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Cura

Minatozaki Sana.

Acordei lentamente, fazendo um balanço. A última coisa que eu lembrava era o rosto de Kim olhando para mim.

Chaeyoung. Baekhyun. Rosé. As memórias me agrediram e eu chorei.

- Sshh. - Dahyun, murmurou em meu ouvido. Seu peito estava sob meu rosto, o braço em volta do meu ombro. - Está segura. Eu estou com você, Sana.

- Dahyun? - O nome dela saiu em um murmúrio incoerente.

- Sim, amor. Sou eu.

- Você veio.- Seu peito balançou, como se estivesse sufocando seu próprio soluço.

- É claro. - Sua mão alisou meu couro cabeludo, delicadamente.- É claro que eu vim por você. Nada poderia me afastar.

- Dói.

- O que?

- Tudo. - Esfregou meu braço com a mão.

- Eu sei. Estamos quase lá.

- Sede.- Um canudo tocou meus lábios e tomei um gole hesitante. Água fresca e limpa molhando minha boca. Tomei um gole ganancioso, deixando a água banhar minha língua. Engoli e depois um pouco mais. - Onde?

- Estamos no ar agora. Estaremos em Atenas, em poucos minutos.

- Você... está bem?

- Eu? Estou bem. Nenhum arranhão.

Tentei pensar em algo a dizer, mas tudo doía. Tomei outro gole, e havia algo que ela deveria saber.

- Baekhyun. Ele ... ele não. Eu ... ele tentou. Ele ia. Eu o impedi. Eu ... o matei. - Ela soltou um suspiro de alívio.

- Você fez um bom trabalho.

- Fiz xixi em cima dele.- Por algum motivo a admissão realmente me fez rir. Não foi engraçado na hora.

- Eu sei.

- Matei Chaeyoung também. Atirei nela muitas vezes. Não conseguia parar. Ela era tão má. Me senti tonta, cansada.

Eu estava exausta. Meu rosto doía. Meu nariz quebrado doía. Meu joelho latejava. Minhas costelas doíam também, graças a Baekhyun. No momento, nenhuma dor havia sido registrada, e depois, todo o resto estava latejando demais para notar.

- Baekhyun... ela trouxe uma garota, uma inocente... garota Neozelandesa. Ela me fez assistir enquanto Baekhyun ... Bem... - Não consegui terminar, tremendo, estômago agitando com a memória.

- Eu sei, amor. Eu sei. Nós a encontramos. - Dahyun beijou minha têmpora. - Shiii, agora. Acabou. Você está segura agora. Descanse, está bem?

- Eu gosto quando você soa assim.-
Não tinha certeza de onde isso veio. O sono me derrubou.

• • •

Acordei de novo ouvindo um bipe suave e desta vez não doeu tanto. Me senti leve, como se pudesse flutuar, mas meu cérebro parecia pesado e lento.

Abri os olhos para a luz do Sol, as coisas são sempre um pouco mais brilhantes na costa. Tinha algo incomodo na minha mão, olhei para baixo e percebi ser um scalp ligado ao soro.

Senti o balanço de um barco abaixo de mim, suave, mas constante, o movimento profundo lado-a-lado de rolamento.

Passei bastante tempo em barcos com Kim, em rios, no cais e no mar aberto, para que pudesse reconhecer o movimento em qualquer lugar.

Havia janelas do chão ao teto percorrendo o quarto, cromo polido entre cada painel, a cor da madeira do aparador era clara, combinando com o chão.

A cama que eu estava era uma Califórnia King com um pedestal na parede de trás, situada no centro do quarto.

O vidro corria trezentos e sessenta graus, proporcionando uma vista para o mar em todas as direções.

O Sol brilhava à minha esquerda, laranja e descansando no horizonte. Parecia ser o nascer do Sol. O mar estava calmo, de cor laranja-rosado.

Engoli, a garganta seca. Virando minha cabeça para o lado, vi uma máquina de monitoramento cardíaco e um painel na parede ao lado da minha cabeça que continha botões e interruptores deslizantes.

Todos foram convenientemente rotulados. Iluminação, com três controles deslizantes todos na parte inferior, indicando que estavam desligados.

Tonalidade da parede, um controle deslizante simples na parte inferior. Matiz de teto, com um único controle deslizante na posição ligado.

Olhei para cima e vi que o teto do quarto era preto liso, opaco.

Estiquei e deslizei o interruptor do teto para baixo, e a opacidade do telhado desvaneceu-se transparente, me mostrando o céu vermelho alaranjado, algumas nuvens aparecendo em tom cinza torcendo em todo o horizonte.

Onde eu estava? Seria isso um barco? É claro que era, pois não havia nada em qualquer direção, além do oceano. Olhando para fora além dos meus pés, sempre em frente, eu podia ver a proa.

Um homem com uniforme preto estava lá e enquanto eu observava, ele se virou no local, revelando uma metralhadora de algum tipo pendurada em seu peito.

Outro homem vestido de forma idêntica se aproximou e os dois conversaram, cada um deles varrendo o horizonte em todas as direções enquanto falavam.

Um deles riu e deu um tapa nas costas, em seguida, se retirou, movendo-se da popa. Passos bateram na escada e Dahyun apareceu ao lado da cama.

- Sana? Você está acordada!

Tentei me sentar, sentindo a pontada distante das dores entorpecidas por medicamentos.

Antes que eu conseguisse ela me empurrou de volta para o colchão.

- Vai com calma, você não pode se esforçar.

- Aqueles homens lá fora... quem são eles?

Kim sentou ao meu lado e me recolheu em seus braços, me estabelecendo parcialmente em seu colo, seus olhos castanhos avermelhados me avaliando dos pés à cabeça.

- Nossos seguranças. Existem seis. Três deles estavam comigo quando a resgatamos, são apenas garotas. Você vai conhecer todas mais tarde. Como está se sentindo? - Descansei a cabeça contra seu peito.

- Grogue, mas tudo bem. - Ela acenou.

- Você tomou alguns remédios muito potentes. - Pegou minha mão na sua. - Eu trouxe uma equipe médica a bordo. Você precisava de uma cirurgia de reparo no joelho, bem como pontos em seu couro cabeludo. Também foi necessário reparar o nariz. Você teve algumas costelas machucadas, hematomas nos olhos. - Balancei a cabeça e ela girou. Me acalmei, e me aconcheguei contra Kim novamente.

- Eu estou meio com sede. - Fitei ela, vi a preocupação em seus olhos. -  Estou bem, Dahyun. Sou eu. No entanto, se você não tivesse chegado... - Negou, me interrompendo.

- Eu não te protegi. Te deixei e ela pegou você. - Está certo. Ela tinha me deixado. Eu pisquei.

- Por que você me deixou? Onde você foi?

- Estive fora por cinco ... cinco malditos minutos. Subi até o telhado para falar com Mina. Eu tinha alguns planos para discutir com ela. Eles deviam estar observando. Alguém atirou em nós. Não estavam tentando nos matar, só ... afastar. Nos tiraram do caminho para que Chaeyoung pudesse ...

- Ela estava esperando na biblioteca. A casa estava vazia. Eu procurei você depois que saí do chuveiro. Mas a encontrei em seu lugar. Eu sabia ... indo para a biblioteca, sabia que deveria virar e ir embora. Eu senti isso. Mas ... não fiz. Eu fui estúpida. Fui mesmo assim. E lá estava ela.

Engoli em seco contra o nó na minha garganta e Kim apertou um botão no painel da parede, falando em um interfone, pedindo para trazer água até nós.

- Eu deveria ter escutado minha intuição. Se tivesse...

- Não. Você deveria estar segura em minha casa. Pensei que estaria. Deveria ser só cinco minutos. Eu estaria de volta antes que você saísse do chuveiro. - Ela beliscou a ponta de seu nariz, ombros levantando e afundando enquanto lutava contra as suas emoções.

Botas bateram na escada fora do quarto, e um homem entrou no cômodo. Ele era alto e magro, seus olhos castanhos mocha, suas feições resistentes e inflexíveis, mas atraente uma espécie de tremoceiro.

Ele tinha uma cicatriz no lado do seu rosto, subindo em seu cabelo preto cortado rente.

Estava com uma metralhadora pendurada por uma alça de ombro, uma mão descansando casualmente na haste, duas garrafas de água em sua outra mão. Entregou as garrafas para Mim.

- Estou feliz por vê-la acordada, Senhorita Sana. - Ele sorriu e fez uma saudação de dois dedos, em seguida, retirou-se e desceu as escadas.

Quando ele se foi, eu peguei a garrafa que Dahyun tinha aberto e bebi devagar.

- Ele parece legal. - Kim o negou rindo.

- Legal? Isso não é realmente uma palavra aplicável a um homem como ele.

- O que isso significa?

Notei que o sotaque de Dahyun estava mais acentuado do que o normal, seu tom culto formal e cuidadosamente cultivado, estava sem o polimento elegante, como se a fachada estivesse sido abandonada.

- Significa apenas que Jeon é ... muitas coisas. Legal, no entanto, não é uma delas.

Não tentei decifrar o que isso significava. Deslizei sobre a cama, abrindo espaço para ela e dei um tapinha ao meu lado.

- Eu preciso estar mais perto de você. - Kim veio para baixo e deitou, me mantendo em seu peito, no calor dos seus braços me protegendo.

Pressionei meu rosto contra o seu pescoço e inalei sua essência, senti seu coração batendo sob a minha mão. Dormi novamente.

Quando acordei, eu ainda estava no colo de Kim, embalada contra seu peito, seu braço em volta dos meus ombros.

Ela estava com um celular na outra mão, uma coisa enorme, quase do tamanho de um tablet, e digitava nele com um polegar.

- Me ajude a ir ao banheiro?

- Espere um minuto. - Ela jogou o telefone para o lado, deslizou para fora da cama apertou um botão no painel.

Algum tempo depois Jeon entrou no quarto escoltando um homem loiro de meia idade, vestido com uma roupa azul clara, cabelo curto, barba rala, com um estetoscópio no pescoço e mãos calçadas com luvas. Eles se aproximaram da cama.

- Sana, este é Travis, seu médico. - Acenei para o homem e ele retribuiu com um sorriso gentil. - Você poderia desconectar Sana agora? - Kim continuou.

Ele checou uma prancheta que estava ao lado da cama.Com muito cuidado o médico retirou os eletrodos do meu peito, e a agulha do soro da minha mão.

Jeon estava igual um cão de guarda observando o médico. Quando acabou eles deixaram o cômodo. Todo o processo foi feito em silêncio.

Próximas a cama estavam duas muletas. Me estiquei para alcançá-las mas, Dahyun foi mais rápida e me pegou em seus braços.

- Não. Me deixe levantar. Eu preciso tentar ficar de pé.

Kim me ignorou, descendo um íngreme, mas largo conjunto de escadas para um nível mais baixo do barco.

Suspirei e a deixei me levar. Havia janelas do chão ao teto, aqui também, mas ele era mais baixo, a mesma madeira clara, como no andar de cima.

À direita da escada um sofá de couro branco longo em uma parede, perpendicular às janelas, de frente para uma tela de TV enorme.

À frente, um pequeno corredor indo até um bar completo com banquetas, a parede era uma janela de frente para o bar, para quem sentar nos bancos ter uma vista para o mar atrás deles.

À esquerda da escada tinha uma porta, onde entramos.

O banheiro, é claro, era tão luxuoso quanto qualquer um de Kim que eu já estive. Mármore, vidro e madeira clara, janelas com vista para o oceano, uma iluminação suave.

Ela me sentou no vaso sanitário e me ajudou a arrumar a camiseta cinza enorme dela, que era tudo que eu vestia.

Você sabe que seu companheiro te ama, quando ele te ajuda a ir ao banheiro. Quando terminei, ela me levou de volta para o quarto, me deitando sobre a cama com requintada ternura.

Eu amei sua proteção, mesmo sabendo que precisaria exercitar o meu joelho em breve.

- Então. Este barco? A segurança? - Encarei ela. - Me dê mais detalhes?

Dahyun pegou o telefone e o girou entre o polegar e o indicador, sentada de pernas cruzadas sobre a cama, de frente para mim.

- Você esteve inconsciente por duas semana. Teve uma febre desagradável por alguns dias. Estava severamente desidratada. Ela manteve você por quase três dias, sabe. É o tempo que levei para chegar até lá. Três malditos dias. - Ela não olhava para mim. - Quando resgatei você, eu sabia que não queria voltar para Nova York. Estou no processo de venda da torre. E também vendendo alguns bens. Mina adquiriu este iate para nós, e aqui estamos.

- Agora estamos seguras? - Seus traços escureceram.

- Sim. Ninguém nunca te machucará novamente. Eu prometo.. - Rosnou. - Pela merda da minha vida, eu juro.- Isso era uma garantia de que estávamos seguras?

- Mas?

- Mas, nada. Só não vou deixar de te proteger nunca mais.

- Então, nós não estamos fugindo? - Kim fez uma careta.

- Não. - Ficamos em silêncio por alguns segundos. - Você só precisava de tempo para se curar.

- E depois? - Empurrei os lençóis das minhas pernas e olhei para o meu joelho imobilizado, vendo as ataduras cobrindo as cicatrizes cirúrgicas recentes.

- Eu também precisava de um tempo.

- Viveremos em um barco para sempre?

Kim sorriu.

- Barco? Sana, meu amor, este é um dos maiores super iates já construídos. Você viu apenas a menor fração dele. Este quarto e o nível lá em baixo? É a ... cobertura, basicamente. Nossos aposentos privados no topo. Há uma dúzia de cabines de hóspedes nos pavimentos inferiores, quartos de funcionários para quase cinquenta pessoas, uma cozinha industrial e uma sala de jantar formal. Uma academia completa, com uma piscina olímpica. Tem o seu próprio heliporto, bem como o lançamento oculto para um barco menor. Agora, por causa do que passamos, tenho uma equipe de segurança com seis homens, uma equipe mínima para executar o navio, uma pequena equipe médica para seu tratamento e uma pequena equipe para executar a cozinha e a limpeza. Todos foram rastreados em uma dúzia de maneiras diferentes e deles, apenas Jeon tem acesso ao nosso aposento aqui em cima. Agora que você acordou, o acesso de Travis que já era restrito, passou a ser nulo. O resto do seu tratamento continuará a ser feito nos níveis inferiores.

- Onde está Mina? - Perguntei.

- Dei-lhe algum tempo para si mesma. Ela mereceu. - Ela suspirou. - É um pouco estranho sem ela por perto, mas Mina precisava de descanso. - Dei de ombros.

- Tudo bem. - Não estava bem, apesar de tudo. Eu sentiria falta de Mina, muita.

Dahyun franziu o cenho, vendo meu desconforto.

- O que? - Não conseguia encontrar seus olhos.

- Eu não quero passar minha vida com medo, Dahyun.

- Nem eu. E não vamos. Eu só ... preciso de um tempo longe de tudo, indo para lugar nenhum. Você também... vai ser bom para nós. - O silêncio estendeu por alguns instantes.

- Dahyun? Sunmi...? - Passaram-se vários minutos antes que ela pudesse falar.

- Eu a conheço a maior parte da minha vida.

- Ela disse que estava trabalhado para você por 20 anos, mas depois você contou, que quando seu pai a expulsou, ele te deixou sem nada. Eu não tenho certeza se entendi.

- Sunmi era empregada do meu pai. Acho que lhe disse isso. Bem ... ela foi atribuída a mim. Eu era muito velha para ter uma 'babá', mas ela era minha pessoal ... eu não sei. Criada? Odeio esse termo, porque não era assim. Sunmi era minha amiga, quase uma mãe. Meus pais não eram ... acessíveis. Meu pai tinha contas de bilhões de dólares para gerenciar, clientes ultra-alto-perfil para entreter. Minha mãe tinha instituições de caridade para cuidar, festas para organizar. Nossa casa estava sempre cheia de pessoas importantes. Parlamentares, políticos europeus, presidentes e primeiros-ministros e membros da realeza. Astros de Hollywood. Chefes de bancos e corporações internacionais. E eu? Era apenas a filha. Era esperado que eu fizesse uma aparição, mostrar-lhes minhas melhores maneiras e então me retirava para meus aposentos. E Sunmi era tudo que eu tinha. Ela não era muito mais velha do que eu. Quarenta e oito para os meus trinta. Quando você tem quinze, dezesseis anos, uma diferença de idade de onze anos é muito. Mas ela era minha amiga. Minha única amiga.

Ela parou, ficando em silêncio por um tempo, lembrando-se. Eventualmente, continuou e eu permaneci em silêncio, grata por esta rara espiada no passado de Kim.

- Quando meu pai... me expulsou, quando
expressou isso, ela estava trabalhando para ele há oito anos, cinco deles como minha criada pessoal... o que fosse. Eu tinha vinte e dois anos quando me mudei para Nova York ... quando escapei de Chaeyoung e seu pai. Cinco anos exatamente desde o dia em que saí de casa, eu contratei Sunmi e a tirei dele.

- Então, o que você me disse originalmente ...

- Não era inteiramente a verdade. Uma vez que tinha coisas acontecendo em Nova York, liguei para Gregory o chefe da equipe do meu pai e pedi informações de contato da Sunmi. Disse que queria procurá-la para dizer "olá". Bem, eu disse "olá" e perguntei se ela gostaria de vir trabalhar para mim. Isso foi um pouco mais de 12 anos atrás. Ela trabalhou para o pessoal da casa de meu pai, enquanto eu estava fora, fazendo a minha fortuna. Deus, quanto tempo ela trabalhou para meu pai? Treze anos? E doze para mim? - Ela cobriu o rosto com as duas mãos. - E a maldita Chaeyoung apenas a matou. Por nenhuma razão.

- Eu sinto muito, Dahyun.

- Eu também. - Sua expressão se contorceu em ódio. - Gostaria de trazer Chaeyoung de volta apenas para que pudesse matá-la novamente.

- Dahyun, você não pode pensar assim. - Me movi para perto dela. - Eu quero que essa parte de nossas vidas acabe. As armas, as mortes ... só quero que isso acabe. - Ela concordou e se levantou.
- Não me deixe, Dahyun. Não, não me deixe sozinha.

- Eu só ia para pegar alguma coisa para comer - Estendi a mão e puxei sua manga, até que ela se sentou na cama.

- Temos uma equipe de funcionários, não é mesmo? Faça-os trazer. - Acenei minha mão em dispensa. - Eu não estou com fome de qualquer maneira. Só ... não posso ficar sozinha agora.

Tentei fechar os olhos, para descansar novamente, mas as imagens de Baekhyun, Chaeyoung e Rosé, sangrando, devastados e brutalizados, não paravam de pipocar na minha cabeça.

Me lembrei da cena na biblioteca e. Chaeyoung puxando o gatilho. Eu quase podia sentir a bala penetrando no meu joelho novamente. A sede e a fome.

A respiração de Baekhyun em mim, seu peso, seu olhar malicioso sorrindo enquanto se preparava para me estuprar. Minha visão ficou turva, meus olhos quentes, ardendo.

- Sana, eu sinto muito. Sinto muito. -!Sua voz falhou. - Eu falhei com você. Porra, eu... falhei com você. - Ela balançava a cabeça, lutando para se controlar.

- Não foi culpa sua, Kim. - Virei para que pudesse lhe olhar mas, ela não me encarou.

- Sim. Foi. - Deu de ombros.- Subestimei Chaeyoung. Fui complacente. Pensei que ela tinha esquecido. Seguido em frente. Dez anos. Ela me deixou em paz por dez anos. E então, de repente ... só... ela arruinou tudo. Eu. Você. Nós. A vida que trabalhei tão duro para construir.

- Você acha que estou arruinada? - Perguntei em voz alta, suave e trêmula. - Você acha, não é?

- Você quase foi estuprada. Foi baleada. Espancada. Você viu ...

- Nós duas passamos por merdas realmente horríveis, Kim. Não só eu, não só você.

- Eu não te protegi. - Ela se levantou, caminhou para longe e voltou. - Se você quiser ... não sei ... começar de novo em outro lugar. Com... outra pessoa, você pode...

- O que você está dizendo? -  Peguei as muletas, lutando para ficar de pé, pulando, acabei agarrando Kim. Ela virou para me equilibrar e encarar - Começar de novo? Outra pessoa? O que você está falando? - Ela segurou minha cintura, me mantendo em pé.

- Eu falhei, Sana. Prometi que estaria segura. Deixei você. Deixei-a sozinha. Quando deveria ter ficado. - Ela negou. - Como você pode confiar em mim agora?

- Você não pode levar toda a culpa para si. - Lutei contra o pânico dentro de mim.

- Eu sabia ... senti alguma coisa. Sabia que algo estava errado quando fui procurar por você. Se eu tivesse apenas te esperado mas, não sabia onde você estava ... Porque eu deixei você.- Ela inclinou a cabeça para trás, piscando com força.- Em seguida, eles estavam atirando. Tentei voltar, mas Mina, sabia que se eu tivesse feito uma corrida até a porta, eles teriam atirado em mim. E poderiam ter atirado. A qualquer momento, poderiam ter me matado. Mas ela me queria viva e fora do caminho. Se você não tivesse ido à minha procura, ela provavelmente teria explodido a porta e suas dobradiças, ou algo assim. Chaeyoung teria chegado até você. Mas se eu tivesse ficado, se tivesse feito como prometi, você não teria ...

- Kim - para mim. segurei. Peguei seu rosto e a fiz olhar. Ela tentou negar - Mas eu Dahyun. Me ouça. Amor, ouça. Por favor. Eu não quero começar de novo em outro lugar. Não poderia, mesmo se nada disso tivesse acontecido. Eu não poderia deixá-la. Não conseguiria voltar para ... uma vida normal, uma vida sem você. Eu só ... não posso. E não vou.

- Por que? - Ela parecia sinceramente perplexa.

- Porque eu amo você, sua grande idiota. - Com dificuldade, me pressionei contra ela e fitei seus olhos castanhos perturbados. - Dahyun, eu te amo. Você pode me ouvir? Me apaixonei por você na primeira vez que ouvi a sua voz. Eu estava tão assustada. Não sabia o que queria comigo. Você me arrancou da minha vida e me deixou cair na sua.

- E agora olha onde você está. O que passou, porque eu te arrastei para o meu mundo.

- Cale a boca, Dahyun. Estou tentando fazer você entender. - Pulei, perdendo o equilíbrio e gemi de dor. Este joelho é uma merda.

Me agarrei mais firme ao seu pescoço e me pendurei ali até recuperar meu equilíbrio. Ela me encarou, arrastando um dedo sobre os pelos do meu couro cabeludo.

- Merda. Eu tinha esquecido que estava careca. Ugh.- Passei a mão sobre a minha cabeça, fazendo uma careta.

- Você é linda, Sana.

- Mesmo sem o cabelo? - Ela concordou.

- Mesmo sem o cabelo.

- Você está me distraindo. - Passei a mão sobre meu couro cabeludo. - Olha, o ponto aqui é que eu te amo. Ninguém poderia ter previsto o que iria acontecer. Quer dizer, sim, eu gostaria que você tivesse me contado sobre Chaeyoung. Ela não era apenas uma ex-namorada, sabe? Ela traz toda essa coisa de ex louca, para um nível totalmente novo, certo? - Dahyun não riu. - Tentei fazer uma piada, mas Muito inadequado, hein?

Ela me deu um olhar de nojo.

- Como você pode fazer piadas, Sana? - Ri, mas foi um pouco triste.

- Como diabos eu deveria lidar com tudo isso, Dahyun? Sou a porra de uma ninguém. Não cresci rica. Nunca tinha disparado uma arma até tudo isso. Meu pai foi assassinado... - Dahyun se encolheu, mas não parei.- Eu não vi isso acontecer, sabe? Um dia, ele estava lá, no próximo ele se foi. Eu era uma menina comum vivendo uma vida mediana. E você ... porra, você mudou tudo para mim, Dahyun. E não pode desfazer isso, voltar atrás... não sei como devo lidar. Matei duas pessoas, Dahyun. Os matei com uma arma. Coloquei buracos em seus corpos de merda. Rachei as suas malditas cabeças. E a pior parte é que não me sinto culpada por isso e deveria. Acabei com suas vidas. Eu os matei ... mas eles eram tão horríveis, não é? Ambos, desagradáveis, terríveis... horríveis, pessoas más ... eles eram assassinos, mereciam morrer, e eu não me sinto culpada. Mas ... não consigo parar de ver acontecer ... Tentei ordenar os milhões de pensamentos girando na minha cabeça. Nada disso parece real. - Falei. Parece um sonho. Como se eu estivesse assistindo a um filme de Jason Bourne ou algo assim e fiquei presa nele de alguma forma. Mas é real e não sei como lidar com isso. Eu ... preciso de você. Você é a única coisa que eu tenho. Você tem que ser forte por mim e não pode desistir. Não pode se deixar levar pela culpa e é exatamente o que está fazendo. Sim, você não deveria ter me deixado sozinha no chuveiro e gostaria que não tivesse. Eu gostaria que você tivesse entrado lá comigo, e que nós apenas continuássemos a transar. Mas não. Você fez o que achava que precisava e eu entendo. Está bem? Entendo isso. Não a culpo pelo que aconteceu. Nada disso. Mas agora ... eu preciso de você. Mais do que nunca. Preciso que me digo que vai ficar tudo bem. Preciso que me beije como senão pudesse ter o suficiente de mim. - Abaixei minha cabeça, pisquei através das emoções, respirei através da dor no meu peito. - Contanto que eu saiba que você me ama, que me quer e que você não ... se arrepende ... nós, eu vou ficar bem. Nós vamos ficar bem de alguma forma. Um dia de cada vez. Vou ficar neste barco com você para sempre. O que for preciso. Mas agora eu só ... preciso de você, Dahyun. Você me meteu nisto e tem que cuidar de mim.

Percebi que estava chorando. Eu não tinha tido conhecimento, mas agora provei o sal em meus lábios, senti a umidade em minhas bochechas.

- Você precisa ... Você tem que cuidar de mim, Dahyun.

Uma coisa estranha: eu não estava soluçando. Estava chorando. O mais estranho era como as duas coisas eram imensamente diferentes.

Eu não tinha só chorado em ... nem sabia quanto tempo. Já solucei, chorei de agonia física e emocional.

Já tinha chorado com tanta força, que parecia que tudo dentro de mim, estava rachando e escorrendo pelos meus canais lacrimais.

Este era apenas um choro. Lágrimas tranquilas e suaves deslizando pelo meu rosto, pingando do meu queixo.

Elas eram silenciosas, discretas. E ainda, de alguma forma eram mais profundas, atingiam com mais força, cortando de forma mais acentuada.

Soluçar era um golpe de concussão, esmagando você cada vez mais, trauma contundente para a sua alma.

Este tipo de choro, era uma lâmina de barbear na carne macia. Tão afiada que você nem sequer a sente cortando o osso em um único movimento.

Kim me abraçou com a rapidez de uma serpente impressionante. Estava esmagada nela, sentindo sua respiração ofegante e seu coração bater descompassado.

Senti algo úmido tocando meu couro cabeludo, onde seu rosto estava pressionado em minha cabeça.

- Sana... você foi tão forte nisso tudo. Nunca vacilou. Nunca hesitou. Não importa o quão fodidas as coisas ficaram, não importa o quão longe fui na minha própria merda, eu estava chafurdando, você estava lá. - Seus lábios arrastaram sobre minha orelha, através do restolho onde meu cabelo tinha estado, beijando minha têmpora. - Você não é ninguém. Você é Minatozaki Sana. A mulher que eu amo. Você passou por tanta coisa em sua vida, e passou por elas mais forte do que tem direito. Tudo o que aconteceu, você não vacilou do meu lado. Sobreviveu ao inferno e ainda é forte.

Algo em mim estremeceu, vacilou. Minha voz era quase um sussurro.

- Eu não me sinto muito forte.

- Você não tem que ser. Não mais.- Ela passou a palma da mão sobre o meu couro cabeludo. - Agora pode relaxar, amor. Feche os olhos e deixe ir.

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