A Costureira e o Anjo da Guarda
Minatozaki Sana.
Observei, com fascínio, de um dos assentos traseiros do hidroavião bimotor quando Mina encaminhou Momo através da lista de verificação de decolagem.
Ela estava com os fones de ouvido com microfone e ligava os interruptores quando Mina os apontava, verificando-os na prancheta equilibrada em sua coxa.
Elas estavam juntas, ombros encostados, o braço direito de Mina apoiado na parte de trás do seu banco.
Então, quando Momo mudou para alcançar um interruptor, Mina pegou a prancheta antes de cair e seus dedos roçaram em sua coxa quando equilibrou em sua perna.
Eu vi a linguagem corporal de toda a troca e ela provocava. Deixando-a ficar fisicamente perto, a deixando tocá-la. Pequenos toques inocentes, um contato acidental. Mas para Momo, deixá-la tão perto era um grande negócio.
Dahyun se sentou ao meu lado engajada em seu telefonema, então estava alheia a tudo que acontecia na frente. Mas eu não perdia nenhuma coisa: elas tinham a minha atenção extasiada.
- Tudo bem. - Mina disse para Momo. - Estamos em funcionamento. Estamos desatadas, já conferimos a lista de verificação e agora estamos prontas para ir. Segure o manche com uma mão, gentilmente e quero dizer milímetro a milímetro, empurre o acelerador para frente.
Puta merda. Ela deixou Momo fazer a decolagem? Não apenas assumir os controles enquanto estávamos no ar, mas de verdade decolar?
Mina era uma maníaca por controle, tinha certeza absoluta e isso foi um grande negócio.
O hidroavião avançou para frente, com o som dos motores aumentando para um rugido ensurdecedor.
Mina falou com ela através dos fones e guiou o avião para longe do cais e para a baía, em direção ao mar aberto.
- Agora, gradualmente estrangule, pouco a pouco. Mantenha o manche reto e nivelado, pedais o mesmo. Ótimo, indo muito bem.- Notei que ela tinha as mãos sobre os controles, pronta para assumir. Isso me fez sentir um pouco melhor.
Mas, depois de ter voado bastante com Mina, por tanto tempo, eu sabia que Momo ia muito bem.
- Ok, agora você sente puxar? Ela quer levantar, então tudo que você faz é deixar. Ajude-a um pouco, puxe para trás. Sem pedal, sem inclinação. Basta puxar. Agradável e fácil, sem movimentos bruscos. E ... estamos no ar! Isso foi incrível, Momo. Muito suave. - Momo olhou para mim e então tinha um enorme sorriso no rosto.
- Você viu, Fedorenta? Eu fiz isso! Eu! Estou pilotando um avião!
- Sim e você precisa se concentrar ou não iremos longe. - Falou Mina.- Segure o nosso ângulo de subida aqui mesmo e quando chegarmos a 610 metros, nivele e nos traga ao redor de uma posição sudoeste.
Depois disso, foi um vôo bastante monótono. Momo estava nos controles durante todo o caminho, Mina conversava, explicando o tempo todo, apontando mostradores e explicando sua finalidade, interrogando-a sobre as coisas que já tinha explicado.
Íamos para St. Thomas, quando Dahyun afirmou que o shopping em St. Thomas era melhor do que em Grand Turk.
Quando estávamos cerca de uma milha náutica de St. Thomas, Mina assumiu, anunciando nossa chegada pelo rádio e então falando com Momo sobre o pouso, explicando o que fazia, como e porquê.
- Está me ouvindo, Sanniedorenta?! Estou no comando porra!! Ela disse através do rádio.
Ela estava extasiada, absorvendo tudo, focada em cada palavra.
• • •
Dahyun e Mina se arrastavam atrás de Momo e eu, enquanto íamos de loja em loja, experimentando roupas, jóias, chapéus e bugigangas. No entanto, ninguém comprou nada.
Eu estava muito irritada com Kim para focar nas compras, ela ficou no telefone o tempo todo, fisicamente presente, mas mentalmente ausente.
Finalmente, após uma hora e meia de andança, enfiou o telefone no bolso, olhou ao redor, verificou o relógio, então partiu em um ritmo rápido, agarrando minha mão e me puxando atrás dela sem dizer uma palavra.
- Dahyun! Onde vamos?
- Temos um compromisso. - Foi tudo o que disse.
Ela me puxou para uma loja, me levando para a parte de trás e para um vão estreito de antigas e raquíticas escadas.
Havia uma porta branca com a pintura descascando na parte superior e uma maçaneta de latão. Dahyun bateu três vezes e entrou sem esperar por uma resposta. Segui-a, curiosa.
A sala além da porta tinha um teto alto e três ventiladores com as lâminas girando preguiçosamente agitavam o ar.
As paredes uma vez tiveram um papel de parede com listras brancas e rosa, mas o papel era tão antigo e desbotado que estava quase invisível.
O chão estava desbotado, bem como, liso e brilhante em lugares de longo desgaste.
Havia vários manequins de costureira ao redor da sala, dois bancos, rolos e rolos de tecido empilhados no chão, encostado nas paredes e pendurado em prateleiras de arame caseiro que foram parafusadas nas paredes.
Havia caixas claras de pinos no peitoril da janela, pelo menos um par de tesouras que eu podia ver e metros de fitas em todos os lugares.
- Shuhua! - Dahyun chamou. - Estamos aqui.- A porta se abriu em algum lugar, em seguida fechou e uma mulher apareceu.
Ela era alta, magra, e muito, muito bonita, aparentemente jovem, mas suas mechas grisalhas me faziam duvidar disso, também havia um par de óculos pendurado em uma corda em volta do pescoço.
Tinha uma fita de medição em uma das mãos, a boca cheia de alfinetes e um comprimento de tecido atrás dela.
- Ah. Senhorita Dahyun. Você veio, bom. Fico feliz de ver você, querida. - Ela envolveu os braços ao redor de Dahyun e a abraçou com força.- Eu não a vejo há muito tempo. Como vai?
- Oh, eu estive ocupada, Shuhua. Você sabe como eu sou. - Ela beijou ambas as bochechas e a segurou pelos braços. - Como tem passado?
- Estou bem o suficiente. Alguns dias ainda estou triste, claro, mas o que se pode fazer, hein? - Se virou para mim.- E esta deve ser sua noiva, sim? Oh... ela é linda, Senhorita Dahyun. Tão bonita. Você diz que ela é adorável, mas não me disse quão adorável.
Eu corei.
- Oi, Shuhua, sou Sana - Estendi a mão para cumprimentar, mas Shuhua me puxou para um abraço caloroso, forte.
- Sana, é tão maravilhoso conhecê-la. - Dahyun pegou minha mão, uma vez que Shuhua me liberou.
- Sana, Shuhua é a irmã adotiva de Sunmi.
- Você conheceu minha irmã? - Ella perguntou, seus olhos castanhos cheios de lágrimas.- Eu sinto falta dela todos os dias
- Eu conheci Sunmi, sim. Não o suficiente, mas... ela era incrível. - Precisei conter as lágrimas.
- Todos os dias, depois que terminava de trabalhar para a Senhorita Dahyun, Sunmi me ligava. Só para dizer olá e que me amava. Éramos muito próximas, mesmo que não vivêssemos perto, por grande parte da nossa vida. Eu estou vivendo e trabalhando aqui e ela estava na Inglaterra, trabalhando para o idoso Senhor Kim e então se mudou para os Estados Unidos com a Senhorita Kim, mas a cada verão a Senhorita Kim lhe dava três meses de folga para vir me ver e ficar comigo. - Shuhua deixou escapar um longo suspiro trêmulo.
- E agora ela se foi. - Kim pigarreou se aproximando.
- Nunca serei capaz de lhe dizer o quanto estou triste. Eu nunca me perdoarei... pelo que aconteceu. - Shuhua se afastou de mim, colocando a palma da mão na sua bochecha.
- Eu a perdôo, Senhorita Kim. Já lhe disso isto. Eu perdôo você. E Sunmi, no céu, a perdoa também. Sei que sim. Ela conhecia você desde menina. Você era sua família, Senhorita Dahyun. Nós lhe perdoamos, agora você deve se perdoar. - Sorriu, acariciou seu rosto gentilmente e se virou para mim. - Mas não estamos aqui para ouvir a conversa de uma mulher velha boba, não é?
Me agarrou pelos ombros e me empurrou até um banquinho, foi para ele, levantou meus braços e começou a tirar minhas medidas. Olhei para Dahyun.
- O que está acontecendo, Dahyun?
- Shuhua é uma costureira. - Sorriu para mim.- Você realmente acha que permitiria que usasse algo fora do rack? - Eu ri.
- Suponho que não. - Shuhua falou ao medir e anotar os números em uma almofada que tinha pegado de algum lugar.- Eu não sou uma designer famosa, longe disso, mas posso lhe fazer um lindo vestido para se casar com a Senhorita Dahyun. Acho, porque está nas ilhas, você quer algo sem alças, algo que o vento pode jogar. Vai ser na praia, sim? - Dei de ombros.
- Eu suponho. Casaria com ela em uma cozinha, se precisasse. - Shuhua fez uma pausa e me fitou.
- Uma cozinha? Não é tão romântico, se me perguntar. Acho que ela pode fazer melhor do que isso, provavelmente.- Se endireitou, envolveu a fita métrica ao redor do pescoço colocou o bloco de notas em um bolso e o toco de lápis atrás da orelha. - Eu tenho um vestido todo feito para você, em minha mente. Diga... dois dias? Talvez menos, mas venha aqui novamente em dois dias, terei o vestido mais bonito para você se casar com a Senhorita Dahyun. - Estávamos na porta quando Shuhua parou Dahyun com uma mão em seu braço.
- Você não deveria ter feito isso, sabe - Dahyun manteve uma expressão vazia.
- Feito o quê, Dahyun?
- Pagar as minhas dívidas. Eu sou uma mulher orgulhosa. Não preciso de nenhuma ajuda. - Ela parecia quase irritada. Dahyun suspirou.
- Isso não trará a sua irmã de volta. Isso não tira a dor. Mas... é a única coisa que eu poderia fazer. - O rosto de Shuhua suavizou.
- Bem, obrigada. Eu sei bem o que quer dizer.
- Veremos você na sexta-feira. - Disse Dahyun e se inclinou para beijar sua bochecha.
• • •
Eu observei quando Momo puxou a bainha do vestido um pouco mais, de modo que mal roçava o topo de seus joelhos. Era curto, apertado, decotado e tudo que Momo amava em um vestido.
Tão sexy que era apenas um lado da sacanagem, enfatizando totalmente seus ativos notáveis. Com um pouco mais de um e setenta ela era mais alta e também mais pesada que eu, tudo isso cheia de curvas.
Cabelo escuro longo, grosso, feito em um coque desleixado, pele caramelo impecável, exótica, feições de rara beleza, peitos e bunda de parar o trânsito ... minha melhor amiga era impressionante. Quando colocada ao lado de Momo eu era a amiga feia.
Limpei minha garganta quando Momo virou de um lado para o outro, alisando as palmas das mãos sobre a curva de seus quadris.
- Moguri. É um casamento, não uma noite no clube. Podemos escolher algo um pouco mais ... "casamento na praia" e um pouco menos " me foda em uma limusine? - Momo me deu um olhar.
- É fofo. E faz grandes coisas para minha bunda.
- Sua bunda faz "grandes coisas" para sua bunda. Você poderia usar um saco de serragem.- Ela negou.
- Você está apenas arruinando minha diversão.
- Tudo o que digo é que você pode experimentar algo que é passa do joelho e que consiga realmente andar? - Ela soltou um suspiro gemido.
- Tá bom. Você escolhe alguma coisa, então. - Fui até a prateleira e procurei até que encontrei algo. Eu verifiquei o tamanho e o entreguei a ela.
- Tente este. - Momo o ergueu e o examinou desconfiada.
- Ok, mas vou odiá-lo.- Era totalmente diferente do estilo habitual de Momo.
Comprido, até o chão, amarelo brilhante, cortado em linha reta no peito, situado na altura da cintura e solto a partir dos quadris.
Bom gosto, mas ainda sexy, especialmente se a saia fosse tão pura quanto parecia. Momo foi para o provador, jogou o vestido que havia escolhido por cima da porta e puxou a minha escolha para baixo sobre sua cabeça. Ouvi ela prender a respiração quando viu a si mesma.
- Eu odeio você. - Murmurou, abrindo a porta.
- Oh meu Deus. Momo, você parece...
- Classuda? - Neguei com a cabeça.
- Linda. Vadia, você roubará a cena.- Ela realmente parecia incrível.
A saia era quase pura da cintura para baixo, dando vislumbres tentadores de suas longas pernas, abraçando apertado até a cintura e busto.
Não era um corpete decotado, mas com o corpo de Momo, não precisava ter decote. O amarelo brilhante do tecido destacou a sombra caramelo de sua pele, fazendo-a parecer muito mais exótica.
Eu subi e libertei os seus cabelos do elástico do rabo de cavalo, sacudi meus dedos pelos cachos, espalhando os cabelos ao redor de seus ombros nus.
- Algumas flores em seu cabelo e ficará perfeito.
- Eu odeio isso. - Declarou, mas a sua voz dizia que estava mentindo.
- Sou tão boa que lhe compro um vestido de dama de honra que você poderá e usará novamente.- Falei convencida.
- Dama de honra? - Momo perguntou com uma risada.
- Sim, você está acumulando o duplo dever.
- Você acha ... - Momo começou, mas, então se cortou com um aceno de cabeça.
- O quê? Eu acho que o quê? - Negou novamente.
- Nada. Eu sou uma idiota. - Era muito difícil dizer, mas eu tinha certeza que ela estava corando.
- Momo, diga antes que eu te chute. - Momo sacudiu a cabeça novamente, girando para obter um olhar para si mesma na parte de trás.
- Puta, se me bater, você se casará em tração.
- Hirai Momo.- Ela revirou os olhos e se voltou para o espelho, ajustando seus seios, afofando seus longos fios para que eles se ajustassem em seus ombros.
- Você realmente é uma cadela, sabia disso? Ia perguntar se você acha... - Ela parou de falar e então murmurou o resto rapidamente.- QueMinagostariadisso.
- A-há. - Ri e gritei. - Eu sabia!
- Não faça me arrepender de dizer qualquer coisa, Minatozaki Sana. Juro por Deus que nunca falarei com você novamente, se tirar sarro de mim.
- Você usou o meu nome do meio, o que significa que deve falar muito sério.
- Sério como impostos, querida. - Eu dei um passo atrás dela, a abracei com força.
- Momo, nunca tiro sarro de você. Não de verdade. Você está absolutamente linda e acho que Mina terá dificuldade para respirar quando der uma olhada em você. Eu quero que seja feliz Não sei se Mina é a mulher para esse trabalho específico, mas, tanto quanto estou preocupada, você tem a minha bênção a tentar. Ela é uma mulher incrível, é apenas ... dura como diamantes, fria como gelo e um completo mistério.
- Quando você diz que ela é fria como gelo, o que isso significa, exatamente?
- Nunca realmente lhe contei muito sobre a minha missão desesperada de resgatar Dahyun das garras de Chaeyoung. Mina foi a única a fazê-lo. Eu tinha visto um lado do guarda-costas, piloto, motorista, assistente pessoal de Dahyun e suspeitava, que sua melhor e única amiga. Suspeito que poucos já a viram em ação, sendo uma ex-ranger do exército, era letal, astuta, capaz, sem dúvida e sem piedade. Eu vi como calmamente seguiu um homem que me perseguia e tentava me matar, Mina colocou duas balas no seu crânio à queima-roupa. Ela só limpou o sangue de seu rosto sem expressão e dirigiu para longe. Eu o vi matar algumas vezes, no processo de resgatar Mina e cada uma delas ela fez isso friamente, com confiança, rapidamente, sem nenhum sinal de remorso. É claro que todos os homem que matou eram criminosos cruéis, que provavelmente tinha feito mais do que seu quinhão do mal, sabendo o tipo de pessoas empregadas por Chaeyoung. Observando as pessoas caírem, sem sequer pestanejar... isso faz você se perguntar o que se passa na sua cabeça e então acho que talvez você realmente não gostaria saber.
Eu queria dizer isso para Momo? Não tinha tanta certeza se deveria. Dei de ombros.
- Eu só quero dizer que Mina é o tipo de mulher que fará o que for preciso para concluir seu trabalho. Eu estaria morta se não fosse por ela e Dahyun ainda seria uma prisioneira naquela ilha.
- Você nunca me dirá o que realmente aconteceu, não é? - Perguntou e neguei com a cabeça.
- Não. Algumas histórias são melhores não serem contadas. Você me falou que cresceu forte, mas... as coisas que vi e que fiz - Tive que sufocar um nó na garganta - Não foi bonito. Não desejo nada disso para ninguém. E faria tudo novamente para salvar Dahyun, mas ... a merda ficou feia, Momo.
- E Mina?
- Mina foi meu rochedo para tudo isso. Me manteve sã, me protegeu. Ela nunca vacilou e nunca hesitou. - Deixei escapar um suspiro. - Não sei muito sobre ela. Não acho que alguém saiba. Apenas ... se decidir que quer ver onde as coisas caminharão com ela, basta ter cuidado, ok?
Ela deve ter ouvido alguma coisa na minha voz, algo que falava mais alto que minhas palavras reais.
- Eu não sei o que acontece entre nós. Ela não é fácil de se aproximar, sabe? Fazê-la dizer mais do que uma frase, é como fazer um canal sem Novocaína. Estou intrigada, porque ela é algo totalmente diferente do que costumo ter. Mas não vou tirá-la de seu escudo. Ela terá que sair para me encontrar, uma vez que tenho um escudo particular também.
- Ela é diferente com você, pelo que notei. Mina é normalmente toda negócio, abotoada, silenciosa, a Senhorita Cara de Pedra,sabe? E com você, ela é... humana.
- Eu sou suspeita de falar sobre isso. - Momo passa por mim e vai para o provador.- Ela não irá a lugar nenhum, além disso, você se casará e voltarei para Detroit. Então, por agora, vamos apenas focar em torná-la a Senhora Kim - Eu sorri.
- Eu gosto do som disso. Kim Sana.
- Soa bem. - Momo falou do outro lado da porta. - Eu ainda não consigo acreditar que realmente se casará. Nunca pensei que qualquer uma de nós gostaria, para ser honesta. Estava pronta para sermos solteironas e então você tinha que foder com todos os meus planos.
- Oh, vamos lá, Momo.
- O quê? Até conhecer Dahyun, você não tinha o menor gosto para relacionamentos ou homens.
- Meu gosto por homens estava bem. Eu simplesmente não tinha tempo para nada sério.
- Se lembra do Bangchan? Aquele cara era assustador.
Nunca disse a Momo sobre algumas das coisas que Dahyun me revelou, quando nos conhecemos.
Bangchan que tinha algumas práticas sexuais muito insalubres. Tais como tortura e suspeita de assassinato. Tremi com a lembrança, a vigilância de Dahyun me salvou.
- Foi uma exceção. - Falei com a voz plana.
Momo saiu do provador, vestida mais uma vez com uma regata laranja apertada e shorts jeans, que mal cobriam o seu corpo. E me deu um olhar interrogativo.
- O que não está contanto? - Suspirei, levei o vestido que tinha escolhido para Momo para o caixa e paguei.
Mina estava em pé do lado de fora da porta da loja, recostada à parede, com um calcanhar sobre uma perna, braços cruzados sobre o peito, olhos escondidos atrás de óculos de Sol.
Ela se afastou da parede e começou a caminhar atrás de nós. Fitei seu rosto.
- Mina sabe o que não digo. - Ela permaneceu inexpressiva enquanto falava:
- Eu não escuto conversas particulares.
- Momo colocou em pauta o meu gosto por homens, antes de conhecer Dahyun. Especificamente, mencionou Bangchan.
Mina ficou em silêncio por um longo momento antes de responder.
- Acho que você não disse a ela.
- Me dizer o quê? - Momo exigiu.
- Mina? - Solicitei.
- Esta é a sua história para você contar, Senhorita Minatozaki. - Mina disse e sabia que não receberia qualquer outra coisa dela. Suspirei e pensei sobre onde começar.
- Ok, nova sapatão, então eu disse a você sobre o envolvimento de Dahyun com os negócios do meu pai e toda essa confusão. Bem, depois que meu pai morreu, depois de ... Dahyun começou a me vigiar. De ... longe, você poderia dizer. Não uma espécie assustadora de perseguidora, apenas para garantir que tudo estava ok.
- Ela vigiava você, é isso? - Falou Momo, olhando para Mina.- Significa que Mina te seguia? - Mina não corrigiu a má utilização do seu nome, o que foi bastante chocante.
- Correto.
- E o que isso tem a ver com aquele filho da puta assustador, Bangchan?
- Se lembra do que aconteceu? - Perguntei. Ela assentiu com a cabeça.
- Ele simplesmente desapareceu, de um dia para outro.
- O seu radar é bastante preciso. Mina não gostou dos olhares de Bangchan mais do que você e fez alguma investigação. Acontece que Bangchan era um BDSM.
- Puta merda! Eu sabia! - Falou Momo.
- Na verdade, não é totalmente preciso. Conheço algumas pessoas são BDSM. - Contou Mina.
- E Bangchan não era um BDSM. As funções de um BDSM real, servidão, dominação, sadomasoquismo seguem três princípios básicos: são, seguro e consensual. O que Bangchan gostava era apenas ... doente. As fotos que encontrei nesse arquivo eram apenas a ponta do iceberg e os mais palatáveis para isso. Quando terminava com uma mulher, ela nunca mais seria a mesma. A maioria ficava muito traumatizada e danificada, permanentemente, para ser capaz de fazer acusações criminais. E ele também era bom em desaparecer do radar quando terminava, por isso era muito difícil encontrá-lo. E como não havia ninguém levantando acusações contra ele, não havia ninguém procurando.
- Caramba. - Momo respirava forte.- No que ele estava metido?
- Tortura. - Mina respondeu. - Não era sexo, servidão ou algo do tipo. Era sobre infligir dor. E confiem em mim, nunca foi consensual. Talvez tenha começado como sexo consensual, mas quando suas vítimas perceberam o que ele realmente queria, ele as amarrava e as deixava indefesas. Era doente e nunca gostei tanto de livrar o mundo de tamanha sujeira como quando acabei com aquele bastardo. - Momo cambaleou.
- Você o quê? - Fechei os olhos por alguns instantes.
- Você o matou, então? - Perguntei. Eu nunca tive certeza. Dahyun não quis me dizer.
- Tivemos um pouco ... de conversa antes. - Mina disse e o tom de sua voz era aterrorizante. - Ele admitiu seus planos para você. Vamos apenas dizer que receberia um tratamento especial. Ele tinha alguma merda extra e doente prevista. Não repetirei nada. Chaeyoung poderia ter aprendido algumas coisas com ele, vamos colocar dessa maneira. - Momo estava visivelmente calma.
- Então você o torturou e depois o matou?
- Isso vai embrulhar o seu estômago, Senhorita Hirai? Ele era um predador, que planejava o estupro e tortura de sua melhor amiga. Estupro e tortura, de fato, não são as palavras mais precisas para o que ele tinha em mente. Na verdade, ele sabia sobre você também. Ele tinha fotos suas. - A voz de Mina era tranquila, baixa.
- Tinha?
- Quando acabasse com Sana, ele planejava rapta-lá e se divertir. Você não tinha ninguém que fosse sentir sua ausência e ele planejava tirar proveito desse fato. - Eu parei e enfrentei Mina.
- Você e Dahyun nunca me disseram isso.
- Não havia razão. Ele foi cuidado. Não precisa se preocupar com algo que não acontecerá.
- Eu só ... - Momo parou. - Suponho que lhe devo um agradecimento, então.
- Essa não foi a única vez que Mina salvou as nossas bundas sem o nosso conhecimento. - Falei. - Se lembra daquela noite na faculdade quando bebemos após as finais? - Momo riu.
- Depois do semestre? você estava tão bêbada que tive que basicamente levá-la para casa. - Ela assentiu.
- Ah, essa vez.
- Bem, aparentemente, tivemos um pouco de companhia.
- Companhia? - Momo franziu a testa. - O que isso significa?
- Isso significa que se não fosse por Mina, nós duas seríamos mortas.- Contei.
- Como? Eu não entendi.
- Você estava colossalmente bêbada, então pode não se lembrar, mas a poucos quarteirões do bar, havia três caras em uma esquina, gritando para nós em espanhol. Eu acho que nos seguiam. De acordo com Mina, eles planejavam invadir nosso apartamento e ... bem, tenho certeza que você pode adivinhar.
- Puta merda, realmente? - Momo olhou de Mina para mim e para trás. - E você os parou?
- Cuidei do problema, sim. Descobri mais tarde que esses três jovens eram procurados por várias outras agressões sexuais violentas e pelo menos um assassinato. Eram provavelmente culpados de mais de dois.
- Droga. Então você foi o nosso anjo da guarda, hein? - Perguntou.
- Algo assim.
- Mina é modesta. Não é "algo assim", mas exatamente isso. - Falei.
Nenhuma de nós tinha muito a dizer depois disso, mas notei Momo olhando Mina de maneira especulativa.
Ou eu a afastei de vez dela ou a intriguei ainda mais. Eu não tinha certeza de qual.
E isso me preocupava.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro