coisa mais importante que você tem que saber é apontá-la para longe de nós. Tenha isso em mente, e vai ficar bem.
Ela ergueu a mão em um aceno para Tzuyu, e então me puxou porta afora.
- Agora, precisamos ir.
Na rua, a tarde foi dando lugar ao anoitecer. Casais passeavam pelo declive íngreme, de mãos dadas. Um empresário em um terno de três peças chique caminhava até a subida, com um telefone celular ao ouvido.
Carros passavam descendo o morro, freios chiando, motores em marcha lenta elevada e engrenagens trabalhando. Mina me puxou para um caminho até a colina, segurando meu braço.
Ela não disse nada e nem eu, começamos a descer até o mar. O som do bater das ondas e gaivotas grasnando era familiar aos meus ouvidos, e então eu senti o cheiro de maresia no vento forte.
Os capos palançavam nos mastros, as bandeiras agitavam ao vento. Mina nos guiou através das multidões, passando por cafés e bares à beira-mar, o que nos levou para as docas entre centenas de barcos, alguns com velas e outros sem.
Pequenas embarcações de pesca e iates gigantescos e tudo mais. Sua mão estava no meu cotovelo, à outra enfiada no bolso da calça, ela parecia aparentemente à vontade, relaxada.
No entanto, eu podia sentir que observava tudo e de vez em quando se virava para fazer a varredura atrás de nós, fazendo parecer casual, como se não fosse nada mais que um turista, apreciando a vista.
Píer, após píer se estendiam ao longe, cada um com uma dúzia de barcos de cada lado. Uma gigantesca e antiga Marselha tinha ficado acima de nós, com o crepúsculo se aproximando.
Mina nos fez passar por meia dúzia de píeres antes de passar por mais um, e então me levou até o fim do cais e parou na frente de um barco de médio porte.
Navios, barcos ou qualquer outra coisa, eu não entendia nada sobre esse assunto. Não era um veleiro, mas sim uma versão menor dos enormes iates visíveis em outros lugares na baía.
Ele não parecia particularmente impressionante, ou novo.
Geralmente, se alguma coisa pertencesse a Kim, seria o melhor disponível. Não necessariamente o maior ou mais ostensivo, mas apenas com a mais alta qualidade.
Este barco parecia ... discreto, de uma forma boa. Era o tipo de coisa que não se destacava de forma alguma, não importa onde estávamos. Que, me ocorreu, essa seria a intenção.
Como se estivesse lendo minha mente, Mina me deu um sorriso de desculpas.
- Não é o que você está acostumada com a Senhorita Sana, imagino, mas foi o melhor que eu consegui em um curto prazo. Porém, vai funcionar.
- Como você conseguiu isso?
- Troquei o Aston por ele e mais algum dinheiro. - Ela deu um passo a bordo e estendeu a mão, me ajudando a subir no iate.- É um pouco velho, mas tem algumas coisas que a maioria dos barcos, como ele não tem.
- Como o que? - Mina não respondeu de imediato.
Em vez disso, desamarrou as cordas mantendo o barco atracado à doca, e em seguida, abriu o caminho para a casa do leme.
Sentou-se, e eu me sentei perto, esperando. Ela colocou o barco no sentido inverso e habilmente saiu deslizando, virando em direção às águas abertas e acelerou adiante.
- Bem, o anonimato, é uma das coisas. O slip em si foi... emprestado, e os documentos do barco são indetectáveis. Significa apenas que alguém procurando por nós ... os homens de Seunghyun, por exemplo, terão mais dificuldades de nos encontrar. Eu não acho que o seu celular, foi a única razão pela qual eles conseguiram nos encontrar em Marselha. Sinceramente foi estúpido da minha parte. Ainda bem que Tzuyu é o tipo que "atira primeiro e não faz qualquer pergunta".
- Quem é a Tzuyu? - Mina deu de ombros.
- Essa é uma pergunta difícil de responder. - Ela me olhou. - Senhorita Kim costumava atuar em alguns círculos obscuros. Eu acho que você sabe disso. E mesmo agora, ela ainda mantém contato com alguns velhos... amigos e conhecidos. Tzuyu é um desses. Honestamente, não sei muito sobre ela, só que é resistente como um prego, fria como gelo e leal pra caralho. Enquanto está do seu lado. E ele está muito mais do que do lado da Senhorita Kim.
- Ela disse algo sobre dever a sua vida a Dahyun. - Falei.
Mina verificou atrás de nós e voltou sua atenção para navegar, passar pelo quebra-mar e sair para o firmamento azul sem trilhas do Mediterrâneo.
- Sim, essa é uma história que eu não sei. Tzuyu era uma traficante, eu acho. Meu palpite é que ela e Senhorita Kim entraram em uma situação arriscada, ela a salvou. - Me mexi desconfortavelmente.
- Quando Kim me contou sobre sua antiga vida, fez parecer que era apenas uma mulher de negócios. Como se ela só ... entregasse algumas caixas e ganhasse algum dinheiro, apenas isso. Como se isso não fosse ... perigoso. - Mina riu.- Ela diria isso. E é assim que foi, na grande maioria das vezes. Às vezes nem era desse jeito. Tráfico de armas é apenasum negócio, em alguns aspectos. Os negócios acontecem em um bar de hotel, ou em algum canto de uma casa noturna. Preços e produtos são discutidos tomando algumas bebidas, as partes resolvem os outros aspectos da negociação. Lacaios fazem o resto. Mas Dahyun não tinha empregados naquela época. Ela fazia tudo sozinha. Adquiria a mercadoria, negociava com os compradores, fazia a entrega. É por isso que se tornou perigoso. Os tipos de pessoas que lidam com armas nem sempre são os tipos mais agradáveis, obviamente. E às vezes eles são notavelmente sem o que você chamaria de ... escrúpulos. Ou seja, eles vão tentar pegar o que querem e encontrar uma maneira de não pagar por isso. Especialmente quando se trata de uma garota de vinte anos de idade, fazendo negócios por conta própria, sem grande poder de fogo, ninguém de pé atrás dela como um segurança, sabe? Revela o quão ela era boa o fato de nunca ter morrido, fazendo o que fazia, do jeito que fazia. Acho que ela chegou perto algumas vezes, mais do que jamais admitiria. Assim como Tzuyu. Ela é uma gata velha, astuta. Não é o tipo de mulher que é facilmente encurralada em um canto. E não é o tipo de mulher que admitiria levemente, ou facilmente, que deve a sua vida à alguém. O que Tzuyu fez hoje, atirando naqueles caras? Isso foi um grande negócio para ela. Ela está, como eu poderia dizer, em uma semi-aposentadoria. Realmente não faz mais parte do negócio. Tenta manter uma discrição.
Mina acelerou ganhando velocidade, o barco deslizou sobre a água, mal a tocando. Ela colocou nosso destino no aparelho de GPS e voltou sua atenção para a nossa conversa.
- Então, matar três capangas de Seunghyun? Isso poderá ter retaliação.
- Oh. Sim. - Engoli em seco, esperando que Tzuyu não fosse entrar em nenhum problema por minha causa.
- Para onde vamos? - Perguntei.
- Grécia.
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